TENDE 
                      CONFIANÇA, SOU EU
                      
                       
                      
                      
                      Mt 14, 27:
                      “Tende confiança, sou eu, não 
                      tenhais medo”.
                       
                      
                      
                      I. 
                      Querido Senhor, trilhamos o caminho da santificação, mas 
                      somos criaturas frágeis e pecadoras... diante de nossas 
                      misérias somos tentados a deixar tudo, porque vemos que a 
                      perfeição desejada está muito distante. Somente a 
                      confiança em Ti nos anima a perseverar no caminho do bem:
                      
                      “Nunca desanimemos por causa das nossas fragilidades 
                      involuntárias, mas agarremo-nos em Cristo Jesus, 
                      abandonemo-nos n’Ele. Deus não só pode e quer 
                      santificar-nos, mas por ser onipotente, pode construir a 
                      nossa santificação sobre os destroços das nossas 
                      fraquezas”
                      (Bem-aventurado José Allamano).
                       
                      
                      
                      II. 
                      Amado Jesus, os
                      “túneis” escuros que surgem no caminho da 
                      santidade às vezes nos apavora e nos mete medo... sentimos 
                      que tudo está prestes a desmoronar sobre a nossa cabeça 
                      tão confusa e vacilante. Mas, quando olhamos para Ti, ó 
                      Luz Eterna, firmamos os passos... jogamos o “fardo” 
                      da desconfiança fora e caminhamos para vencer a escuridão:
                      
                      “É preciso ter confiança em Jesus. Lembra-te de que a 
                      falta de confiança é a coisa que mais fere o seu Coração 
                      divino”
                      (Santa Teresa do Menino Jesus).
                      
                       
                      
                      
                      III. 
                      Manso Cordeiro, 
                      Tu disseste: “Sou eu”. Se és Tu, o Deus 
                      Eterno, nada deve nos assustar, intimidar e amedrontar; 
                      pelo contrário, confiando na sua força e proteção, devemos 
                      buscar decididamente e com coragem a santidade enquanto é 
                      tempo: 
                      “Se a coragem ajuda nas pequenas decisões, 
                      nas grandes é indispensável. Quantos grandes destinos 
                      deixaram de ser abraçados por covardia!”
                      (Dom Rafael Llano Cifuentes).
                       
                      
                      
                      IV. 
                      Mestre Santíssimo, o que seria de nós sem a sua ajuda? 
                      Somos limitados e jamais conseguiremos crescer 
                      espiritualmente sem o seu apoio. Confiando em Ti 
                      venceremos toda e qualquer barreira: 
                      “É contrário à 
                      humildade aspirar a coisas demasiado elevadas, confiando 
                      apenas nas próprias forças; mas, se pusermos a nossa 
                      confiança em Deus e desta maneira nos arriscarmos às 
                      coisas mais dificultosas, já esta ação deixa de ser 
                      contrária à humildade, mormente quando consideramos que 
                      tanto mais elevamos para Deus quanto mais profundamente a 
                      Ele nos submetemos pela humildade”
                      (Santo 
                      Tomás de Aquino).
                       
                      
                      
                      V. 
                      Misericordioso Salvador, Tu disseste: “Tende 
                      confiança”. Sim! Confiamos somente em Ti; porque 
                      as criaturas mudam com frequência e possuem o coração 
                      traiçoeiro: “É preciso confiar 
                      n’Ele e depositar só n’Ele toda a confiança”
                      
                      (Bem-aventurado Columba Marmion).
                      
                       
                      
                      
                      VI. 
                      Príncipe da paz, 
                      não podemos parar de caminhar na perfeição por causa  dos 
                      obstáculos e dificuldades... não podemos também sentir 
                      medo de Ti, porque Tu és o Deus-Amor... é preciso sim, que 
                      confiemos de coração em Ti; porque, sem essa confiança 
                      jamais chegaremos à meta desejada: 
                      “Tudo pode me 
                      acontecer, inclusive de cometer  pecado mortal, mas nunca 
                      perderei a confiança”
                      (São Cláudio de la Colombière).
                       
                      
                      
                      VII. 
                      Bom Pastor, Tu 
                      és o Deus que nos protege e nos defende contra os lobos 
                      furiosos... por que deixar de confiar em Ti para buscar 
                      apoio nas criaturas que hoje estão de pé e amanhã já estão 
                      sepultadas na lama da infidelidade? Em Ti Senhor... 
                      somente em Ti confiamos totalmente: 
                      “A confiança é o 
                      que mais agrada a Jesus. Se confiamos no coração de um 
                      amigo que nos ama, como não confiar no coração de um Deus 
                      no qual reside a bondade infinita, da qual a bondade das 
                      criaturas é uma pálida sombra? Desconfiar do coração de um 
                      Deus que se fez homem, que morreu como um malfeitor na 
                      cruz, que se dá em alimento a nossas almas diariamente 
                      para fazer-se um com suas criaturas não é um crime?”
                      (Santa Teresa dos Andes).
                       
                      
                      
                      VIII. 
                      Fiel Amigo, Tu 
                      disseste:
                      
                      “... não tenhais medo”. 
                      Um coração que repousa em Ti, ó Senhor, não tem motivo 
                      para sentir medo das ameaças dos inimigos, porque Tu és 
                      forte e protege quem em Ti confia, não deixando que nada 
                      de mau lhe aconteça: 
                      “As realidades criadas, como coisas 
                      perecíveis e caducas, desaparecem, ao passo que nosso 
                      coração somente encontra repouso em algo que seja estável 
                      e sólido. Ao se apoiar nas criaturas, nosso coração não se 
                      sente seguro. A pessoa humana hoje está viva; amanhã, 
                      morta. Se queremos repouso, temos de depositar o coração e 
                      a alma em Cristo crucificado mediante a fé e o amor. 
                      Somente assim teremos a alma repleta de alegria” 
                      
                      (Santa Catarina de Sena).
                       
                      
                      
                      IX. 
                      Servo Humilde,
                      se 
                      não confiarmos em Ti... em quem confiaremos? Nas criaturas 
                      que hoje estão de pé e amanhã já estarão no sepulcro? 
                      Longe de nós tal coisa Senhor! Em Ti encontramos a mais 
                      robusta coluna que nos sustenta e nos mantém de pé quando 
                      soprarem os ventos tempestuosos: 
                      “Tudo posso 
                      naquele que me fortalece”
                      (Fl 4,13).
                       
                      
                      
                      X. 
                      Deus Eterno, 
                      somos pobres pecadores, vermes imundos, criaturas 
                      ingratas... mas confiamos em Ti... confiamos no seu 
                      perdão. Somos miseráveis, mas o nosso coração ainda está 
                      pulsando... ainda há uma esperança... tende misericórdia 
                      de nós Senhor, não nos abandone: 
                      “Jesus, os 
                      condenados do inferno não esperavam em Vós, porque para 
                      eles já não há remédio nem redenção. Quanto a nós, por 
                      miserável que somos, achamos sempre em Vós a promessa que 
                      Vos obriga a nos perdoar e salvar se nós o quisermos”
                      
                      (Pe. Luís Bronchain).
                       
                      
                      Pe. 
                      Divino Antônio Lopes FP.
                      
                      
                      Anápolis, 31 de julho de 2011
                       
      
        Veja também:
                      
                      
                      Jesus caminha sobre as águas e Pedro com Ele