SUSANA É CALUNIADA PELOS ANCIÃOS (Dn 13, 21)
"Se recusares, testemunharemos contra ti que um moço esteve contigo, e que foi por isso que afastaste de ti as meninas".
Católico, a calúnia é um pecado gravíssimo, é um pecado contra o Oitavo Mandamento da Lei de Deus. A calúnia consiste em imputar a outrem defeitos ou pecados que não tem ou não cometeu: "Maledicência e calúnia destroem a reputação e a honra do próximo. Ora, a honra é o testemunho social prestado à dignidade humana. Todos gozam de um direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação e ao seu respeito. Dessa forma, a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade" (Catecismo da Igreja Católica, 2.479). O Pe. Leo J. Trese escreve: "A calúnia é um dos piores pecados contra o oitavo mandamento, porque combina um pecado contra a verdade (mentir) com um pecado contra a justiça (ferir o bom nome alheio) e a caridade (falhar no amor devido ao próximo). A calúnia fere o próximo onde mais dói: na reputação. Se roubarmos dinheiro a um homem, este pode irar-se ou entristecer-se, mas, normalmente, acabará por refazer-se dessa queda. Quando manchamos o seu bom nome, roubamos-lhe algo que todo o trabalho do mundo não lhe poderá devolver. É fácil ver, pois, que o pecado de calúnia é mortal se com ele prejudicamos seriamente a honra do próximo, ainda que seja na consideração de uma só pessoa e mesmo que esse próximo não tenha notícia do mal que lhe causamos" (A fé explicada, cap. XXI). São milhares os que caluniam o próximo e vivem como se nada tivessem feito; não confessam esse pecado e comungam semanalmente. Quantos sacrilégios! Comungam para a própria condenação. Susana sofreu terrivelmente por causa da calúnia. Susana era uma mulher bela e temente a Deus (Dn 13, 2), fora educada pelos pais na lei de Moisés (Dn 13, 3), e era esposa de Joaquim, homem rico, e que possuia um jardim contíguo à sua casa (Dn 13, 4). Naquele ano haviam sido designados como juízes dois anciãos do povo (Dn 13, 5), esses juízes frequentavam a casa de Joaquim (Dn 13, 6), esposo de Susana, e todos os que tinham alguma questão a julgar vinham a eles. Susana tinha o costume, ao meio-dia, longe de todos, de fazer um passeio no jardim de seu esposo. Os dois anciãos, juízes, que a observavam diariamente enquanto ela entrava e passeava, puseram-se a desejá-la (Dn 13, 8), eles ardiam de paixão por causa dela, mas não comunicavam um ao outro o seu tormento (Dn 13, 10), mas diariamente se escondiam, com avidez, procurando vê-la (Dn 13, 12). Católico, tome cuidado com as pessoas que se aproximam de sua casa, de sua família... mesmo que sejam pessoas idosas. É preciso agir com prudência para não ser surpreendido. Esses anciãos do Livro de Daniel eram juízes e frequentavam a casa de Joaquim, esposo de Susana. Veja que a intenção deles era péssima. Católico, será que não existe alguém frequentado a sua casa com interesse na sua esposa ou no seu esposo? Será que não está interessado em tomar todos os seus bens? Será que não está tramando para tirar-lhe a vida? Cuidado católico, muito cuidado: "Maldito o homem que se fia no homem" (Jr 17, 5). Você pode até dizer que os frequentadores de sua casa são pessoas de bem, gente da "alta". Não se esqueça de que os anciãos que frequentavam a casa de Joaquim, esposo de Susana, eram juízes do povo. Existem prefeitos, juízes, promotores, delegados... que são pessoas perigosíssimas; confie somente em Deus: "O nosso fim é Deus, fonte de todos os bens, e devemos, como repetimos em nossa oração, confiar unicamente n'Ele e em mais ninguém" (São Jerônimo Emiliani). Católico, seja prudente; não espere acontecer uma tragédia para depois se lastimar e tomar providência. Previna-se, isso mesmo, previna-se. Previna-se "filtrando" os que frequentam a sua casa: "Todo amigo diz: 'Eu também sou teu amigo', mas há amigo que o é só de nome" (Eclo 37, 1). Um dia, os anciãos conversaram entre eles, e confessaram o que sentiam por Susana, e de comum acordo, combinaram o momento em que poderiam encontrá-la sozinha (Dn 13, 14). Sucedeu que, enquanto esperavam um dia favorável, ela entrou, certa vez, como fizera nos dias anteriores, acompanhada apenas de duas meninas. E pensou em tomar banho no jardim, porque fazia calor. Não havia ninguém ali, exceto os dois anciãos que, escondidos, a espreitavam (Dn 13, 15-16). Está claro que Susana era uma mulher pudica, não ficava seminua perto das pessoas: "Havia porventura mulher mais casta do que Susana, a esposa de Joaquim?" (Pe. João Colombo). Como é vergonhoso encontrar nas ruas, moças e senhoras católicas com roupas depravadas, pessoas que confessam e que recebem o Corpo de Nosso Senhor. Onde está a mudança de vida? Essas dizem que Deus olha somente o coração. Como se explica então essa passagem? "Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo?" (1 Cor 6, 19). Nem dá para comentar sobre os paninhos que as mesmas usam nas praias e piscinas. Pensam que Deus é cego e não as enxerga nesses lugares? A Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Mãe zelosa ensina: "A prática do pudor e da modéstia, no falar, no agir e no vestir, é muito importante para criar um clima apropriado à conservação da castidade, mas isto deve ser bem motivado pelo respeito do próprio corpo e da dignidade dos outros. Como já se mencionou, os pais devem vigiar a fim de que certas modas e certas atitudes imorais não violem a integridade da casa" (Sexualidade Humana: Verdade e Significado, 56). Essas mulheres escandalosas caminham para o inferno: "Certamente, uma mulher que veste roupa imoral pode condenar-se. E pode condenar-se, quer pelo pecado que comete ela mesma, quer por que causa a condenação de outras pessoas" (São João Eudes), e: "A moda não deve nunca fornecer uma ocasião próxima de pecado" (Pio XII, Alocução "Di gran cuore", nº 30). Susana pediu que as meninas lhe trouxessem o óleo e bálsamo, e que fechassem as portas do jardim, porque iria banhar (Dn 13, 17). Elas fecharam as portas e saíram, sem perceber que os dois anciãos, juízes, ficaram dentro do mesmo. Católico, seja prudente! Às vezes você acha que está seguro na sua casa, mas o inimigo já preparou todo tipo de armadilha para te arruinar. Quantos lares já foram desfeitos, justamente porque o inimigo "aninhou" dentro dele. Não seja "distraído" a exemplo de Joaquim, porque o mesmo não sabia o que se passava em sua casa e muito menos no jardim. Fique atento, porque quando você resolver "fechar" a porta, já não adiantará mais. Católico, nesse mundo tão falso, traiçoeiro e violento; é preciso agir como se fosse um"radar". Assim que as meninas saíram, os anciãos correram até onde estava Susana e lhe disseram: "As portas do jardim estão fechadas, ninguém nos vê, e nós te desejamos. Por isso, consente conosco e junta-se a nós! Se recusares, testemunharemos contra ti que um moço esteve contigo, e que foi por isso que afastaste de ti as meninas" (Dn 13, 20-21). Católico, veja onde podem chegar pessoas que se deixam levar pelas paixões; elas não olham mais para o alto, mas sim, somente para a terra. As mesmas são capazes de cometer os maiores crimes, contanto que suas paixões sejam saciadas. Os anciãos fizeram uma terrível pressão contra Susana, prometendo difamá-la publicamente. Católico, quem sabe com você já aconteceu a mesma coisa! O seu patrão, o professor, o namorado... a pessoa que não possui Deus na alma é atrevida e maldosa. Diante das ameaças dos anciãos, Susana disse: "Estou cercada por todos os lados: se eu fizer isso, aguarda-me a morte (o adultério era punido com a pena de morte); e se eu não fizer, não escaparei de vossas mãos. Mas é melhor para mim, não o tendo feito, cair em vossas mãos, do que pecar diante do Senhor" (Dn 13, 22-23). Católico, caso aconteça isso contigo, não aceite tal convite e não dobre a sua cabeça diante dessas pessoas maldosas, seja quem for. Imite o exemplo de Susana que não quis ofender a Deus. Muitas pessoas, para conseguirem seduzir alguém, usam de ameaças a exemplo desses anciãos, e lutam com energia até conseguir. Feliz daquela pessoa que imita o exemplo de Susana, isto é, que se mantém firme e fiel a Deus, e que prefere sofrer e morrer a ofendê-Lo. Se no mundo existissem milhões de "Susanas", com certeza absoluta, a máscara de milhões de "anciãos" já teriam caído por terra. Como é importante ser uma pessoa convicta e de caráter no meio desse mundo perverso, ser uma bigorna que é malhada pela marreta da calúnia sem se quebrar. Temos na Santa Igreja muitos exemplos de pessoas que morreram para não pecar contra a castidade; por exemplo: Santa Maria Goretti e a Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, esta é brasileira. Quando alguém te convidar para pecar, sob ameaça ou não, diga-lhe o mesmo que Susana: "... é melhor para mim, não o tendo feito, cair em vossas mãos, do que pecar diante do Senhor" (Dn 13, 23). Susana preferiu ser caluniada a ofender ao Criador. É preciso imitar Susana, não se entregar aos perversos, porque você não é objeto nem mercadoria. Ela não ficou calada, mas gritou em alta voz, mas os dois anciãos também gritaram contra ela, enquanto um deles corria para abrir as portas do jardim (Dn 13, 24-25). Susana gritou, mas os juizes impuros gritaram também contra ela (Dn 13, 24). Católico, às vezes acontece de você "gritar" contra os caluniadores, isto é, tomar uma atitude de se defender, de provar a sua inocência; mas eles continuam a te caluniar, isto é, "gritam" juntos e querem que o mal prevaleça, querem te sufocar moralmente, trabalham continuamente para lançar a sua honra na lama. Diante da resistência maligna do caluniador, é preciso continuar se defendendo: "Todos gozam de um direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação e ao seu respeito" (Catecismo da Igreja Católica, 2479). Ninguém dos seus a defendeu. Em Daniel 13, 27-40 diz que os empregados sentiram-se profundamente envergonhados; reuniram na casa de Joaquim, seu esposo, chamaram os pais de Susana, filhos e parentes, e todos permaneceram em silêncio. Os anciãos ainda tiveram a coragem de mandar retirar o véu que cobria o rosto de Susana, para poderem fartar-se de sua beleza, e ninguém se opôs. Quanto abuso de autoridade! Mas Susana confiava no Deus Eterno que protege os inocentes: "Fará brilhar tua inocência como a luz" (Sl 37, 6). Católico, não se desespere diante das injustiças, mas espere sempre no Senhor, e Ele te ajudará: "O mal que fez lhe cairá sobre a cabeça, recairá sobre seu crânio a violência! Mas eu darei graças a Deus que fez justiça, e cantarei salmodiando ao Deus altíssimo" (Sl 7, 17-18). Diante do povo, os dois juizes malignos e caluniadores, contaram que haviam pego Susana com um rapaz no jardim , e no versículo 41 diz que o povo acreditou neles: "A assembléia creu neles, pois eram anciãos do povo e juizes. E julgaram-na ré de morte". Cuidado católico! Lembre-se de que patrões e superiores também cometem crimes horrorosos; não feche os olhos para os seus crimes, porque eles não são infalíveis. São milhares os que abusam do poder e da autoridade, mas esquecem de que existe um Deus que vê e sabe de tudo. Pobre Susana, quanto sofrimento, quanta decepção com as pessoas, principalmente com os conhecidos, ninguém a defende. Ela, a bela, delicada e temente a Deus está só. Às vezes já aconteceu contigo ou poderá acontecer, de precisar da ajuda de algum parente ou amigo para te defender diante de caluniadores, e encontrar todos com as costas viradas. Caso aconteça isso, não se desespere e não se entregue, mas olhe para o alto e peça com confiança a ajuda do Deus Altíssimo, a exemplo de Susana: "Ó Deus Eterno, que conheces as coisas ocultas, que sabes todas as coisas antes de sua origem, Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim. Eis, pois, que vou morrer; não tendo feito nada do que estes maldosamente inventaram a meu respeito" (Dn 13, 42-44). Ela não recebeu o apoio dos familiares e amigos, mas recorreu a Deus e foi atendida: "E o Senhor escutou a sua voz" (Dn 13, 44). Susana não recorreu ao marido, aos pais nem aos criados, mas sim, pediu a ajuda do Deus Altíssimo. Católico, assim como Susana se defendeu dizendo: "Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim", faça você o mesmo quando for caluniado; você tem esse direito.
Leia esses exemplos:
A) Jesus Cristo se defendeu
"Durante o julgamento de Cristo diante do Sinédrio, um servo do Sumo Sacerdote deu uma bofetada no Senhor, que tinha respondido a uma pergunta de Caifás. E Jesus defendeu-Se, dizendo: "Se falei mal, mostra-Me em quê; mas, se falei bem, por que Me bates?" (Jo. 18, 23). Jesus deu-nos o exemplo de como se deve defender a boa fama quando injustamente nos atacam" (Ricardo Sada e Alfonso Monroy, Curso de Teologia Moral).
B) Os Santos se defenderam - Santa Cunegundes "...defendeu a sua honra diante de seus servos, uma vez que o caso estava se agravando a ponto de destruir o seu matrimônio" (Dom Servilio Conti, I.M.C., O Santo do Dia). - Bem-aventurado João Batista Scalabrini disse: "Não calarei", ao ser aconselhado pelo Cardeal Jacobini de guardar silêncio diante das calúnias" (Redovino Rizzardo, Vida de João Batista Scalabrini). - São Tomás de Cantalupo: "O arcebispo de Cantuária, não conseguindo dobrar a retidão de Tomás, caluniou-o e o excomungou. Tomás então recorreu a Roma apelando ao Papa Martinho IV. Papa e cardeais reconheceram de fato a inocência do bispo Tomás" (Dom Servilio Conti, I.M.C., O Santo do Dia). - Santo Inácio de Loiola: "Pedro de Castilho, Mudarra e Barrera, aterrados com as consequências que podia ter a sua abominável conspiração, confessam-se réus de calúnia, e empenham-se com todos os seus amigos para que se ponha pedra na questão. Pensam que Inácio deve ficar satisfeito com a sua confissão. Tendo Miguel sido condenado a ser banido perpetuamente, deve parecer suficiente a justificação do acusado... Mas Inácio insiste, pede uma sentença jurídica e faz comparecer no tribunal do governador os três cúmplices de Miguel. Estes recusam comparecer, renovam as suas declarações e escondem-se vergonhosamente. O Cardeal Legado e o governador convidam o santo a não levar as coisas mais longe, porque a sua inocência está reconhecida; todos os seus discípulos são da mesma opinião... A firmeza do santo fundador é inabalável: quer, exige uma sentença autêntica que não possa deixar a mais leve dúvida sobre a pureza da sua fé e da sua vida, bem como da dos seus discípulos. Esta sentença jurídica, tão desejada e solicitada pelo nosso santo, foi dada em Roma no dia 18 de Novembro, depois dum rigoroso exame do livro dos Exercícios Espirituais. Por permissão divina, que não passou despercebida a todos os espíritos sérios, a sentença dizia que os mesmos caluniadores de Inácio de Loiola tinham sido reconhecidos e convictos dos crimes de que o haviam acusado. Francisco Mudarra, condenado como herege, conseguiu evadir-se da prisão e foi queimado em efígie. Pedro de Castilho foi condenado pela mesma causa à prisão perpétua. Frei Agostinho, que se apressou a transpor a fronteira, despiu o hábito, declarou-se francamente luterano em Genebra e terminou a sua vida pelos suplícios que lhe tinham merecido os seus crimes. Miguel, como se viu, foi banido dos Estados da Igreja; Barrera fugiu. No momento da sua morte declarou que tudo o que tinha ousado dizer contra Inácio de Loiola eram calúnias, das quais se arrependia do fundo da alma. Pedro de Castilho retratou-se de tudo no fim da vida e foi assistido na morte, na sua prisão, pelo Padre Aveglianeda, da Companhia de Jesus. Francisco Mudarra, a quem Deus experimentou com grandes desgraças, recorreu à caridade do nosso santo e encontrou nele um benfeitor, um amigo e um pai. Inácio de Loiola não conhecia outra vingança. E, apressemo-nos em dizê-lo, tinha usado de todos os meios, de toda a sua caridade, de todo o seu zelo para obter o perdão de seus inimigos. O que ele quis foi um julgamento e não o castigo dos culpados. E quis porque o julgava necessário para o exercício do seu apostolado" (J.M.S. Daurignac, Vida de Santo Inácio de Loiola, cap. XII).
Enquanto Susana era conduzida à lapidação, Deus suscitou o profeta Daniel para salvá-la (Dn 13, 45). Daniel: homem justo, caridoso, prudente e sincero, chamou os filhos de Israel de insensatos, porque condenaram Susana sem julgamento e sem conhecimento claro, e o mesmo disse que era falso o testemunho que os anciãos levantaram contra ela (Dn 13, 49). Hoje, são milhares aqueles que são condenados injustamente, que são obrigados a carregarem o peso da calúnia sobre os ombros por anos e anos, raramente aparece um "Daniel" para ajudar-lhes. Daniel pediu que separassem os anciãos um do outro para serem julgados. Ele perguntou ao primeiro: ". dize-nos debaixo de que árvore os viste entretendo-se juntos" (Dn 13, 54), e o velho mentiroso e caluniador lhe respondeu: "Debaixo de um lentisco" (Dn 13, 54). E Daniel, indignado diante de tal resposta lhe disse: "Mentiste perfeitamente, contra a tua própria cabeça! Pois o anjo de Deus, já tendo recebido a sentença da parte de Deus, te rachará pelo meio" (Dn 13, 55). Daniel mandou chamar o segundo velho mentiroso e lhe fez a mesma pergunta: ". dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste entretendo-se juntos" (Dn 13, 58), e o velho caluniador respondeu: "Debaixo de um carvalho" (Dn 13, 58). E Daniel lhe disse: "Mentistes perfeitamente, tu também, contra a tua própria cabeça. Pois o anjo de Deus está esperando, com a espada na mão, para te cortar pelo meio, a fim de acabar convosco" (Dn 13, 59). Diante da atitude justa de Daniel, a assembléia acordou e clamou em alta voz: ". bendizendo ao Deus que salva os que nele esperam" (Dn 13, 60). Feliz daquele que confia em Deus, porque o homem é sempre volúvel e misterioso. Se os caluniadores desse mundo fossem julgados com rigor e justiça, como o fez Daniel, com certeza o mundo seria melhor e não existiria tanta injustiça e crime entre as pessoas. Os anciãos foram condenados à morte: "Mataram-nos, portanto, e assim foi poupado o sangue inocente, naquele dia" (Dn 13, 62). Aqueles que não tiveram boca e coragem para defendê-la, agora louvam a Deus pela inocência da mesma: "Então Helcias e sua mulher elevaram um hino a Deus por causa de sua filha Susana, com Joaquim seu marido, e todos os seus parentes, porque nada de torpe havia sido encontrado nela" (Dn 13, 63). Se a boca do fofoqueiro merece ser chamada de boca de lixo, que nome dar então para a boca do caluniador? Santo Afonso Maria de Ligório escreve: "O caluniador torna-se responsável por todo o prejuízo desonesto de sua difamação". Se você, caluniador, não mudar de vida, não será rachado pelo meio como aconteceu com o primeiro ancião mentiroso, nem cortado pelo meio como aconteceu com o segundo, mas será "assado" nas chamas do inferno eterno.
Pe. Divino Antônio Lopes FP. Anápolis, 05 de junho de 2008
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