Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 04

(04/02/2018)

 

 

 

São Paulo Apóstolo escreve aos Romanos 1, 21: “Pois, tendo conhecido a Deus, não o honraram como Deus nem lhe renderam graças”.

Milhões de católicos conhecem a Deus, mas vivem como pagãos... são escravos do respeito humano. A natureza religiosa que todo homem possui, se não adora o Deus verdadeiro, tenderá inevitavelmente a pôr, no lugar de Deus, outras realidades que não são Deus. Umas vezes o objeto de adoração será o próprio homem, como assinala o Concílio Vaticano II: “Alguns, exaltam de tal modo o homem, que a fé em Deus perde toda a força, e parecem mais inclinados a afirmar o homem do que a negar Deus... Professam que a liberdade consiste em o homem ser o seu próprio fim, autor único e demiurgo da sua história” (Gaudium et spes, 19-20).

Contudo, no mundo são mais fáceis os maus exemplos do que os bons: tem-se vergonha do Evangelho. No coração do homem facilmente se aninha um micróbio que estraga no seu nascedouro todos os afetos mais nobres: o micróbio do respeito humano. Se ele consegue dominar, o homem torna-se tímido, desarrazoado, e chega a tanta vileza, que trai a própria consciência. Por esta infidelidade à primeira luz recebida, os homens entram por caminhos cheios de ilusão e são seduzidos por pensamentos vazios.

Frederico II, imperador da Prússia, costumava ter no seu palácio e à sua própria mesa muitos homens famosos pela ciência ou pelas artes. Singular e extravagante como era, quis ele, um dia de sexta-feira, convidar a jantar um príncipe romano, católico praticante, para lhe tentar a fé e pôr à prova a sua coragem religiosa. O imperador não era católico.

Mas a comida era feita com carne, e o príncipe romano, tranquilo e desembaraçado, deixava-a passar, contentando-se com enganar a fome apenas com alguns pedacinhos de pão.

O imperador observava sem falar; mas, depois, entre brincalhão e sério, disse: Por que não comeis? Acaso não vos agrada a cozinha da Alemanha?

Não, Majestade, a vossa cozinha é excelente para os outros dias da semana, mas hoje, para um católico, é má. A Igreja proíbe comer carne na sexta-feira.

Diante dessa nobre e franca resposta, Frederico replicou: Admiro-vos: prestastes uma grande homenagem à vossa religião! Agora passai à sala vizinha, onde estão preparadas comidas de magro. Também eu irei fazer-vos a honra que mereceis.

Aquele príncipe de Roma, católico praticante, não era um caniço agitado pelo vento. Era um homem de caráter. E tanto mais quando se achava à mesa do Imperador, entre tantas personalidades ilustres que não pensavam como ele.

Assim deveriam ser todos os católicos!

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

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