A exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que foi um Missionário extraordinário, os religiosos do Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima, trabalharam zelosamente na Paróquia São João Batista, seguindo as pegadas do incansável Mestre: "...o próprio Jesus, ...foi o primeiro e o maior dos evangelizadores. Ele foi isso mesmo até o fim, até a perfeição, até o sacrifício de sua vida terrena" (Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, 7), e: "Como Cristo, "que o Pai consagrou e enviou ao mundo" (Jo 10,36) e à sua imitação, todos os consagrados, cada um segundo o carisma do próprio Instituto, estão necessariamente empenhados na missão" (Lineamenta, 6).

O Pe. Divino Antônio Lopes, Fundador do Instituto, no dia em que assumiu a Paróquia São João Batista, 08 de junho de 1989, escreveu no Livro de Tombo: "Eu, Pe. Divino Antônio Lopes, iniciei o meu trabalho nessa Paróquia no dia 08/06/1989, confiando nas graças de Deus e sob a proteção da Virgem Maria".

Quando o nosso Pe. Fundador assumiu a paróquia, já há muito tempo estava parada a construção da igreja matriz, e os paroquianos estavam desanimados com tantas promessas dos padres anteriores, que prometiam, promoviam festas, etc. mas não concluíam a obra. Para tranqüilizar e animar os paroquianos, ele convocou todos os movimentos para uma reunião, onde contou-lhes que no dia 05 de junho de 1989, isto é, três dias antes de assumir a paróquia, ele foi convidado pelo Pe. Eberhard Joachim Ingo Dollinger, para um diálogo, onde o mesmo falou que a Madre Maria, Fundadora do Instituto Missionário das Mães da Santa Cruz, que residiram por um bom tempo no prédio do seminário contíguo à igreja matriz, não suportava ver a mesma naquela situação tão precária, e que também em sinal de agradecimento à estadia de sua comunidade no seminário, fez uma doação de 21.000,00 Cruzados para a conclusão da obra: "A Paróquia São João Batista, no dia 05/06/89 recebeu do Monsenhor Dollinger e da Irmã Maria, uma quantia de 21.000,00 para a reforma desta Paróquia" (Livro de Tombo, 11/06/1989).

Mesmo recebendo esta doação, quantia suficiente para a conclusão da igreja, muitos paroquianos insistiam em realizar festas profanas, com bebidas alcoólicas e músicas profanas, mas o nosso Pe. Fundador rugia como um leão, e dizia que essas festas eram uma ofensa a Deus e que a construção da matriz esteve parada por muito tempo, porque o demônio carregava o dinheiro das festas que os padres anteriores a ele promoveram. Ele estendeu esse aviso também aos fiéis que freqüentavam as capelas, de um modo especial, os do bairro Arco Verde: " No Arco Verde, tive uma conversa bem séria com os senhores que programam barraquinhas e festas para a igreja. Deixei bem claro que eu não gosto dessas festas, e que esse dinheiro não é abençoado por Deus; quando alguém ama a Deus de verdade, dá o dinheiro sem participar dessas festas pagãs que é uma vergonha. Jesus morreu crucificado para mostrar-nos que o seu caminho é o da cruz, estreito, penitência, silêncio, eu não abençôo e nunca darei apoio para esses acontecimentos mundanos e pagãos na paróquia e capelas" (Cf. Livro de Tombo, 08/07/1989).

Impulsionado pelas palavras de Oséias 4, 6: "Meu povo será destruído por falta de conhecimento", pelo exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo que: "...percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o Evangelho do Reino" (Mt 9, 35), pelas palavras de São Paulo Apóstolo: "Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!" (1 Cor 9, 16), e também pelo que ordena a Santa Mãe Igreja Católica Apostólica Romana: "Entre as tarefas de interesse geral, dê particular importância à atividade missionária, o maior e o mais santo dever da Igreja" (Decreto "Ad Gentes", nº 29); o nosso Pe. Fundador para afervorar a paróquia, que lamentavelmente estava em grande decadência espiritual, traçou um plano de trabalho, com a intenção de recuperá-la o mais rápido possível. O trabalho foi tão frutuoso, que o Exmo Sr. Bispo Dom Manoel Pestana Filho, em uma carta ao Sr. Bispo Dom José de Aquino Pereira, Bispo da Diocese de Rio Preto, escreveu: "Nomeado Administrador Paroquial de São João Batista da Vila Formosa, Anápolis, permaneceu no cargo pouco mais de um ano, com muito zelo e dinamismo apostólico" (Carta de 22 de junho de 1990).

 

O Pe. Divino Antônio Lopes, dividiu o trabalho na Paróquia São João Batista da seguinte forma:

 

Domingo

 

Santa Missa na Igreja Matriz: 07:30; 09:00 e às 19:30 h., e na capela do Divino Espírito Santo (Bairro El Dorado), às 18:00 h.: "Celebrei três missas na paróquia, em todas as missas a igreja estava cheia. celebrei também uma missa na capela do Divino Espírito Santo (El Dorado), com a participação de muitos fiéis" (Livro de Tombo 18/06/1989).

Era realizada, cada domingo em um bairro, às 16:00 h., uma procissão com o título "Manifestar a Fé": "Foi realizada uma procissão para manifestar a fé no Arco Verde, participaram 190 pessoas, foi uma procissão muito fervorosa, percorremos todas as ruas principais do bairro" (Livro de Tombo, 18/02/1990), e: "Fizemos uma procissão com Via-Sacra no Jardim El Dorado, Alto da Bela Vista, JK e 4ª Etapa, participaram 410 pessoas" (Livro de Tombo, 01/04/1990), e ainda: "Fizemos a procissão do mês de maio na matriz de São João Batista até a Avenida Contorno no Bairro Jardim América, participaram 205 pessoas" (Livro de Tombo, 21/05/1990).

Após a Santa Missa das 19:30 h., era dado um Curso Bíblico: "Foi combinado na reunião do dia 28/08/89, que a partir do dia 03/09/89, será dado aos domingos das 20:30 às 21:30 h. um Curso Bíblico" (Livro de Tombo, 31/08/1989), e: "iniciamos o Curso com 40 participantes de vários movimentos da paróquia" (Livro de Tombo, 03/09/1989).

Adoração ao Santíssimo Sacramento das 17:00 às 19:30 h.: "Conversei com os paroquianos e continuamos com este mesmo horário das 17:00 às 19:30 h. todos os dias, de domingo a domingo" (Livro de Tombo, 11/06/1989), e: "Com a mudança para a nova igreja, aumentamos mais duas horas de adoração, ao invés de expor o Santíssimo às 17:00 h., ele será exposto às 15:00 h." (Livro de Tombo, 06/10/1989), e também: "A partir do dia 01/01/1990, a adoração iniciará às 12:00 h." (Livro de Tombo 29/12/1989).

Após a Santa Missa das 09:00 h., era realizada no salão paroquial, uma recreação com as crianças com o título "Viva Jesus! Salve Maria!": "Fizemos a primeira recreação com as crianças, logo após a missa das 09:00 h., participaram 300 crianças. Título: "Viva Jesus! Salve Maria!" (Livro de Tombo, 08/10/1989).

Eram entregues após cada missa dominical, centenas de folhetos com formação doutrinal para os fiéis, estes eram datilografados e mimeografados pelo Ir. Ênio José da Silva: "iniciamos hoje uma campanha para comprar um mimeógrafo para facilitar a evangelização que pretendo fazer nessa paróquia" (Livro de Tombo, 11/08/1989), e: "Foram distribuídas 1050 apostilas na paróquia e nas capelas" (Livro de Tombo, 03/09/1989), e: "Foram distribuídas 1010 apostilas na paróquia e nas capelas" (Livro de Tombo, 10/09/1989).

 

Segunda-feira

 

Santa Missa da família, na Igreja Matriz às 19:30 h.: "Convidei o povo para participar da Missa da família às segundas-feiras, graças ao Bom Deus, o salão estava cheio como se fosse dia de domingo" (Livro de Tombo, 08/06/1989), e: "Celebrei a Missa da família, a igreja estava cheia, depois da santa Missa benzi água, terços, medalhas para os fiéis" (Livro de Tombo, 19/06/1989).

Depois da Santa Missa da família na matriz, o Pe Divino Antônio Lopes se dirigia para o bairro Arco Verde para passar slides religiosos: "A partir do dia 23/07/89, todas as segundas-feiras, vamos passar slides no Arco Verde, durante e depois dos slides, eu atenderei confissões" (Livro de Tombo, 20/07/1989).

 

Terça-feira

 

Santa Missa para os enfermos, celebrada na igreja matriz: "Visitei os doentes da paróquia e celebrei a santa Missa para os doentes" (Livro de Tombo, 20/06/1989), sendo que durante o dia ele os visitava: "Todas as terças-feiras visitarei todos os doentes da paróquia São João Batista, das capelas do Arco Verde, Nossa Senhora Aparecida e do Divino Espírito Santo, para atender confissões e dar a santa comunhão, no caso de perigo de morte, irei a qualquer dia e hora" (Livro de Tombo, 18/06/1989).

Com o passar dos dias, o seu zelo pelos enfermos crescia: "A partir de hoje, iniciei o meu trabalho com os doentes, celebrarei todas as terças-feiras na matriz, a missa para os doentes. Hoje participaram, graças ao Bom Deus 155 fiéis, espero que esse número multiplique ainda mais, esteve presente uns 15 doentes, fora os idosos" (Livro de Tombo, 01/08/1989), e: "Participaram 164 pessoas na Missa pelos enfermos, velhinhos e crianças" (Livro de Tombo, 13/02/1990).

Antes da Santa Missa dos enfermos, era costume rezar na matriz, as Sete Dores de Nossa Senhora: "Nas terças-feiras, às 18:30 h., rezaremos as Sete Dores de Nossa Senhora" (Livro de Tombo, 11/11/1989).

Depois da Missa dos enfermos, o Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes celebrava a Santa Missa da família, às 20:45 h., na capela Nossa Senhora Aparecida, que teria seu nome mudado para capela "Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento", no bairro São Sebastião: "Celebrei a Missa da família na Capela Nossa Senhora Aparecida (como acontece todas as terças-feiras), a igreja estava cheia, atendi confissões antes e depois da Santa Missa" (Livro de Tombo,27/06/1989),e "Participação nas Missas das famílias... Capela Nossa Senhora Aparecida, 108 fiéis, em 01/07/1989" (Livro de Tombo, 31/07/1989), e: "Na quinta-feira passada, conversei com o Sr. Bispo a respeito dos Padroeiros das capelas dos Bairros de São Sebastião (Nossa Senhora Aparecida), e do Arco Verde (São Pedro). Nossa Senhora Aparecida, passará a chamar-se : Capela de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento" (Livro de Tombo, 31/10/1989).

 

Quarta-feira

 

O nosso Revmo. Pe. Fundador celebrava a Santa Missa na igreja matriz às 19:30 h.: "Quarta-feira, iniciamos hoje a Missa dos Movimentos da Paróquia. O Movimento responsável nesta quarta-feira, foi o Apostolado da Oração, participaram 150 pessoas" (Livro de Tombo, 07/03/1990), e logo em seguida, ele celebrava no Bairro Arco Verde: "Hoje, iniciei o meu trabalho no Bairro Arco Verde, esse Bairro ainda não tem capela, por isso, vou celebrar a Missa na Escola. Ó meu Deus, abençoa esse Bairro e o meu trabalho. Com a graça de Deus, quero celebrar a Santa Missa no Arco Verde duas vezes por semana: às quartas-feiras (missa da família)..." (Livro de Tombo, 05/07/1989).

Às quartas-feiras após a Santa Missa, os religiosos do Instituto evangelizavam os paroquianos através de Slides, teatros e músicas: "Todas as quartas-feiras, serão projetados slides na Paróquia São João Batista: sobre a vida dos santos, mistério do terço, aparições de Maria e vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Haverá também teatros e músicas sobre os santos, Maria, Jesus, etc." (Livro de Tombo, 26/06/1989).

Para aumentar o amor dos paroquianos à Santíssima Virgem, o Pe. Fundador convidou os fiéis para participarem de uma novena às quartas-feiras: "A Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está sendo rezada às quartas-feiras às 06:00 h." (Livro de Tombo, 20 e 21/10/1989).

Numa quarta-feira, na hora da Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, aconteceu algo que é importante relatar: durante a oração, entrou um jovem na igreja, pelo corredor central, foi até a imagem de Nossa Senhora das Dores, pegou a espada que estava na imagem e com os olhos arregalados apontou-a para o nosso padre, que estava no ambão. Diante de tal acontecimento o nosso padre ficou estático e os paroquianos correram para onde ele estava e ouve uma pequena gritaria por parte dos paroquianos. O jovem, tranqüilo e sereno devolveu a espada a imagem e saiu tranqüilamente da igreja. Depois da Novena, quando já estávamos no jardim, veio um casal, paroquianos fervorosos, pedindo mil desculpas pelo que havia acontecido e disseram que este jovem era um parente doente mental, que estava hospedado em sua casa. Depois de um pequeno diálogo, tudo se transformou em risos.

 

Quinta-feira

 

O Pe. Fundador celebrava a Santa Missa na igreja matriz às 19:30 h., e em seguida celebrava a Santa Missa da família às 20:30h, na Capela do Divino Espírito Santo, bairro El Dorado: "Missa da família, Divino Espírito Santo, 20:30h, 105 pessoas" (Livro de Tombo, 23/04/1990).

Antes da Santa Missa na igreja matriz, era realizada a novena em louvou a Nossa Senhora Aparecida: "Acrescentei a novena... de Nossa Senhora Aparecida, às quintas-feiras, às 18:30h, com bênção da água, enfermos, gestantes e remédios" (Livro de Tombo, 20 e 21/10/1989).

 

Sexta-feira

 

O Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes, celebrava a Santa Missa na igreja matriz às 19:30h, e às 20:45h celebrava no bairro Arco Verde: "Com a graça de Deus, quero celebrar a Santa Missa no Arco Verde duas vezes na semana: às quartas-feiras (Missa da família), e as sextas-feiras" (Livro de Tombo 05/07/1990).

Às sextas-feiras, às 18:30h era realizada a Via-Sacra: "Às sextas-feiras, no mesmo horário, fazemos a Via-Sacra" (Livro de Tombo, 11/11/1989).

 

Sábado

 

Aos sábados era realizada às 06:00h a procissão da penitência: "Procurei incentivar o povo para participar da procissão da penitência, que está recuperando aquele fervor que perdeu por alguns anos" (Livro de Tombo, 11/06/1989), e: "Fizemos a procissão da penitência às 06:00h, com uma boa participação dos fiéis. Eu tive a idéia de convidar a Capela Nossa Senhora Aparecida para participar conosco da procissão da penitência, o resultado foi ótimo" (Livro de Tombo 17/06/1989), e também: "Logo de manhã, às 06;00h, fizemos a nossa procissão da penitência; participaram 60 fiéis: 30 da Paróquia São João Batista, 18 da Capela Nossa Senhora Aparecida, 12 da Capela do Divino Espírito Santo, sem contar com os vocacionados dos Lanceiros de Lanciano que são dez. O total dos participantes da procissão entre fiéis e vocacionados foram 70, depois celebrei a Santa Missa" (Livro de Tombo, 24/06/1989), e ainda: "às 06:00h fizemos a procissão da penitência, participaram 130 fiéis: 85 de Vila Formosa, 20 da Capela do Divino Espírito Santo e 25 da Capela Nossa Senhora Aparecida; logo em seguida celebrei a Santa Missa e depois atendi confissões" (Livro de Tombo, 05/08/1989).

Aos sábados, às 15:00 h., o Pe. Fundador rezava pedindo a santificação das crianças: "iniciamos hoje às 15:00 h., a novena perpétua ao Menino Jesus de Praga, participaram 20 crianças, mas essa novena se repetirá todos os sábados às 15:00 h." (Livro de Tombo, 04/11/1989).

O Pe. Fundador celebrava a Santa Missa na igreja matriz às 19:30 h.: "Participação da Santa Missa no sábado, 19:30 h., São João Batista, participaram 162 pessoas, e comungaram 56" (Livro de Tombo, 03/03/1990), em seguida, às 20:30 h., celebrava a Santa Missa na capela Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento: "Participação da Santa Missa às 20:30 h. na capela Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, participaram 88 pessoas e comungaram 26" (Livro de Tombo, 03/03/1990).

 

Além desse trabalho fixo, de Domingo a sábado, era também realizado:

  • Adoração do Santíssimo Sacramento e confissão: "Por enquanto a adoração do Santíssimo está sendo realizada no salão onde celebro a Santa Missa, todos os dias faço a exposição às 17:00 h. e dou a bênção às 19:30 h., durante esse tempo de adoração fico atendendo confissões" (Livro de Tombo, 18/06/1989), e ainda sobre a confissão, o Pe. Fundador escreve: "Atendo também antes e depois de cada Santa Missa, seja na paróquia, seja nas capelas, ou em qualquer outro horário, tanto de dia como à noite, é só o fiel sentir necessidade" (Livro de Tombo, 18/06/1989), e : "Estamos continuando com a adoração das 15:00 às 19:30 h., tudo para a glória de Deus" (Livro de Tombo, 11/11/1989), e também: "A partir do dia 01/01/1990, a adoração iniciará às 12:00 h." (Livro de Tombo, 29/12/1989).

  • Vigílias: "Ontem às 20:30 h., fui celebrar Missa no Arco Verde, antes, às 20:15 h., fui fazer a exposição do Santíssimo no Bairro El Dorado, essa vigília terminou à meia-noite" (Livro de Tombo, 08/07/1989), e: "Fizemos uma vigília reparadora a noite inteira de 20 para 21/10/89. Participaram muitas pessoas, atendi confissões durante a noite inteira" (Livro de Tombo, 20 e 21/10/1989), e também: "Quinta-feira, 21:00 h., vigília (à noite inteira), ótima participação" (Livro de Tombo, 11/04/1990).

  • Visita aos paroquianos: "Iniciarei a visita às casas dos meus paroquianos, fazendo a entronização do Coração de Jesus e catequizando. Iniciarei: 1º - Jardim El Dorado, 2º - Quarta Etapa, 3º - São Sebastião, 4º - Terceira Etapa, 5º - Arco Verde, 6º - Vila Formosa (Primeira e Segunda Etapa), 7º - Jardim América, 8º - Bairro El Dorado, 9º - Bairro São José, 10º - Alto da Bela Vista..." (Livro de Tombo, 08/01/1990).

  • Missão contínua: "Nesse mesmo dia, iniciamos a evangelização da Vila Formosa, juntamente com as capelas, fizemos vigília das 20:30 h. até meia-noite, com uma boa participação do povo, e no domingo foi dado continuidade a abertura com uma fervorosa procissão no Arco Verde, participaram 220 pessoas" (Livro de Tombo, 19/08/1989).

  • Coral: O Ir. Ênio José da Silva e o Ir. João Batista Silva, formaram na paróquia um piedoso coral: "Nesse mesmo dia foi realizado uma reunião para organizar pastas com cânticos para o ano litúrgico, participaram 10 pessoas" (Livro de Tombo, 07/09/1989).

Aqui apresentamos apenas uma síntese do trabalho realizado na Paróquia São João Batista, Vila Formosa, Anápolis - Go. Todo o trabalho realizado, encontra-se narrado no Livro de Tombo da citada Paróquia, sendo que uma cópia deste precioso livro, encontra-se em nossos arquivos na Cidade Missionária do Santíssimo Crucifixo, Casa Mãe, BR 153, Km. 1209, Anápolis - Go.

Além de cuidar das almas dos fiéis, o Pe. Fundador e os seus dedicados religiosos, preocupavam-se ainda em tornar agradável o ambiente próximo à igreja, fazendo jardins: "No dia 21/10/89, demos início ao jardim aqui na nossa paróquia, plantamos as primeiras mudas de flores" (Livro de Tombo, 21/10/1989), e: "Compramos muitas mudas para o jardim, graças ao Bom Deus, o jardim está ficando muito bonito" (Livro de Tombo, 08/02/1990). Esse jardim fora destruído no segundo semestre de 1990, pelo Revmo. Pe. Fernando Conceição Lopes, que assumiu a paróquia depois do nosso Fundador.

 

Antes de plantar as plantas no jardim, o Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes e os seus religiosos tiveram que trabalhar muito. O terreno na frente da igreja matriz era pedregoso e pisado, nem a erva daninha conseguia sobreviver, então foi preciso comprar alguns caminhões de terra para aterrá-lo, e debaixo de muita chuva, o Pe. Fundador e seus religiosos colocaram a terra no seu devido lugar usando latas, somente assim foi possível iniciar a plantação. Os  fiéis admiravam ao ver tanta dedicação, e muitos deles doaram mudas de flores.

 

Presépio armado pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes juntamente com alguns religiosos do Instituto, os quais trabalharam a noite inteira com muita alegria, porque tudo era feito para a maior glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Com um trabalho tão zeloso e piedoso, a igreja matriz e as capelas não cabiam mais os fiéis, e o Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes passava muitas horas do dia no confessionário. Mas, como é comum, juntamente com o afervoramento da paróquia, crescia também as perseguições, mas o Pe. Fundador e os seus religiosos trabalhavam ainda com mais intensidade e fervor, lembrando das seguintes passagens bíblicas: "Bem-aventurado sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós" (Mt 5, 11-12), e: "E quem vos há de fazer mal, se sois zelosos no bem? Mas se sofreis por causa da justiça, bem-aventurado sois! Não tenhais medo nenhum deles, nem fiqueis conturbados" (1Pd 3, 13-14).

 

Narraremos em seguida, algumas dessas perseguições

  • Durante a procissão da penitência, por várias vezes, pessoas grosseiras a irrompiam com carros, motos e bicicletas, quase atropelando os mais idosos que não conseguiam correr. Algumas vezes, o Pe. Fundador e um policial aposentado (católico praticante), bradaram com essas pessoas mal-educadas; outras vezes, temendo um atropelamento, o Pe. Fundador, colocava alguns de seus religiosos no final da procissão, a fim de tentar parar os provocadores.

  • Ainda sobre a procissão da penitência, logo de manhã, quando o Pe. Fundador ligava o som e colocava a Ave-Maria nos alto-falantes, para convidar os fiéis para a procissão, jogavam muitas pedras sobre o telhado da igreja; e durante a mesma, eram atiradas latinhas vazias nos fiéis.

  • Aconteceu, certa vez, que ao meio-dia, quando o nosso padre estava rezando a oração do "Ângelus", com o som ligado nos alto-falantes da igreja, irrompeu bruscamente igreja a dentro, um senhor alto e branco, e sem dizer nenhuma palavra, desligou a aparelhagem de som, mas assim que ele se retirou, religamos o som e continuamos com a oração, agora com muito mais fervor.

  • Ainda sobre a oração do "Ângelus", todas as horas, uma senhora evangélica saía de sua casa e vinha xingar à porta da igreja, olhando furiosamente para os alto-falantes. O Pe. Fundador e o Ir. Ênio José da Silva foram várias vezes em sua casa, explicar-lhe que a oração é agradável a Deus e que ela não deveria se irritar; mas tudo em vão, no outro dia lá estava a senhora a xingar novamente, e comprovamos que de louca não tinha nada.

  • Certa ocasião, antes de um casamento, o Pe. Fundador viu que uma moça estava indecorosamente vestida, aproximou-se dela e pediu-lhe que se retirasse da igreja. Ela levantou-se, juntamente com o seu namorado, e este esbravejava e gesticulava dentro da igreja. Na porta da igreja, o nosso padre lhe disse que Deus o castigaria por tamanha profanação, e que ele urraria como um jumento durante um dia inteiro, para aprender a não profanar a Casa de Deus (castigo que foi recebido, segundo alguns parentes do mesmo). Depois do casamento, o nosso Pe. Fundador, teve que sair da igreja para celebrar a Santa Missa na Capela de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, cercado por dez fortes senhores, porque o pai da moça, com os olhos avermelhados de tão bêbado, estava com um revolver, dizendo que queria falar com o padre, a algazarra foi total, mas conseguiram colocar o nosso padre no carro. Algum tempo depois, em um retiro para jovens no Seminário "Regina Minorum", o nosso padre atendeu essa moça em confissão.

  • Foi encontrado em um dos bancos da igreja matriz, um envelope contendo um bilhete ameaçando de morte o Pe. Fundador; nele estava escrito que o nosso padre deveria rezar muito porque os seus dias estavam contados. Por falta de experiência, ao invés de ignorar tal ameaça, o nosso padre telefonou para o Sr. Bispo Dom Manoel que estava em Itaici, e esse pediu que o Pe. Divino Antônio Lopes ignorasse tal ameaça, e que essas coisas acontecem. Em seguida, o bilhete foi queimado.

"Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para sua colheita" (Lc. 10,2).

 

O Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes rezava com os seus religiosos, e pedia também que o povo rezasse, a fim de que Deus enviasse santas vocações para o Instituto. E Deus, na Sua Infinita Bondade, ouviu as nossas preces, e o Instituto crescia.

 

O Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes e alguns de seus religiosos no dia de seu aniversário, 17/12/1989, quando completava 28 anos de idade.

 

Quadra de esporte em Vila Formosa, 1ª Etapa, onde os religiosos do Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima, jogavam futebol.

 

 

 

"Nós, porém, vos exortamos, irmãos,

a progredir cada vez mais" (1Ts 4, 10).

 

O Revmo. Pe.Divino Antônio Lopes, sempre levou a sério a fundação do Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima, e para isso, sempre trabalhou com zelo e dedicação.

Na metade do primeiro semestre de 1990, sabendo o nosso Fundador, que o Exmo. Sr. Bispo Dom Manoel Pestana Filho, havia dado o hábito para a Madre Luciana (fundadora de uma congregação), e para os religiosos do Frei Paulino (Franciscanos do Getsêmani), pediu também o hábito para os religiosos do seu Instituto, que lhe foi negado abertamente; fato que mais tarde, o nosso Pe. Fundador o relembraria em uma carta: "Não quis apoiar o meu Instituto, mas apoiou o de Dom José e o da Madre Luciana, dando o hábito para ela e vocacionadas, que hoje estão casados ou amasiados, morando na França com dois ou três filhos. Que espetáculo! Apoiou o Frei Paulino. Onde está o Frei e o Instituto?" (17/08/1996).

O Exmo. Sr. Bispo entregou ao nosso Pe. Fundador os Estatutos do Instituto Missionário dos Servos da Igreja, para que caso ele quisesse, pudesse fazer as Constituições do nosso Instituto baseando neles; mas o nosso padre não aceitou, porque o achou muito breve, com apenas 22 Artigos, e preferiu elaborar uma Constituição mais completa.

Diante desses obstáculos que começaram a aparecer, o Pe. Divino Antônio Lopes escreveu uma carta para o Sr. Bispo renovando o pedido do hábito, e a resposta foi novamente negativa. O Pe. Fundador foi até o Palácio Episcopal falar pessoalmente com Dom Manoel, e explicou-lhe minuciosamente o seu grande desejo de receber o santo hábito com os demais religiosos; tudo em vão, o Sr. Bispo negou mais uma vez abertamente. Diante de tantas negativas, o nosso Pe. Fundador pediu ao Exmo. Sr. Bispo Dom Manoel Pestana Filho, a licença por escrito, para trabalhar por um determinado tempo na Diocese de Rio Preto, São Paulo: "O Bispo diocesano pode conceder aos seus clérigos a licença para se transferirem a outra Igreja particular, por tempo determinado, renovável até mais vezes, de tal modo, porém, que esses clérigos permaneçam incardinados na própria Igreja particular, e voltando a ela, tenham todos os direitos que teriam se nela tivessem permanecido no exercício do ministério sagrado" (CDC, cân., 271 § 2). O Sr. Bispo Dom Manoel, foi pronto em dar-lhe a licença pedida.

Para fazer esse pedido, o Pe. Fundador já havia entrado em contato, por telefone, com o Pe. Cesarino Pietra Maffi, seu antigo professor de Latim, no Seminário Diocesano do Sagrado Coração de Jesus, em São José do Rio Preto, e com o Exmo. Sr. Bispo Dom José de Aquino Pereira, e de ambos, recebeu a resposta positiva.

Quando o nosso Pe. Fundador avisou na igreja que deixaria a Paróquia dentro de alguns dias, o mesmo recebeu muitas cartas, telegramas e visitas de muitos paroquianos, tentando convencê-lo de não tomar tal decisão, mas o nosso padre, serenamente lhes disse que o seu ideal era muito nobre, e que para realizá-lo, era preciso deixar aquela paróquia, mesmo que fosse somente por algum tempo. Aos mesmos fiéis, pediu-lhes que rezassem e fizessem penitências para que Deus abençoasse o seu Instituto.

Em uma reunião feita com os seus religiosos, o Pe. Fundador os avisou de sua decisão; somente o Ir. João Batista Silva e a Irmã Isabel Gomes da Silva, tomaram a decisão de voltar para a casa de seus pais, decisão que dois outros irmãos já haviam tomado: André Ribeiro de Souza e Reinaldo Borges de Souza.

Depois de ter avisado os paroquianos, o nosso padre viajou para Riolândia, São Paulo, sua cidade natal, para visitar os seus familiares. Passados alguns dias, voltou para Anápolis, e no dia 02 de julho de 1990, viajou com os seus religiosos para a cidade de São José do Rio Preto, São Paulo.