|  
                       
					
					MAS ENROLADO EM UM LUGAR, À PARTE 
					
					(Jo 20, 7) 
					
					  
					
					“... e o sudário 
					que cobria a cabeça de Jesus. O sudário não estava com os 
					panos de linho no chão, mas enrolado em um lugar, à parte”. 
					  
					
					  
					  
					
					Pilatos, 
					governador da Judéia, tinha verificado oficialmente a 
					MORTE de Jesus. São Pedro, o 
					CHEFE da IGREJA, verifica canonicamente 
					o fato da RESSURREIÇÃO, e examina atentamente 
					todas as provas: os lençóis, o sudário dobrado, o 
					túmulo vazio, a ausência dos soldados e o aparecimento dos 
					anjos que atestam o milagre. 
					
					“As 
					ligaduras no chão”: 
					O particípio grego que traduzimos por “caídas” 
					ou “no chão” parece indicar que as ligaduras 
					tinham ficado aplanadas, como vazias ao ressuscitar e 
					desaparecer dali o corpo de Jesus Cristo, como se o corpo 
					tivesse saído dos tecidos e das ligaduras sem ser 
					desenrolados, passando através delas (tal como entrou 
					mais tarde no Cenáculo “estando fechadas as portas”). 
					 Por isso, os tecidos estavam “caídos”, “planos”, 
					“jacentes” segundo a tradução literal do grego, ao 
					sair deles o Corpo de Jesus que os tinha mantido antes em 
					forma avultada (volumosa). Assim se compreende a 
					admiração e a recordação indelével da testemunha. 
					
					“O lençol... 
					à parte, ainda enrolado para outro lado”: 
					A primeira observação é que o sudário que 
					tinha envolvido a cabeça de Jesus Cristo não estava em cima 
					dos tecidos, mas ao lado. A segunda, mais 
					surpreendente, é que, como os tecidos conservavam ainda a 
					sua forma de envoltura, mas, de modo diferente daqueles, 
					mantinha certa consistência de volume, à maneira de casquete
					(pequena cobertura para a cabeça) provavelmente 
					devido ao endurecimento produzido pelos unguentos. Tudo isso 
					é o que parece indicar o correspondente particípio grego, 
					que traduzimos por “enrolado”. 
					
					Destes 
					pormenores na descrição do sepulcro vazio compreende-se que 
					o corpo de Jesus Cristo ressuscitou de maneira gloriosa, 
					isto é, transcendendo as leis físicas. 
					Não se tratava apenas da reanimação do corpo, como por 
					exemplo, no caso de Lázaro, que necessitou de ser desligado 
					das ligaduras e de outros tecidos da mortalha para poder 
					andar (cfr Jo 11, 44). 
					
					As ligaduras 
					deixadas no chão e o sudário bem 
					enrolado posto de lado atestavam que o corpo de 
					Jesus Cristo não fora ROUBADO, mas que 
					Ele ressuscitara. 
					
					O SUDÁRIO 
					que cobrira a cabeça de Jesus Cristo não estava com os 
					lençóis, mas estava ENROLADO e posto à parte. 
					Como já foi explicado, o Evangelista, ao recolher esses 
					dados, pretende, manifestamente, fazer ver que não se trata 
					de um ROUBO; porque se tivesse sido 
					roubado, com certeza os ladrões não levariam o corpo sem a 
					mortalha, nem teriam a preocupação de deixar os lençóis e o 
					sudário postos cuidadosamente em seus respectivos lugares. 
					  
					
					Pe. Divino Antônio 
					Lopes FP (C) 
					
					Anápolis, 21 de 
					abril de 2014 
					  
					  
					
					Bibliografia 
					  
					
					Sagrada Escritura 
					
					Pe. Manuel de Tuya, 
					Bíblia comentada 
					
					Edições Theologica 
					
					Dom Duarte 
					Leopoldo, Concordância dos Santos Evangelhos 
					
					Dom Isidro Gomá y 
					Tomás, O Evangelho Explicado 
					
					Bíblia Sagrada, 
					Pontifício Instituto Bíblico de Roma 
					
					Pe. Juan Leal, A 
					Sagrada Escritura (texto e 
					comentário) 
					  
					  
					  
					 |