|  
                       
					
					MAS NÃO ENTROU 
					
					(Jo 20, 5) 
					  
					
					“Inclinando-se, 
					viu os panos de linho por terra, mas não entrou”. 
					  
					
					  
					  
					
					INCLINOU-SE
					
					por debaixo da abertura que comunicava 
					diretamente com a câmara mortuária, que do lado direito 
					havia um banco escavado na pedra e onde havia descansado o 
					corpo de Jesus Cristo. Essa expressão é verdadeira, dado o 
					interesse que a mensagem dos restos mortais lhes havia 
					causado. Viu os panos de linho por terra, porque o banco em 
					que havia descansado o corpo do Senhor era alto. 
					
					“...
					mas 
					não entrou”. 
					Esta circunstância contada pelo próprio São João Evangelista 
					indica seu RESPEITO por São Pedro. Num fato de 
					tão profundo significado, como era ser testemunha da 
					ressurreição, São João quer que São Pedro seja o 
					primeiro a verificá-lo. Isso mostra também a consciência que 
					São João tem sobre o primado de São Pedro. 
					
					São João não 
					ENTROU no sepulcro, mas somente INCLINOU-SE 
					para ver o interior do mesmo. Tendo o sepulcro a entrada 
					embaixo e, tendo que agachar-se para entrar, João, para 
					poder olhar o interior do sepulcro, teve que 
					INCLINAR-SE. 
					
					João NÃO 
					ENTROU no sepulcro, mas esperou Pedro chegar. 
					Por que isso? Seria certo temor a uma câmara 
					sepulcral, principalmente naquelas condições do 
					“desaparecimento” do corpo? Não parece esse o 
					motivo. Como já foi comentado, parece reconhecer uma 
					especial autoridade em Pedro. Essa prioridade de 
					Pedro que se vê nos Evangelhos, se vê também nessa passagem:
					
					“Depois de comerem, Jesus disse a Simão Pedro: ‘Simão, filho 
					de João, tu me amas mais do que estes?’ Ele lhe respondeu: 
					‘Sim, Senhor, tu sabes que te amo’. Jesus lhe disse: 
					‘Apascenta os meus cordeiros’. Uma segunda vez lhe disse: 
					‘Simão, filho de João, tu me amas?’ — ‘Sim, Senhor’, disse 
					ele, ‘tu sabes que te amo’. Disse-lhe Jesus: ‘Apascenta as 
					minhas ovelhas’. Pela terceira vez disse-lhe: ‘Simão, filho 
					de João, tu me amas?’ Entristeceu-se Pedro porque pela 
					terceira vez lhe perguntara ‘Tu me amas?’ e lhe disse: 
					‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo’. Jesus lhe 
					disse: ‘Apascenta as minhas ovelhas’” 
					(Jo 21, 15-17). 
					
					Nós, católicos, 
					devemos amar com sinceridade o Santo Padre, o 
					Papa, e tratá-lo com respeito... ele é o
					
					“doce Cristo na terra”
					(Santa Catarina de Sena). 
					
					Os católicos 
					veneram o Papa desde os começos da Igreja. Nos textos 
					revelados, o Príncipe dos Apóstolos é mencionado em primeiro 
					lugar (Mt 10, 2ss.) e está revestido de especial 
					autoridade perante os outros; é ele que propõe a eleição de 
					um novo Apóstolo para que ocupe o lugar de Judas (At 1, 
					15-22), que toma a palavra no dia de Pentecostes e 
					converte os primeiros cristãos (At 2, 14-36), que 
					responde perante o Sinédrio em nome de todos (At 4, 8 
					ss.), que castiga com plena autoridade Ananias e Safira
					(At 5, 1 ss.), que admite o primeiro gentio na 
					Igreja, o centurião Cornélio (At 10, 1ss.), que 
					preside o Concílio de Jerusalém e rejeita as pretensões de 
					alguns cristãos provenientes do judaísmo sobre a necessidade 
					da circuncisão, afirmando que a salvação só se obtém em 
					Jesus Cristo (At  15, 7-10). 
					
					O nosso amor pelo Papa não deve ser apenas um 
					afeto humano, baseado na sua santidade, simpatia... Quando 
					vamos ver o Papa, escutar a sua palavra... fazemo-lo 
					para ver e ouvir o Vigário de Cristo... seja ele quem for. 
					  
					
					Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
					
					Anápolis, 21 de 
					abril de 2014 
					  
					  
					
					Bibliografia 
					  
					
					Sagrada Escritura 
					
					Pe. Manuel de Tuya, 
					Bíblia comentada 
					
					Dom Duarte 
					Leopoldo, Concordância dos Santos Evangelhos 
					
					Dom Isidro Gomá y 
					Tomás, O Evangelho Explicado 
					
					Bíblia Sagrada, 
					Pontifício Instituto Bíblico de Roma 
					
					Pe. Francisco 
					Fernández Carvajal, Falar com Deus 
					
					Pe. Juan Leal, A 
					Sagrada Escritura (texto e 
					comentário) 
					
					Santa Catarina de
					Sena, Escritos 
					  
					  
					  
					 |