HÁ UMA SÓ NECESSIDADE

(Fl 2, 12)

 

“... operai a vossa salvação com temor e tremor”.

 

Como é triste ver milhões de católicos correndo desenfreados atrás das coisas perecíveis e caducas desse mundo... atrás daquilo que passa e que não pode alegrar o coração nem satisfazer a alma imortal.

Há uma só necessidade: Salvar a alma! Esse é o dever dos deveres... é o dever de todos o mais santos... é o mais importante... o mais sublime dos deveres.

Escreve São Pedro Julião Eymard: “Preciso salvar a minha alma, isto é, ganhar o céu e evitar a eternidade do inferno. Salvar a minha alma é o fim da minha criação, da minha Redenção, é o fim da minha vida... Preciso salvar-me a todo o custo. Salvar-me, servir a Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo, ganhar o céu, é a obra magna de minha vida. Tudo o mais não passa de puerilidade, vaidade e decepção... Salvar-me é negócio particular. Cada um por si e para si, em se tratando da Eternidade... Se conseguir salvar a minha alma, tudo está ganho. Se não o conseguir, tudo está, pelo contrário, irremediavelmente perdido... Na hora da morte, só uma coisa pode consolar e animar a alma preste a apresentar-se a Deus: é tê-lo servido fielmente... Riquezas, dignidades, prazeres deste mundo, deixam após si pesar e remorso. Mas, para quem já está por amor a Deus morto a tudo o que não é Deus ou para Deus, então bem suave é morrer... Por isso os Santos tudo sacrificaram em vida. E assim fizeram para mais de perto se dedicarem a Deus. A lei soberana de sua vida era: Quero salvar a minha alma, a todo o custo, embora venha a sofrer o martírio”.

Nenhum dever é mais importante do que o de salvar a alma. O descuido de nenhum outro tem tão funestas consequências... quem perde a alma perde tudo.

Quer vivamos pouco, quer muito, nunca teremos outra coisa mais necessária a fazer do que salvar a nossa alma: “A salvação eterna não é só o mais importante, senão o único negócio que nesta vida nos importa” (Santo Afonso Maria de Ligória), e: “No mundo há um só bem e um só mal. O único bem, salvar-se; condenar-se, o único mal” (São Francisco Xavier), e também: “Há uma alma, e perdida esta, tudo está perdido. Há uma eternidade, e a alma, uma vez perdida, para sempre o será” (Santo Afonso Maria de Ligória), e ainda: “O reino dos céus não se dará aos preguiçosos, senão aos que trabalharam no serviço do Senhor” (São Bernardo de Claraval), e: “O demônio trabalha sem repouso para perder-te, e tu, tratando-se de tua felicidade ou de tua desgraça eterna, tanto te descuidas?” (Santo Agostinho).

É grande loucura desprezar uma alma imortal para se agarrar ao lixo do mundo. É grande estupidez abandonar a alma para se apegar aos bens, honras e prazeres que acabam com a morte.

É grande sabedoria salva a alma. Salva a alma, tudo está salvo: o céu e a posse do próprio Deus.

A alma vive pela graça santificante. Ela morre espiritualmente pelo pecado grave e se enfraquece pelo pecado leve.

Em que estado se acha nossa alma? Na amizade com Deus ou nas garras do demônio?

Sejamos sinceros conosco e com Deus que nos observa. Aproveitemos cada minuto para aumentar a vida da graça.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis, 01 de janeiro de 2013

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Há uma só necessidade”

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