Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Terceira palestra

 

 

São Paulo Apóstolo: o infatigável

 

(Pe. Luis Lima de Sousa)

 

A vida de São Paulo Apóstolo está dividida em duas grandes partes:

I Parte: Antes da conversão à Saulo, Fariseu zeloso pelas leis judaicas.

II Parte: Depois da conversão à Conversão súbita no caminho de Damasco. Depois de cair do cavalo, o perseguidor se torna Apóstolo.

 

I - Parte

 

1. Nascimento de São Paulo por volta do ano 10 em Tarso: “Levanta-te, vai pela rua chamada Direita e procura, na casa de Judas, por alguém de nome Saulo, de Tarso” (At 9,11), e “Respondeu-lhe Paulo: "Eu sou judeu, de Tarso, da Cilícia, cidadão de uma cidade insigne” (At 21,39), e também: “Eu sou judeu. Nasci em Tarso, da Cilícia…” (At 22,3).

 

2. São Paulo Apóstolo era de família judaica, da tribo de Banjamim: “Pois eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11,1) e: “circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus; quanto à Lei, fariseu” (Fl 3,5).

 

3. Além de ser judeu, Saulo possuía uma dupla cidadania, pois era também cidadão de Roma: “Paulo, porém, replicou-lhes… a nós que somos cidadãos romanos” (At 16, 37), e: “Depois de o amarrarem com as correias, Paulo observou ao centurião presente: ‘Ser-vos-á lícito açoitar um cidadão romano, ainda mais sem ter sido condenado?’ A estas palavras, o centurião foi ter com o tribuno para preveni-lo: ‘Que vais fazer? Este homem é cidadão romano!’ Vindo então o tribuno, perguntou a Paulo: ‘Dize-me: tu és cidadão romano?’ ‘Sim’, respondeu ele” (At 22, 25-28), e também: “Este homem, caído em poder dos judeus, estava prestes a ser morto por eles, quando acorri com a tropa e lho arranquei das mãos, ao saber que era cidadão romano” (At 23,27).

 

4. Desde a infância teve formação religiosa (doutrina dos fariseus) em Jerusalém, tendo como mestre a Gamaliel: “Eu sou judeu. Nasci em Tarso, da Cilícia, mas criei-me nesta cidade, educado aos pés de Gamaliel na observância exata da Lei de nossos pais, cheio de zelo por Deus, como vós todos no dia de hoje” (At 22,3), e: “… e como progredia no judaísmo mais do que muitos compatriotas da minha idade, distinguindo- me no zelo pelas tradições paternas” (Gl 1,14), e ainda: circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus; quanto à Lei, fariseu (Fl 3,5).

 

II - Parte

 

1. Conversão súbita no caminho de Damasco: “Estando ele em viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente uma luz vinda do céu o envolveu de claridade. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’ Ele perguntou: ‘Quem és, Senhor?’ E a resposta: ‘Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. Mas levanta-te, entra na cidade, e te dirão o que deves fazer’. Os homens que com ele viajavam detiveram-se, emudecidos de espanto, ouvindo a voz mas não vendo ninguém. Saulo ergueu-se do chão. Mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Conduzindo-o, então, pela mão, fizeram-no entrar em Damasco. Esteve três dias sem ver, e nada comeu nem bebeu. Ora, vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor lhe disse em visão: ‘Ananias!’ Ele respondeu: ‘Estou aqui, Senhor!’ E o Senhor prosseguiu: ‘Levanta-te, vai pela rua chamada Direita e procura, na casa de Judas, por alguém de nome Saulo, de Tarso. Ele está orando e acaba de ver um homem chamado Ananias entrar e lhe impor as mãos, para que recobre a vista’. Ananias respondeu: ‘Senhor, ouvi de muitos, a respeito deste homem, quantos males fez a teus santos em Jerusalém. E aqui está com autorização dos chefes dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome’. Mas o Senhor insistiu: ‘Vai, porque este homem é para mim um instrumento de escol para levar o meu nome diante das nações pagãs, dos reis, e dos filhos de Israel. Eu mesmo lhe mostrarei quanto lhe é preciso sofrer em favor do meu nome’. Ananias partiu. Entrou na casa, impôs sobre ele as mãos e disse: ‘Saulo, meu irmão, o Senhor me enviou, Jesus, o mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. É para que recuperes a vista e fiques repleto do Espírito Santo’. Logo caíram-lhe dos olhos umas como escamas, e recobrou a vista. Recebeu, então, o batismo e, tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado” (At 9,3-19), e “… pois eu não o recebi nem aprendi de algum homem, mas por revelação de Jesus Cristo” (Gl 1,12).

A partir desse momento, Saulo consagra sua vida ao serviço de Cristo: “Não que eu já o tenha alcançado ou que já seja perfeito, mas vou prosseguindo para ver se o alcanço, pois que também já fui alcançado por Cristo Jesus” (Fl 3,12).

 

2. Início do Ministério Apostólico.

 

3. Dificuldades no Ministério; trabalhos, fadigas, sofrimentos, privações, perigos de morte: “Julgo que Deus nos expôs, a nós, apóstolos, em último lugar, como condenados à morte: fomos dados em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Somos loucos por causa de Cristo, vós, porém, sois prudentes em Cristo; somos fracos, vós, porém, sois fortes; vós sois bem considerados, nós, porém, somos desprezados. Até o momento presente ainda sofremos fome, sede e nudez; somos maltratados, não temos morada certa e fatigamo-nos trabalhando com nossas mãos. Somos amaldiçoados, e bendizemos; somos perseguidos, e suportamos; somos caluniados, e consolamos. Até o presente somos considerados como o lixo do mundo, a escória do universo.” (1Cor 4, 9-13); “Somos atribulados por todos os lados, mas não esmagados; postos em extrema dificuldade, mas não vencidos pelos impasses; perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados. Incessantemente e por toda parte trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo” (2Cor 4,8-10); “Ao contrário, em tudo recomendamo-nos como ministros de Deus: por grande perseverança nas tribulações, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nas desordens, nas fadigas, nas vigílias, nos jejuns, pela pureza, pela ciência, pela paciência, pela bondade, por um espírito santo, pelo amor sem fingimento, pela palavra da verdade, pelo poder de Deus, pelas armas ofensivas e defensivas da justiça, na glória e no desprezo, na boa e na má fama; tidos como impostores e, não obstante, verídicos; como desconhecidos e, não obstante, conhecidos; como moribundos e, não obstante, eis que vivemos; como punidos e, não obstante, livres da morte; como tristes e, não obstante, sempre alegres; como indigentes e, não obstante, enriquecendo a muitos; como nada tendo, embora tudo possuamos!” (2Cor 6,4-10);

São Paulo tudo suporta e vence as dificuldades contato que cumpra a sua missão: “Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho! Se eu o fizesse por iniciativa própria, teria direito a um salário; mas, já que o faço por imposição, desempenho um encargo que me foi confiado. Qual é então o meu salário? É que, pregando o evangelho, eu o prego gratuitamente,… a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado” (1Cor 9,16s).

Nada o poderá separa do amor de Cristo “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Segundo está escrito: Por sua causa somos postos à morte o dia todo, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro. Mas em tudo isto somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8,35-39).

O que conforta o Apóstolo é a cruz de seu Mestre: “Incessantemente e por toda parte trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo. Com efeito, nós embora vivamos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, a fim de que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa carne mortal” (2Cor 4,10-11); “para conhecê-lo, conhecer o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição de entre os mortos” (Fl 3, 10-11).

 

Conclusão

 

1. Nossa Missão de batizados.

 

2. Mandato missionário de Jesus: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire, mas no candelabro, e assim ela brilha para todos os que estão na casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,13-16); “Os onze discípulos caminharam para a Galiléia, à montanha que Jesus lhes determinara. Ao vê-lo, prostraram-se diante dele. Alguns, porém, duvidaram. Jesus, aproximando-se deles, falou: ‘Toda a autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!’” (Mt 28,16-20); “pegarão em serpentes, e se beberem algum, veneno mortífero, nada sofrerão; imporão as mãos sobre os enfermos, e estes ficarão curados”. Ora, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus. E eles saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 15,18-20).

 

 

 

- Outras Palestras -

 

 

- Agradecimento do Santo Retiro -

- Circular -

- Fotos -

- Bilhetes espirituais -

- Cartas -

 

 

Ver outros retiros