ISMAEL E JESUS (Gn 21, 16)
"Não quero ver morrer a criança!"
Agar FOI EXPULSA da casa de Abraão e saiu andando ERRANTE pelo DESERTO: "Ela saiu andando errante no deserto de Bersabéia" (Gn 21, 14). Quando a água acabou, Agar colocou o seu filho Ismael debaixo de um arbusto, sentou-se longe dele, porque não queria vê-lo morrer de sede: "Sentou-se defronte e se pôs a gritar e chorar" (Gn 21, 16).
Ismael foi expulso da CASA de Abraão. Cristo Jesus foi levado para fora de JERUSALÉM.
Agar e Ismael percorreram o árido e quente DESERTO de Bersabéia. Maria Santíssima e Jesus Cristo permaneceram por três horas no seco CALVÁRIO.
O menino Ismael está com SEDE e Agar se desespera. Ela coloca o menino na sombra de um arbusto; depois se afasta para não vê-lo morrer. Ela senta-se, grita e chora. Jesus Cristo está com SEDE: "Tenho sede!" (Jo 19, 28), e Nossa Senhora permanece em silêncio, sem se desesperar. Nosso Senhor não estava DEITADO na sombra de um arbusto, mas sim, pregado no lenho duro da cruz. A Virgem Maria não se afasta, nem se senta, nem grita... mas permanece de pé junto à cruz: "Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe..." (Jo 19, 25), e: "Maria não fulgiu do Gólgota: com os olhos atentos, via cada gota de sangue regar a pessoa de seu Filho, via todo espasmo do rosto divino, via a horrível morte aproximar-se lentamente" (Pe. João Colombo).
O Anjo disse para Agar: 'Que tens, Agar? Não temas, pois Deus ouviu os gritos da criança, do lugar onde ele está. Ergue-te! Levanta a criança, segura-a firmemente, porque eu farei dela uma grande nação'. Deus abriu os olhos de Agar e ela enxergou um poço. Foi encher o odre e deu de beber ao menino" (Gn 21, 17-19). Para Maria Santíssima não foi dada água para MATAR a SEDE de Cristo Jesus.
Católico, contemple a Cristo Crucificado e reze devotamente: "Meu Deus, fazei de mim o que quiserdes. Quero aceitar, para vos agradar, todos os sofrimentos que quiserdes me mandar: doenças, dores, angústias, desprezos, pobreza, perseguições e desolações. Tudo aceito para vos agradar" (Santo Afonso Maria de Ligório).
Pe. Divino Antônio Lopes FP. Anápolis, 07 de agosto de 2008
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