Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

MENSAGEM Nº 22

(22/02/2018)

 

 

 

Disse Jesus Cristo: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24).

Se alguém que me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga (Mt 16, 24). Parece dura e pesada a ordem do Senhor: quem quiser segui-lo tem de renunciar a si mesmo. Mas não é duro nem pesado o que ordena, pois ele próprio nos ajuda a cumprir seu preceito.

Como é verdade o que dizem no Salmo: Seguindo as palavras de vossos lábios, percorri duros caminhos (Sl 16, 4), também é verdade o que ele nos disse: o meu jogo é suave e o meu fardo leve (Mt 11, 30). A caridade torna leve tudo quanto é duro no preceito.

Que significa: Tome a sua cruz? Quer dizer: suporte tudo o que custa,  então me siga. Na verdade, quem começar a seguir meus exemplos e preceitos, encontrará muitos que o critiquem, que o impeçam, que tentem dissuadi-lo, mesmo entre os que parecem discípulos de Cristo. Andavam com Cristo os que proibiam os cegos de clamar por ele. Tu, portanto, no meio de ameaças, de carinhos ou proibições, sejam quais forem, se quiseres seguir a Cristo, transforma tudo em cruz: suporta, carrega e não sucumbas! (Santo Agostinho).

O sofrimento com Jesus Cristo tornou-se redentor e santificador. Abro o Evangelho e leio: Bem-aventurados os pobres... Bem-aventurados os tristes... Bem-aventurados os que têm fome... Bem-aventurados os que sofrem perseguição... Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem... Exultai e alegrai-vos porque grande é nos céus o vosso galardão. Eis a lei evangélica e eis promulgada a lei do sofrimento regenerador, santificador e meritório. É uma lei necessária que deve, em vez de abater e acabrunhar o cristão, dar-lhe alegria, exultação, porque é o real caminho da Pátria celestial. Portanto, o sofrimento e as cruzes entram nos planos da divina Providência, que tudo permite, tudo dispõe, tudo faz para bem de seus escolhidos. Sim, Deus mesmo é que distribui a cada um a sua cruz: “Eu mesmo lhe mostrarei quanto lhe é preciso sofrer em favor do meu nome” (At 9, 16) (O Livro do Seminarista).

São João Maria Vianney escreve: “Se o bom Deus nos envia cruzes, desanimamos, nos queixamos, murmuramos, somos de tal modo inimigos de tudo o que nos contraria, que gostaríamos de estar sempre numa caixa de algodão. No vosso batismo aceitastes uma cruz que só deveis deixar com a morte. Acaso a vida de um bom cristão pode ser algo de diferente do que aquela de um homem preso à cruz com Jesus Cristo?”

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

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