Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

PALESTRA

 

 

A BREVIDADE DA VIDA

(Pe. Divino Antônio Lopes FP)

 

I PONTO

 

Que é nossa vida?

 

Que é nossa vida? Assemelha-se a um fraco vapor que o ar dispersa e desaparece completamente. Todos sabemos que temos de morrer. Muitos, porém, se iludem, imaginando a morte tão afastada que jamais houvesse de chegar. Jó, entretanto, nos adverte que a vida humana é brevíssima: “O homem, vivendo breve tempo, brota como flor e murcha” (Jó 14, 1-2). Foi esta mesma verdade que Isaías anunciou por ordem do Senhor: “Clama que toda a carne é erva… verdadeira erva é o povo; seca a erva e cai a flor” (Is 40,6-8). A vida humana é, pois, semelhante à dessa planta. Chega a morte, seca a erva; acaba a vida, murcha e cai a flor das grandezas e dos bens terrenos.

A morte corre velocíssima sobre nós, e nós, a cada instante, corremos para ela. Todos temos de morrer, e nós deslizamos como a água sobre a terra, a qual não volta para trás. Vê como corre o córrego para o mar, suas águas não retrocedem; assim passam nossos dias e cada vez mais nos aproximamos da morte. Prazeres, divertimentos, lisonjas e honras, tudo passa. E o que fica? “Só me resta o sepulcro” (Jó 17,1). Seremos lançados numa cova e, ali, entregues à podridão, privados de tudo (cfr. Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a morte, Consideração III).

 

II PONTO

 

A Sagrada Escritura e a brevidade da vida

 

1. “Recordai-vos, ó Senhor, de como é breve a minha vida, e de como é perecível todo homem que criastes. Quem acaso viverá sem provar jamais a morte, e quem pode arrebatar a sua vida dos abismos?” (Sl 88, 48-49).

 

2. “Em vossa ira se consomem nossos dias, como um sopro se acabam nossos anos. Pode durar setenta anos nossa vida, os mais fortes talvez cheguem a oitenta; a maior parte é ilusão e sofrimento: passam depressa e também nós assim passamos” (Sl 89, 9-10).

 

3. “De poucos palmos vós fizestes os meus dias; perante vós a minha vida é quase nada” (Sl 39, 6).