NÃO SERÁ PERDOADA

(Mt 12, 31)

 

"Por isso vos digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada".

 

Contra o Espírito Santo peca não só aquele que blasfema com palavras, mas também aquele que blasfema com fatos, pecando com malícia deliberada, isto é, procurando cientemente o mal espiritual, para obter um bem e uma vantagem material. "Peca-se contra o Espírito Santo, quando o pecado é dirigido contra o bem apropriado ao Espírito Santo, que é a caridade. Contra o Pai é o pecado da fraqueza; contra o Filho é o pecado da ignorância; contra o Espírito Santo vai o pecado de deliberada malícia" (Santo Tomás de Aquino).

Santo Hilário escreve: "Condena o Senhor, de uma maneira severíssima, as palavras dos fariseus e a perversidade de todos aqueles que estão de acordo com eles, prometendo o perdão aos pecados e negando-o a todo o que blasfemar contra o Espírito Santo: 'Portanto, vos digo: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados" (In Matthaeum, 12), e: "Porém, é necessário ter presente que não seriam perdoados a cada momento todos os que pecarem, mas só os que  fizerem uma penitência em relação a seus pecados. Estas palavras derrubam por terra o erro dos novacianos, que sustentavam que, uma vez caído o homem fiel, era incapaz de levantar-se por meio da penitência para merecer o perdão dos pecados, e especialmente o da negação da fé na perseguição. Segue: 'Mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada" (Remígio). 

Por deliberada malícia se peca, quando de sangue frio se prefere o pecado à graça de Deus; quando se negligencia os meios que servem para impedir o apego ao pecado. Distinguem-se seis pecados contra o Espírito Santo; assim de acordo com seis pecados contra o mesmo Espírito, com seis diferentes modos, de se preferir o pecado à graça de Deus. São estes:

 

1. A desesperação da salvação eterna; pecado este, que se dirige contra um Deus que recompensa o bem e perdoa ao pecador penitente.

O Pe. Bernardo Häring comenta sobre o desespero.

O desespero pode apresentar-se sob duas formas diferentes, segundo sua origem; ambas, porém, são mais ou menos idênticas.

A) Falta de verdadeiro desejo dos bens eternos. O homem renuncia totalmente aos bens eternos e dá preferência aos bens terrenos. Tal gesto de menosprezo é resultante da falta de amor a Deus e de excessivo apego aos bens terrenos (principalmente aos prazeres sensuais).

O estado de alma que caracteriza de maneira mais exata esta ausência de desejo dos bens prometidos pelo Senhor, coincide perfeitamente com o último pecado capital: a indolência ou torpor espiritual, a acedia. A acedia é uma aversão às coisas de Deus, seja pelo fato de se dar preferência às coisas terrenas, ou porque o temor que se tem dos sacrifícios exigidos pela imitação de Cristo é maior que o desejo de alcançar o escopo final: a vida em união amorosa com Deus.

O motivo de temor dos castigos divinos é próprio para impelir o homem a corrigir esta atitude. Somente, porém, a esperança cristã, transfigurada e abrasada pela caridade divina tem a virtude de eliminá-la pela raiz.

Assim como a preguiça espiritual, também a falta de esperança, que não procede tanto da desconfiança contra a misericórdia divina, como do apego excessivo aos bens terrestres, apresenta grande variedade de graus, e admite a possibilidade de culpa leve, excluído, é óbvio, o caso, em que uma inversão radical situe os valores terrenos acima dos divinos.

B) Falta de confiança na infinita bondade de Deus. Em flagrante contradição com as garantias fornecidas pelo próprio Deus, o desesperado não crê mais que Deus possa ou queira perdoá-lo, reerguê-lo de sua vida pecaminosa e conceder-lhe uma boa hora de morte. E, assim, ao pecado contra a esperança, acrescenta ele um pecado contra a fé.

Os pecados contra a esperança fecham totalmente o coração humano à influência do Espírito Santo. Por isso, o desespero é contado entre os pecados contra o Espírito Santo. É também um dos mais terríveis pecados, porque inutiliza, de antemão, todo esforço salvador.

 

2. A presunção de se salvar sem merecimento próprio; este pecado põe de lado o temor de Deus que castiga o mal.

O Pe. Bernardo Häring comenta sobre a presunção.

A presunção não se opõe diretamente ao impulso da alma para Deus, nem à confiança, mas ao temor salutar, que é um dos elementos essenciais da virtude teologal da esperança.

Ou o presunçoso ofende diretamente a Justiça divina, imaginando que Deus lhe dará a felicidade eterna, mesmo sem que se converta sinceramente e se submeta aos mandamentos divinos (tal negação da necessidade da conversão e do mérito constitui, além do mais, uma falta grave contra a fé), ou ele peca contra a sobrenaturalidade da esperança, ousando pensar que poderá conquistar o céu com suas próprias forças naturais, ou com a simples observância das leis morais. (Essa pretensão inclui, muitas vezes, o desconhecimento do caráter sobrenatural do fim último!). A presunção é um atentado contra o dogma da gratuidade da graça da perseverança. Pois, o presunçoso considera-se já merecedor desta graça ou com o direito estrito de merecê-la no futuro. Omitir a oração pela boa morte constitui falta semelhante à presunção.

O pecado de presunção nasce do orgulho. Muitas vezes ele resulta também da heresia: pelagianismo mais ou menos consciente, ou o erro protestante sobre a certeza pessoal da salvação.

Retardar a própria conversão na falsa esperança de que Deus não permitirá que o pecador chegue a perder-se eternamente, não é, ainda, por certo, pecado caracterizado, de presunção, mas é, isso sim, pecado grave contra a virtude da esperança. Pois demonstra que o pecador deixou perecer em si mesmo o verdadeiro sentimento de temor em face da justiça divina. Deus jamais prometeu esperar a conversão do pecador, que tantas vezes desprezou a graça. Ao contrário, advertiu-o frequentemente com a ameaça da condenação eterna. Em geral, o que propriamente constitui o pecado de presunção não é o adiamento da conversão, mas o fato de o pecador, levado por um certo menoscabo de Deus, expor a perigo a sua salvação. Isto constitui, indubitavelmente, falta grave contra a esperança e contra a caridade para consigo mesmo.

Comete pecado grave de presunção quem acumula pecados sobre pecados, julgando que Deus perdoa com a mesma facilidade, tanto pecados graves, como leves, tanto numerosos, como poucos. Pois, se assim fora, o motivo da esperança desvirtuar-se-ia em incentivo para se pecar com tanto maior insolência e ousadia. Também não corresponde à verdade, que Deus perdoe com igual facilidade, tantos pecados graves e numerosos, como pecados leves e em menor número. Pois quanto mais longa for a cadeia de pecados e mais profunda a queda, tanto mais difícil e improvável se torna a conversão. Corresponde, sem dúvida, à verdade divina, que Deus jamais nega o perdão mesmo ao maior dos pecadores sinceramente arrependido, assim como perdoa ao que somente cometeu faltas leves. Mas a verdadeira questão está em saber se tal pecador ainda encontrará forças para produzir um arrependimento sincero e eficaz, depois de haver tantas vezes adiado a conversão e acumulado pecados. Deus não prometeu conceder em todo tempo graças extraordinárias de conversão àquele que viveu repelindo com insolência as graças ordinárias.

Não se caracteriza, porém, como verdadeira presunção, a atitude de quem peca repetidas vezes, levado pela veemência da paixão e raciocinando, eventualmente, da maneira seguinte: "De qualquer modo, devo mesmo confessar-me; por isso alguns pecados a mais ou a menos não têm importância". . . Mas tal procedimento denuncia grave deficiência de esperança teologal, falta de temor de Deus e grosseira ingratidão para com a graça do sacramento da penitência.

O meio mais eficaz para se dar combate às tentações de desespero, de tibieza espiritual e de presunção é a meditação dos novíssimos. O recurso confiante à Mãe da Misericórdia é também arma de grande valor, que deve ser aconselhada aos que se debatem na tentação do desespero.

 

3. A contradição à verdade conhecida. É a negação da fé, para poder pecar mais desembaraçadamente.

 

4. A inveja da graça concedida a outros, e do aumento da graça divina no mundo. Este pecado tem sua malícia em impedir o auxílio da graça interna.

 

5. A obstinação no pecado, isto é, a falta de bom propósito de se separar do pecado.

 

6. A impenitência ou o propósito de não fazer penitência, impossibilitando a volta para Deus.

O Catecismo Romano ensina: "O pecado que leva à morte eterna é a impenitência final ou a obstinação no mal, com todas as suas consequências. É o pecado contra o Espírito Santo. Cf. Mt 12, 31ss; Mc 3, 28ss; Lc 12, 10. Vide Noldin, Theol. Mor. I, IV art. 3)" (Parte IV. Nota 70).

 

Se estes pecados se dizem irremissíveis, não é porque de nenhum modo possam ser perdoados. Todos os pecados, por mais graves que sejam, são por Deus generosamente perdoados nesta vida, contanto que sejamos verdadeiramente penitentes. Os pecados contra o Espírito Santo são chamados irremissíveis, porque primeiro muito mais do que quaisquer outros pecados são indignos do perdão divino, porque lhes dá uma malícia deliberada que não pode invocar nenhuma atenuante, como os pecados cometidos por ignorância ou fraqueza; segundo: à semelhança de doentes incuráveis, que são refratários a qualquer remédio, os pecados contra o Espírito Santo rejeitam tudo que possa merecer seu perdão. Mas como nas doenças incuráveis não está excluída a possibilidade de cura por meio de um milagre, assim nestes pecados contra o Espírito Santo é possível, que haja ainda perdão de Deus, porque a Deus nada é impossível, mas tais conversões são raríssimas e devem ser consideradas coisas extraordinárias, milagres da divina misericórdia. Esperar uma conversão nestas condições é temeridade; pois temeridade é supor e esperar que uma ação má, praticada com toda a malícia, e com a intenção de insultar e provocar a ira divina mova sua bondade e misericórdia: "Todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada' (Mt 12, 31). Pelo contrário, quem a profere é culpado de um pecado eterno. A misericórdia de Deus não tem limite, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento, rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode levar à impenitência final é à perdição eterna" (Catecismo da Igreja Católica, n.° 1864).

É de bom aviso, pois, evitar estes pecados, que são de todos os mais perigosos, porque sem um milagre de Deus, deles não se terá perdão. Se realmente estamos resolvidos a não cair nestes pecados, conservemos sempre a pureza da consciência e fujamos do pecado venial. Geralmente uma queda grave é preparada por uma série de faltas leves. As quedas se repetem e pouco a pouco levam ao abismo. Uma vez chegado a este ponto, é desprezada a misericórdia e a justiça de Deus, perde-se a noção da verdade e da graça e nenhum remorso do pecado cometido se experimenta: "O ímpio, quando chegou ao profundo dos pecados, despreza tudo" (Pr 18, 3).

O Papa João Paulo II escreve: "Tendo em conta tudo o que temos vindo a dizer até agora, tornam-se mais compreensíveis algumas outras palavras impressionantes e surpreendentes de Jesus. Poderemos designá-las como as palavras do 'não-perdão'. São-nos referidas pelos Sinóticos, a propósito de um pecado particular, que é chamado 'blasfêmia contra o Espírito Santo'. Elas foram expressas na tríplice redação dos Evangelistas do seguinte modo: São Mateus: 'Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. E àquele que falar contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, quem falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no futuro'. São Marcos: 'Aos filhos dos homens serão perdoados todos os pecados e todas as blasfêmias que proferirem; todavia, quem blasfemar contra o Espírito Santo jamais terá perdão, mas será réu de pecado eterno'. São Lucas: 'E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem, perdoar-se-á; mas a quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado'. Por que a 'blasfêmia' contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido entender esta 'blasfêmia? Santo Tomás de Aquino responde que se trata de um pecado 'imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos, graças aos quais, é concedida a remissão dos pecados'. Segundo uma tal exegese, a 'blasfêmia' não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita o deixar-se 'convencer quanto ao pecado', que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a 'vinda' do Consolador: aquela 'vinda' que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que 'purifica a consciência das obras mortas'. Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas 'obras mortas', no pecado. E a 'blasfêmia contra o Espírito Santo' consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta 'não-remissão' está ligada, como à sua causa, à 'não-penitência', isto é, à recusa radical a converter-se. Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem 'sempre' abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: 'receberá do que é meu', disse Jesus. Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos. Ora, a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso 'direito' de perseverar no mal - em qualquer pecado - e recusa por isso mesmo a Redenção. O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados. A ação do Espírito da verdade, que tende ao salvífico 'convencer quanto ao pecado', encontra no homem que esteja em tal situação uma resistência interior, uma espécie de impermeabilidade da consciência, um estado de alma que se diria endurecido em razão de uma escolha livre: é aquilo que a Sagrada Escritura repetidamente designa como 'dureza de coração'. Na nossa época, a esta atitude da mente e do coração corresponde talvez a perda do sentido do pecado, à qual dedica muitas páginas a Exortação Apostólica Reconciliatio et Paenitentia. Já o Papa Pio XII tinha afirmado que 'o pecado do século é a perda do sentido do pecado'. E esta perda vai de par com a 'perda do sentido de Deus'. Na Exortação acima citada, lemos: 'Na realidade, Deus é a origem e o fim supremo do homem, e este leva consigo um gérmen divino. Por isso, é a realidade de Deus que desvenda e ilumina o mistério do homem. É inútil, pois, esperar que ganhe consistência um sentido do pecado no que respeita ao homem e aos valores humanos, quando falta o sentido da ofensa cometida contra Deus, isto é, o verdadeiro sentido do pecado'. É por isso que a Igreja não cessa de implorar de Deus a graça de que não venha a faltar nunca a retidão nas consciências humanas, que não se embote a sua sensibilidade sã diante do bem e do mal. Esta retidão e esta sensibilidade estão profundamente ligadas à ação íntima do Espírito da verdade. Sob esta luz, adquirem particular eloquência as exortações do Apóstolo: 'Não extingais o Espírito!'. 'Não contristeis o Espírito Santo!'. Mas, sobretudo, a Igreja não cessa de implorar com todo o fervor, que não aumente no mundo o pecado designado no Evangelho por 'blasfêmia contra o Espírito Santo'; e, mais ainda, que ele se desvie da alma dos homens - e como repercussão dos próprios meios e das diversas expressões da sociedade - deixando espaço para a abertura das consciências, necessária para a ação salvífica do Espírito Santo. A Igreja implora que o perigoso pecado contra o Espírito Santo ceda o lugar a uma santa disponibilidade para aceitar a missão do Consolador, quando Ele vier para 'convencer o mundo quanto ao pecado, quanto à justiça e quanto ao juízo'. Jesus, no seu discurso de despedida, uniu estes três domínios do 'convencer', como componentes da missão do Paráclito: o pecado, a justiça e o juízo. Eles indicam o âmbito do 'mistério da piedade', que na história do homem se opõe ao pecado, ao mistério da iniquidade. Por um lado, como se exprime Santo Agostinho, está o 'amor de si mesmo levado até ao desprezo de Deus'; por outro, 'o amor de Deus até ao desprezo de si mesmo'. A Igreja continuamente eleva a sua oração e presta o seu serviço, para que a história das consciências e a história das sociedades, na grande família humana, não se rebaixem voltando-se para o pólo do pecado, com a rejeição dos mandamentos de Deus 'até ao desprezo do mesmo Deus'; mas, pelo contrário, se elevem no sentido do amor em que se revela o Espírito que dá a vida. Aqueles que se deixam 'convencer quanto ao pecado' pelo Espírito Santo, deixam-se também convencer quanto 'à justiça e quanto ao juízo'. O Espírito da verdade que vem em auxílio dos homens e das consciências humanas, para conhecerem a verdade do pecado, ao mesmo tempo faz com que conheçam a verdade da justiça que entrou na história do homem com a vinda de Jesus Cristo. Deste modo, aqueles que, 'convencidos quanto ao pecado', se convertem sob a ação do Consolador, são, em certo sentido, conduzidos para fora da órbita do 'juízo': daquele 'juízo' com o qual 'o Príncipe deste mundo já está julgado'. A conversão, na profundidade do seu mistério divino-humano, significa a ruptura de todos os vínculos com os quais o pecado prende o homem, no conjunto do 'mistério da iniquidade'. Aqueles que se convertem, portanto, são conduzidos para fora da órbita do 'juízo' pelo Espírito Santo', e introduzidos na justiça, que se encontra em Cristo Jesus, e está n'Ele porque a 'recebe do Pai', como um reflexo da santidade trinitária. Esta justiça é a do Evangelho e da Redenção, a justiça do Sermão da Montanha e da Cruz, que opera a 'purificação da consciência' mediante o Sangue do Cordeiro. É a justiça que o Pai faz ao Filho e a todos aqueles que Lhe estão unidos na verdade e no amor. Nesta justiça o Espírito Santo, Espírito do Pai e do Filho, que 'convence o mundo quanto ao pecado', revela-se e torna-se presente no homem, como Espírito de vida eterna" (Encíclica "Dominum et Vivificantem, 46-48).

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis, 05 de outubro de 2008

 

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. "Não será perdoada"

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