Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

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(Aos membros do Movimento Missionário Lanceiros de Lanciano, Jaraguá-GO, em 16 de fevereiro de 1996, às 21:00 h.)

 

Momento da morte

 

Como está determinado que os homens morram uma só vez...(Hb 9, 27).

 

Caríssimos Lanceiros, todos havemos de morrer. Deixaremos tudo: parentes, amigos, bens materiais, fama, diplomas... etc.; a nossa morada neste mundo será um sepulcro cheio de vermes e a nossa alma irá para a eternidade, boa ou má, depende da nossa vivência aqui na terra.

A morte é o momento do qual depende a eternidade. Já está o homem nos extremos da vida e, portanto, próximo a uma das duas eternidades (Santo Afonso Maria de Ligório).

A hora da morte será sempre um momento de dúvidas: se me salvarei! Se me condenarei! Mas para o infeliz, para o que passou a sua vida aqui na terra mergulhado nas vaidades e pecados, a hora da morte será um momento de desespero e de horror.

O desgraçado verá num segundo todo o tempo que perdeu com as coisas do mundo, contemplará as suas mãos vazias e dirá entre soluços: Joguei fora todo o tempo que Deus me concedeu para salvar a minha alma, e agora por minha culpa, irei para o inferno, arder entre os condenados e os demônios, ai de mim! Onde estão os meus amigos dos prazeres? Será que ninguém virá me consolar? Não! Para quem desprezou a graça de Deus e morreu impenitente, só receberá como “consolo” as chamas do inferno.

Não sabemos o dia nem a hora da nossa morte, não sabemos também como vamos morrer. E a maioria das pessoas vivem como se a morte não existisse, ou até pior, como se Deus não existisse. Muitos nem querem pensar na morte, mas não adianta, querendo ou não, um dia ela nos visitará.

Devemos nos preparar todos os dias: Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora (Mt 25, 13).

Conta São Gregório Magno, nos seus Diálogos, que um homem rico, mas de maus costumes, chamado Chrysâncio, estando a ponto de morrer, gritava aos demônios que lhe apareciam visivelmente para se apoderar de sua alma: Dai-me tempo, dai-me tempo até amanhã. Respondiam os demônios: Ó insensato, é nesta hora que pedes tempo? Tiveste tanto tempo e perdeste-o, empregaste-o a pecar, e agora é que pedes tempo? Já não há mais tempo. O desgraçado continuava a gritar e a pedir socorro. Próximo dele achava-se um seu filho chamado Máximo, que era monge. Dizia-lhe o moribundo: Socorre-me, filho, meu caro Máximo, socorre-me! No entanto, com o rosto chamejante, volvia-se de um para outro lado do leito, e nesta agitação e gritos de desespero, expirou desgraçadamente.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Momento da morte”.

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