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            Inferno 
             
             
            
            “Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao 
            demônio e aos seus anjos” (Mt 25, 
            41). 
             
             
            
            Hoje a maioria das pessoas não gosta de ouvir falar do inferno, mas 
            não adianta fugir, ele existe e basta morrer em pecado mortal, para 
            ser condenado para sempre. 
            
            “Tão certa é a existência do inferno como é certa a existência de 
            Deus” (Pe. Alexandrino Monteiro). 
            
            Quando um criminoso comete um crime, é lançado na prisão, e essa 
            punição está certa; o mesmo acontece com a pessoa que comete o 
            pecado mortal e morre com ele na alma: quem ofende a Deus que é 
            eterno, merece uma prisão eterna que é o inferno. 
            
            Todos sabem da existência do inferno, e estão vivendo como se ele 
            não existisse. Outros tentam negá-lo para tentar tranqüilizar a 
            consciência, mas não adianta, porque a existência do inferno não 
            depende se cremos ou não: “Há inferno. – Uma afirmação que para ti é 
            sem dúvida um lugar – comum – vou-te repetir: há inferno!” 
            (Bem-aventurado Josemaría Escrivá). Em vão o pagão tentará negar a 
            existência do inferno. 
            
            Devemos trazer sempre essa lembrança: posso morrer a cada instante, 
            e se a morte me surpreender em pecado mortal irei para o inferno 
            eterno. 
            
            Santa Teresa D’Ávila viu, por divina revelação, o inferno: 
            “Foi de 
            brevíssima duração, mas, embora eu vivesse muitos anos, parece-me 
            impossível esquecê-lo. Parecia-me a entrada à maneira dum beco muito 
            comprido e estreito, semelhante a um forno muito baixo e escuro e 
            apertado. O chão pareceu-me duma água com lodo muito sujo e de 
            cheiro pestilencial e cheio de muitas sevandijas peçonhentas. No 
            fundo havia uma concavidade aberta numa parede a modo dum armário, 
            aonde me vi colocar em muita estreiteza... Senti um grande fogo na 
            alma que eu não chego a entender como poder dizer de que maneira é. 
            As dores corporais são tão insuportáveis que, apesar de eu as ter 
            passado nesta vida gravíssimas, tudo é nada em comparação do que ali 
            senti... Estando em tão pestilencial lugar, tão desesperada de toda 
            a consolação, não há sentar-se nem deitar-se, nem há lugar, 
            porquanto me puseram neste como que buraco feito na parede; porque 
            estas paredes, que são espantosas à vista, apertam por si mesmas e 
            tudo sufoca. Não há luz, mas tudo trevas escuríssimas. Eu não 
            entendo como pode ser isto, que, não havendo luz se vê tudo o que à 
            vista há de causar pena” (Livro da 
            Vida, Capítulo 32, 1, 2 e 3). Veja o lugar que 
            está preparado para você, caso morra em pecado mortal. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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