(Gravada em CD no
dia 30 de março de 2005)
Caríssimo católico,
sabemos que para uma construção durar longos anos e suportar a fúria
da natureza, como: tempestades de granizo, tufões e até terremotos,
é preciso que ela tenha um profundo alicerce e fortes colunas; do
contrário ela cairá, e o prejuízo será total.
O mesmo pode-se
dizer em relação ao matrimônio; para que o mesmo perdure até o fim e
consiga suportar os ataques dos inimigos, que são verdadeiras
tempestades, e tempestades furiosas, é preciso que o matrimônio,
qual construção forte, tenha robustas colunas para o sustentar.
Antes de falar sobre as colunas que sustentam o
matrimônio, quero deixar bem claro que o matrimônio foi instituído
por Deus. Ensina o livro de Gênesis que Deus criou o ser humano
varão e mulher, com o encargo de se procriar e de se multiplicarem:
“Homem e mulher os criou, e Deus
abençoou-os, dizendo-lhes: Crescei e multiplicai-vos e enchei a
terra” (1,
28). Foi nesse momento que Deus instituiu o
matrimônio e fê-lo principalmente para povoar a terra e para que o
homem e a mulher se ajudassem e apoiassem mutuamente, como está em
Gênesis, 2, 18: “Não é bom que o homem
esteja só, vou dar-lhe uma companheira semelhante a ele”.
Hoje, infelizmente,
muitas pessoas irresponsáveis e despreparadas estão brincando de
casar, não levam o matrimônio a sério, mas mesmo diante de tanta
baixaria, quero deixar bem claro que o matrimônio foi instituído por
Deus, e que o mesmo não é uma invenção humana.
Reflitamos sobre as
colunas que sustentam o matrimônio, elas são várias, mas falarei
somente de seis, e tenho certeza, se as mesmas forem colocadas em
prática, nenhuma tempestade conseguirá destruir o edifício do
matrimônio.
A primeira coluna
que sustenta o matrimônio é o amor a Deus.
O casal deve se
esforçar continuamente para colocar em prática o primeiro mandamento
da lei de Deus: “Amar a Deus sobre todas as
coisas”. Feliz do lar que possui essa primeira coluna.
O casal que abandona
a Deus para buscar apoio no mundo, abandona a Rocha para se apoiar
na areia movediça, porque a única coisa que esse mundo pagão pode
oferecer para um casal é a lama, por isso, o Abade Santo Antão
escreve: “Odiai o mundo e tudo que nele há”.
Caríssimo casal, no
amor de Deus está a perfeição e não no lixo do mundo, como escreve
Santo Afonso Maria de Ligório: “Toda a
santidade e toda a perfeição de uma pessoa consiste em amar a Jesus
Cristo, nosso Deus, nosso maior bem, nosso Salvador”.
Amar a Deus é amar o
bem por excelência, e quem ama a Deus de coração, odeia o mal maior
do mundo, que é o pecado. O amor une, estreita, assemelha. O amor de
Deus une a criatura ao seu Criador, e quanto mais cresce o amor,
mais se estreitam os laços desta divina amizade. Feliz do casal que
possui essa amizade com Deus.
Sabemos que o amor
de Deus é um preceito; e o casal que não O ama está fora da lei e
não vai pelo caminho da salvação, e sim, da condenação eterna.
O amor a Deus é a
primeira coluna que sustenta o matrimônio; e como um casal se há de
amar a Deus? No Evangelho de São Mateus 22, 37 diz:
“Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu
coração, com toda a tua alma e como todo o seu espírito”.
Muitos pensam de uma maneira errada, que esse mandamento se refere
somente para padres e freiras, claro que não, se refere também às
pessoas casadas.
O casal ama a Deus
de todo o coração , quando Lho entrega todo inteiro, sem o dividir
com as criaturas. Só Deus quer ser o objeto do nosso amor. Só Ele é
o Senhor do nosso coração, a Ele pertence, e n’Ele deve reinar como
em propriedade sua.
Qualquer parcela de
amor que um casal dá às criaturas, que não seja por amor a Deus, é
um roubo e uma injustiça que o mesmo lhe faz. É importante lembrar
de que todas as perfeições que encontramos nas criaturas, são apenas
reflexos da infinita beleza do Criador.
O casal que deixa de
amar a Deus de coração para amar o mundo, acaba transformando o seu
coração num depósito de lixo, e vive em contínua angústia, porque o
mundo não pode lhe dar a verdadeira felicidade, como escreve Santa
Teresa dos Andes: “Vi que a felicidade no
mundo não existe”.
O casal deve amar a
Deus com todo o seu espírito, isto é, vivendo e atuando na sua
divina presença, meditando com freqüência nos seus divinos atributos
e recordando os mil favores, de que Deus o tem cumulado.
Não basta amar a
Deus com todo o espírito; é preciso amá-lO com toda a alma, isto é,
empregar todas as faculdades e potências em testemunhar que somente
Deus é o objeto do seu amor, vivendo unido a Ele pela vontade, pondo
à parte todos os outros afetos, que não encaminhem para o seu amor.
O casal deve também
amar a Deus com todas a sua forças, isto é, aplicar ao serviço de
Deus não só as potências da alma, mas todo o vigor do corpo. Não dar
um passo que não se encaminhe a conhecê-lO, não fazer obra que não
tenha por alvo a sua maior glória, não dizer palavra que não
convenha à sua divina presença, e não usar dos sentidos que não
sejam para admirar e honrar as maravilhas do poder do Criador.
O casal que deseja
com sinceridade vencer os inimigos visíveis e invisíveis, deve se
apoiar nessa primeira coluna do matrimonio:
“Amar a Deus sobre todas as coisas”, e assim ele encontrará a
verdadeira força e alegria para vencer os obstáculos, como escreve
Santa Teresa dos Andes: “Quem pode fazer-me
mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo”.
Prezado casal, fuja
do mundo inimigo de Deus, ele é areia movediça e te sufocará;
mergulhe em Deus e Ele te protegerá, como está no Salmo 61, 8-9:
“A minha glória e salvação estão em Deus; o
meu refúgio e rocha firme é o Senhor! Povo todo, esperai sempre no
Senhor, a abri diante dele o coração: nosso Deus é um refúgio para
nós!”.
A segunda coluna que
sustenta o matrimônio é a oração.
Quando uma pessoa
deixa de se alimentar, enfraquece fisicamente, e com o passar do
tempo não consegue mais trabalhar nem andar; o mesmo acontece com o
casal que não reza, isto é, que não se alimenta da oração fervorosa
e perseverante; aos poucos vai se enfraquecendo, não sente mais
força para lutar, e acaba sendo derrotado pelos inimigos.
Alguns casais dizem
com certo ar de crítica e de zombaria, que “esse negócio” de rezar é
coisa para padres e freiras; mas é importante lembrá-los de que as
pessoas casadas também possuem uma alma imortal, e que o demônio
também trabalha para destruí-las. São Francisco de Sales escreve:
“É um erro, senão até mesmo uma heresia,
querer excluir a vida devota… do lar das pessoas casadas”.
O casal que não reza
vive com as costas voltadas para Deus, e caminha apressadamente para
a destruição.
Caríssimo casal, é
preciso rezar, é preciso dialogar com Deus, é necessário fazer
oração! É tão precisa a oração ao homem para viver
sobrenaturalmente, como à ave são precisas asas para se elevar da
terra.
É nas asas da oração
que o casal se desprende das coisas terrenas e se aproxima de Deus,
e assim encontra alívio e paz.
A oração é a segunda
coluna que sustenta o matrimônio, e muitos casais se desculpam
dizendo que não possuem tempo para rezar, porque a vida é corrida e
o trabalho é muito. Mas, esses mesmos casais encontram tempo para
assistir as novelas pornográficas e os filmes imorais na televisão;
ou então, passam horas e horas conversando nas portas dos botecos ou
na porta da própria casa, perdendo um precioso tempo com o lixo do
mundo, mas não dialogam com Deus através da oração.
Antigamente existiam
os oratórios nas salas, onde os casais se reuniam à noite com os
filhos para rezarem o santo terço; hoje, infelizmente, a televisão
ocupa o lugar do oratório, e o santo terço foi substituído pelas
novelas assassinas que destroem as famílias; e a família fica horas
e horas se alimentando desse vômito de satanás.
O Papa João Paulo II
escreve: “… a oração não representa de modo
algum uma evasão, que desvia do empenho quotidiano, mas constitui o
impulso mais forte para que a família cristã assuma e cumpra em
plenitude todas as suas responsabilidades de célula primeira e
fundamental da sociedade humana”, e o Papa Paulo VI escreve
também: “Queremos agora… recomendar
vivamente a recitação do santo rosário em família… seja o rosário a
sua expressão freqüente e preferida”.
Hoje! Qual é o casal
que reza juntamente com os filhos? Pegue um binóculo e procure, se
você encontrar, por favor, me avise, que estou curioso para
conhecê-lo.
O casal que não reza
vive nas trevas e na cegueira espiritual, e assim, caminha para a
perdição eterna.
Prezado casal,
acorde enquanto é tempo, abandone as novelas e as portas dos
botecos, e marque rigorosamente um horário todos os dias para a
oração em família, além do santo terço, leia um trecho da Sagrada
Escritura ou da vida de um santo, e faça um fervoroso comentário,
não deixe para depois, porque poderá ser tarde.
Você reclama que a
sua família está fracassando, que a situação está ficando cada vez
mais pesada e incontrolável, mas olha só o que você oferece para a
mesma: novelas, conversas indecentes, músicas pornográficas e filmes
imorais, etc. Você oferece trevas para o seu lar, e gostaria que a
sua família fosse luz, isso é loucura! Aquele que se alimenta de
carniça, com certeza ficará doente, é o caso da sua família.
Caríssimo casal!
Reze, reze, reze muito, o casal que não reza assemelha-se a uma bola
que é chutada o tempo todo por Satanás.
A terceira coluna
que sustenta o matrimônio é a confissão freqüente.
Feliz do casal que
se aproxima com freqüência do sacramento da paz, isto é, da
confissão; esse casal realmente age com sabedoria e anda pelo
caminho da santidade, como escreve Santo Agostinho:
“Se queres saúde, beleza e santidade de
alma, ame a confissão”.
Caríssimo casal,
aproxime com freqüência do sacramento da confissão, porque na
confissão você praticará muitas virtudes, como escreve São João
Bosco: “Em nenhum outro exercício se
praticam tantas virtudes como na confissão. De fato, exercita-se a
fé, a esperança, a caridade , a humildade, etc.…”.
A confissão
freqüente é útil para o casal, para o mesmo adquirir o verdadeiro
espírito de Nosso Senhor. O Salvador, aparecendo um dia a Santa
Brígida, disse-lhe: “Se queres possuir e
conservar o meu espírito, confesses freqüentemente os teus pecados,
negligências e imperfeições”. Quem se confessa com freqüência
dispõe-se melhor a receber a graça e o espírito de Nosso Senhor; por
isso, aproxime com freqüência do sacramento da confissão, e viverás
mergulhado num oceano de paz e de alegria, como escreve o Papa Paulo
VI: “A confissão freqüente continua a ser
uma fonte privilegiada de santidade, de paz e de alegria!”, e
o Papa Pio XII escreve o seguinte sobre a confissão freqüente:
“Por inspiração do Espírito Santo foi
introduzido na igreja o uso piedoso da confissão freqüente, com o
qual: aumenta-se o reto conhecimento de nós mesmos, desenvolve-se a
humildade cristã, arranca-se a perversidade dos costumes, resiste-se
à negligência e ao torpor espiritual, purifica-se a consciência,
procura-se a salutar direção da consciência; fortalece-se a vontade
e aumenta-se a graça por força do próprio Sacramento”.
Prezado casal, a
confissão é o Sacramento da paz e da alegria, por isso, aproxime
dessa fonte de santidade com freqüência, semanalmente ou de quinze
em quinze dias, e assim o vosso lar possuirá uma fortíssima coluna.
A quarta coluna que
sustenta o matrimônio é a comunhão freqüente.
Caríssimo casal,
Santo Afonso Maria de Ligório escreve o seguinte sobre a santíssima
Eucaristia: “Nosso Salvador, sabendo ter
chegado a hora de partir deste mundo, antes de morrer por nós, quis
deixar-nos a maior prova possível de seu amor. Foi precisamente este
dom do Santíssimo Sacramento”, e São Bernardino de Sena diz:
“As provas de amor que se dão na hora da
morte ficam mais firmemente na memória e se prezam mais”. Daí
o costume dos amigos, ao morrer, deixarem algum presente, uma peça
de roupa, um anel, às pessoas que amaram na vida, como recordação de
sua amizade.
Mas Jesus Cristo,
partindo deste mundo, o que nos deixou em memória de seu amor? Não
uma veste, um anel, mas o Vosso Corpo, o Vosso Sangue, a Vossa Alma,
a Vossa Divindade, Ele mesmo, todo, sem reservas; como escreve São
João Crisóstomo: “Deu-se todo não reservando
nada para si”.
Então prezado casal,
não perca tempo, mas aproxime freqüentemente, com fé, devoção e
respeito da Sagrada Comunhão, porque, como escreve Santo Afonso
Maria de Ligório: “Na comunhão, Jesus une-se
à pessoa e a pessoa a Jesus. Esta união não é apenas de simples
afeto, mas real e verdadeira”, e São Francisco de Sales
também escreve: “Em nenhuma outra ação se
pode considerar o salvador mais carinhoso, mais amoroso do que
nesta. Aniquila-se por assim dizer, e se reduz a alimento para
penetrar nossas almas e se unir ao coração de seus fiéis”, e
São João Crisóstomo diz ainda: “Jesus Cristo
quer de tal modo unir-se conosco, pelo amor ardente que nos tem, que
nos tornemos uma só coisa com ele”.
Feliz do casal, que
ao invés de perder tempo com as novelas podres e imorais ou com as
portas dos botecos, participa com freqüência da Santa Missa para
receber a Santíssima Eucaristia. São João Bosco escreve:
“Tende grande cuidado em ir à Santa Missa,
mesmo nos dias da semana, ainda que para isso tenhais que sofrer
algum incômodo. Pois com isso obtenhais do Senhor toda sorte de
bênçãos”.
O casal que recebe
com freqüência a Santíssima Eucaristia, torna-se forte e preparado
para vencer as tempestades da vida, porque a Santíssima Eucaristia
produz, segundo São Pio X, os seguintes efeitos em quem a recebe
dignamente: “Conserva e aumenta a vida da
alma, que é a graça, assim como o alimento material sustenta e
aumenta a vida do corpo, perdoa os pecados veniais e preserva dos
mortais, produz consolação espiritual, enfraquece as nossas paixões,
e em especial amortece em nós o fogo da concupiscência; aumenta em
nós o fervor e ajuda-nos a proceder em conformidade com os desejos
de Jesus Cristo e dá-nos um penhor da glória futura e da
ressurreição do nosso corpo”.
Caríssimo casal,
comungue com freqüência e com fervor, porque em Jesus Sacramentado
você encontrará força para suportar as perseguições dos inimigos, e
coragem para perseverar e vencer todos os obstáculos. O casal que
não comunga o Santíssimo Corpo do Senhor, é um casal paralítico.
A quinta coluna que
sustenta o matrimônio é a fidelidade conjugal.
O Pe. João Batista
Lehmann escreve: “A base elementar da
família cristã é a fidelidade, que, mutuamente, juram os esposos”,
e Santo Tomás de Aquino também escreve: “A
forma do casamento é a união indissolúvel dos corações em virtude da
qual cada um dos cônjuges é obrigado a guardar para com o outro uma
fidelidade sem partilha”. Está claro, caríssimo casal, que a
fidelidade prometida, solenemente, aos pés do altar sagrado, deve
durar até a morte. Pouco importa que, no correr dos tempos, apareçam
desigualdades de gênios, diversidade de gostos, doenças prolongadas
ou incuráveis; é importante lembrar de que os laços do sacramento
permanecem sempre inquebrantáveis. Só a morte tem o poder de quebrar
vínculos do sacramento do matrimônio.
Lembre-se prezado
casal, de que o matrimônio não é um brinquedo ou passatempo, ele é
um sacramento, e como já foi dito, foi instituído por Deus. A
instituição matrimonial faz parte dos planos divinos desde o momento
mesmo da criação do homem. Não é pois, como dizem os marxistas,
“uma invenção burguesa”, ou
“o último reduto da sociedade capitalista”,
por isso, você casal, precisa levar a sério o matrimônio, e evitar
custe o que custar o pecado de adultério, porque esse pecado é a
sepultura do casal e a desgraça da família, ele é realmente um
veneno mortífero.
Alguém poderia
perguntar: o que é o adultério? O Catecismo da Igreja Católica no nº
2380 o define assim: “O adultério. Esta
palavra designa a infidelidade conjugal. Quando dois parceiros dos
quais ao menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual,
mesmo efêmera, cometem adultério”.
Sabemos que Jesus
Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo, como está em São
Mateus 5, 27-28: “Ouvistes que foi dito: não
cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para
uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu
coração”. E você homem casado, você tem esse péssimo costume
de olhar com desejo para as mulheres? Seria muito bom se você
seguisse o exemplo de Jó que diz: “Eu fiz um
pacto com meus olhos, para não olhar para uma virgem” Jó 31,
1, e também levasse a sério esse pensamento do Abade Santo Antão:
“Basta um olhar impuro para abrir as portas
do inferno”.
Prezado casal, o
adultério não é uma brincadeira, ele é um pecado gravíssimo que
destrói a família e lança as almas no inferno. O adultério é uma
injustiça, diz o Catecismo da Igreja Católica no nº 2381:
“Quem o comete falta com seus compromissos.
Fere o sinal da aliança que é o vínculo matrimonial, lesa o direito
do outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o
contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos
filhos, que têm necessidade da união estável dos pais”,
realmente o adultério é a sepultura do casal.
Lembre-se caríssimo
casal, de que o adultério é pecado mortal, e o pecado mortal destrói
a caridade no coração do homem e desvia-o de Deus.
O adultério é como
um veneno mortífero, ele mata a fidelidade conjugal, e hoje, mais do
que nunca está se espalhando, até parece que vivemos em Sodoma e
Gomorra. É ele um dos pecados mais graves, e o mesmo é cometido por
pobres e ricos e no mundo inteiro, para esse mundo tão impuro, cabe
muito bem essas palavras do livro de Jeremias 23, 10:
“… a terra está cheia de adúlteros”.
Vivemos num mundo
podre e pagão, onde a virgindade é criticada terrivelmente e o
adultério é elogiado pela maioria; e aquele que procura ser fiel à
sua companheira é deixado de lado e criticado sem piedade, e o mesmo
acontece em relação às mulheres.
Hoje, infelizmente,
muitos adúlteros são aplaudidos de pé por muitos “porcos” da
sociedade, justamente porque tiveram a coragem de apunhalar as suas
esposas com punhal do adultério, e são tidos pelos “porcos” mais
impuros como exemplos para todos do chiqueiro; que aberração! Sendo
que na verdade não passam de irresponsáveis, fracos e covardes,
dignos do fogo do inferno.
Existem adúlteros
tão sujos e covardes, que cometem o adultério e depois se reúnem com
os amigos do chiqueiro para comentar como foi a “tal traição”, e
nesse diálogo fedorento, se vangloriam por terem traído as esposas.
São moleques horrorosos.
Prezado casal,
lembre-se de que esse comportamento é de cavalos e éguas, e não de
um casal que jurou diante do altar fidelidade até a morte. Lembre-se
de que Deus vê tudo, também o vosso adultério.
A sexta coluna que
sustenta o matrimônio, é o respeito e o diálogo entre o casal.
Esse respeito deve
ser mútuo, o casal deve se esforçar para que reine esse respeito no
lar; não somente o homem deve se esforçar, ou somente a mulher, mas
os dois, isto é, o casal. O respeito mútuo é uma exigência natural.
O amor e respeito se condicionam e se completam, se não existir o
verdadeiro amor entre o casal com certeza não haverá o respeito, e
vice-versa, e o lar se transformará em um curral, onde reinará
coices e mais coices.
Prezado casal, para
que possa haver respeito íntimo, indispensável é, que o estado
pré-nupcial não tenha sido prejudicado e maculado com vícios e
pecados abomináveis.
É preciso também que
o casal evite, custe o que custar, pequenas e grandes provocações, e
que reine entre o casal as regras da boa educação.
Para que haja o
verdadeiro respeito entre o casal, é preciso evitar:
Primeiro, a
pirraça.
Pirraça é fazer algo com o propósito de contrariar alguém. Ás vezes
a mulher casada acorda com a “vó” detrás do toco e diz que vai matar
o esposo na unha, que ele vai se arrepender do dia em que nasceu, ou
vice-versa, e assim o respeito vai desaparecendo e o amor vai se
esfriando.
Prezado casal,
cuidado com a picardia e com a picuinha. Essas são ervas daninhas no
jardim do seu matrimônio.
Segundo, o ciúme.
O ciúme é grande inimigo da felicidade conjugal, ele é incompatível
com o respeito mútuo. O ciúme leva um a se desconfiar do outro, e
não raras vezes prepara o caminho para a infidelidade, não mais
imaginária, mas real, como está um Eclesiástico 9, 1:
“Não tenhas ciúme de tua esposa, para que
ela não empregue contra ti a malícia que lhe ensinaste”.
Cuidado caríssimo
casal, o espinho do ciúme não é como o das rosas, que machuca apenas
as mãos. No ciumento, há duas coisas horríveis, os traumas e as
tramas! Por isso, elimine o ciúme do vosso meio, e deixe que reine
somente o respeito mútuo no vosso lar.
O diálogo também faz
parte dessa sexta coluna que sustenta o matrimônio.
Feliz do casal que
dialoga com freqüência, ou até mesmo diariamente. Aqui, não se trata
daquela conversa costumeira e rápida que acontece durante os
trabalhos diários e na presença de pessoas estranhas ou até mesmo
conhecidas, mas daquele diálogo construtivo entre o casal, em um
lugar reservado e silencioso.
Hoje, infelizmente,
por causa da hidra satânica, que é a televisão, milhares de casais
não se dialogam mais, ficam na sala, horas e horas, bebendo da lama
das novelas, e a mesma vomita lama e lixo dentro do coração do
casal, e o prejuízo é incalculável para a família.
Com certeza, já
aconteceram milhares de separações entre os casais por falta do
diálogo; sabemos que os inimigos visíveis e invisíveis perseguem
terrivelmente as famílias, por isso, o casal precisa agir com
sabedoria e prudência diante de certos acontecimentos e fofocas.
Existem pessoas que
não conseguiram perseverar, e se separaram, e agora por inveja,
lutam para destruir o lar daqueles casais que estão firmes, e essas
pessoas, usam todo tipo de armas, principalmente da calúnia; e se o
casal não for prudente e sábio, e se não dialogar com calma,
paciência e compreensão, certamente o inimigo vencerá, porque
existem pessoas tão maldosas, que parecem ter o demônio no lugar da
língua.
Prezado casal, deixe
as novelas de lado, e a partir de hoje reserve um tempo para um
diálogo sincero, compreensivo, amigo e educado; e nesse diálogo,
você poderá tratar dos seguintes assuntos: vida espiritual, parte
financeira, educação dos filhos, saúde, trabalho, etc.…, e assim
você estará fechando as portas do vosso lar para os inimigos.
O casal que não
dialoga e que corre o tempo todo, com certeza cairá no abismo.
Pe. Divino Antônio
Lopes FP.
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