CARREGANDO A CRUZ
(Jo 19, 17)
“... carregando a
cruz...”
Nosso Senhor Jesus
Cristo CARREGOU com AMOR, PAZ e
SERENIDADE a pesada cruz para o Calvário...
Ele CARREGOU a cruz, não a ARRASTOU,
como fazem as pessoas fracas, preguiçosas, covardes e
rebeldes:
“A cruz que arrastamos torna-se mais pesada
do que a cruz que carregamos”
(Santa Teresa de Jesus).
Quem ARRASTA
a cruz não ama verdadeiramente a Deus. Para agradar a Deus é
preciso CARREGAR a cruz por seu amor:
“O sinal
mais certo para saber se uma pessoa ama a Jesus Cristo é,
não tanto o sofrer, mas o querer sofrer por amor d’Ele”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Imitemos o exemplo de Nosso Senhor
CARREGANDO com PACIÊNCIA
as cruzes de cada dia: pequenas e
grandes:
“A fé em Cristo crucificado há de levar a um
passo adiante. Remido pela cruz, deve o cristão convencer-se
de que sua própria vida tem de ser marcada – e não só
simbolicamente – pela cruz do Senhor, isto é, deve viver na
cruz” (Pe.
Gabriel de Santa Maria Madalena).
Infeliz do católico que carrega
a cruz com RAIVA, REVOLTA, DESESPERO, IMPACIÊNCIA, MAU
HUMOR e ÓDIO. Esse sofre para a
própria perdição... para o próprio
inferno: “Quem
carrega a cruz com paciência, salva-se; quem a carrega com
impaciência, perde-se”
(Santo Afonso Maria de Ligório), e:
“Quem se humilha nos sofrimentos e se submete à vontade de
Deus é trigo destinado ao céu; quem é orgulhoso e fica
impaciente, a ponto de voltar as costas para Deus, é palha
que é destinada ao inferno”
(Santo Agostinho), e também:
“Nosso
Senhor é o nosso modelo: tomemos nossa cruz e sigamo-lO. Se
o bom Deus nos envia cruzes, desanimamos, nos queixamos e
murmuramos; somos de tal modo inimigos de tudo o que nos
contraria, porque gostaríamos de estar sempre numa caixa de
algodão” (São
João Maria Vianney).
Quem SOFRE
sem AMOR no coração... carrega uma cruz
sem sentido e sem explicação, inútil, que chega até
a AFASTAR de Deus. É a cruz dos que neste
mundo só procuram a comodidade e o bem-estar material, dos
que não suportam nem a dor nem o fracasso, porque não querem
compreender o sentido sobrenatural do sofrimento. É
uma cruz que não redime... que não salva. É a cruz que
carrega um dos ladrões.
Contemplemos a
Jesus Cristo CARREGANDO a cruz para o
Calvário... olhemos para o SANTÍSSIMA FACE do
Cordeiro Imaculado: nenhum ato de impaciência... não
murmura... não ameaça os carrascos... não xinga... não
reclama... não joga a cruz no chão... não desanima... não
deixa de caminhar... não resmunga... não fica mal-humorado:
“Quando injuriado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava,
antes, punha a sua causa nas mãos daquele que julga com
justiça”
(1 Pd 2, 23).
CARREGUEMOS
as cruzes de cada dia! Não deixemos para depois, porque poderá
ser tarde.
A cruz é
custosa e pesada? Deus nos ajudará
a CARREGÁ-LA! Se Deus pôs nos
nossos ombros a cruz é sinal de que nos estima... e
não nos abandonará, mas nos sustentará com a sua graça:
“Quanto a mim, repreendo e educo todos aqueles que amo”
(Ap 3, 19),
e:
“Porque Deus repreende os que ele ama, como um pai ao filho
preferido”.
CARREGUEMOS
as nossas cruzes! A cruz é pesada, mas que importa? Depressa
Deus aliviará o seu peso... e em troca dela nos dará o
descanso eterno... no céu:
“... por um pequeno
castigo receberão grandes favores”
(Sb 3, 5).
Quem CARREGA
a cruz com AMOR, ALEGRIA e PACIÊNCIA,
está no caminho do bem... vive a vida de Jesus Cristo...
caminha unido ao Mestre... caminha pelo caminho seguro da
salvação... do céu. Não devemos olhar o tamanho nem o peso
da cruz, mas sim, o prêmio eterno:
“Os sofrimentos do
tempo presente não têm proporção com a glória que deverá se
revelar em nós”
(Rm 8, 18).
Os verdadeiros
seguidores de Jesus Cristo não ARRASTAM as
cruzes, mas as CARREGAM.
CARREGUEMOS
a cruz sem deixar que a mesma apóie-se no chão para nos
aliviar... Olhemos para Jesus Cristo, nosso modelo, e
suportemos por seu amor o peso das nossas cruzes.
ORAÇÃO:
Meu Jesus, só vós pudestes
ensinar-me estas máximas de salvação, todas elas contrárias
às máximas do mundo! Só vós podeis dar-nos a força para
carregar as cruzes com paciência! Eu vos procuro não para
que me isenteis do sofrimento. Apenas vos peço força para
sofrer com paciência e resignação. Amém!
Pe. Divino Antônio
Lopes FP (C)
Anápolis, 18 de
fevereiro de 2015
Bibliografia
Sagrada Escritura
Santa Teresa de
Jesus, Escritos
Santo Afonso Maria
de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo e Uma estrada
de salvação
Santo Agostinho,
De civitate Dei, 1. 1, c. 8, n.º 2 – ML 41-21; Sermão 252,
c. 5, n.º 5 – ML 38-1174, 1175
São João Maria
Vianney, Sermões
Pe. Francisco
Fernández Carvajal, Falar com Deus
Pe. Gabriel de
Santa Maria Madalena, Intimidade Divina
Pe. Alexandrino
Monteiro, Raios de luz
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