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				JESUS CRISTO FOI COM OS APÓSTOLOS AO GETSÊMANI 
				
				(Mt 26, 36; Mc 14, 
				32; Lc 22, 39; Jo 18, 1) 
				  
				
				Em Mt 26, 36 diz:
				“Então Jesus foi com eles a um lugar 
				chamado Getsêmani”. 
				
				Em Mc 14, 32 diz:
				“E foram a um lugar cujo nome é 
				Getsêmani”. 
				
				Em Lc 22, 39 diz: 
				“Ele saiu e, como de costume, dirigiu-se 
				ao monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam”. 
				
				Em Jo 18, 1 diz: 
				“Tendo dito isso, Jesus foi com seus 
				discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia ali um 
				jardim, onde Jesus entrou com seus discípulos”. 
				  
				
				  
				
				Depois da Última Ceia, Jesus Cristo 
				e os Apóstolos recitaram os salmos de ação de graças, como era 
				costume. A seguir, a pequena comitiva dirigiu-se a um horto 
				vizinho, chamado das Oliveiras. Jesus tinha prevenido Pedro e os 
				demais Apóstolos de que, nessa noite, todos – de um modo ou de 
				outro – o negariam deixando-o só. 
				
				  
				
				
				  
				
				O Pe. Juan Leal explica: O nome de 
				Getsêmani, em hebraico, gath schemanim, significa
				lagar do azeite. Era, ao parecer, uma propriedade 
				ou horto fechado plantado de oliveiras situado ao lado oriental 
				da torrente do Cedron, ao pé do Monte das Oliveiras, frente ao 
				Templo, cuja muralha externa oriental apenas distava uns cem 
				metros. Uma tradição que se remonta até o século IV nos permite 
				assinalar com bastante exatidão o lugar que ocupava este lugar 
				venerando. Em um recinto de uns cinquenta metros de lado se 
				mostram ainda hoje oito grandes oliveiras muito velhas, 
				que bem poderiam ser do tempo de Jesus Cristo. Não sabemos quem 
				era o dono daquele horto, mas podemos supor que pertencia a 
				algum amigo ou discípulo de Jesus. São Marcos 14, 51-52 
				foi o único que citou um jovem que saiu envolto num lençol; 
				alguns dizem que é possível que o horto pertencesse a essa mesma 
				família do jovem que havia posto o cenáculo a disposição de 
				Cristo para celebrar a Páscoa. A cena do Getsêmani, contada 
				pelos três sinóticos, se refere também, resumida, em Hb 5, 7. 
				O Monte das Oliveiras, ao oriente de Jerusalém, está separado do 
				Monte do Templo pelo vale do Cedron. Já desde tempo antigo este 
				monte era um lugar de oração (2 Sm 15, 32) talvez pelo 
				santuário de Nob (1 Sm 21, 2). O monte foi o cenário da 
				visão de Ezequiel da glória de Deus. Jesus Cristo tinha o 
				costume de ir ao Monte das Oliveiras com os seus Apóstolos. 
				
				  
				
				
				  
				
				O Pe. Juan de Maldonado comenta: 
				São João diz que era um lugar onde Jesus Cristo se retirava 
				muitas vezes para rezar; e, como São João observa, Judas 
				Iscariotes sabia que era costume de Cristo recolher-se ali (Jo 
				18, 2).  São Lucas diz: Ele saiu e, como de costume, 
				dirigiu-se ao monte das Oliveiras (Lc 22, 39). 
				Por que se chama Getsêmani? Isto é, vale 
				ou horto oitavo e fértil.
				Fértil, porque o era; e oitavo, 
				porque como dizem alguns, havia ao redor de Jerusalém muitas e 
				formosas vilas e numerosos hortos, que pela distância a que se 
				encontravam da cidade levavam um número, de 
				maneira que um era o primeiro, outro o 
				segundo, como entre os romanos de dizia a primeira 
				pedra, a segunda, a terceira 
				de distância da cidade. 
				
				  
				
				
				  
				
				Dom Duarte Leopoldo 
				ensina: Assim chamado por causa dos cedros que abundavam 
				na vizinhança. O vale do Cedron é o mesmo de Josafá. A 
				leste de Jerusalém está o Getsêmani ou 
				Jardim das Oliveiras. Ali está a célebre gruta onde 
				começou a agonia de Nosso Senhor, hoje convertida em igreja. 
				Conservou-lhe, quanto possível, a feição primitiva, para nada 
				tirar da santa unção que reveste este lugar sagrado. Em torno da 
				gruta florescem ainda hoje oito grandes e colossais 
				oliveiras que se dizem contemporâneas de Nosso Senhor, 
				testemunhas da sua agonia e tristeza de morte. 
				
				  
				
				
				  
				
				O Pe. Manuel de Tuya explica: Do 
				Cenáculo foi Jesus Cristo com os onze Apóstolos para o Monte das 
				Oliveiras, onde havia um horto chamado Getsêmani. Seu nome 
				corresponde ao aramaico Gath-shemani, e significa 
				lugar de azeitonas ou azeites. Esse 
				lugar devia pertencer a algum discípulo ou amigo, pois Jesus 
				visitava esse lugar com frequência (Lc 
				22, 39; Jo 18, 2). 
				
				  
				
				
				  
				
				O Pe. Luís de la Palma ensina: O 
				Senhor se reuniu aos discípulos que o esperavam, e acompanhado 
				por eles, saiu de casa, era noite. Deixou para trás a ingrata 
				cidade que não o tinha reconhecido, e subiu em direção ao Monte 
				das Oliveiras do outro lado da torrente do Cedron, onde 
				costumava rezar de noite. Enquanto caminhava, olhando a todos, 
				disse-lhes: Todos vós vos escandalizareis de mim esta noite, e 
				fugireis, e me deixareis sozinho quando virdes o que me vai 
				acontecer. O Senhor falava-lhes do que naquele momento fazia 
				sofrer o seu coração; mostrava-lhes antecipadamente, como 
				verdadeiro Deus, o que havia de acontecer. Para animá-los dizia 
				que morreria por sua própria vontade, e voltaria para 
				perdoá-los. Que o sabia antes que acontecesse, e por isso lho 
				dizia: A mim não me vai surpreender que vos escandalizeis de mim 
				e me abandoneis; sei que há de acontecer. Há muito tempo o 
				Profeta Zacarias profetizou: Ferirei o pastor e as ovelhas 
				do rebanho serão dispersas. 
				
				Andareis como fugitivos e assustados. Há, porém, 
				duas coisas que vos podem consolar: Eu ressuscitarei ao terceiro 
				dia, e depois de ressuscitado, esperarei por vós na Galiléia e 
				ali me vereis, e ao ver-me, vos enchereis de alegria. 
				
				Conversando, chegaram ao vale profundo e sombrio 
				chamado Vale do Cedron. Na parte mais profunda passava um riacho 
				seco, por isso lhe chamavam também Torrente do Cedron (Jr 31, 
				40). Do outro lado da torrente, à esquerda, no declive do 
				Monte das Oliveiras, ficava o Horto do Getsêmani que, por ser um 
				lugar solitário e afastado, o Senhor tinha escolhido muitas 
				vezes para rezar. Ao passar pelo vale e pela torrente, os 
				discípulos esforçavam-se por parecer corajosos, mas é de supor 
				que estivessem angustiados e com medo. O vale era escuro e a 
				torrente profunda, as árvores frondosas; alongavam-se sombras 
				negras pelos penhascos e concavidades do monte; a solidão e o 
				silêncio eram grandes; a noite estava fechada e era muito tarde. 
				Há muito tempo Judas tinha partido. 
				
				Tinham falado de traições, de desonra, de 
				torturas e de morte. O efeito que tudo isto pode produzir, no 
				meio daquela escura solidão, no ânimo de uns homens fracos e 
				indefesos, era notório. 
				
				  
				
				
				  
				
				Daniel-Rops 
				escreve: Para ir do Cenáculo ao Monte das Oliveiras, o 
				caminho mais direto deveria fazer-se pela ponte que, 
				atravessando o Tiropéon levava até ao Templo, e, daí, depois de 
				transposta a esplanada, sair pela Porta Dourada. Todavia, 
				ninguém, exceto os sacerdotes, penetrava de noite naquele lugar 
				Santo. Jesus e os discípulos tiveram, pois, de descer para os 
				bairros baixos, a fim de contornarem o cunhal sudeste das 
				muralhas, seguindo, talvez, por aquela rua de degraus tão 
				espaçosos, que burros e camelos podiam subi-los e descê-los. No 
				fundo do Vale estreito, o Cedron fazia correr as águas turvas 
				que lhe deram o nome, o qual, em hebraico, significa 
				“negro” ou “salgado”; águas que, na 
				primavera, não duram mais do que quatro ou cinco semanas, mas 
				que, neste momento, rugem e correm com violência, antes que a 
				estiagem transforme o ribeiro num leito seco, eriçado de 
				calhaus. 
				
				O lugar que, naquela última noite, deveria 
				acolher Jesus, era uma propriedade plantada de oliveiras, que 
				São Marcos e São Mateus denominam Getsêmani, o que significa 
				“engenho do azeite”. Sem dúvida que se trata duma 
				dessas instalações modestas, como ainda hoje se veem com 
				frequência na Palestina, às quais os proprietários das regiões 
				circunvizinhas levam as azeitonas, e onde um burro atrelado a 
				uma barra giratória, faz mover vagarosamente as mós de madeira 
				muito dura. 
				
				Hoje, num jardinzinho tosquiado, ao qual 
				circundam várias cornijas floridas, oito troncos enormes, 
				quase que inteiramente ocos e reduzidos às cascas, produzem 
				ainda débeis ramos em que se criam algumas raras azeitonas. 
				Não é, porém, muito provável que tão nobres destroços hajam, na 
				juventude, abrigado Jesus Cristo, porque se a oliveira tem uma 
				vida quase eterna, e se algumas existem em Corfu e Mitilene que 
				passam por ter para cima de mil anos, a verdade é que por 
				ocasião do cerco de Tito, nenhuma árvore poderia ter ficado 
				naquela região, que foi lugar dos mais bárbaros combates. A 
				vinte metros do cercado, uma capela subterrânea com vitrais 
				violáceos enche-se do perfume e do clarão ardente de cem tochas. 
				
				  
				
				
				  
				
				O Dicionário Bíblico explica: 
				Getsêmani (gr. Gethsemanei, provavelmente do 
				aramaico gat shemanê, “lagar de azeite”). O lugar onde Jesus 
				Cristo foi rezar depois da última ceia e onde foi preso (Mt 
				26, 36ss; Mc 14, 32ss). São Lucas diz que ele foi 
				para o Monte das Oliveiras (22, 39), como costumava 
				fazer; São João diz que ele foi para um jardim no Monte 
				das Oliveiras, onde ia frequentemente com seus discípulos 
				(18, 1ss). O moderno Getsêmani é um bosque fechado com 
				oito oliveiras que já eram antigas no século XVI, mas 
				seguramente não têm 2000 anos de idade. Esse bosque 
				acha-se ao pé do Monte das Oliveiras, onde a moderna rodovia 
				para Jericó se afasta do antigo caminho de montanha para 
				Betânia. A pequena distância ao Norte, junto à cripta da igreja 
				do túmulo da Virgem, que é tudo o que resta de uma igreja 
				medieval, há uma gruta que era chamada de gruta da Agonia no 
				século XIV. Enquanto nenhuma dessas identificações podem ser 
				aceitas como certas, o Getsêmani devia encontrar-se aqui ou 
				muito perto daqui. 
				  
				
				  
				  
				
				  
				
				Nosso Senhor foi para o Getsêmani, lugar onde 
				costumava se recolher com frequência para rezar. 
				Não buscou um lugar desconhecido... não fugiu dos 
				perseguidores. Foi exatamente para o lugar que o 
				traidor, Judas Iscariotes, conhecia perfeitamente: 
				“Ora, Judas, que o estava traindo, 
				conhecia também esse lugar, porque, frequentemente, Jesus e seus 
				discípulos aí se reuniam” (Jo 18, 2). 
				
				Nosso Senhor quer que sejamos corajosos 
				e que enfrentemos os perseguidores 
				com valentia... não devemos viver em 
				cantos escuros com medo de tudo e de todos. Nascemos para a luta 
				e luta contínua:  
				“Os bravos, embora temam também as coisas 
				pavorosas que assustam todos os mortais, enfrentam-nas como 
				devem e como o prescrevem as regras da honra” 
				(Aristóteles) e: 
				“Homem valente é aquele em quem a 
				coragem acaba por prevalecer sobre o medo”
				(Dom Rafael Llano Cifuentes), e 
				também:   “Recuar diante do inimigo 
				ou calar-se, quando de toda parte se ergue tanto alarido contra 
				a verdade, é próprio de homem covarde ou de quem vacila no 
				fundamento de sua crença. Qualquer destas coisas é vergonhosa em 
				si; é injuriosa a Deus; é incompatível com a salvação tanto dos 
				indivíduos como da sociedade, e só é vantajosa aos inimigos da 
				fé, porque nada tanto afoita a audácia dos maus, como a 
				pusilanimidade dos bons”
				(Leão XIII), e ainda: 
				“Não importa se és ou não corajoso, 
				contanto que sempre combatas como se o fosses”
				(Santa Teresa do Menino Jesus). 
				  
				
				  
				
				Jesus Cristo não foi para o centro 
				barulhento e movimentado de 
				Jerusalém, cidade ingrata; mas sim, buscou o 
				silêncio do Monte das Oliveiras para esperar os 
				perseguidores. 
				
				Diante das iminentes provações da 
				vida é preciso buscar com frequência o silêncio 
				para fortalecer a alma e saber tomar a 
				decisão correta. Quem não faz silêncio está sempre desprevenido 
				e acaba sendo pego de surpresa: 
				“O silêncio nos é necessário para que 
				planejemos a ação”
				(Pe. Gaston Courtois). Aquele que 
				vive no barulho e agitação está 
				sempre desprevenido: 
				“Não há progresso, nem mesmo coragem, sem reflexão e silêncio”
				(René Bazin), e: 
				“O barulho dispersa, 
				espalha e esbanja. O silêncio recolhe, recupera e condensa. 
				Aquele que não sabe colocar na vida momentos de silêncio, não 
				tarda em viver na superfície da alma”
				(Pe. Gaston Courtois). 
				  
				
					
						| 3.ª mensagem:
						Santíssima Eucaristia, Pão dos fortes. | 
					 
				 
				  
				
				Antes de seguir o Senhor para o Monte das 
				Oliveiras, os Apóstolos se fortaleceram recebendo 
				a Santa Comunhão: 
				“Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo-o abençoado, 
				partiu-o e, distribuindo-o aos discípulos, disse: ‘Tomai e 
				comei, isto é o meu corpo’. Depois, tomou um cálice e, dando 
				graças, deu-lho dizendo: ‘Bebei dele todos, pois isto é o meu 
				sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para 
				remissão dos pecados’”
				(Mt 26, 26-28). 
				
				Para subir o Monte das Oliveiras, ou melhor, o 
				“Monte” das  dificuldades, é preciso fortalecer 
				a alma recebendo bem e com frequência a Santíssima 
				Eucaristia. 
				
				Quem recebe Jesus eucarístico 
				frequentemente e bem, recebe continuamente
				novas energias. A vida da graça adquire nova 
				robustez. As faculdades vitais da graça se 
				desencadeiam, forçam por passar à ação, para realizar algo por 
				Deus: viver como filhos de Deus, executar intrepidamente 
				alguma coisa pelo reino de Deus, instaurar tudo em Cristo. 
				Ama-se o bem, combatem-se os próprios defeitos, exercita-se 
				contra o mal, evitam-se os pecados graves, os veniais tornam-se 
				sempre mais raros. Os instintos perversos são controlados e já 
				não conseguem impor-se. Fica-se a salvo de um sem número de 
				fraquezas. Cristo aumenta a vida da graça, infunde novas 
				energias para viver como filhos de Deus: 
				“Perseverai na prática 
				fiel da Comunhão cotidiana. Ponde antes de tudo a vida e o 
				regime espiritual e divino da vida, que Nosso Senhor mesmo vos 
				deu. Nutri-vos a alma, pela manhã, para o dia todo, com esse 
				Alimento celeste... Sois de Deus, pertenceis sempre a Deus; é 
				mister, pois, viver continuamente de Deus, repousar em Deus, 
				alegrar-vos em Deus. Ora, como podereis senão pela Sagrada 
				Comunhão? O patrão sustenta a serva: comungai, pois, todos os 
				dias. Que será de vosso trabalho se não comerdes o Pão da Vida? 
				Comei para poderdes trabalhar. Gastando diariamente as forças, 
				precisais refrescá-las e refazê-las incessantemente na fonte 
				divina: a Comunhão vos é tão necessária à alma quanto a 
				respiração aos pulmões” (São Pedro Julião 
				Eymard). 
				  
				
					
						| 4.ª mensagem: Seguir Jesus 
						Cristo a qualquer hora.
						Era noite. | 
					 
				 
				  
				
				Os Apóstolos não sugeriram que 
				esperasse o dia clarear para irem ao Getsêmani. 
				
				Quem ama verdadeiramente a Jesus Cristo não 
				escolhe horário para segui-lo... de dia ou 
				de noite  está sempre disposto e 
				preparado para seguir o Mestre. Seguir a Cristo é ser 
				cristão... está claro que não existe horário 
				para ser cristão, mas é preciso sê-lo sempre: 
				de dia e de noite. 
				  
				
					
						| 5.ª mensagem: Seguir a Nosso 
						Senhor em qualquer situação. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo não escondeu as dificuldades 
				e as provações que os Apóstolos teriam que passar, 
				mas disse-lhes abertamente: “Essa 
				noite todos vós vos escandalizareis por minha causa, pois está 
				escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho se 
				dispersarão” (Mt 26, 31). 
				
				Muitos querem seguir a Jesus Cristo pelo caminho
				fácil e tranquilo... longe dos 
				obstáculos e sofrimentos. Nosso Senhor 
				mesmo disse: “Se alguém quer vir após 
				mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
				(Mt 16, 24), e: 
				“Seguir a Cristo é 
				acompanhá-lo por onde quer que Ele vá, ou seja para o Tabor, ou 
				seja para o Calvário...” (Pe. Alexandrino 
				Monteiro), e também: 
				“Falo assim não por causa das privações, pois aprendi a 
				adaptar-me às necessidades; sei viver modestamente, e sei também 
				como haver-me na abundância; estou acostumado com toda e 
				qualquer situação: viver saciado e passar fome; ter abundância e 
				sofrer necessidade” (Fl 4, 11-12). 
				  
				
					
						| 6.ª 
						mensagem: Não dispensar o 
						próximo dos sofrimentos e provações. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo não dispensou nenhum 
				Apóstolo da ida ao Getsêmani, mesmo sabendo do terrível 
				sofrimento. 
				
				Para seguir a Jesus Cristo é preciso 
				abraçar com amor e alegria os sofrimentos de cada 
				dia. Longe da cruz de Jesus não há santidade 
				nem salvação: 
				“É preciso passar por 
				muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus” 
				(At 14, 22). 
				
				É grande estupidez querer se salvar percorrendo o 
				caminho largo: “... porque largo e 
				espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que 
				entram por ele” (Mt 7, 13). 
				
				É terrível engano querer alcançar o céu longe da 
				cruz: “O céu é nossa pátria, lá Deus nos preparou o repouso numa eterna 
				felicidade. Passamos pouco tempo neste mundo, mas neste pouco 
				tempo temos muitas dores a sofrer” (Santo 
				Afonso Maria de Ligório), e: 
				“O céu é a posse de Deus. 
				No céu contempla-se a Deus, adora-se e ama-se a Ele. Mas para 
				chegar ao céu é preciso desprender-se da terra” 
				(Santa Teresa dos Andes), e também: 
				“Nem Jesus Cristo nosso Senhor esteve 
				uma só hora, enquanto viveu, sem as dores de sua paixão. 
				Convinha, disse, que sofresse o Cristo, ressurgisse dos mortos e 
				assim entrasse na sua glória. Como, pois, procuras outro 
				caminho, que não o da santa cruz? Toda a vida de Cristo foi cruz 
				e martírio e queres repouso e alegria!”
				(Tomás de Kempis). 
				  
				
					
						| 7.ª mensagem: Animar o próximo 
						diante das dificuldades. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus disse aos Apóstolos que sofreria 
				muito nas mãos dos inimigos, mas que ressuscitaria:
				“Jesus disse-lhes então: ‘Essa noite 
				todos vós vos escandalizareis por minha causa, pois está 
				escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho se 
				dispersarão. Mas, depois que eu ressurgir, eu vos precederei na 
				Galiléia”
				(Mt 26, 31-32). 
				
				É preciso animar o próximo diante 
				das provações dessa vida, dizendo-lhe que Deus 
				nunca permite um sofrimento sem recompensá-lo: 
				“Deus não manda nenhum sofrimento sem 
				pagá-lo imediatamente com algum favor” (Santa 
				Teresa de Jesus), e: 
				“Para ganhar o céu, todo 
				sofrimento é pouco” (São José Calazans), 
				e também: “Os sofrimentos do tempo 
				presente não têm proporção com a glória que deverá se revelar em 
				nós”
				(Rm 8, 18), e ainda: 
				“As nossas tribulações do momento são 
				leves e nos preparam um peso de glória eterna”
				(2 Cor 4, 17), e: 
				“Seria uma grande vantagem sofrer a vida 
				inteira todos os tormentos sofridos pelos mártires, só para 
				gozarmos um momento do céu. Com maior razão devemos então 
				abraçar as nossas cruzes, sabendo que os sofrimentos desta vida 
				curta nos farão conquistar uma felicidade eterna”
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
					
						| 8.ª mensagem:
						Não deixar de cumprir a missão 
						por causa dos ingratos. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo não deixou que a ingratidão 
				de Judas Iscariotes atrapalhasse sua ida ao Getsêmani. 
				
				Milhares de pessoas sentem-se abatidas 
				e desanimadas diante da ingratidão... lançam 
				tudo por terra e ficam sem ação. Não podemos deixar de 
				cumprir o nosso dever e missão por 
				causa da ingratidão do próximo; pelo contrário, 
				com o coração cheio de ânimo e fé, 
				devemos agir como verdadeiros e fiéis 
				filhos de Deus que jamais desistem: 
				“Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4, 
				13), e: “A verdade é 
				que todos eles queriam nos amedrontar, pensando: ‘Suas mãos se 
				cansarão do trabalho e jamais será terminado’. No entanto, 
				dava-se o contrário: eu fortalecia minhas mãos!”
				(Ne  6, 9). 
				  
				
					
						| 9.ª mensagem: Fidelidade. | 
					 
				 
				  
				
				Os Apóstolos seguiram a Jesus Cristo na 
				bonança; agora O seguem na tormenta: 
				“Mostra-te fiel até a morte, e eu te 
				darei a coroa da vida” (Ap 2, 10). 
				
				Quem ama a Jesus Cristo permanece fiel 
				a Ele até a morte; nada nesse mundo consegue destruir essa 
				fidelidade: “Quem nos 
				separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a 
				perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Pois estou 
				convencido de que nem a vida, nem os anjos nem os principados, 
				nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a 
				profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do 
				amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor”
				(Rm 8, 35. 38-39), e: 
				“Tem Jesus muitos que amam seu reino 
				celeste; poucos, porém, que levem a sua cruz. Tem muitos 
				sedentos de consolações, raros de tribulações. Encontra 
				numerosos companheiros de sua mesa, poucos de sua abstinência. 
				Todos desejam gozar com ele; poucos querem sofrer alguma coisa 
				por seu amor. Muitos acompanham a Jesus até o partir do pão, 
				raros até o beber do cálice de sua paixão. Muitos veneram os 
				milagres; poucos seguem as ignomínias da cruz. Muitos amam a 
				Jesus, enquanto não lhes sobrevêm adversidades”
				(Tomás de Kempis). 
				  
				
					
						| 10.ª mensagem: Amizade 
						verdadeira. | 
					 
				 
				  
				
				Nenhum Apóstolo mostrou pouca vontade em subir o 
				Monte das Oliveiras. Jesus Cristo não os obrigou... foram 
				porque eram amigos verdadeiros do Mestre. 
				
				Quem é verdadeiro amigo de Jesus Cristo jamais O 
				abandona; mas enfrenta todas as dificuldades o 
				obstáculos para conservar a amizade  com o Senhor: 
				“Quem entrou na amizade com Jesus pôs-se 
				no caminho da salvação, porque ser amigo de Jesus é ser amigo de 
				Deus, do bem e da virtude. Para ser amigo de Jesus é necessário 
				ser inimigo do mundo, do Demônio e do pecado” (Pe. Alexandrino Monteiro). 
				  
				
				  
				
				O Deus Poderoso, criador do céu e da terra, foi 
				para um horto que não lhe pertencia... era propriedade de um dos 
				seus discípulos ou amigo. É 
				edificante o desapego do Senhor; Ele já 
				havia pregado: “As raposas têm tocas 
				e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde 
				reclinar a cabeça”
				(Mt 8, 20). 
				
				Imitemos o exemplo de Nosso Senhor 
				desapegando o coração de todos os bens terrenos: 
				“Quem está agarrado a alguma coisa da 
				terra, ainda que mínima, nunca poderá voar e unir-se todo a 
				Deus... É preciso deixar tudo para ganhar tudo... Não invejemos 
				os grandes do mundo, as suas riquezas, as honras, as dignidades, 
				nem os aplausos que recebem dos homens. Tenhamos inveja dos que 
				mais amam a Jesus Cristo, porque vivem certamente mais contentes 
				do que os maiores reis da terra. Agradeçamos ao Senhor que nos 
				fez conhecer a vaidade de todos os bens terrenos, que causam a 
				perda de tantas almas” (Santo Afonso Maria de 
				Ligório). 
				
				Quem possui Jesus Cristo é rico de todos os bens. 
				  
				
				  
				
				Os onze Apóstolos subiram ao Monte das Oliveiras
				unidos a Jesus Cristo: 
				“Quando Jesus Cristo está presente tudo se torna leve e suave”
				(Tomás de Kempis). Nenhum deles ficou à 
				margem, isto é, afastado do Mestre. 
				
				Para subir ao “monte” das 
				dificuldades e obstáculos que surgem todos 
				os dias pelo caminho, devemos caminhar unidos a 
				Jesus Cristo, nosso Deus forte e poderoso.
				Unidos a Jesus venceremos as batalhas de cada dia:
				“Muitas pessoas 
				desejam chegar à união com Deus, mas não querem as dificuldades 
				que Deus lhes permite” (Santo Afonso Maria de 
				Ligório). Quem caminha longe de Jesus Cristo 
				jamais suportará o peso das dificuldades. 
				  
				
					
						| 13.ª mensagem: Confiança. | 
					 
				 
				  
				
				Os Apóstolos sabiam muito bem das 
				dificuldades que teriam que enfrentar no Monte das 
				Oliveiras; confiantes no poder de Jesus 
				caminharam com passos firmes. 
				
				Quem confia em Jesus Cristo não 
				desiste de caminhar em busca do ideal, mesmo 
				que soprem ventos contrários: 
				“Os que confiam em Deus são como o monte 
				Sião: nunca se abala, está firme para sempre”(Sl 
				125, 1). 
				
				Nosso Senhor não abandona quem confia 
				no seu poder: 
				“Ainda que um exército acampe contra mim, meu coração não 
				temerá; ainda que uma guerra estoure contra mim, mesmo assim 
				estarei confiante”(Sl 27, 3). 
				
				Jesus é a rocha firme onde 
				podemos nos apoiar sem medo: 
				“Repouso tranquilo e firme segurança para os fracos, só nas 
				chagas do Salvador! Ali permaneço seguro porque ele é poderoso 
				para salvar! O mundo agita, o corpo dificulta, o Demônio arma 
				ciladas; não caio, estou firme na rocha”
				(São Bernardo de Claraval). 
				  
				
				  
				
				Os Apóstolos amavam a Jesus Cristo 
				de coração e estavam dispostos a enfrentar todas as perseguições 
				para permanecerem com Ele. 
				
				Não podemos amar a Jesus Cristo, 
				nosso Salvador, com mesquinhez; mas sim, de 
				todo o coração. Para se chegar ao amor perfeito de Cristo é 
				preciso empregar os meios adequados: 
				“1. Recordar-se 
				continuamente dos benefícios divinos, gerais e particulares. 2. 
				Considerar a infinita bondade de Deus que está sempre nos 
				fazendo o bem. Sempre nos ama e procura ser amado por nós. 3. 
				Evitar com cuidado tudo o que o desagrada, por mínimo que seja. 
				4. Renunciar a todos os bens sensíveis deste mundo: riquezas, 
				honras e prazeres dos sentidos”(Santo Tomás de 
				Aquino), e: “Como sois 
				felizes por terdes compreendido que Deus é tudo e a criatura 
				nada, que só Deus merece a homenagem suprema do coração, da vida 
				e de todos os bens”
				(São Pedro Julião Eymard). 
				
				Nenhum obstáculo pode nos afastar 
				do amor de Jesus Cristo: 
				“Cristo comigo, a quem 
				temerei? Mesmo que as ondas se agitem contra mim, mesmo os 
				mares, mesmo o furor dos príncipes: tudo isto me é mais 
				desprezível que uma aranha” (São João 
				Crisóstomo). 
				  
				
					
						| 15.ª mensagem: Olhos fixos em 
						Jesus Cristo. | 
					 
				 
				  
				
				Era noite e o perigo rondava 
				o caminho do Cenáculo até o Monte das Oliveiras. Os onze 
				Apóstolos, para não “tropeçarem”, caminhavam com
				os olhos fixos em Jesus Cristo, luz do mundo: 
				“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue 
				não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”
				(Jo 8, 12). 
				
				Esse mundo assemelha-se ao mar tempestuoso. 
				Quem quiser “navegar” com segurança por ele deve
				fixar os olhos em Jesus Cristo, luz do mundo... 
				sem a ajuda do Senhor as ondas furiosas “engolirão” 
				a frágil barquinha da nossa vida: 
				“... com os olhos fixos 
				naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” 
				(Hb 12, 2). 
				
				O cristão há de fixar o seu olhar em Jesus, 
				como o corredor que uma vez começada a carreira, não se deixa 
				distrair por nada que seja alheio ao seu propósito de chegar à 
				meta: “Se te queres salvar olha para 
				o rosto do teu Cristo. Ele é iniciador da fé num duplo sentido. 
				Primeiro, ao ensiná-la com a sua pregação, e depois porque a 
				imprime no coração. Ele é também por um duplo motivo a 
				consumação da fé, porque a confirma com os seus milagres e 
				porque a premeia” (Santo Tomás de Aquino). 
				
				Aquele que deixa de olhar para Jesus Cristo 
				para fixar os olhos nas coisas caducas desse mundo cairá no 
				abismo, porque longe de Deus a alma se obscurece: 
				“... a alma, sem a 
				presença de seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se 
				com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de 
				completa ignomínia” (São Macário). 
				  
				
					
						| 16.ª mensagem: Fortaleza. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo, Deus forte, caminhou 
				em direção ao Getsêmani com  passos firmes e 
				decididos. Os Apóstolos, apoiados na fortaleza 
				do Mestre, seguiam-no destemidos. 
				
				Para vencer os obstáculos, dificuldades e 
				provações que surgem no nosso caminho, devemos imitar a
				fortaleza de Jesus Cristo, nosso Salvador... caminharmos 
				apoiados n’Ele, principalmente quando o medo invadir o nosso 
				coração: 
				“Marcar metas não basta. 
				É preciso lutar. É forte não aquele que não experimenta 
				fraquezas – todos nós a sentimos –, mas aquele que luta por 
				superá-las; é corajoso não aquele que não sente medo – ninguém é 
				um super-homem –, mas aquele que luta por ultrapassar a 
				covardia... A meta está no fim da vida. A luta dura a existência 
				inteira. E para esse longo combate não bastam gestos enérgicos 
				intermitentes, mas é necessária uma atitude habitual de 
				fortaleza que nos faça ganhar, com o último tiro, a última 
				batalha” (Dom Rafael Llano Cifuentes), 
				e: “As árvores 
				que crescem em lugares sombreados e livres de ventos, enquanto 
				externamente se desenvolvem com aspecto próspero, tornam-se 
				fracas e moles, e facilmente qualquer coisa as fere; mas as 
				árvores que vivem no cume dos montes mais altos, agitadas pelos 
				muitos ventos e constantemente expostas à intempérie e a todas 
				as inclemências, atingidas por fortíssimas tempestades e 
				cobertas por frequentes neves, tornam-se mais robustas que o 
				ferro” (São João Crisóstomo). 
				
				Sem fortaleza é impossível 
				vencer as barreiras e chegar ao lugar desejado:
				“Fortaleza é uma virtude moral 
				sobrenatural que robustece a alma na conquista do bem árduo, sem 
				se deixar abalar pelo medo, nem sequer pelo temor da morte”
				(Adolfo Tanquerey). 
				  
				
				  
				
				Antes de saírem para o Getsêmani, Jesus Cristo e 
				os Apóstolos rezaram (recitaram os salmos de 
				ação de graças, como era costume): 
				“Depois de terem cantado o hino, saíram 
				para o monte das Oliveiras” (Mt 26, 30). 
				
				Sem a oração contínua 
				e fervorosa é impossível perseverar 
				no caminho do bem: “É preciso que nos 
				convençamos de que da oração depende todo o nosso bem. Da oração 
				depende a nossa mudança de vida, o vencer as tentações: dela 
				depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição, a perseverança 
				e a salvação eterna”
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				Se quisermos nos salvar, rezemos sempre. 
				A oração fortalece a alma no combate contra 
				o mundo, o Demônio e a carne. Quem não 
				reza jamais terá força para vencer os obstáculos e chegar à meta 
				desejada, mas sucumbirá. 
				  
				
					
						| 18.ª mensagem:  Nosso Senhor 
						abandona quem abusa do seu amor. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo deixa a cidade de 
				Jerusalém, que tanto tinha amado e cumulado de benefícios.
				Um dia chorou sobre ela, agora abandona-a. 
				
				Não devemos julgar certa a nossa salvação pelo 
				número de benefícios de que até agora temos sido cumulados. Não 
				é só deles que depende a nossa salvação, e sim ainda da nossa 
				cooperação. Será que fomos mais fiéis que Jerusalém? Jesus já 
				teve que chorar sobre nós? Mais de uma vez? Terá, talvez, de nos 
				abandonar? “A clemência foi prometida 
				a quem teme a Deus e não a quem abusa dela... Desgraçado daquele 
				que abusa da bondade de Deus para ofendê-lo mais!”
				(Santo Afonso Maria de Ligório), e:
				“Os pulmões necessitam continuamente 
				de aspirar oxigênio para renovar o sangue; quem não respira 
				morre asfixiado. Pois bem, quem não recebe docilmente a graça 
				que lhe é dada por Deus em cada momento, acaba por morrer de 
				asfixia espiritual”
				(Pe. Reginald Garrigou-Lagrange). 
				  
				
					
						| 19.ª mensagem: Perseverança. | 
					 
				 
				  
				
				Os Apóstolos disseram na ida ao Getsêmani 
				que seguiriam a Jesus Cristo até o fim, mesmo depois de ouvirem 
				do Mestre as dificuldades que teriam que passar:
				“Ao que Pedro disse: ‘Mesmo que tiver 
				de morrer contigo, não te negarei’. O mesmo disseram todos os 
				discípulos” (Mt 26, 35). A 
				princípio, os onze estavam dispostos a perseverar 
				diante das provações. 
				
				Quem quiser se salvar deve perseverar 
				até o fim, sem se assustar com as perseguições, 
				dificuldades e barreiras que surgem no caminho. Não 
				basta ser santo um dia, um mês, um ano; mas é preciso viver 
				santamente até o último suspiro... infeliz daquele que abandona 
				o caminho do céu: “Quem retrocede 
				condena-se voluntariamente e jamais atingirá a meta: é um fraco, 
				um vil, um desertor; enquanto deve o cristão ser forte, 
				intrépido e perseverante... Não há dúvida: quem quiser ganhar 
				sua alma para a vida eterna deve perseverar no bem, sem se 
				assustar com a aspereza das provações”
				(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena), 
				e: “Muitos 
				começam bem, mas poucos sãos os que perseveram. Nos cristãos, 
				não se procura o princípio, mas o fim. O Senhor não exige 
				somente o começo da boa vida, quer também seu bom termo; o fim é 
				que alcançará a recompensa” (São Jerônimo), 
				e também: 
				“Começar é de todos, perseverar, de santos” 
				(São Josemaría Escrivá). 
				  
				
					
						| 20.ª mensagem: Não basta o 
						desejo, mas é preciso a ajuda de Deus. | 
					 
				 
				  
				
				São Pedro e os outros Apóstolos disseram a Jesus 
				Cristo que O seguiriam até o fim, mesmo que tivessem que dar a 
				vida: “Pedro, 
				tomando a palavra, disse-lhe: ‘Ainda que todos se escandalizem 
				por tua causa, eu jamais me escandalizarei’. Jesus declarou: ‘Em 
				verdade te digo que esta noite, antes que o galo cante, me 
				negarás três vezes!’ Ao que Pedro disse: ‘Mesmo que tiver de 
				morrer contigo, não te negarei’. O mesmo disseram todos os 
				discípulos” (Mt 26, 33-35). Só 
				o desejo não basta: 
				“Então todos os discípulos, abandonando-o, fugiram”
				(Mt 26, 56). 
				
				Para seguir a Jesus Cristo não basta o 
				desejo nem bons propósitos; mas é preciso
				apoiar-se n’Ele. Sem a ajuda de Deus 
				é impossível permanecer de pé: 
				“Quando eu penso: ‘Estou quase caindo!’ Vosso amor me sustenta, 
				Senhor! Quando o meu coração se angustia, consolais e alegrais 
				minha alma” (Sl 
				93, 18-19), e: “Junto 
				convosco eu enfrento os inimigos, com vossa ajuda eu transponho 
				altas muralhas” (Sl 
				17, 30). 
				  
				
				  
				
				Os Apóstolos não perderam a fé 
				naquele Senhor que havia ressuscitado mortos, multiplicado 
				pães e peixes, acalmado o mar, transformado a água em vinho, 
				curado enfermos, cegos, paralíticos... e que agora lhes 
				diz: “Essa noite todos vós vos 
				escandalizareis por minha causa”
				(Mt 26, 31). Confiantes 
				no poder de Jesus Cristo caminharam unidos a Ele 
				para o Monte das Oliveiras: “Ele saiu 
				e, como de costume, dirigiu-se ao monte das Oliveiras. Os 
				discípulos o acompanharam”
				(Lc 22, 39). 
				
				É preciso ter fé em Jesus Cristo 
				principalmente quando alguns acontecimentos nos deixam 
				abalados. É muito fácil seguir o Senhor quando tudo vai bem... 
				muitos seguem a Cristo até surgir a primeira provação:
				“Dai-me, 
				Senhor, que minha vida seja vida de fé, que se concretize no 
				pensar, falar, agir unicamente na base dos ensinamentos da fé, 
				fundada em vossas palavras, em vossos exemplos; unicamente por 
				motivos sobrenaturais de fé. Dai-me a graça de reprimir todas as 
				sugestões da razão humana e da experiência, por mais certas que 
				me pareçam, caso estejam no mínimo desacordo não só com os 
				dogmas da fé católica, mas também com tudo o que a fé exigir de 
				mim em palavras, pensamentos e obras” (Bem-aventurado 
				Charles de Foucauld), e: 
				“Esta é a diferença entre nós e os que 
				não conhecem a Deus: eles na adversidade queixam-se e murmuram; 
				a nós as coisas adversas não nos afastam da virtude nem da 
				verdadeira fé. Pelo contrário, estas apoiam-se na dor”
				(São Cipriano), e também: 
				“Nada poderá acontecer que Deus não 
				queira. E tudo quanto ele quer, mesmo que nos pareça mau, é, na 
				verdade, realmente ótimo” (Santo Tomás More). 
				
				A palavra fé significa 
				indubitavelmente as mais das vezes uma adesão da 
				inteligência à verdade, mas fundada na confiança:
				é claro que, para dar crédito a alguém, é necessário ter 
				confiança nele. 
				
				Exercitemo-nos em fazer contínuos atos de 
				fé e vivamos as verdades da nossa fé; porque a fé sem as obras é 
				morta. 
				  
				
					
						| 22.ª mensagem: Ação de graças 
						após a Santa Missa. | 
					 
				 
				  
				
				Depois da Instituição da Eucaristia, 
				antes de saírem para o Monte das Oliveiras, cantaram o 
				hino (Mt 26, 30; Mc 14, 26): 
				“Ninguém deve sair do templo sem dar 
				graças a Deus” (São João Crisóstomo). 
				
				Para tirar grandes frutos da comunhão 
				é conveniente fazer depois a ação de graças. O 
				tempo que segue à Comunhão é tempo de ganhar muitas graças 
				de Deus. Santa Maria Madalena de Pazzi dizia: “O 
				tempo mais apropriado para crescermos no amor de Deus é aquele 
				que segue após a comunhão”. E Santa Teresa de Jesus 
				escreveu: “Não percamos tão boa 
				ocasião de negociar com Deus! Ele não costuma pagar mal a 
				hospedagem, se o recebemos bem”. 
				  
				
				  
				
				A distância entre o Monte das Oliveiras e a 
				cidade de Jerusalém era pouco mais de um quilômetro, 
				alguns dizem que são dois quilômetros, cinco 
				ou seis estádios (antiga medida de distância grega, 
				equivalente a 125 pés geométricos, ou seja, 206,25 m), 
				vinte minutos de caminho a pé. Os Apóstolos, apoiados 
				em Jesus Cristo, caminharam com ânimo... estava 
				escuro, caminho irregular e fazia frio:
				“... estava 
				frio” (Jo 18, 18). 
				
				Não podemos deixar de seguir a 
				Jesus Cristo e de trabalhar para a sua glória por 
				causa das dificuldades que surgem pelo caminho, também as 
				de deslocar de um ponto para outro. Se Jesus Cristo está 
				conosco, caminhemos com ânimo até a meta desejada... mesmo que 
				esta esteja muito distante e cheia de obstáculos: 
				“Ide por todo o mundo...”
				(Mc 16, 15). 
				
				Para chegar ao porto desejado é preciso 
				remar com ânimo contra a maré. Quem 
				desanimar será arrastado pela correnteza das 
				provações e “naufragará”. 
				  
				
					
						| 24.ª mensagem: Fazer a vontade 
						de Deus. | 
					 
				 
				  
				
				Depois de terem cantado o hino, 
				“saíram para o Monte das Oliveiras”
				(Mt 26, 30). Nenhum Apóstolo 
				dispersou ou permaneceu no Cenáculo; mas 
				fizeram a vontade do Mestre seguindo-o sem 
				murmurar. 
				
				Devemos fazer sempre a vontade de Deus sem 
				murmurar; somente assim temos a certeza de que estamos 
				lhe agradando. Fazer a vontade de Deus é o caminho 
				mais curto para o céu: 
				“Toda a santidade consiste em amar a Deus, e todo 
				o amor a Deus consiste em fazer a sua vontade. Devemos, pois, 
				acolher sem reserva todas as disposições da Providência a nosso 
				respeito e, consequentemente, abraçar em paz tudo o que nos 
				acontece de favorável ou desfavorável, nosso estado de vida, 
				nossa saúde, tudo o que Deus quer. Todas as nossas orações devem 
				ser dirigidas pedindo que Ele nos ajude a cumprir sua santa 
				vontade” (Santo Afonso Maria de Ligório), 
				e: “Querer o 
				que Deus quer; querê-lo no modo, no tempo e nas circunstâncias 
				que Ele quer; e querer tudo isto não por outros motivos, mas 
				somente porque Deus quer assim” (São José 
				Cafasso). 
				
				É preciso fazer a vontade de Deus 
				na bonança e nas “tempestades” 
				da vida: “As tribulações, 
				consideradas em si mesmas, são espantosas; mas, consideradas na 
				vontade de Deus, são amor e alegria”
				(São Francisco de Sales). 
				  
				
					
						| 25.ª mensagem: Evangelizar 
						sempre. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo não caminhou para o Monte das 
				Oliveiras com a cabeça baixa, derrotado e humilhado;
				mas sim, animado... e aproveitou o tempo 
				do percurso para orientar os Apóstolos:
				“Depois de terem 
				cantado o hino, saíram para o monte das oliveiras. Jesus 
				disse-lhes: ‘Essa noite todos vós vos escandalizareis por minha 
				causa, pois está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas do 
				rebanho se dispersarão. Mas, depois que eu ressurgir, eu vos 
				precederei na Galiléia” (Mt 26, 30-32). 
				
				Não podemos deixar de evangelizar 
				por causa dos obstáculos que surgem pelo caminho 
				nem por estarmos passando por uma situação difícil:
				zombaria, desprezo, indiferença, ameaças, críticas e 
				perseguições: 
				“Chamaram de novo os apóstolos e açoitaram-nos 
				com varas. E, depois de intimá-los a que não falassem mais no 
				nome de Jesus, soltaram-nos. Quanto a eles, saíram do recinto do 
				Sinédrio regozijando-se, por terem sido achados dignos de sofrer 
				afrontas pelo Nome. E cada dia, no Templo e pelas casas, não 
				cessavam de ensinar e de anunciar a Boa Nova do Cristo Jesus”
				(At 5, 40-42), e: 
				“… devemos contar com as 
				incompreensões que são sinais certos de predileção divina e de 
				que seguimos os passos do Senhor, pois não é o discípulo mais do 
				que o Mestre… Não devemos estranhar que em muitas ocasiões 
				tenhamos que remar contra a corrente num mundo que parece 
				afastar-se cada vez mais de Deus, que tem como fim o bem-estar 
				material… num mundo que alguns querem construir completamente de 
				costas para Deus” (Pe. Francisco Fernández 
				Carvajal). 
				
				Quem ama verdadeiramente a 
				Deus e as almas imortais e 
				espirituais não consegue ficar de braços cruzados: 
				“Uma alma inflamada do amor de Deus não 
				consegue ficar inativa” (Santa Teresa do 
				Menino Jesus). 
				  
				
					
						| 26.ª mensagem: Jesus Cristo não 
						obriga as pessoas a segui-lo. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo saiu para o Monte das Oliveiras e 
				não obrigou nenhum Apóstolo a segui-lo. Ele já 
				havia dito: “Se 
				alguém quer vir após mim...” (Mt 16, 24). 
				
				Devemos seguir a Nosso Senhor por
				amor e não obrigados. 
				
				Ninguém é forçado, mas também ninguém é excluído 
				de seguir a Jesus Cristo. Para segui-lo de fato, é necessário 
				querer seriamente; o mero desejo é de todo insuficiente. Devemos 
				renunciar não só às coisas ilícitas e perigosas, mas também ao 
				próprio juízo, às desordenadas inclinações e à própria vontade. 
				É este o primeiro passo para a perfeição: 
				“Deus não obriga o homem... Ele não 
				violenta nem força a criatura” (Pe. Luiz 
				Fernando Cintra). 
				  
				
					
						| 
				27.ª mensagem: Bom exemplo. | 
					 
				 
				  
				
				O bom exemplo dado 
				por Nosso Senhor durante a vida pública 
				“arrastou” os Apóstolos para o Monte das Oliveiras:
				“Ele tem feito 
				tudo bem” (Mc 7, 37). 
				
				Não existe meio mais certo e eficaz para exercer
				influência direta sobre o próximo do que o 
				bom exemplo, a força e o prestígio de uma personalidade modelar. 
				Nada há mais contagioso do que o exemplo: 
				“O bom exemplo é um sermão que todos 
				podem pregar. Com ele pode fazer-se mais fruto nas almas, do que 
				com muitos discursos que só recreiam os ouvidos. O pregar com a 
				palavra nem a todos é concedido; mas pregar com o exemplo a 
				ninguém é proibido”
				(Pe. Alexandrino Monteiro). 
				  
				
					
						| 
				28.ª mensagem: Fugir das más amizades. | 
					 
				 
				  
				
				Quando Jesus e os Apóstolos foram 
				para o Getsêmani, Judas Iscariotes, o traidor, não estava mais 
				com eles: “Tomando, então, o pedaço 
				de pão, Judas saiu imediatamente” (Jo 13, 30). Nenhum 
				Apóstolo quis seguir o traidor... todos 
				fugiram da sua amizade. 
				
				Não deixemos nos enganar: 
				“... as más companhias 
				apodrecem os bons costumes (1 Cor 15, 33). 
				São milhões aqueles que viviam no caminho do bem e se 
				extraviaram por causa das más companhias: 
				“Vivendo com santos, 
				santo serás, no meio dos maus perverter-te-ás” 
				(Sl 18, 27), e: 
				“Associai-vos com irmãos, 
				em nome do Senhor Jesus Cristo, e ficai longe de qualquer irmão, 
				que tem sua vida em desordem” (2 Ts 3, 6), e também: 
				“Quem lida com piche suja sua mão” 
				(Eclo 13, 1). 
				
				É preciso estarmos atentos para não 
				escorregarmos, isto é, seguirmos aqueles que vivem nas trevas. É 
				próprio da nossa natureza corrompida se deixar impressionar pelo
				mal do que pelo bem: 
				“Mais fácil é contrair 
				uma doença do que dela se curar. Assim acontece que menos nos 
				custa imitar o mau exemplo que outros nos dão, do que deixar nos 
				arrastar pelo seu bom exemplo” (São Gregório Nazianzeno). 
				  
				
					
						| 
				29.ª mensagem: Não se apoiar nas criaturas. | 
					 
				 
				  
				
				Caminhando para o Monte das 
				Oliveiras, os Apóstolos não convidaram um exército para 
				proteger a Nosso Senhor das garras dos inimigos, mas confiaram 
				no seu poder e força:
				“Deus se levanta: seus inimigos 
				debandam, seus adversários fogem de sua frente. Tu os dissipas 
				como a fumaça se dissipa; como a cera derrete na presença do 
				fogo, perecem os ímpios na presença de Deus” 
				(Sl 68, 2-3). 
				
				Infeliz da pessoa que despreza a proteção 
				de Deus para se apoiar nas criaturas... 
				viverá sempre insegura: 
				“Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne a sua 
				força, mas afasta o seu coração de Deus”
				(Jr 17, 5), e: 
				“Desisti do homem, que tem o seu fôlego 
				no seu nariz! Com efeito, que pode ele valer?”
				(Is 2, 22). 
				
				É preciso apoiar em Deus em 
				qualquer situação e desconfiar das 
				criaturas; somente Ele é apoio seguro: 
				“Desde o seio tu és o meu apoio, tu és 
				minha parte desde as entranhas maternas”
				(Sl 71, 6), e: 
				“Em Deus está o meu 
				abrigo” (Sl 62, 8). 
				  
				
					
						| 
				30.ª mensagem: Não murmurar contra Deus. | 
					 
				 
				  
				
				Quando Jesus Cristo disse aos 
				Apóstolos: “Essa noite todos vós vos 
				escandalizareis por minha causa”
				(Mt 26, 31); nenhum Apóstolo 
				murmurou (queixou-se em voz baixa) contra Ele. 
				Todos ouviam o Senhor com atenção e
				respeito. 
				
				É grande loucura e falta de 
				respeito criticar a Deus e se 
				rebelar contra a sua Santa Palavra; quem 
				age assim merece ser repreendido pelo Senhor: 
				“Mais exatamente, quem és tu, ó homem, 
				para 
				discutires com 
				Deus?” 
				(Rm 9, 20). Devemos inclinar a  
				cabeça diante da Palavra de Deus e 
				obedecê-la com respeito e fidelidade:
				“Tua palavra é 
				lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” 
				(Sl 118, 104). 
				
				Quando Deus fala, não podemos murmurar 
				nem protestar. 
				  
				
				  
				
				Jesus Cristo conhecia tudo 
				perfeitamente. Todavia, o Salvador não se enfurece...
				não amaldiçoa Judas Iscariotes no caminho para o 
				Getsêmani, mesmo estando o traidor ausente. 
				
				Devemos usar de caridade para com 
				as pessoas que nos fazem o mal... somente assim seremos 
				verdadeiros seguidores de Nosso Senhor: 
				“Nisso reconhecerão todos que sois meus 
				discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros”
				(Jo 13, 35), e: 
				“Com efeito, se amais aos que vos amam, 
				que recompensa tendes?” (Mt 5, 46). 
				  
				
				  
				
				 
				Jesus Cristo é Deus, dotado de ciência divina e 
				infinita... conhecia a negação de São 
				Pedro... a covardia dos demais Apóstolos que 
				debandariam na hora da grande provação... e 
				permanece manso no caminho para o Monte das Oliveiras. 
				
				Aprendamos de Nosso Senhor a permanecermos 
				mansos diante das pessoas que nos traem... 
				e fogem ao invés de nos ajudar nas horas de 
				provações: “A humilde 
				mansidão é a virtude das virtudes que Deus tanto nos recomendou. 
				É necessário praticá-la sempre e em toda parte”
				(São Francisco de Sales), e: 
				“Se em algum caso raro 
				houvesse necessidades de dizer uma palavra áspera para que 
				alguém percebesse a gravidade do seu erro, é preciso temperar a 
				dureza, terminando com alguma palavra mais mansa” 
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
					
						| 
				33.ª mensagem: Paciência. | 
					 
				 
				  
				
				Com certeza, Jesus Cristo no 
				caminho para o Monte das Oliveiras, olhava para o rosto de 
				cada Apóstolo sabendo que todos O abandonariam em breve... 
				mesmo assim, usou de paciência para 
				com todos; não quis reprová-los com aspereza, rigor e 
				severidade. 
				
				Aprendamos de Jesus Cristo a renunciar aos 
				sentimentos de ódio, de rancor, de antipatia e de 
				vingança... e suportemos com 
				paciência a fraqueza do próximo: 
				“Nós, os fortes, devemos carregar as 
				debilidades dos fracos e não buscar a nossa própria satisfação”
				(Rm 15, 1). 
				  
				
					
						| 
				34.ª mensagem: Humildade. | 
					 
				 
				  
				
				O Deus Poderoso e Santo caminha para 
				o Getsêmani junto com os Apóstolos... homens rudes que O 
				abandonariam na provação. 
				
				Quem possui uma formação espiritual sólida 
				e fiel não pode desprezar as pessoas 
				pecadoras e ingratas, mas deve ajudá-las com 
				humildade a encontrarem o caminho da salvação: 
				“Nunca devemos 
				considerar os homens como perdidos e sem esperança de salvação, 
				nem deixar de ajudar com todo o empenho os que se encontram em 
				perigo nem demorar em prestar-lhes auxílio” 
				(Santo Astério de Amaséia). 
				  
				
					
						| 
				35.ª mensagem: Alegria interior. | 
					 
				 
				  
				
				Os Apóstolos caminharam para o Monte das Oliveiras com a 
				alma transbordando de alegria por terem recebido a Santíssima 
				Eucaristia. 
				
				Quem recebe com frequência e 
				dignamente a Santíssima Eucaristia 
				não fica perturbado diante dos obstáculos, mas 
				caminha com alegria interior em busca do 
				ideal: “Essa alegria do espírito, 
				essa manifestação que, pela Comunhão, faz Jesus de si mesmo, 
				produz em nós o gosto de Deus, sentimento esse que nos conduz às 
				suavidades do seu Coração, nos introduz no santuário do seu 
				Espírito, e no-lo dá a conhecer antes pela impressão mais forte 
				pelo Santíssimo Sacramento e por tudo o que lhe diz respeito e 
				mergulhamos sem dificuldades em Jesus Cristo. Tal facilidade, 
				tal atrativo é um quase mistério, é a graça própria da Comunhão”
				(São Pedro Julião Eymard). 
				  
				
				  
				
				 
				Quando Jesus Cristo disse aos Apóstolos no caminho para o 
				Getsêmani: “Essa noite todos vós vos 
				escandalizareis por minha causa” (Mt 26, 31); nenhum 
				deles faltou ao respeito com o Senhor perguntando 
				onde estava o seu poder e autoridade. 
				
				Diante de alguns acontecimentos 
				desagradáveis, não podemos desrespeitar o 
				Senhor que cuida de nós. Ele sabe o que faz e o que é 
				melhor para seus amigos fiéis: 
				“Vivei respeitando a Deus 
				durante o tempo de vossa peregrinação neste mundo” 
				(1 Pd 1, 17b). 
				
				Por trás de tudo está o Senhor: 
				“A dor dos inocentes está relacionada 
				com Deus porque o acaso não existe. Em última instância, tudo 
				depende do Senhor, que é sempre a origem. Portanto, seja como 
				for, por trás de tudo está Ele. Só não podemos dizer que o 
				pecado e a maldade foram determinados e originados diretamente 
				por Ele, porque semelhante afirmação seria pura e simplesmente 
				incompatível com a essência divina. Digamos apenas que Deus 
				permite a maldade”
				(Pe. Richard Gräf). 
				
				Tudo o que acontece na nossa vida 
				“ou é vontade de Deus ou 
				permissão d’Ele” 
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
				  
				
				 
				Caminhando para o Monte das Oliveiras, os Apóstolos conservaram 
				a paz no coração depois de ouvirem de Jesus 
				Cristo o que aconteceria com Ele naquela noite. Nenhum Apóstolo 
				se desesperou. 
				
				Devemos manter a paz no 
				coração quando recebermos notícias tristes. 
				É preciso confiar em Nosso Senhor e não 
				desesperarmos: 
				“Persuadamo-nos que neste vale de lágrimas não 
				pode ter a verdadeira paz interior senão quem recebe e abraça 
				com amor os sofrimentos, tendo em vista agradar a Deus” 
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
					
						| 
				38.ª mensagem: Só Jesus Cristo basta! | 
					 
				 
				  
				
				Os onze Apóstolos, depois 
				de ouvirem as palavras de Jesus sobre o que aconteceria naquela 
				noite, não foram buscar força nos parentes, 
				conhecidos e amigos, mas permaneceram com 
				o Senhor da Vida. 
				
				Diante das dificuldades que surgem 
				pelo caminho, devemos continuar a busca pela santidade de vida e 
				a salvação da nossa alma contando com a ajuda de Nosso 
				Senhor e não das criaturas volúveis... assim jamais vacilaremos:
				“Quanto a mim, estou sempre contigo, 
				tu me agarraste pela mão direita; tu me conduzes com teu 
				conselho e com tua glória me atrairás... Contigo, nada mais me 
				agrada na terra... Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu 
				bem! Em Deus coloquei o meu abrigo”
				(Sl 73, 23-25. 28), e: 
				“Nada te perturbe, nada te espante, tudo 
				passa, Deus não muda, a paciência tudo alcança; quem a Deus tem, 
				nada lhe falta. Só Deus basta” (Santa Teresa de 
				Jesus). 
				  
				
					
						| 
				39.ª mensagem: Caminhar na presença de Deus. | 
					 
				 
				  
				
				No caminho para o Getsêmani, os Apóstolos não formaram um 
				grupo fechado e separado de Jesus Cristo,
				depois de ouviram suas palavras relatando o que iria lhe 
				acontecer, mas caminharam resolutos 
				na sua presença. 
				
				Muitas pessoas não suportam ouvir falar em 
				provações, dificuldades e perseguições, e fogem apavoradas da 
				presença de Deus. Sejamos fortes e
				resolutos... nada nesse mundo deve nos 
				afastar da presença de Nosso Senhor: 
				“A vida sempre foi semelhante a uma 
				viagem. Frequentemente também, nós caminhamos no mundo cansados 
				e aflitos por tantas desgraças; somos atormentados por dúvidas 
				de fé que nos tiram a luz da esperança futura, e nos deixam 
				presa das tentações” (Pe. João Colombo). 
				  
				
					
						| 
				40.ª mensagem: Determinação. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo levantou-se da 
				mesa da ceia determinado, firme e resoluto 
				para ir ao Getsêmani; os Apóstolos imitaram-no. Deixaram o 
				Cenáculo sem titubearem... estavam seguros. 
				
				Não podemos vacilar nem 
				desanimar quando sabemos que temos de enfrentar 
				provações, dificuldades e perseguições pela frente; mas devemos 
				ser determinados, decididos e perseverantes, custe o que custar:
				“Sobrevêm muitas ondas e fortes 
				procelas; mas não tememos afundar, pois estamos firmes sobre a 
				pedra. Enfureça-se o mar, não tem forças para dissolver a pedra; 
				ergam-se as vagas, não podem submergir o navio de Cristo”
				(São João Crisóstomo), e: 
				“Bem-aventurado o homem que suporta com 
				paciência a provação! Porque, uma vez provado, receberá a coroa 
				da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam”
				(Tg 1, 12). 
				  
				
					
						| 
				41.ª mensagem: Corresponder à formação. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus Cristo formou 
				os Apóstolos durante três anos; formou-os na 
				fidelidade e no verdadeiro amor. Na ida 
				para o Monte das Oliveiras eles mostram para o Senhor que a 
				formação foi bem assimilada. 
				
				Para se salvar é preciso colocar em prática 
				os ensinamentos da Santa Igreja Católica Apostólica 
				Romana, Esposa de Jesus Cristo; é preciso 
				corresponder à formação recebida: 
				“Não basta para nos 
				salvarmos o sermos de qualquer maneira membros da Igreja 
				Católica, mas é preciso que sejamos seus membros vivos. Quem, 
				sendo muito embora membro da Igreja Católica, não pusesse em 
				prática os seus ensinamentos, este seria membro morto, e, 
				portanto, não se salvaria, porque para a salvação de um adulto 
				requerem-se não só o Batismo e a fé, mas também as obras 
				conformes à fé” (São Pio X, Catecismo Maior). 
				  
				
					
						| 
				42.ª mensagem: Jesus conta com a debilidade 
				dos seus seguidores. | 
					 
				 
				  
				
				Caminhando para o Monte das 
				Oliveiras, Jesus Cristo disse para São Pedro que ele o 
				negaria três vezes; mas São Pedro disse-lhe que 
				isso não aconteceria (Mc 14, 30-31). E 
				aconteceu! (Jo 18, 17ss.). 
				
				Não devemos desanimar diante das 
				nossas fraquezas e debilidades... 
				Nosso Senhor conta com a debilidade dos que Ele 
				ama para O seguirem: “Os Apóstolos 
				são homens com defeitos, com debilidades, com palavras maiores 
				do que as suas obras. E, contudo, Jesus chama-os para fazer 
				deles pescadores de homens... Deus costuma procurar instrumentos 
				fracos, para que se manifeste com evidente clareza que a obra é 
				sua” (São Josemaría Escrivá). 
				  
				
					
						| 
				43.ª mensagem: Ouvir atentamente a Palavra 
				de Deus. | 
					 
				 
				  
				
				Caminhando para o Getsêmani, São Pedro e os outros Apóstolos ouviam 
				atentamente as palavras de Jesus Cristo, Deus Eterno. 
				Jesus lhes disse: “Esta noite todos 
				vós vos escandalizareis...” (Mt 26, 31), e São Pedro 
				lhe respondeu: “Ainda que todos se 
				escandalizem por tua causa, eu jamais me escandalizarei” 
				(Mt 26, 33). Estavam atentos às 
				palavras do Mestre! 
				
				Não podemos tapar os ouvidos para a Palavra 
				de Deus, mas devemos ouvi-la atentamente, 
				e assim percorreremos o caminho certo sem vacilarmos: 
				“Meu filho, sê atento às 
				minhas palavras; dá ouvidos às minhas sentenças: não se afastem 
				dos teus olhos, guarda-as dentro do coração. Pois são vida para 
				quem as encontra, e saúde para a sua carne. Guarda o teu coração 
				acima de tudo, porque dele provém a vida” 
				(Pr 4, 20-24), e: “As 
				minha ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” 
				(Jo 10, 27), e também: 
				“Quem é de Deus ouve as palavras de 
				Deus” (Jo 8, 47). 
				  
				
					
						| 
				44.ª mensagem: Dar a vida por Cristo. | 
					 
				 
				  
				
				Na ida para o Monte das Oliveiras, os Apóstolos disseram estar 
				prontos a morrer por Jesus Cristo: 
				“Pedro disse: ‘Mesmo que tiver de morrer contigo, não te 
				negarei’. O mesmo disseram todos os discípulos”
				(Mt 26, 35). 
				
				Quem ama verdadeiramente a Jesus Cristo está 
				pronto a dar a vida por Ele... enfrentando com fé e 
				fortaleza o martírio: “O 
				martírio é o ato supremo da fortaleza, e Deus não deixou de 
				pedi-lo a muitos fiéis ao longo da história da Igreja. Os 
				mártires foram - e são - a coroa da Igreja, bem como uma prova 
				mais da sua origem divina e da sua santidade. Cada cristão deve 
				estar disposto a dar a vida por Cristo, se as circunstâncias o 
				exigirem. O Espírito Santo dar-lhe-á então as forças e a coragem 
				necessárias para enfrentar essa prova suprema”
				(Pe. Francisco Fernández Carvajal), 
				e: “O 
				martírio, ato supremo do amor de Deus, é obrigatório para todo 
				cristão, quando fugir dele significa renegar a fé” 
				(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena), e 
				também: “Aprendemos que o ato supremo 
				da fortaleza consiste em enfrentar o martírio com valentia. Na 
				época dos mártires, os que claudicavam era considerados 
				apóstatas. E eu às vezes me pergunto: se neste nosso tempo as 
				pessoas mascaram a sua fé pelo simples temor de uma gozação, que 
				aconteceria se vivessem na época de Nero ou de Diocleciano, 
				quando confessar a fé significava perder a vida? Sem dúvida, a 
				apostasia – disfarçada de ‘jeitinhos’ e ‘jogos de 
				cintura’ – converter-se-ia em verdadeira doença epidêmica”
				(Dom Rafael Llano Cifuentes). 
				  
				
					
						| 
				45.ª mensagem:
				Esquecer as próprias aflições para consolar o próximo. | 
					 
				 
				  
				
				 Aquele dia fora exaustivo para 
				Jesus. Caminhou de Betânia a Jerusalém, celebrou a ceia pascal, 
				lavou os pés dos Apóstolos, instituiu o Sacramento da Eucaristia 
				e o repartiu com seus discípulos. Conversou durante muito 
				tempo, procurando animá-los e confortá-los; esquecendo-se de sua 
				aflição, para acalentá-los, consumindo-se nesta entrega afetuosa:
				“Mas, depois que eu ressurgir, eu vos 
				precederei na Galiléia”
				(Mt 26,32). 
				
				Imitemos o exemplo do Servo Sofredor. Não 
				deixemos de fazer o bem ao próximo por causa do peso das cruzes 
				que carregamos; mas sim, carreguemos as nossas cruzes e 
				consolemos aqueles que gemem sob o peso de suas cruzes... As 
				nossas cruzes não devem servir de obstáculos para praticarmos o 
				bem, mas sim, incentivo. 
				  
				
					
						| 
				46.ª mensagem: Firme propósito. | 
					 
				 
				  
				
				Jesus disse aos Apóstolos no caminho para o Monte 
				das Oliveiras: “Essa noite todos vós 
				vos escandalizareis por minha causa”
				(Mt 26, 31). Nosso Senhor predisse 
				que os Apóstolos não perseverariam na fidelidade. 
				Uma coisa é pensar no perigo, na perseguição e na morte, outra é 
				vê-la presente. 
				
				As pessoas fazem o propósito de não mais ofender 
				a Deus... de não abandoná-lo, e, entretanto, caem no pecado...
				não perseveram na amizade de Deus. Não é 
				certo confiar nas próprias forças nem na firme vontade; mas sim, 
				na graça de Deus: “... 
				ninguém se salvará por sua força”
				(Sl 32, 17). 
				  
				
					
						| 
				47.ª mensagem: Não julgar-se melhor que os 
				outros. | 
					 
				 
				  
				
				No caminho para o Getsêmani, São Pedro disse para 
				Jesus Cristo: “Ainda que todos se 
				escandalizem por tua causa, eu jamais me escandalizarei”
				(Mt 26, 33). 
				O zelo do Apóstolo São Pedro não estava unido à 
				devida humildade... e caiu! 
				
				Devemos todos os dias inclinar a cabeça diante de 
				Deus e dizer-lhe com profunda humildade: 
				Dai-me, Senhor, tua graça, para que eu não me escandalize, ainda 
				que todos os outros o façam. Quem julgar-se melhor que o próximo 
				cairá: 
				“O orgulhoso confia nas suas forças e por isso cai; mas o 
				humilde, que só confia em Deus, ainda que o assaltem as mais 
				veementes tentações, mantém-se firme e não sucumbe” 
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
				OBS: Essa pregação não está concluída; 
				assim que “surgirem” novas mensagens as acrescentaremos. 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				
				Anápolis, 14 de junho de 2016 
				  
				  
				
				Bibliografia 
				  
				
				Sagrada Escritura 
				
				Edições Theologica 
				
				Pe. Juan Leal, A Sagrada Escritura 
				
				Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus 
				
				L. Fonck, Passio SS. Cordis in 
				horto Gethsemani: VD 8 (1928) 161-170 
				
				Pe. Juan de Maldonado, Comentário ao Evangelho de 
				São Mateus 
				
				Dom Duarte Leopoldo, Concordância dos Santos 
				Evangelhos 
				
				Pe. Manuel de Tuya, Bíblia Comentada 
				
				Dalmann, Gramm. des 
				jüdisch-palästinischen Aramaisch (1905) p. 191 
				
				Pe. Luís de la Palma, A Paixão do Senhor 
				
				Daniel-Rops, Jesus no seu tempo 
				
				Dicionário Bíblico 
				
				Leão XIII, “Sapientiae christianae”, 18 
				
				São João Crisóstomo, Homilias 
				
				São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, 
				Vol. 5 
				
				Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de luz 
				
				Tomás de Kempis, Imitação de Cristo 
				
				Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor 
				a Jesus Cristo; Preparação para a morte 
				
				Santa Teresa dos Andes, Diário 58 
				
				Santa Teresa de Jesus, Obras Completas 
				
				São José Calazans, Escritos 
				
				São Bernardo de Claraval, Escritos 
				
				Santo Tomás de Aquino, Opusc. de Dilect. Dei, § 
				1; Comentário sobre a Carta aos Hebreus 
				
				São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia 
				
				São Macário, Escritos 
				
				Dom Rafael Llano Cifuentes, Escritos 
				
				Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética 
				e Mística 
				
				Frei Pedro Sinzig, Breves meditações 
				
				Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade 
				Divina 
				
				São Jerônimo, Escritos 
				
				São Josemaría Escrivá, Escritos 
				
				Bem-aventurado Charles de Foucauld, Meditações 
				sobre o Evangelho, Op., sp. 147 
				
				São Cipriano, Escritos 
				
				Santa Maria Madalena de Pazzi, Escritos 
				
				Santo Tomás More, Carta à sua filha Margarida 
				
				São José Cafasso, Escritos 
				
				São Francisco de Sales, Tratado do amor de Deus 
				
				Santa Teresa do Menino Jesus, Escritos 
				
				Pe. Luiz Fernando Cintra, A misericórdia divina 
				
				São Gregório Nazianzeno, Escritos 
				
				Pe. João Batista Lehmann, Euntes... Praedicate! 
				
				Santo Astério de Amaséia, Escritos 
				
				Pe. Reginald Garrigou-Lagrange, Escritos 
				
				Pe. Gaston Courtois, Escritos 
				
				René Bazin, Escritos 
				
				Pe. Richard Gräf, O cristão e a dor 
				
				Pe. João Colombo, Pensamentos sobre os Evangelhos 
				e sobre as festas do Senhor e dos Santos 
				
				São Pio X, Catecismo Maior 
				
				  
				  
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