RESPEITO
PARA COM OS PAIS
(Pe.
Divino Antônio Lopes FP)
É preciso respeitar os pais e tratá-los com carinho.
Infeliz do filho que maltrata os pais:
“Mas também vós, filhos rebeldes, desrespeitosos e maus, que com
vossos desregramentos amargurais a existência de vossos pais,
julgais escapar à ira de Deus, à maldição divina nesta vida e à
perdição na outra?” (Pe. João Batista Lehmann).
A graça, que santifica as relações entre esposos,
aperfeiçoa também e sobrenaturaliza os deveres de respeito, amor e
obediência que os filhos devem a seus pais.
Mostra-nos em nossos pais representantes de Deus e da
sua autoridade; depois de Deus, é a eles que devemos a vida, a
conservação e a boa direção desta vida. E assim, o nosso respeito
para com eles vai até à veneração: admiramos neles uma participação
da paternidade divina, da sua autoridade, das suas perfeições, e é o
próprio Deus que neles veneramos.
A sua dedicação, bondade e solicitude para conosco
aparecem-nos como um reflexo da providência e da bondade divina, e o
nosso amor filial torna-se assim mais puro e intenso; vai até à
dedicação mais absoluta, a tal ponto que nos sentimos dispostos a
nos sacrificarmos por eles, e, em caso de necessidade, a darmos a
vida para salvar a deles; prestamos-lhes, pois, toda a assistência
corporal e espiritual de que necessitam, em toda a extensão dos
nossos recursos.
Vendo neles representantes da autoridade divina, não
hesitamos em lhes obedecer em todas as coisas, a exemplo de
Nosso Senhor Jesus Cristo que, durante trinta anos esteve sujeito a
Maria e a José (cfr. Ad. Tanquerey, Compêndio de Teologia
Ascética e Mística).
A Palavra de Deus diz:
“Filhos,
escutai-me, sou vosso pai, e fazei o que eu vos digo para serdes
salvos. Pois o Senhor glorifica o pai nos filhos e fortalece a
autoridade da mãe sobre a prole. Aquele que respeita o pai obtém o
perdão dos pecados, o que honra a sua mãe é como quem ajunta um
tesouro. Aquele que respeita o pai encontrará alegria nos filhos e
no dia de sua oração será atendido. Aquele que honra o pai viverá
muito, e o que obedece ao Senhor alegrará sua mãe. Ele servirá a
seus pais como ao seu Senhor. Em atos e palavras respeita teu pai, a
fim de que venha sobre ti sua bênção. Porque a bênção do pai
consolida a casa dos filhos, mas a maldição da mãe desenraíza os
alicerces. Não te glories com a desonra de teu pai, porque não é
nenhuma glória para ti a desonra do pai. Pois a glória do homem está
na honra de seu pai, e é infâmia para os filhos a má reputação da
mãe. Filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida”
(Eclo 3, 1-12).
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