Jesus Cristo disse:
“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal
se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve,
senão para ser lançado fora e pisado pelos homens”
(Mt 5, 13).
Cada cristão há de lutar pela sua santificação
pessoal, mas também pela santificação dos outros. Assim como o
sal preserva da corrupção os alimentos, lhe dá sabor, os torna
agradáveis e desaparece confundindo-se com eles, o cristão há de
desempenhar essas mesmas funções entre os seus semelhantes:
“Tu és sal, alma de apóstolo – o sal é
bom, lê-se no Santo Evangelho: mas se o sal se desvirtua... de
nada serve, nem para a terra, nem para o esterco; joga-se fora
como inútil”
(São Josemaría Escrivá) (Edições Theologica).
Não podemos viver nesse mundo de braços
cruzados e em cantos escuros... mas devemos ser aquele sal de
qualidade... sal que tempera e que conserva... o melhor sal, o
sal que agrada a Deus... o sal de Deus... que “mexe” com o
coração do próximo... sal que “queima” e faz “derreter” os
corações gelados e indiferentes: “Ó
doce Jesus, fazei-me sal do mundo, ainda que tenha de passar por
fogo e água! Não permitais que o escandalize em vez de lhe dar
sabor! Como terra semeada de sal, não seja o mundo estéril por
culpa minha! A missão, que me confiastes para sua utilidade, não
transforme eu em dano seu”
(Pe. Luís da Ponte, Meditações).
O sal dá sabor aos alimentos, torna-os
agradáveis, preserva da corrupção e era, outrora, um símbolo da
sabedoria divina. Os discípulos de Cristo são o sal da terra:
dão um sentido mais alto a todos os valores humanos, evitam a
corrupção, trazem com as suas palavras a sabedoria aos homens.
Um olhar à nossa volta é suficiente para
vermos que, hoje em dia, é como se os homens houvessem perdido o
sal de Cristo (Pe. Francisco
Fernández Carvajal).
Jesus Cristo é exigente... não aceita um “sal”
insosso na sua companhia, isto é, uma pessoa que não vive o
Evangelho... que não busca a santidade de vida... que não dá bom
exemplo. Para que serve esse tipo de “discípulo?” Serve para ser
jogado fora e pisado pelos homens.
A Santa Igreja Católica Apostólica Romana está
cheia de “sal” insosso... de católicos sem “sabor”... que não
colocam em prática o que essa Santa Mãe ensina... esse “sal” sem
“sabor” será lançado no inferno após a morte.
O Concílio Vaticano II diz:
“NÃO SE SALVA,
contudo, embora incorporado à Igreja, aquele que, não
perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja ‘com o
corpo’, mas não ‘com o coração’. Lembrem-se todos os filhos da
Igreja que a condição sem igual em que estão se deve não a seus
próprios méritos, mas a uma peculiar graça de Cristo. Se a ela
NÃO CORRESPONDEREM por PENSAMENTOS, PALAVRAS e OBRAS, LONGE de
se SALVAREM, serão JULGADOS COM MAIOR SEVERIDADE”
(Lumen Gentium, 14). Está claro que o
católico não praticante não se salvará; mesmo aquele que
foi batizado e crismado: “Não basta
para nos salvarmos o sermos de qualquer maneira membros da
Igreja Católica, mas é preciso que sejamos seus MEMBROS VIVOS”
e:
“Quem, sendo muito embora membro da Igreja Católica, NÃO PUSESSE
EM PRÁTICA OS SEUS ENSINAMENTOS, este seria MEMBRO MORTO, e,
portanto, NÃO SE SALVARIA, porque para a salvação de um adulto
requerem-se não só o Batismo e a fé, MAS TAMBÉM AS OBRAS
conformes à fé” (São Pio X,
Catecismo Maior, n.os 165 e 171).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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