UM HOMEM CHAMADO SIMEÃO

(Lc 2, 22-35)

 

22 Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, 23 conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, 24 e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 25 E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. 26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, 28 ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo: 29 ‘Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; 30 porque meus olhos viram tua salvação, 31que preparaste em face de todos os povos, 32 luz para iluminar as nações, e glória de teu povo, Israel’. 33 Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição — 35 e a ti, uma espada traspassará tua alma! — para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações’”.

 

 

MENSAGENS PARA A VIDA

 

1.ª mensagem: Submeteu-se espontaneamente à lei.

 

São Beda comenta: “Se examinarmos as palavras da lei, veremos certamente que a mesma Mãe de Deus, como não havia concebido por obra de um homem, não estava obrigada ao preceito legal. Porque não era considerada como impura toda mulher que dava a luz, mas somente aquela que dava a luz por obra de um homem, pelo qual se distinguia aquela que havia concebido e dado à luz sendo virgem. Porém, para que nós nos víssemos livres do jugo da lei, Maria, como Cristo, se submeteu espontaneamente a ela”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

2.ª mensagem: Livre de toda mancha.

 

Tito Bostrense escreve: “Por isso disse claramente o evangelista que se cumpriu o tempo da purificação, segundo a lei. E na verdade que não tinha necessidade a Santíssima Virgem de esperar os dias de sua purificação, porque, havendo concebido por obra do Espírito Santo, se viu livre de toda mancha”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

3.ª mensagem: É preciso abandonar os vícios para comparecer diante de Deus.

 

São Beda explica: “Depois de trinta e três dias de sua circuncisão, o Senhor é apresentado, dando a entender de uma maneira mística que ninguém, se não está circuncidado dos seus vícios, é digno de se apresentar diante de Deus, e que todo o que não estiver livre do apego ao corpo mortal, não pode desfrutar perfeitamente das alegrias da cidade eterna”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

4.ª mensagem: Abriu o seio virginal.

 

São Gregório de Nissa ensina: “Esta prescrição da lei para cumprir-se de uma maneira singular e diferente das outras no Deus encarnado. Com efeito, somente Ele, concebido inefavelmente e nascido de uma maneira incompreensível, abriu o seio virginal, não aberto antes pela união conjugal, e se conservou milagrosamente depois do parto em sinal de castidade”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

5.ª mensagem: Seio inviolável.

 

Santo Ambrósio comenta: “Porque não foi um homem que abriu o seio virginal, mas o Espírito Santo infundiu gérmen imaculado naquele seio inviolável. Aquele, pois, que santificou as entranhas da outra para que nascesse o profeta, é o mesmo que abriu as entranhas de sua Mãe para nascer o imaculado”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

6.ª mensagem: Rolas e pombinhos.

 

São Cirilo de Jerusalém escreve: “O que significa estas oferendas? A rola é a que mais aparece entre todas as aves, e a pomba é o animal mais manso. Tal coisa fez o Senhor para os homens, praticando a mais perfeita mansidão e cantando para atrair o mundo. Tanto a rola como a pomba eram sacrificadas para manifestar-nos por estas figuras que o Senhor sofreria em sua carne pela vida do mundo”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

7.ª mensagem: Candura e castidade.

 

São Beda ensina: “A pomba representa a candidez e a rola a castidade; porque a primeira ama a simplicidade, e a última a castidade, de tal modo que, se por casualidade perde sua companheira não busca outra. Por essa razão se oferece uma rola e uma pomba ao Senhor em sacrifício, porque o trato simples e honesto dos fiéis é um sacrifício agradável à sua justiça”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

8.ª mensagem: Castidade e mansidão.

 

Santo Atanásio explica: “Por isso mandou que se oferecessem duas coisas, porque, como o homem consta de alma e de corpo, Deus exige de nós duas classes de sacrifícios: a castidade e a mansidão, não só do corpo, mas também da alma. Porque, de outro modo, o homem seria falso e hipócrita, cobrindo com aparente inocência uma malícia oculta”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

9.ª mensagem: Lágrimas ocultas e reunião da Igreja.

 

São Beda comenta: “Estas aves, pombas, tem por seu costume gemer, simboliza a tristeza presente dos santos; se diferenciam, que a rola voa só pelos bosques, enquanto que a pomba tem o costume de voar em companhia de outras pombas; uma representa as lágrimas ocultas de nossas orações, e a outra, as reuniões públicas da Igreja”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

10.ª mensagem: Vida ativa e vida contemplativa.

 

São Beda ensina: “A pomba que voa em companhia das outras, representa a agitação da vida ativa; e a rola que se alegra na solidão, representa as alturas da vida contemplativa”. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

11.ª mensagem: Sacrificar a vontade própria.

 

A Virgem Maria sacrifica a vontade própria. Evidentemente a lei da purificação não a obrigava de nenhum modo; porque, que podia haver que purificar na Mãe de Deus, numa criatura mais pura do que os anjos, e que longe de ter, pelo seu parto sobrenatural, contraído a menor mácula, se tinha tornado ainda mais pura e mais virgem? Todavia, sujeita-se à lei, e não se dispensa de nenhuma das suas prescrições: como as mulheres ordinárias, ela conserva-se retirada e separada de todo o trato com o mundo; como elas, abstém-se, durante quarenta dias, de entrar no templo. Como elas, oferece a vítima de purificação prescrita pela lei. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

12.ª mensagem: Modelo de obediência.

 

A Virgem Maria nos ensina a obedecer... grande modelo de obediência. A verdadeira obediência não pergunta o porquê do preceito; faz com simplicidade o que lhe prescrevem; não gosta das dispensas, aceita-as, se são impostas, e não as solicita senão quando o exige o dever. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

13.ª mensagem: Sacrificar o amor próprio.

 

Maria Santíssima sacrifica o amor próprio. Era para ela uma grande glória ser ao mesmo tempo Virgem-Mãe e Mãe de Deus. Ela sacrifica esta dúplice glória: a primeira, sujeitando-se à cerimônia da purificação, que a fazia passar na opinião pública por uma mulher ordinária, a quem o seu parto havia tornado impura; a segunda, resgatando o seu Filho como um escravo, e resgatando-o com o modesto preço que os pobres davam. Que lição de humildade para nós que gostamos tanto de alardear o que nos honra e de falar em nosso proveito. “Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor, e para oferecer em sacrifício, como vem dito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc 2, 22-24).

 

14.ª mensagem: Testemunhas da encarnação.

 

Santo Ambrósio ensina: “Recebeu testemunho a encarnação do divino Verbo, não só os anjos e os profetas, dos pastores e seus pais, mas também dos justos e dos anciãos”. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

15.ª mensagem: Não buscar a felicidade mundana.

 

São Gregório de Nissa diz que Simeão não buscava a felicidade mundana: “Não esperava na verdade o prudente Simeão a felicidade mundana para a consolação de Israel; mas sim, a verdadeira passagem ao brilho da verdade, pela separação das sombras da lei, pois lhe havia sido revelado que haveria de ver ao Cristo antes de sair desta vida”. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

16.ª mensagem: Consolação: vinda do Messias.

 

Diz que estava esperando a consolação de Israel, isto é, a vinda do Messias; e não só ele o esperava, como todo o povo judeu. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

17.ª mensagem: O Espírito Santo estava em Simeão.

 

A Sagrada Escritura diz que o Espírito Santo estava nele. Alguns dizem que é o espírito de santificação e, como dizem os teólogos, justificante, pela graça. Pois diz antes que ele era justo. Assim comenta São Gregório de Nissa, citado por Santo Tomás de Aquino. Outros entendem ser o espírito de profecia. E certamente podemos acreditar que tinha um e outro espírito, aquele por ser justo e este porque o vemos em seguida profetizar. O evangelista disse que estava nele o Espírito Santo, para dar razão como recebeu resposta do mesmo Espírito Santo, pois estava nele. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

18.ª mensagem: Simeão: sacerdote e cego?

 

Alguns estudiosos comentam que Simeão foi sacerdote, como dizem São Cirilo de Jerusalém e Santo Epifânio. Já Eutimio e Teofilacto dizem o contrário, e parece que esses dois estão mais corretos; porque, se Simeão fosse um sacerdote, com certeza o evangelista teria mencionado. Celso também diz que Simeão era cego, e, ao contato com o Menino Jesus, recebeu a cura. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

19.ª mensagem: Testemunho de alguns judeus.

 

O que parece provável é que quis o Espírito Santo que dessem testemunho de Cristo alguns judeus quando era oferecido no templo, para que resultasse de mais autoridade num lugar tão público e pudesse conhecer todo o povo que havia nascido já o Messias tão esperado. Para este fim escolheu a Simeão e Ana, duas testemunhas digníssimas, pela idade e santidade de vida. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

20.ª mensagem: Por que Simeão foi o escolhido?

 

Podemos ver quatro razões nesta escolha de Simeão para anunciar a Jesus Cristo: 1. Por ser muito santo. 2. Por ser profeta. 3. Pela sua idade avançada. 4. Pelo ardentíssimo desejo com que esperava o Cristo. O evangelista mostra abertamente isso quando escreve: 1. Que era um homem justo e piedoso. 2. Que o Espírito Santo estava nele. 3. Que não morreria sem ter visto o Messias. 4. Que esperava com particular ânsia a consolação de Israel. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

21.ª mensagem: São José era pai de Jesus Cristo?

 

Esse trecho diz: quando os pais trouxeram o menino Jesus, isto é, Maria e José.  O pai de Jesus Cristo é somente o Pai Eterno. Maria Santíssima era realmente sua Mãe; a José, por ser tido por todos como pai, como disse o evangelista em (Lc 3, 23). Fala muitas vezes a Sagrada Escritura conforme a maneira de opinar os homens de cada época, como observa São Jerônimo. Nossa Senhora também chama a São José, pai de Cristo (Lc 3, 48). Ela, Maria, bem sabia que não havia concebido senão do Espírito Santo. Orígenes diz que José é chamado pai de Jesus, por ser pai adotivo. Podemos também chamar de mãe não somente aquela que deu à luz, mas também a que amamentou e que criou a criança. “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

22.ª mensagem: Não só viu o Messias, mas o tomou nos braços.

 

Está claro que recebeu Simeão muito mais do que o Espírito Santo lhe havia prometido. Havia prometido que Simeão visse o Menino Jesus... e agora toma-o nos braços... o abraça, e quem sabe, beija-o: “Tocou o manto de Cristo aquela mulher, e ficou curada. Se encontrou ela tanto proveito somente em tocar o manto de Jesus; que podemos pensar de Simeão, que recebeu o Menino com suas mãos e se alegrava tendo em suas mãos o Menininho que veio para libertar os cativos?” (Orígenes). “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

23.ª mensagem: Maria sacrificou seu próprio Filho.

 

Ela amava esse querido Filho mil vezes mais do que a si mesma; era a sua alegria, a sua felicidade, o seu tesouro e o seu tudo. Todavia, oferece-o em sacrifício a seu Pai para a salvação do mundo. No altar do seu coração, mais ainda do que suas mãos, ela apresenta à justiça divina esta adorável vítima, consentindo em perdê-la um dia para a redenção dos homens. A este espetáculo, poderemos dizer-nos filhos de Maria, se ainda tivermos apego a alguma coisa neste mundo, à nossa vaidade, ao nosso bem-estar, a qualquer coisa que nos pareça preciosa? Que são todos estes sacrifícios em comparação do sacrifício que fez Maria sacrificando o seu amado Filho? “E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão que era justo e piedoso; ele esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele veio ao Templo, e quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir as prescrições da Lei a seu respeito, ele o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo” (Lc 2, 25-28).

 

24.ª mensagem: Quem não possui Jesus está preso.

 

Orígenes comenta: “Como se Simeão dissesse: Quando eu não tinha Jesus Cristo, estava como preso e não podia sair das prisões”. “‘Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque meus olhos viram tua salvação, que preparaste em face de todos os povos, luz para iluminar as nações, e glória de teu povo, Israel’. Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição —  e a ti, uma espada traspassará tua alma! — para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações’” (Lc 2, 29-35).

 

25.ª mensagem: Os santos querem o céu.

 

São Basílio Magno, meditando a atitude de Simeão escreve: “Se examinarmos os clamores dos justos, veremos que todos choram sobre este mundo e sua lamentável duração”. “‘Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque meus olhos viram tua salvação, que preparaste em face de todos os povos, luz para iluminar as nações, e glória de teu povo, Israel’. Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição — e a ti, uma espada traspassará tua alma! — para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações’” (Lc 2, 29-35).

 

26.ª mensagem: Somente Cristo pode nos libertar.

 

Santo Ambrósio explica: “Esse justo que deseja livrar-se da prisão do seu corpo, nele está como sepultado, para começar a ser com Cristo. Porém, quem quiser livrar-se desse corpo deve ir ao templo, ir a Jerusalém, esperar a Cristo, o ungido do Senhor, receber em suas mãos o Verbo de Deus e abraçá-lo com os braços da fé. Então será livre, e não verá a morte quem contemplou a vida”. “Se examinarmos os clamores dos justos, veremos que todos choram sobre este mundo e sua lamentável duração”. “‘Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque meus olhos viram tua salvação, que preparaste em face de todos os povos, luz para iluminar as nações, e glória de teu povo, Israel’. Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição — e a ti, uma espada traspassará tua alma! — para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações’” (Lc 2, 29-35).

 

27.ª mensagem: Sinal de contradição.

 

Jesus Cristo traz a salvação a todos os homens; no entanto, para alguns será sinal de contradição, porque se obstinam em rejeitá-lo. “‘Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque meus olhos viram tua salvação, que preparaste em face de todos os povos, luz para iluminar as nações, e glória de teu povo, Israel’. Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição — e a ti, uma espada traspassará tua alma! — para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações’” (Lc 2, 29-35).

 

28.ª mensagem: Maria participa nos sofrimentos do Filho.

 

A espada a que Simeão se refere expressa a participação de Maria nos sofrimentos do Filho; é uma dor indescritível que atravessa a sua alma. O Senhor sofreu na Cruz pelos nossos pecados; e esses mesmos pecados de cada um de nós forjaram a espada de dor da nossa Mãe. Portanto, temos um dever de reparação e desagravo não só em relação a Jesus, mas também à sua Mãe, que é também Mãe nossa. “‘Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque meus olhos viram tua salvação, que preparaste em face de todos os povos, luz para iluminar as nações, e glória de teu povo, Israel’. Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição —  e a ti, uma espada traspassará tua alma! — para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações’” (Lc 2, 29-35).

 

29.ª mensagem: Maria Santíssima não se deixa abater.

 

Disse Simeão: e a ti, uma espada traspassará tua alma! Mas que espada de dor será essa? Estas tremendas palavras, que nenhum mal em particular anunciava, davam lugar a que ela temesse todos os males. Ameaçada de males extremos sem saber quais são, a sua alma somente vê de todas as partes espadas pendentes sobre a sua cabeça, não sabe de que lado se há de resguardar, e padece mil mortes em um momento. Porém, a Virgem Maria, em uma tal dor, não se deixa abater; entrega-se a todos os desígnios de Deus para com ela, e sacrifica-lhe todo o seu futuro. Não me acontecerá senão o que Deus quiser, diz ela consigo; e o que Deus quer, devo sempre aceitar. Admirável tranquilidade de Maria entre tão grandes sacrifícios! Que belo exemplo de resignação à vontade de Deus! “‘Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque meus olhos viram tua salvação, que preparaste em face de todos os povos, luz para iluminar as nações, e glória de teu povo, Israel’. Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição — e a ti, uma espada traspassará tua alma! — para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações’” (Lc 2, 29-35).

 

 

OBS: Essa pregação não está concluída; assim que “surgirem” novas mensagens as acrescentaremos.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 23 de novembro de 2016

 

 

Bibliografia

 

Sagrada Escritura

São Beda, Escritos

Tito Bostrense, Escritos

São Gregório de Nissa, in homilia de occursu Domini

Santo Ambrósio, in Lucam, 1, 2

São Cirilo de Jerusalém, homilia, 17

Santo Atanásio, in serm. super Omnia mihi tradita sunt

M. Hamon, Meditações para todos os dias do ano

Pe. Juan de Maldonado, Comentários aos quatro Evangelhos

São Basílio Magno, in homil. de gratiarum actione

Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus

 

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Um homem chamado Simeão”
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