Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 02

(02/02/2018)

 

 

 

Disse Jesus Cristo: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos Céu” (Mt 10, 33).

Com estas palavras Jesus está a ensinar-nos que a confissão pública da fé n’Ele – com todas as suas consequências – é condição indispensável para a salvação eterna. Cristo receberá no Céu, depois do Juízo, os que deram testemunho da sua fé, e condenará os que covardemente se envergonharam d’Ele. Sob o nome de “confessores” a Igreja honra os santos que, sem terem sofrido o martírio de sangue, com a sua vida deram testemunho da fé católica. Embora todo o cristão deva estar disposto para o martírio, a vocação cristã ordinária é a de ser confessores da fé (Edições Theologica). O católico não pode se envergonhar de Jesus Cristo e da sua Santa Igreja. A Igreja necessita de católicos convictos, não de “morcegos” escondidos em cantos escuros: “Se estivermos convencidos de que a nossa religião é a única verdadeira, de que Deus existe, de que Jesus Cristo é a única salvação, e de que fora d’Ele e da sua Igreja não há senão ruína eterna, devemos sentir-nos capazes de manifestar estas ideias mesmo exteriormente” (Pe. João Colombo).

Mas, infelizmente há muitos católicos de meias medidas, os quais não querem renunciar à  sua fé, mas, ao mesmo tempo, não têm a coragem das suas convicções. São escravos de um sentimento vil que os dobra como caniços sob o vento. Tal sentimento chama-se respeito humano: um belo nome, mas pessimamente aplicado. Primeiramente é preciso respeitar a Deus, primeiramente é preciso respeitar a própria fé, e depois tenha-se também consideração com nossos irmãos. Tende isto em mente quando, entre pessoas que falam mal, que vestem mal, que ofendem abertamente as leis de Deus, sentirdes medo de agir diversamente delas. É muito perigoso ser amado por Jesus Cristo e voltar as costas para Ele! Aquele que se envergonha de Jesus e de suas palavras caminha apressadamente para o inferno eterno. Ouvirá do Senhor no dia do Juízo: “Não vos conheço!” (Mt 25, 12).

Entre na minha guarita (confessionário)!

O veterano capitão Hurtaux, cavaleiro da Legião de Honra, não era católico praticante; tinha, como muitos homens, certo temor ou respeito humano de chagar-se à confissão. Muito antes de dar o passo definitivo, gostava de invocar a Virgem Maria, indo rezar no Santuário de Nossa Senhora de Chartres, onde morava.

Um dia, estando de joelhos diante de um grande Cristo na catedral, viu que um sacerdote, que o conhecia e tinha a franqueza de um militar, se aproximou, bateu-lhe no ombro e disse:

- Capitão, pouco adianta estar o senhor aí a rezar, se não se põe na graça de Deus.

E tomando-o pelo braço, acrescentou:

- Entre na minha guarita (confessionário).

O capitão deixou-se levar, fez a sua confissão e saiu com o rosto radiante e a alma revestida da graça de Deus. Foi desde esse dia um cristão modelo: todos os dias fazia a sua hora de guarda aos pés de Nossa Senhora e não se levantava sem lançar um afetuoso olhar para a Mãe do céu.

Um dia, afinal, já não pôde ir fazer a guarda e teve Nosso Senhor, sem dúvida acompanhado de sua Mãe, que vir ao leito de morte de  seu servo.

Recebeu os sacramentos com fé viva e, ao apresentar-lhe o padre a Sagrada Hóstia, exclamou:

- Senhor, não sou digno... não sou digno que venhais à minha casa, mas sois tão bom!

O capitão não se envergonhava de suas crenças nem dissimulava suas práticas piedosas e sabia tapar a boca dos que o interpelavam.

- Aonde vais? Perguntou-lhe certo dia um amigo, ao vê-lo entrar numa igreja.

- Vou aonde tu deverias ir e não tens coragem.

Com este seu gênio tão simples como firme, granjeara o respeito de todos.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

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