(Gravada em
CD no dia 23 de março de 2005)
Prezado católico, pare um pouco, deixe
de correria e apavoramento, pare, porque você não é uma máquina,
você possui uma alma imortal, e para salvá-la é preciso que viva
santamente. Pare para analisar com sinceridade e seriedade o seu
comportamento, para saber se está levando a sério a sua vida.
Já parou para pensar o quanto a sua vida
é breve? No livro de Jó 14, 1-5, fala que o homem nasce, vive um
determinado tempo e depois morre: “O homem,
nascido de mulher, tem a vida curta e cheia de tormentos. Breves são
os dias dos homens. Vós, Senhor, já determinastes o número dos seus
meses. Já marcastes os limites da sua vida para além dos quais não
poderá passar”.
Cada segundo que passa, cada minuto,
cada hora, cada dia que passa, a sua vida fica mais curta, como está
no Salmo 38, 6: “Vê: um palmo são os dias
que me deste, minha duração é um nada frente a ti; todo homem que se
levanta é apenas um sopro”, e o Salmo 102, 15-16 diz também:
“O homem ! … seus dias são como a relva: ele
floresce como a flor do campo; roça-lhe um vento e já desaparece, e
ninguém mais reconhece seu lugar”.
Caríssimo católico, a vida é breve e o
tempo passa como um relâmpago. E você? O que está fazendo com esse
tempo tão precioso? Como você o está usando; para a vossa salvação
ou condenação?
Lembre-se de que a vida é breve, ela
passa e não volta! Passa a infância, passa a adolescência, passa a
juventude, passa a idade adulta, etc. E você? O que está fazendo da sua
vida? Vida aqui na terra só existe uma!
Hoje, infelizmente, muitos vivem como se
Deus não existisse, como se não possuíssem uma alma imortal e como
se não fossem morrer um dia; matam o tempo, vivem como pagãos e
jogam o tempo fora como se joga um lixo.
É preciso acordar enquanto é tempo;
lembre-se de que você foi criado para conhecer, amar e servir a
Deus, como escreve São João Maria Vianney:
“Como é belo, como é grande conhecer, amar e servir a Deus! É a
única coisa que temos para fazer neste mundo. Tudo o que fazemos
afora isto, é tempo perdido”.
E
você, já parou para pensar no tempo que jogou fora com as porcarias
desse mundo? Deus ,na hora do juízo, pedirá conta de cada segundo,
minuto e hora que você jogou fora, como escreve Santo Afonso Maria
de Ligório: “No dia do juízo, Jesus Cristo
nos pedirá conta de toda palavra ociosa. Todo o tempo que não é
empregado para Deus, é tempo perdido”.
A vida é breve, por isso, ocupe o tempo
em conhecer, amar e servir a Deus.
O que devemos fazer para conhecer a
Deus?
Primeiro: ler a Bíblia. Sabemos que a
Bíblia é a Palavra de Deus, e nela encontramos consolo e paz, ela
nos orienta pelo caminho da salvação, como está no Salmo 118, 105:
“Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e
luz para o meu caminho”, ela sustenta também a nossa vida
espiritual, como escreve Santo Epifânio:
“Sustentáculo poderoso para não se cometer pecado é a leitura das
Escrituras”, e o mesmo Santo escreve:
“Grande princípio e profundo abismo é desconhecer as Escrituras”.
Muitos desperdiçam o tempo, ao invés de
ler a Palavra de Deus, preferem ler e olhar revistas pornográficas
que são as cartilhas do demônio; lêem outros livros perigosos
somente com a intenção de satisfazer a curiosidade; esse tipo de
leitura ofende a Deus e lança a alma nas garras de Satanás, o
príncipe das trevas.
Prezado católico, que desculpa você dará
a Deus na hora do juízo por ter trocado a leitura da Bíblia pelas
revistas pornográficas? Deus não aceitará desculpa, porque isso é
falta de temor e de respeito.
Para conhecer a Deus, o primeiro ponto é
ler a Bíblia, enquanto que o segundo é estudar o catecismo. Muitos
católicos perdem tempo como a leitura de jornais e também com livros
vazios que não ajudam na formação espiritual, e não dedicam se quer
um minuto para o estudo do catecismo, esses cometem pecado, como
ensina o 2º Catecismo da Doutrina Cristã:
“Cometem falta grave aqueles que, por negligência ou má vontade, não
a quiserem aprender”.
Perdem tempo, perdem um precioso tempo
com as leituras vazias, mas não estudam a Santa Doutrina da Igreja
Católica Apostólica Romana. Esses terão que se explicar na hora do
terrível Juízo.
Milhares são aqueles que não conhecem a
Deus; conhecem muito bem o esporte, a história dos seu país, a
geografia, a matemática, mas não conhecem o seu Criador.
No livro da Sabedoria 15, 3 diz:
“Conhecer-te é a justiça perfeita, acatar
teu poder é a raiz da imortalidade”, e Santo Agostinho diz:
“É um desventurado o homem que sabe tudo,
mas não conhece a Deus”, quer dizer, esse homem é um infeliz,
conhece o que é terreno, mas não conhece o Deus Eterno.
E você prezado católico; você conhece a
Deus? Lê e medita a Palavra de Deus? Estuda a doutrina da Santa
Igreja Católica Apostólica Romana? Ou você é pior do que o boi e o
jumento, como diz em Isaías 1, 2- 3: “Criei
filhos e fi-los crescer, mas eles se rebelaram contra mim. O boi
conhece o seu dono, e o jumento, a manjedoura de seu Senhor, mas
Israel é incapaz de conhecer, o meu povo não pode entender”.
Aquele que não conhece a Deus é tolo e
ignorante.
Católico, já refletimos sobre como
conhecer a Deus. Reflitamos então, sobre como amar a Deus. O que é
preciso fazer para amar a Deus! É importante lembrar de que esse,
amar a Deus, não consiste em amá-lO da boca para fora, e sim, em
amá-lO de verdade, como está em
Mt 22, 37: “Amarás ao Senhor teu Deus de
todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”.
Hoje, infelizmente, existem muitas poesias e sentimentalismo, mas o
amor verdadeiro é muito difícil de ser encontrado.
São João Maria Vianney escreve o
seguinte sobre o verdadeiro amor a Deus:
“Amar a Deus não consiste somente em dizer-lhe com a boca: Meu Deus,
eu te Amo. Amar a Deus com todo o coração, com toda a mente e com
todas as forças é preferi-lO a tudo, é estar pronto a perder os
bens, a honra, a própria vida a ofendê-lO. Amar a Deus é não amar
nada acima d’Ele, nada que compartilhe com Ele o nosso coração”.
Católico, para amar a Deus é preciso
obedecer aos seus mandamentos; somente assim, você O estará amando
de verdade, porque em Jo 14, 15 diz:
“Se me amais, observareis meus mandamentos”,
e na Primeira Carta de São João 5, 3 diz:
“Pois este é o amor de Deus: observar os seus mandamentos”.
Para aproveitar bem o tempo, não basta
conhecer e amar a Deus, é preciso também servi-lO. Como servimos a
Deus? Fazendo o bem para o nosso próximo, como escreve São Luiz
Orione: “Fazer o bem a todos, fazer o bem
sempre; fazer o mal nunca e a ninguém”.
Você foi criado para servir a Deus e não
para servir ao mundo inimigo da sua alma. Muitos dizem que não têm
tempo de servir a Deus, e assim, perdem o tempo com o lixo do mundo.
Dizem não ter tempo para visitar um
enfermo no hospital, mas têm tempo para perambular pelas ruas como
vadios à procura dos vícios e pecados.
Dizem que não sobra tempo para
evangelizar uma pessoa que está precisando de um conforto
espiritual, mas têm tempo para assistirem todas as novelas porcas e
imundas, verdadeiro vômito do demônio.
Dizem não ter tempo para rezar na casa
de uma pessoa que necessita de oração, mas encontram tempo para
ficar horas e horas nas portas de botecos, bebendo pinga que é urina
de Satanás, e conversando lorota.
A vida é breve, o tempo passa como um
relâmpago, e essas pessoas jogam o tempo fora, porque vivendo assim
não servem a Deus, e sim, servem ao mundo, e tornam-se inimigas de
Deus, como está na Carta de São Tiago 4, 4:
“Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com
Deus? Assim, todo aquele que quer ser amigo do mundo torna-se
inimigo de Deus”.
Esse tipo de gente ainda se atreve em
dizer que segue a Cristo; é uma contradição monstruosa, dizer ser
cristão e servir ao mundo inimigo de Deus.
Outros, acomodados e “mortos” de
preguiça, dizem que não possuem capacidade para ajudar ao próximo,
isto é, para servir a Deus; para esses parasitas e sanguessugas
escreve São João Crisóstomo: “Nada mais feio
do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos outros… Não
ofendas a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar,
injurias; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, é
a Deus que ofendes e o chamas de mentiroso. Pois, é mais fácil o sol
deixar de aquecer ou brilhar do que um cristão não irradiar a sua
luz; ou a luz se transformar em trevas… A luz do cristão não pode
permanecer escondida. Não pode ocultar-se lâmpada tão luminosa”.
Católico, lembre-se de que a vida
é breve, que a morte corre velocíssima sobre nós, e nós, a cada
instante, corremos para ela, como está no livro de Jó 9, 25:
“Meus dias correm mais depressa que um
atleta…”, e São Jerônimo escreve:
“Todos temos de morrer, e nós deslizamos como a água sobre a terra,
a qual não volta para trás”.
Seja sábio, não brinque com a vida, não
brinque com o tempo; a vida é breve, e você foi criado para
conhecer, amar e servir a Deus, por isso, aproveite bem o tempo, ele
é precioso, como escreve São Bernardinho de Sena:
“Um só momento vale tanto como Deus, porque
nesse instante, com um ato de contrição ou de amor perfeito, pode o
homem adquirir a graça divina e a glória eterna”.
Lembre-se de que você não foi criado
para os prazeres do mundo, para viver na lama; Deus não te criou
para a terra, mas para o céu; por isso, aproveite o tempo, porque a
vida passa como um sopro, aproveite o tempo para fazer o bem.
Ter muitos anos de vida não está na mão
de ninguém, porém, de nós depende fazer que os dias e anos que nos
forem dados sejam ricos em boas obras, isto é, precisamos entesourar
tesouros no céu, como está em São Mateus 6, 20:
“… ajuntai para vós tesouros nos céus, onde
nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam
nem roubam”.
Como já foi falado; você não foi criado
para os prazeres do mundo; não foi criado para pular esse carnaval
satânico e podre, que só serve para desgraçar as almas; não foi
criado para participar desses bailes imundos e imorais, que só
servem para arruinar a sua alma imortal; não foi criado para usar
essas roupas imorais, que são tarrafas do demônio, que ele usa para
pescar os homens curiosos; não foi criado para passar horas e horas
diante a televisão olhando essas novelas porcas e pornográficas, que
são armas que o demônio usa para destruir as famílias; também não
foi criado para se drogar, se prostituir, fornicar e olhar revistas
e filmes imorais; mas sim, foi criado para conhecer, amar e servir a
Deus; tudo o que fizer fora disso está roubando d’Ele, como escreve
São João da Cruz: “O mundo inteiro não é
digno de um só pensamento do homem, por que só a Deus ele é devido;
assim, qualquer pensamento posto fora de Deus é um roubo que se lhe
faz”.
Você também não foi criado só para o
trabalho. A vida não é só trabalho. É também trabalho, mas não
exclusivamente. É esforço para ganhar o pão de cada dia, mas não é
só isso. É luta árdua para alcançar tudo o que nos é necessário, mas
não é só isso.
Lembre-se de que você não é máquina para
correr o tempo todo; você possui uma alma imortal, e lutar para
salvá-la é a coisa principal, como escreve São Pedro Julião Eyumard:
“A obra de minha salvação é, por
conseguinte, o meu primeiro dever, enquanto tudo o mais não passa de
bagatela e loucura”, e o mesmo santo também escreve:
“A vida é curta e para reunir o montante da
coroa do justo é mister apressar-me para que a morte não me tome de
improviso, em plena labuta”.
Muitas pessoas correm o dia inteiro,
preocupadas somente com os bens terrenos, não reservam nenhum tempo
para Deus e nem para cuidarem da alma, essas são as virgens loucas
que na hora do julgamento ouvirão da boca do Divino Juiz:
“… não vos conheço!”
(Mt 25,12).
Prezado católico, a vida é breve, não se
esqueça dessa grande verdade; hoje você está aqui, amanhã, quem
sabe, estará no cemitério, porque a morte não avisa e não telefona.
Prazeres, divertimentos, lisonjas e honras, tudo passa… E o que
fica? … no livro de Jó 17, 1 diz: “Só me
resta o sepulcro”.
Seremos lançados numa cova e, ali,
entregues à podridão, privados de tudo. No momento aflitivo da
morte, a lembrança de todos os prazeres que em vida desfrutamos, e
bem assim das honras adquiridas, só servirá para aumentar a nossa
mágoa e a nossa desconfiança de obter a salvação eterna… Dentro em
breve, o pobre mundano terá que dizer: minha casa, meus jardins,
esses móveis preciosos, esses quadros raríssimos, aquelas roupas
caras já não serão para mim! Só me resta o sepulcro.
E você, católico; está levando a sério o
“negócio” da sua salvação? Vida aqui na terra é uma só, e
alma você só possui uma, perdido essa, tudo está perdido.
Cuidado para não morrer com as mãos
vazias, não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem e bem
feito.
Você que mata o tempo, se ocupando
somente com as coisas da terra; o que dirá para Deus na hora do
julgamento, sendo que teve tanto tempo para fazer o bem e não o fez,
preferindo servir o mundo e permanecer como as mãos vazias? O que dirá
a Deus aquele que teve muito tempo para se santificar, mas preferiu
viver longe d’Ele, e agora vai comparecer diante do Juiz com a alma
cheia de pecados?
Católico, a vida é breve, passa como um
sopro, por isso, acorde enquanto é tempo, não desperdice mais o
tempo com o lixo do mundo, porque Deus pedirá conta de todo o tempo
perdido.
Lembre-se de que tudo passa, tudo acaba,
tudo morre. As árvores, os animais, o homem, tudo vem a ter fim,
tudo se resolve em pó e cinza.
Passaram os grandes homens que
assombraram o mundo com o seu poder, ciência e virtude!
Passaram os grandes santos, luminares da
igreja. Passaram as idades mais florescentes.
Tudo passou e tudo está passando, e, com
tudo que passa, vai passando a nossa vida; pouco a pouco os dias vão
declinando como o sol poente!
Esta é que é a verdade! Isto se há de
dar um dia com cada um de nós. Passarei eu, passareis vós todos.
Passaremos nós e todos aqueles que, depois de nós, vierem povoar o
mundo; e finalmente, há de passar o céu a terra.
Tudo passa, tudo acaba, tudo morre,
porque tudo é passageiro, transitório e vão, porque tudo é vaidade!
Passa a riqueza, o luxo, a
magnificência, porque tudo é vaidade! Passa a glória, a fama, à
honra, porque tudo é vaidade! Passam as coroas, os cetros, os
tronos, porque tudo é vaidade!
Prezado católico, tudo passa, e para
onde? Para o nada, donde veio!
Só Deus não passa! Ele é o Rei dos
séculos. O seu trono não vacila com as mudanças e abalos do mundo. O
seu reino não terá fim.
Não passam também os nossas obras, boas
e más, todas se vão ajuntar na balança da divina justiça, como está
na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5, 10:
“Porquanto todos nós teremos de comparecer
manifestamente perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um
receba a retribuição do que tiver feito durante a sua vida no corpo,
seja para o bem, seja para o mal”, e São Gregório Magno
escreve: “Quando o juiz vier exigirá de cada
um de nós tanto quanto nos deu”.
São as nossas obras que vão decidir a nossa sorte eterna,
como está no Salmo 62, 13: “… pois tu
devolves a cada um conforme as suas obras”. Num dos pratos da
balança se vão empilhando os pecados de cada dia; noutro se não
aglomerando as virtudes e os atos meritórios. Onde o peso for maior,
aí estará designada a eternidade merecida!… por isso, é preciso
aproveitar o tempo para fazer o bem, porque a vida é breve, e o
tempo que passa não volta mais.
Prezado católico, se tudo passa para a
vida e nada passa para a conta que você deverá prestar a Deus de
tudo o que fez, falou ou pensou; seja você mesmo a partir de agora o
seu próprio acusador, como testemunha ocular de todos os vossos
atos, como escreve São João Berchmans: “Para
os outros sê como uma mãe, para ti, o próprio juiz”.
Diante a brevidade da vida, não perca
mais o tempo com o lixo do mundo, lembre-se de que Deus te pedirá
conta de cada segundo gasto com as coisas terrenas.
Que fazer então? É preciso desapegar-se
de tudo o que é terreno e que não te pode fazer feliz na outra vida.
Diz a todas as vaidades do mundo, o que disse São Luiz Gonzaga ao
atravessar as salas luxuosas do pai: – Que
vale tudo isso para eternidade? – É preciso ter todos os
atrativos terrenos na mesma conta em que os tinha o jovem polonês
Santo Estanislan Kotka, que, quando o seu irmão Paulo o convidava
para os prazeres do mundo, dizia-lhe: – Não
nasci para as coisas da terra, mas sim para as do céu.
Católico, se a vida é breve, então é
preciso aproveitá-la; não como fazem os mundanos, que jogam o tempo
fora com: novelas, bebedeiras, prostituição, carnaval, bailes,
músicas imorais e noitadas; mas é preciso aproveitá-la dedicando-se
em fazer o bem, isto é, em entesourar tesouros no céu.
Você que já perdeu tanto tempo com as
coisas do mundo, já é hora de acordar, aproveita ainda o tempo que
lhe resta.
Você sabe que o tempo não volta a passar
segunda vez; então trabalhe fervorosamente na vida espiritual, para
reparar o tempo que você perdeu no passado com a lama do mundo,
porque, a vida continua passando, como escreve São Gregório Magno:
“Os dias que transcorreram da nossa vida,
servem para contar os passos com que nos acercamos do nosso fim.
Quanto mais vivemos, tanto menor é o resto da vida que nos falta”,
e na Carta de São Paulo aos Efésios 5, 15-16 diz:
“Vede, pois, cuidadosamente como andais: não
como tolos, mas como sábios, recuperando o tempo perdido”.
A vida é breve, e o tempo é um tesouro
precioso, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
“O tempo é um tesouro que só se acha nesta
vida, mas não na outra, nem no céu, nem no inferno”. Prezado
católico, os condenados gritam continuamente no inferno:
Oh! Se tivéssemos uma hora! Se você
não mudar de vida, com certeza fará parte desse coro no inferno logo
após a sua morte.
Você sabe que o tempo é a duração de
nossa vida, uns vivem dez anos, outros vinte anos, outros oitenta
anos e outros cem anos, mas todos morrem um dia, ninguém ficará para
semente; por isso, aproveite bem o tempo. O tempo é o preço com que
se compra a eternidade feliz. O tempo é a ruína e a salvação de
muitos. O tempo é um bem para aquele que o emprega no exercício da
virtude, e um mal para quem o desperdiça no vício. O tempo é uma
benção que dá ao homem o céu, ou uma maldição que o leva ao inferno.
O tempo vale muito, como escreve São Afonso Maria de Ligório:
“Nada há mais precioso que o tempo e não há
coisa menos estimada nem mais desprezada pelos mundanos”.
Os santos choravam pelo tempo, porque
não lhes bastava para praticarem as boas obras; eles desejavam que o
dia tivesse cinqüenta horas, somente para fazerem o bem; enquanto
que os mundanos não sabem o que fazer do tempo, porque não lhe
conhecem o valor.
A vida é breve e o tempo passa como um
sopro. O tempo passa e depois dele vem a eternidade! E o que no
tempo você não fez, chorará amargamente para sempre, como escreve
Santo Afonso Maria de Ligório: “Os
condenados… por todo o preço comprariam uma hora a fim de reparar
sua ruína; porém, esta hora jamais lhes será dada”.
Qual é, pois, o melhor modo de empregar
o tempo?
É conservar sempre a alma em estado de
graça e amizade com Deus. Lembre-se de que você possui uma alma
imortal. Desde o momento em que uma pessoa se separa de Deus pelo
pecado mortal, o tempo começa a ser para a mesma um bem sem valor,
porque neste estado ela não pode merecer um grau se quer de glória
para o céu, mas está em grande risco de se perder para sempre!
Seja sábio! Reze muito e com devoção, e
assim estará compensando de algum modo, o tempo que foi mal gasto no
passado com as novelas imorais e portas de botecos.
Aproveita o tempo para evangelizar, para
pregar a Palavra de Deus de casa em casa, agora que as forças ainda
permitem; porque mais tarde, hás de querer aproveitá-lo e não
poderás.
A vida é breve, a mesma não é uma viagem
de prazeres e festas. Vamos a Deus como peregrinos, isto é,
meditando, rezando e difundindo ao nosso redor o bom odor de Cristo
Jesus que passou fazendo o bem aqui na terra.
Rezemos agora com fé e devoção a
oração escrita por Santo Afonso Maria de Ligório:
“Meu Deus, não quero perder o
tempo que me haveis concedido por vossa misericórdia… Mereci estar
já no inferno, gemendo sem esperança. Dou-vos, pois, fervorosas
graças por me terdes conservado a vida. Desejo, nos dias que me
restam, viver somente para vós. Se estivesse no inferno, choraria
desesperado e sem fruto. Agora chorarei as ofensas que cometi contra
vós e, chorando-as, estou certo de que me perdoarás… No inferno me
seria impossível amar-vos; agora vos amo e espero amar-vos sempre.
No inferno jamais poderia pedir a vossa graça, agora ouço que
dizeis: Pedi e recebereis. Posto que ainda é tempo para vos pedir
graças, duas são as que vos peço: Concedei-me, ó Deus, a
perseverança no vosso santo serviço e dai-me o vosso amor, depois
fazei de mim o que quiserdes.
Fazei que, em
todos os instantes que me restam da vida, eu me recomende a vós,
dizendo: “Ajudai-me, Senhor… Senhor, tende piedade de mim; fazei que
não vos ofenda; fazei que vos ame”.
Virgem
Santíssima, minha mãe, alcançai-me a graça de me recomendar sempre a
Deus e pedir-lhe seu santo amor e a perseverança”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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