(Gravada em CD no dia 30 de maio de
2005)
Prezado católico, leia todos os dias
a Sagrada Escritura; nela você encontrará paz, alegria e alimento
sadio e seguro para a vossa vida espiritual. Reserve um horário para
ler a Palavra de Deus, mas faça uma leitura atenciosa e com
respeito, como aconselha São Francisco de Sales:
“Deves ter um gosto especial em ouvir a
Palavra de Deus, mas ouve-a sempre com atenção e respeito”.
Em Mt 7, 13 diz:
“Entrai pela porta estreita, porque largo e
espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que
entram por ele”.
A primeira palavra do versículo 13 é
“Entrai”. Este verbo no Evangelho de
São Mateus tem freqüentemente como termo o
“Reino dos Céus” ou as suas
expressões equivalentes (a Vida, o banquete nupcial, o gozo do
Senhor, etc.). Podemos interpretar que
“entrai” constitui um convite imperioso.
Nosso Senhor, nesse versículo 13, nos
convida a entrarmos pela porta estreita dizendo:
“Entrai pela porta estreita”, isto é,
levai uma vida de temperança e de mortificação, porque esse é o
caminho percorrido pelos que desejam realmente alcançar a salvação
eterna.
Católico, deixarei para comentar
sobre a porta estreita e o caminho apertado no versículo 14;
comentarei agora o versículo 13, sobre o caminho largo e espaçoso;
Jesus Cristo diz: “… porque largo e espaçoso
é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por
ele”.
O Pe. Francisco Fernández-Carvajal
escreve: “(O homem) busca o mais cômodo e
agradável, (aquilo) que agrada o corpo, e o mesmo foge do sacrifício
e da penitência. O homem tende a ir pelo caminho mais largo e cômodo
da vida. Prefere uma porta ampla que não conduz ao céu: muitas vezes
lança-se sem medida sobre as coisas, sem regra nem temperança”.
Está claro que este caminho largo e
espaçoso conduz à perdição eterna, isto é, ao inferno, e Cristo
Jesus diz que são muitos os que entram por ele.
Prezado católico, quem faz parte
desta multidão que percorre o caminho largo e espaçoso? Você sabe? É
muito simples; basta prestar um pouco de atenção e você descobrirá,
porque não é um pequeno grupo; e sim, uma multidão.
Faz parte desta multidão inumerável:
1. Os blasfemadores que, nos ônibus,
pelas ruas, em casa, nas oficinas, lançam contra Deus, Nossa Senhora
e os santos, palavras injuriosas e obscenas; isto é, xingam o céu e
sem nenhum remorso; cantam músicas imorais com o nome de Deus,
contam piadas com o nome dos santos, etc; e tudo com zombarias e
gargalhadas. Lembre-se de que a blasfêmia, por natureza, é sempre
pecado mortal, porque sempre supõe uma grave desonra a Deus.
Faz parte desta multidão inumerável
que percorre o caminho largo e espaçoso:
2. Os que profanam o dia do Senhor,
isto é, o domingo; com bebedeiras, discursos malignos e porcos, com
bailes e luxúria de toda espécie. Esta é a “liturgia” que o demônio
faz celebrar no lugar da liturgia verdadeira. Católico, o 3º
mandamento da lei de Deus ordena: “Guardar domingos e festas”.
Faz parte desta multidão:
3. As mulheres que usam roupas
imorais, verdadeiras tarrafas de satanás. A roupa imoral é a tarrafa
que o demônio usa para pescar as almas dos homens curiosos, que
olham para essas discípulas de Satanás com desejo. Santo Antão
escreve: “Basta um olhar impuro para abrir
as portas do inferno”. Está claro que esses homens curiosos
pecam. O mau exemplo da moda imoral já arrastou e continua
arrastando milhares de pessoas de todas idades para o abismo do mal,
principalmente os homens curiosos.
Caríssimo católico, existe no inferno
um lugar preparado para as mulheres que usam roupas imorais, isto é,
para as mulheres escandalosas. São João Eudes escreve:
“Certamente, uma mulher que veste roupa
imoral pode condenar-se. E pode condenar-se, pelo pecado que comete
ela mesma, quer por que causa a condenação de outras pessoas”.
Em Mt 18, 6 diz: “Caso alguém escandalize um
destes pequeninos que crêem em mim, melhor será que lhe pendurem ao
pescoço uma pesada mó e seja precipitado nas profundezas do mar”.
Está claro que as mulheres que usam roupas imorais andam pelo
caminho largo e espaçoso, que conduz ao inferno.
Faz parte desta multidão que percorre
o caminho largo e espaçoso:
4. Os adúlteros. O Catecismo da
Igreja Católica, no nº 2.380 diz: “Quando
dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, estabelecem entre si
uma relação sexual… cometem adultério”. O adúltero é injusto,
traidor e irresponsável, e o mesmo sepulta a sua família no túmulo
da infidelidade. Existem milhões de adúlteros percorrendo o caminho
largo e espaçoso.
Faz parte desta multidão:
5. Os jovens namorados que cometem
fornicação. O Catecismo da Igreja Católica, no nº 2.353 diz:
“A fornicação é a união carnal fora do
casamento entre um homem e uma mulher livres”. Faz parte
também da multidão que anda pelo caminho largo e espaçoso; os jovens
que apóiam o homossexualismo ou que vivem mergulhados nesta
aberração; aqueles jovens que colecionam revistas pornográficas,
aqueles que passam horas e horas trancados em seus quartos olhando
pornografia na Internet; esses estão caminhando para a perdição
eterna, para o inferno; em Mt 7, 13 diz: “E
muitos são os que entram por esse caminho”.
Percorrem o caminho largo e
espaçoso:
6. Os bêbados. Esses que bebem
bebidas alcoólicas, isto é, a urina de Satanás e que cometem
loucuras: vivem a “cercar frangos” no meio do caminho; agridem a
família com tapas e palavras duras, causam acidentes no trânsito,
assassinam o próximo e envergonham a família. A Palavra de Deus em 1
Cor 6, 10 diz que “…os bêbados não herdarão
o Reino de Deus”. A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé
declara: “… o homem peca mortalmente não só
quando a sua ação procede de menosprezo direto do amor de Deus e do
próximo, mas também quando, consciente e livremente elege um objeto
gravemente desordenado, seja qual for o motivo da sua escolha”.
Percorrem o caminho largo e
espaçoso:
7. O filho malcriado e ingrato que
grita com os pais, que responde com azedume os mesmos, ameaça-os de
agressão ou até mesmo os agride, e até lhes tira a vida usando armas
ou então de tanto lhes causar desgosto. Existe filho tão horroroso e
duro de coração, que só pára de maltratar os pais depois que os vê
dentro de um caixão. Em Ex 20, 12 diz:
“Honra teu pai e tua mãe”; em Eclo 3, 8 diz também:
“Em atos e palavras respeita teu pai, a fim
de que venha sobre ti sua bênção”, e no mesmo livro, 3, 12
diz ainda: “Filho, cuida de teu pai na
velhice…” Existe filho que não vê a hora dos pais
envelhecerem para colocá-los no asilo; para desocupar a casa, para
sobrar mais espaço para receber os amigos. Penso que uma “coisa”
desta nem merece sepultura quando morrer, deveria ser comida para os
urubus. Esse tipo de gente caminha para o inferno. Em Eclo 3, 16
diz: “É como um blasfemador, aquele que
despreza seu pai, e um amaldiçoado pelo Senhor aquele que irrita a
sua mãe”. O Catecismo da Igreja Católica no nº 2.218 diz:
“O quarto mandamento lembra os filhos
adultos suas responsabilidades para com os pais. Enquanto puderem,
devem dar-lhes ajuda material e moral nos anos da velhice e durante
o tempo de doença, de solidão ou de angústia”.
Prezado católico, percorre também o
caminho largo e espaçoso:
8. Aquela pessoa que foge da cruz e
que busca uma vida fácil, cômoda e preguiçosa; que busca uma vida
sem compromisso e um cristianismo sem cruz; que foge de qualquer
sacrifício e que não se preocupa nem com a própria salvação. São
João da Cruz escreve: “Ame muito o
sacrifício e tenha-o em conta de pouco para cair em graça ao Esposo,
que por sua causa não hesitou em morrer”.
Percorre também o caminho espaçoso:
9. O assassino. Lembre-se de que só
Deus dá a vida; só Deus pode tomá-la. Cada alma é individual e
pessoalmente criada por Deus, e só Deus tem o direito de decidir
quando o seu tempo de permanência na terra terminou. O Catecismo da
Igreja Católica no nº 2. 268 diz: “O
assassino e os que cooperam voluntariamente com o assassinato
cometem um pecado que clama ao céu por vingança”.
Sobre o crime do aborto, a Igreja
Católica diz o seguinte para as mães assassinas e para os
"açougueiros", isto é, para os cooperadores do crime:
“A vida humana deve ser respeitada e
protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção… O
aborto direto, quer dizer, querido como um fim ou como um meio, é
gravemente contrário à lei moral… A cooperação formal para um aborto
constitui uma falta grave” (Catecismo da Igreja Católica, nº
2.270 e 2.271).
Está claro, católico, que o assassino
percorre o caminho largo e espaçoso que conduz ao inferno.
Percorre também o caminho largo e
espaçoso:
10. O Caluniador.
Existem pessoas que não rezam com o
coração, por isso, não mudam de vida e também vivem desocupadas;
assim, soltam a suas línguas assassinas e caluniadores, verdadeiras
serpentes venenosas contra a honra do próximo com a intenção de
destruí-la. O Catecismo da Igreja Católica no nº 2.479 diz:
“Maledicência e calúnia destroem a reputação
e a honra do próximo”.
Católico, a calúnia é um pecado
gravíssimo. O Pe. Leo Trese escreve: “A
calúnia é um dos piores pecados contra o oitavo mandamento, porque
combina um pecado contra a verdade (mentir) com um pecado contra a
justiça (ferir o bom nome alheio) e a caridade (falhar no amor
devido ao próximo). A calúnia fere o próximo onde mais dói: na sua
reputação (fama)”.
Lembre-se de que o desejo do
caluniador é de te destruir usando a língua como arma, como está no
Salmo 52, 4: “Tua língua é navalha afiada,
autora de fraudes”.
O Pe. Orlando Gambi escreve:
“Não é só um demônio, mas é todo o inferno
que aplaude o caluniador”, e o mesmo diz:
“A calúnia é a mais perigosa arma da inveja”.
Está claro que o caluniador percorre
o caminho largo e espaçoso.
Caríssimo católico, neste versículo
13 do capítulo 7 de São Mateus que está sendo comentado, diz que o
caminho largo e espaçoso conduz à perdição, isto é, ao inferno, e
muitos são os que entram por ele.
A Palavra de Deus é realmente
verdadeira, Ele, o Deus verdadeiro não engana ninguém e também não
mente. Basta dar uma olhada dentro da sua própria casa para
descobrir muitos seguidores do caminho largo e espaçoso que conduz
ao inferno. Olha também o bairro ou a fazenda onde você mora, e verá
uma multidão de pessoas percorrendo o caminho largo e espaçoso; ou
então, olhe para dentro de você; quem sabe você esteja também
percorrendo esse caminho que conduz ao inferno.
Como já foi falado, milhares preferem
uma vida fácil, sem sacrifício e sem cruz, isto é, percorrer o
caminho que conduz ao inferno.
Com certeza, quando esses preguiçosos
estiverem mergulhados no fogo do inferno dirão, como escreve Santo
Afonso Maria de Ligório: “Se me tivesse
mortificado para não olhar aquele objeto, se tivesse vencido o
respeito humano ou tal amizade, não me teria condenado”. Mas
agora é tarde, quem percorrer o caminho largo e espaçoso e nele
morrer será condenado ao inferno.
Em Mt 7, 14 diz:
“Estreita, porém, é a porta e apertado o
caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram”.
Católico, para se salvar é preciso
entrar pela porta estreita e percorrer o caminho apertado. O Pe.
Francisco Fernándes-Carvajal escreve:
“Percorrer o caminho de uma vida cristã generosa, sincera e dura, é
custoso, mas a sua meta é a Vida ou Salvação eterna”; e o Pe.
Gabriel de Santa Maria Madalena também escreve:
“Oferece Jesus a abundância da vida, mas
pede a generosidade da adesão, a totalidade do amor e, portanto, da
renúncia. Ele (Jesus) quer tudo: o coração, a vontade, os afetos
mais caros, a casa, os haveres e até a vida… a todos pede Jesus
estarem sempre prontos a sacrificar qualquer afeto, qualquer coisa,
e até a própria vida quando necessário, para serem totalmente fiéis
em ouvir e seguir o Senhor”.
Católico, não se iluda, para entrar
no céu é preciso percorrer o caminho apertado da temperança, da
penitência, da renúncia e do desapego, como escreve o Cônego Duarte
Leopoldo: “Jesus não oculta a severidade e
rigidez dos preceitos evangélicos, mas aponta, para a recompensa
final – o céu por toda a eternidade. Além disso, para suavizar o que
de penoso encontra a natureza na prática da Religião, temos a graça
que Deus não recusa a ninguém”, e Santo Tomás de Aquino
também diz: “Para salvar-se, basta querer”,
e o Pe. Francisco Fernández-Carvajal escreve ainda:
“A temperança é necessária nesta vida para
podermos entrar no céu. Pede-se aos cristãos que estejam
desprendidos dos bens que possuem e usam, que evitem a preocupação
desmedida… quanto ao necessário, que usem dele com austeridade, que
é sinal de retidão de intenção”.
Prezado católico, precisamos viver
como pessoas que possuem uma profunda fé em Deus e na vida eterna;
não podemos nos agarrar e seguir aquilo que passa, porque com
certeza nos condenaríamos; precisamos sim, vivermos atentos e
percorrermos o caminho estreito. Em Lc 21, 34 diz:
“Cuidado para que vossos corações não fiquem
pesados pela devassidão, pela embriaguez, pelas preocupações da
vida, e não se abata repentinamente sobre vós aquele Dia”.
Lembre-se com freqüência, de que o
caminho apertado conduz à vida Eterna, isto é, ao céu, por isso, não
vacile e não perca tempo; entre por ele e estará seguro. Faça em
todos os momentos a vontade de Deus, viva bem e santamente cada
minuto, isto é, o momento presente; lute para não se apegar às
coisas caducas deste mundo; reze fervorosamente e viva sempre unido
a Deus, abrace com generosidade e amor as provações que aparecerem,
etc; e assim, você estará percorrendo o caminho apertado. Não trate
o vosso corpo com regalias e mimos, pelo contrário, mortifique-o,
porque a sobriedade facilita o trato com Deus, como escreve São
Pedro de Alcântara: “Com o corpo pesado e
enfartado de alimento, a alma está muito mal aparelhada para voar
para o alto”.
O caminho que Jesus Cristo nos indica
é alegre, mas, ao mesmo tempo, é caminho de cruz, do sacrifício, de
temperança e de mortificação; mas é o caminho que nos conduz ao céu,
é realmente um caminho difícil de ser percorrido, mas é um caminho
seguro; por isso, andemos apressadamente por ele e não saiamos
jamais do mesmo, e receberemos o Céu, a Felicidade Eterna por
recompensa; não olhemos tanto para os obstáculos, e sim, para a
recompensa eterna, como escreve São José Calazans:
“Para ganhar o céu, todo sofrimento é pouco”,
e em Rm 8, 18 diz: “Os sofrimentos do tempo
presente não tem proporção com a glória que deverá se revelar em
nós”, e Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“Seria uma grande vantagem sofrer a vida
inteira todos os tormentos sofridos pelos mártires, só para gozarmos
um momento do céu”, e em 2 Cor 4, 17 diz também:
“As nossas tribulações do momento são leves
e nos preparam um peso de glória eterna”.
Esse trecho que está sendo comentado
diz: “Estreita, porém, é a porta e apertado
o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram”
(Mt 7, 14).
Alguém poderia perguntar-me se é possível se salvar fora
do caminho estreito; eu lhe diria que não, não é possível. E para
dar-lhe essa resposta, eu usaria as próprias palavras de Jesus
Cristo. Em São Lucas 13, 22-24 diz: “Jesus
atravessava cidades e povoados, ensinando e encaminhando-se para
Jerusalém. E alguém lhe perguntou: “Senhor, é pequeno o número dos
que se salvam?” Ele respondeu: “Esforçai-vos por entrar pela porta
estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não
conseguirão”. E em Mt 7, 14 diz: “E
poucos são os que o encontram”, isto é, poucos são os que
encontram o caminho estreito.
Cristo Jesus aponta o caminho
estreito como um caminho seguro para o céu, realmente, o caminho
estreito é seguro e sólido.
Hoje, muitos são desejosos de
entrarem no céu; mas quando lhes apresentam a porta estreita e o
caminho apertado, isto é, a vida de renúncia, penitência,
temperança, oração, vivência dos mandamentos, etc., agem com
desprezo e revolta e dizem que não são fanáticos e que preferem
continuar como estão; e o mundo está cheio desse tipo de gente que
ama a Deus da boca para fora, são os católicos de rótulos e de
fachada; são os piores inimigos da religião.
Queres se salvar? Entre então pela
porta estreita e percorra o caminho apertado; somente assim entrarás
no céu. Não se entra no céu com avião, ônibus, trem, carro, etc.,
mas sim, pela porta estreita e pelo caminho apertado; lembre-se de
que o céu não é boteco e muito menos praia; para nele entrar é
preciso levar a vida a sério.
Comentando Mt 7, 14:
“Quão apertada é a porta e quão estreito é o
caminho, que conduz à vida; e poucos são os que acertam com ele”,
São João da Cruz diz: “… o caminho é bem
estreito e muito mais do que podeis pensar. Ponderemos ainda que o
Senhor primeiramente diz ser apertada, para nos mostrar que a alma
desejosa de entrar por esta porta de Cristo – que é o começo do
caminho – deve antes de tudo reduzir-se e despojar a vontade em
todas as coisas sensíveis e temporais, amando a Deus acima de todas
elas”. Está claro que para entrar pela porta estreita é
preciso amar a Deus acima de todas as coisas sensíveis e temporais.
Católico, já entrou pela porta estreita? Aquele que possui a alma
apegada às coisas da terra, com certeza não cabe na porta estreita,
porque o coração está cheio, isto é, “gordo” de coisas passageiras;
por isso, esvazia-o delas enquanto é tempo.
São João da Cruz diz:
“E quando é dito que tão poucas almas
acertam com ele, (isto é, com o caminho estreito), devemos notar a
causa: é que também poucas cabem e querem entrar nesta suma desnudes
e vazio do espírito”. Está claro que são poucos os que
desejam verdadeiramente se desapegarem das coisas do mundo; são
poucos os que aceitam tirar do coração tudo aquilo que desagrada a
Deus; e assim, vivem estacionados às margens da vida espiritual.
Caríssimo católico, em Mt 7, 14 diz:
“E poucos são os que o encontram”;
são palavras ditas por Jesus Cristo. Basta dar uma olhada na sua
própria casa, no quarteirão onde você mora, na cidade onde reside,
no lugar onde trabalha, etc. Para você encontrar 99% das pessoas
buscando e exigindo com rigor sempre o mais fácil e o mais cômodo;
como por exemplo:
1. Sentar-se sempre em uma cadeira
cômoda e deixar de lado a cadeira de madeira; 2. Usar uma ferramenta
leve e abandonar para sempre a ferramenta pesada; 3. Jamais andar a
pé; até para comprar algo à distância de 100 metros tem que ir de
carro; 4. Encher o prato de tudo o que gosta e desprezar o que não
gosta; 5. Dormir sempre em um colchão alto e fofo, etc.,
infelizmente são poucos os que encontram o caminho estreito, isto é,
o caminho que conduz ao céu.
Você ainda pode deixar o caminho
largo e entrar pelo caminho estreito, basta querer. Examine com
sinceridade a vossa consciência, lembre-se de que a felicidade do
céu é eterna, e que para conquistá-la vale a pena percorrer o
caminho estreito.
Diga com o Servo de Deus, o Pe.
Eduardo Poppe: “Senhor, dai-me consolação e
satisfação, se servirem para minha salvação, mas, sobretudo dai-me o
amor e o gosto pela mortificação e pela cruz”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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