Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

(Gravada em CD no dia 13 de abril de 2005)

 

Escolhi como tema desta pregação: a inveja. A inveja é um vício capital que se espalhou pelo mundo inteiro e que invadiu todos os ambientes; e por isso, não se pode tirar a razão ao provérbio Italiano que diz: “Se a inveja fosse febre, o mundo todo a teria”.

Alguém poderia perguntar-me: o que é a inveja? Eu lhe daria a seguinte definição: A inveja é o vício pelo qual o homem experimenta tristeza profunda em face do bem alheio, acompanhada do desejo de que esse bem seja destruído.

Está claro que o invejoso é amigo do demônio. Ele nunca se contenta com aquilo que possui ou recebe, e fica revoltado com os benefícios, elogios ou felicidade de qualquer tipo atribuídos à outra pessoa. Veja que grande mal é a inveja!

Quem foi o primeiro a ter inveja? Você sabe? Foi o demônio. Das chamas do inferno, ele contemplou os nossos primeiros pais Adão e Eva, felicíssimos no jardim das delícias, e, não podendo gozar da alegria deles, quis que eles sofressem do seu tormento. Transformou-se em serpente, e fez Eva comer o fruto da perdição. No livro da Sabedoria 2, 24 diz: “Foi pela inveja do diabo que a morte entrou no mundo, mas desde esse dia todos os invejosos não fazem senão imitá-lo”.

O invejoso imita ao demônio. O Frei Pedro Sinzig diz: “A inveja assemelha o homem a Satanás”.

A Bíblia fala sobre algumas pessoas que imitaram o demônio.

Quem imitou ao demônio na família de Adão? Foi Caim, ele tinha inveja de seu irmão Abel. Abel cuidava das ovelhas e Caim cultivava a terra; no livro de Gênesis 4, 3-5 diz: “Passado o tempo, Caim apresentou produtos do solo em oferenda a Deus, Abel, por sua vez, também ofereceu as primícias e a gordura de seu rebanho. Ora, Deus agradou-se de Abel e de sua oferenda. Mas não se agradou de Caim e de sua oferenda, e Caim ficou muito irritado e com o rosto abatido”. E Caim, cheio de inveja e irritado disse para Abel: “Vamos ao campo” (Gn 4, 8), e no mesmo capítulo e versículo diz: “E, como estavam no campo, Caim se lançou sobre seu irmão Abel e o matou”. O Bem-aventurado José Allamano diz: “A inveja matou Abel: de fato, Caim o matou porque viu que os sacrifícios do irmão eram preferidos por Deus”. Cuidado! O invejoso é capaz de cometer loucuras, por isso, escreve o Pe. Orlando Gambi: “Deus te salve do invejoso!”.

E na família de Jacó, quem imitou ao demônio? Foram os onze irmãos que o imitaram. Os onze irmãos, vendo como seu velho pai, Jacó, amava José mais do que a todos os seus outros filhos, começaram a odiar seu irmão e não mais lhe falavam com amor… E, um dia, apenas o viram chegar ao campo, disseram uns aos outros: “Eis que chega o tal sonhador! Vinde, matemo-lo, joguemo-lo numa cisterna qualquer; diremos que um animal feroz o devorou. Veremos o que acontecerá com seus sonhos!” Veja só a loucura que o invejoso pode cometer; tome cuidado com ele. Santo Agostinho via na inveja o “pecado diabólico por excelência”.

No livro do Gênesis 26, 12-15, fala sobre a inveja dos Filisteus contra Isaac: “Isaac semeou naquela terra e, naquele ano colheu o cêntuplo. Deus o abençoou e o homem se enriqueceu, enriqueceu-se cada vez mais, até tornar-se extremamente rico. Ele tinha rebanhos de bois e ovelhas e numerosos servos. Por causa disso os Filisteus ficaram cheios de inveja. Todos os poços que os servos de seu pai haviam cavado, do tempo de seu pai Abraão, os Filisteus os haviam entulhado e coberto de terra”. Está claro que o invejoso comete loucuras contra o invejado.

Caríssimo católico, a inveja do rei Saul contra o jovenzinho Davi foi monstruosa, preste atenção. Quem sabe com você já aconteceu ou acontece o mesmo.

Saul sempre fora um rei forte e vencedor; mas eis que um dia, dos campos em que apascentava o seu rebanho, chega Davi. Este também, forte e vencedor. Depois do jovenzinho Davi ter matado o Filisteu, o gigante Golias, as mulheres fizeram festa, vinham de todas as cidades de Israel para cantar na presença do rei Saul. Elas cantavam dizendo: “Saul matou mil, mas Davi matou dez mil” (1 Sm 18, 7).

O rei Saul escuta o cântico e sente inveja. Desde aquele dia, ele não pôde mais ver Davi, senão com olhos maus; a Palavra de Deus em primeiro Samuel 18, 8-9 diz: “Então Saul se indigou e ficou muito irritado e disse: ‘A Davi deram dez mil mas, a mim só mil: que mais lhe falta senão a realeza?’, desse dia em diante, Saul sentiu inveja de Davi”.

Saul ouviu o cântico e tornou-se intratável, insociável, triste até ficar louco. No primeiro livro de Samuel 18, 10 diz: “… Saul começou a delirar no meio da casa”, e a inveja de Saul contra Davi era tão grande, que ele o tentou matar por várias vezes.

Em primeiro Samuel 18, 10-11 diz: “Davi tocava a lira como nos outros dias, e Saul estava com a lança na mão. Saul atirou a lança e disse: ‘Encravarei Davi na parede!’, mas Davi lhe escapou duas vezes”; no versículo 29 do mesmo capítulo diz: “Então Saul teve mais medo ainda de Davi, e todos os dias, alimentava a hostilidade que tinha contra ele”.

No mesmo livro, primeiro Samuel 19, 1 diz: “Saul comunicou a seu filho Jônatas e a todos os seus oficiais a sua intenção de levar Davi à morte”, e no versículo 10 do mesmo capítulo diz: “Saul procurou transpassar Davi contra a parede, mas Davi se desviou e a lança se encravou na parede. Então Davi fugiu e escapou”. Prezado católico, tome cuidado com o invejoso, ele é capaz de cometer loucuras; a inveja não é um mistério, mas o invejoso sempre é misterioso. O invejoso encontra um jeito de disfarçar sua inveja, mas nunca consegue escondê-la.

Quem sabe na sua família você sofre a mesma perseguição que Abel sofreu por parte de seu irmão Caim. Você faz de tudo par agradar a Deus: reza, participa da Santa Missa, busca a santidade, etc., e os seus próprios familiares tentam de destruir, te convidando para “passear no campo”, que é o mundo, inimigo da nossa alma; e nesse campo te matarem espiritualmente, ou quem sabe até fisicamente.

Você pergunta se isso é possível? Claro que é possível. A mãe de São Venceslau, uma tal de Draemira, matou por inveja a sua sogra, que havia educado cristãmente a São Vencelalu, e mandou o seu filho Boleslau, irmão menor de São Venceslau, matá-lo a punhaladas. E se você não tomar cuidado, um dos invejosos poderá te pegar de surpresa, eles são milhões e milhões.

Católico, quem sabe na sua casa você sofre a mesma perseguição que José sofreu por parte de seus onze irmãos. No livro de Gênesis 37, 3 diz: “Israel amava mais a José do que a todos os seus outros filhos”, e como já foi falado, eles tentaram matá-lo por inveja.

Ás vezes você é aquele filho educado, bondoso e carinhoso com os seus pais; que se preocupa em alegrar os mesmos com presentes e os ajuda dando-lhes atenção de um verdadeiro filho; e os seus pais dão mais atenção para você, do que para os outros filhos; então o “caldeirão” começa a ferver de inveja, e você acaba sendo criticado e até ameaçado pelos demais. Não fique assustado e nem se recue, continue fazendo o bem para os seus pais, e assim quem sabe diante desse seu bom exemplo, os invejosos acabarão acordando.

Quem sabe, católico, você sofre a mesma perseguição que Isaac sofreu por parte dos Filisteus invejosos.

Como já foi falado, no livro de Gênesis 26, 12-15 diz: “Isaac cultivou bem a terra e fez uma ótima colheita. Deus o abençoou e ele ficou muito rico, ele possuía também bois e ovelhas”, e diante desse seu sucesso, diz a Palavra de Deus, “… os Filisteus ficaram com inveja”.

Ás vezes você trabalha honestamente para construir uma casa, sofre muito para comprar o material; enquanto isso, os vizinhos invejosos e preguiçosos que não gostam de trabalhar, os Filisteus de hoje, ficam torcendo para que a sua casa caia ou então roubam o material, só por inveja, para não deixar você construí-la.

Às vezes você resolve com muito sacrifício montar um comércio, e a vizinhança com inveja da sua iniciativa, te calunia no bairro, só com a intenção de afastar os fregueses da sua loja.

Caríssimo católico, quem sabe você sofre no seu emprego, aquela mesma perseguição que Davi sofreu por parte do rei Saul, como já foi explicado há pouco.

Ás vezes, no colégio onde leciona, você é dedicado e responsável, e o diretor começa a te perseguir; ele inventa defeitos e te critica; tudo isso é fruto podre da inveja.

Você trabalha em uma loja e é muito procurado pelos fregueses, com certeza, os outros funcionários fazem fofocas a seu respeito para o gerente, com a intenção de te prejudicar. Cuidado prezado católico, cuidado com o invejoso; os coveiros enterram os mortos, enquanto que o invejoso enterra os vivos. Os porcos fuçam as coisas, o invejoso fuça as vidas! E dificilmente o invejoso fica sem ir até ao ridículo!

Citei apenas dois exemplos: sobre o professor que é perseguido pelo diretor, e sobre o funcionário de uma loja, que é perseguido pelos colegas de trabalho; mas a perseguição por causa da inveja acontece em todos os ambientes: no futebol, no exército, nas fazendas, enfim, em todos os lugares; também na religião, entre os leigos e entre o clero, como escreve o Bem-aventurado José Allamano: “Nas comunidades, as faltas mais freqüentes são contra a caridade, depois as da inveja”, e o mesmo acrescenta: “A inveja não é apenas um vício das mulheres, mas também dos homens, dos jovens e velhos. É alem disso, muito comum entre os religiosos”.

Atenção, muita atenção católico, você precisa conhecer bem suas amizades, para saber se são pessoas invejosas ou não.

Indicarei quatro sinais para você saber se uma pessoa é invejosa; preste atenção:

 

1º sinal para saber se uma pessoa é invejosa:

Alegrar-se com mal alheio. Se você percebe que uma pessoa se alegra com a desgraça do próximo, que sente prazer por qualquer insucesso ou fracasso do próximo, então já descobriu uma pessoa invejosa. Na primeira Carta de São Pedro 2, 1 diz: “Rejeitai… qualquer espécie de inveja”. Cuidado com esse tipo de gente; isto é, cuidado com a pessoa que se alegra com o mal alheio, a mesma é pior que o diabo, como escreve São João Crisóstomo: “Os invejosos são piores que o diabo, pois o diabo não inveja os outros diabos, ao passo que os homens não respeitam sequer os participantes da sua própria natureza”.

 

2º sinal para saber se uma pessoa é invejosa:

Entristecer-se com o bem alheio. Se você percebe que uma pessoa se entristece, só porque você subiu de cargo, ela é invejosa, tome cuidado, ela é venenosa.

O invejoso não consegue se controlar diante do sucesso do próximo, ele fica inquieto e se transforma num monstro da seguinte forma: Enruga a testa, cerra os dentes, torce o nariz, fica com o semelhante azedo e olhos fixos no chão; sobre esse monstro pior que Satanás escreve o Pe. Orlando Gambi: “A inveja quando não destrói o invejado, tira a paz do invejoso!”

 

3º sinal para saber se uma pessoa é invejosa:

Reprimir os louvores dados aos outros.

O invejoso não suporta ouvir ninguém ser elogiado, logo diz algo contra a pessoa que foi elogiada, ele encontra defeito em tudo, como escreve o Pe. Orlando Gambi: “Aos olhos do invejoso qualquer defeito dos outros é grande!”, e o mesmo padre diz também: “O invejoso também vê o bem, mas sempre com maus olhos”, até das pessoas santas o invejoso tenta tirar alguma coisa, não podendo negar o louvor aos santos, ele o faz com avareza e reserva. Quanta maldade!

 

4º sinal para saber se uma pessoa é invejosa:

Falar mal do próximo.

A língua do invejoso se assemelha a uma metralhadora incontrolável; a sua inveja é tão grande, que ele fala mal do próximo publicamente e também em segredo, e quanto aos defeitos dos outros, o invejoso sempre aumenta ou inventa. São Gregório Magno escreve o seguinte: “Da inveja nascem o ódio, a maledicência e a calúnia”.

O invejoso se assemelha ao cachorro louco, porque com a sua boca maligna morde a fama do próximo.

Caríssimo católico, a inveja não é uma brincadeira ou um passa tempo, a inveja é pecado. A inveja, plenamente consentida, é pecado mortal, porque é diretamente oposta à virtude da caridade, que exige que nos regozijemos do bem dos outros. Quanto mais importante é o bem que se inveja, tanto mais grave é o pecado. Ter inveja dos bens espirituais do próximo, entristecer-se dos seus progressos e dos seus triunfos apostólicos é pecado gravíssimo; mas é evidente que quando os movimentos da inveja não passam de impressões, de sentimentos irrefletidos, o pecado ou não existe, ou, ao máximo, é pecado venial.

O Catecismo da Igreja Católica, no nº 2538 diz: “A inveja pode levar às piores ações”.

Alguém poderia perguntar-me se existem remédios para combater a inveja! Eu diria que sim; e é justamente sobre esses remédios que falarei em seguida, para ajudar aqueles que possuem esse veneno no coração, a tirá-lo o mais rápido possível, antes que venham a falecer.

O primeiro remédio para combater a inveja, segundo o Bem-aventurado José Allamano é a oração. Ele escreve: “O primeiro remédio é sempre a oração: pedir a Nosso Senhor que nos faça conhecer que somos invejosos e nos dê a graça de vencer-nos”.

O segundo remédio para combater a inveja é dado por São Basílio Magno: “Avaliar as coisas mundanas pelo que valem”; está claro, que as coisas mundanas não dão a felicidade: são porventura felizes e ricos, são acaso mais contentes do que nós as pessoas honradas pelo mundo? Lembre-se também, de que as coisas mundanas não são eternas. Pensai que na hora da morte, nenhuma soma de dinheiro não vos alongaria a vida nem por um minuto.

O terceiro remédio para combater a inveja é dado pelo Bem-aventurado José Allamano: “(Devemos) examinar-nos sobre a inveja, especialmente na confissão, arrependendo-nos e fazendo o propósito de usar os meios práticos para nos emendar”. O exame de consciência sobre a inveja deve ser sincero e rigoroso, somente assim emendaremos de vida, porque alguns sentem preguiça de aprofundar nos exames de consciência, com medo de conhecê-lo, e, conseqüentemente, ter que se corrigir.

O quarto remédio para combater a inveja nos é proposto por São Bernardo de Claraval: “Considerar a inutilidade da inveja”.

Realmente, é uma tolice invejar os outros. Quem tem, tem, e não lhe podemos tirar.

Assim como a ferrugem consome o ferro, assim também a inveja não faz outra coisa senão roer o invejoso. A inveja é como um caruncho, é como uma serra, é como uma víbora na alma do invejoso. O que ganham, pois, os invejosos? Ganham o que as borboletas ganham quando voam em torno da chama de uma vela, como que para apagá-la raivosamente com as suas asinhas: giram e tornam a girar, batem e se debatem até que, cansadas e queimadas, caem mortas, enquanto a chama continua a brilhar. Assim também aqueles que se iludem, com as ânsias de apagar aos outros a chama da virtude ou da fortuna, acabam por cair queimados. E queira Deus que não seja no fogo do inferno. O invejoso é realmente estúpido e ridículo.

O quinto remédio para combater a inveja é dado pelo Bem-aventurado José Allamano: “Considerar os prejuízos que a inveja causa à alma e ao corpo”. Sabemos, católico, que a inveja é uma tristeza, uma melancolia, uma espécie de doença de coração, por isso, escreve São Bernardo de Claraval: “A inveja não traz nenhum proveito à alma ou ao corpo, mas muitos prejuízos”, e o Padre Bruno dizia: “O mundo está repleto de mártires, mas nem todos por causa da fé; a maioria o são por causa da inveja”.

O sexto remédio para combater a inveja nos é proposto pelo Bem-aventurado José Allamano: “Alegrar-nos com o bem que Deus concedeu a outros, como se fosse nosso”; realmente, se não somos capazes de fazer o bem, devemos ao menos alegrar-nos de que haja alguém capaz de suprir as nossas imperfeições e de atrair as bênçãos de Deus.

O sétimo e último remédio para combater a inveja é dada por São Bernardo de Claraval: “É preciso desejar e pedir para os outros o bem que desejamos para nós, e mais copioso ainda”, isto é, mais abundante ainda. Lê-se no livro da Sabedoria 7, 13: “Eu estudei lealmente e reparto sem inveja”. Precisamos com alegria, repartir as nossas idéias com os outros, nossas qualidades e dons, sem inveja e sem engano.

Caríssimo católico, concluo essa pregação sobre a inveja, dizendo que Nosso Senhor Jesus Cristo foi entregue por inveja, como está no Evangelho de São Mateus 27, 18: “Ele (Pilatos) sabia, com efeito, que eles o haviam entregue por inveja”.

Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos tinham visto como a multidão ia atrás de Cristo. Esta situação enchia-os de inveja que se convertera gradualmente em ódio de morte, como está no Evangelho de São João 11, 47-48: “Então, os chefes dos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e disseram: ‘Que faremos?’ Esse homem realiza muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele e os romanos virão, destruindo o nosso lugar santo e a nação”.

Observa Santo Tomás de Aquino que assim como no princípio foi a inveja que perdeu o homem (Cfr. Sb 2, 24), assim também foi a inveja que entregou Cristo.

Católico, tome cuidado com o invejoso, ele é perigoso, ridículo e estúpido; ele é pior que Satanás.

Quereis saber se sois discípulos do Senhor ou discípulos do demônio?

“Os meus discípulos”, disse Jesus, “conhecer-se-ão pelo amor recíproco”. Por isso São Paulo recomendava aos cristãos se alegrarem com os que se alegram, e sofrerem com os que sofrem.

“Os meus discípulos”, diz o demônio, “conhecer-se-ão pela inveja recíproca” (Sb 2, 24). Por isso, eles se alegram quando os outros sofrem, e sofrem quando os outros se alegram.

Cuidado com o invejoso, ás vezes você pensa que possui um amigo de verdade, sendo que na realidade anda com uma serpente venenosa, que não vê a hora de te picar mortalmente, como escreve São João Maria Vianney: “Não creio que exista um pecado pior e mais terrível do que o da inveja, porque é um pecado oculto e muitas vezes encoberto por um belo traje de virtude e de amizade… uma serpente coberta por algumas folhas que vos picará sem que vos apercebais disso”.

Fuja do invejoso, porque no coração desse monstro não existe caridade.

Depois não diga que não te avisei.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “A inveja”.

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