SER MISSIONÁRIO
(Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
(resumo)
PRIMEIRO CAPÍTULO
O que é ser missionário?
Pode-se dizer marcados por especial vocação os sacerdotes,
os religiosos e os leigos,
autóctones (natural do país em que habita)
ou estrangeiros, possuidores de boa
índole e dotados de talento e
inteligência, que se acham preparados para
empreender a obra missionária. Enviados pela
legítima autoridade, na fé e na obediência, vão àqueles que
estão longe de Cristo, segregados para o trabalho a que
foram escolhidos, como ministros do Evangelho “para
que a oblação dos gentios seja aceita, santificada pelo
Espírito Santo” (Rm 15, 16)
(Decreto “Ad Gentes”, 23).
SEGUNDO CAPÍTULO
O missionário deve ser santo
São João Paulo II
escreve:
“O chamado à missão deriva, por sua natureza, da vocação à
santidade. Todo missionário só o é, autenticamente, se se
empenhar no caminho da santidade” (Carta Encíclica “Redemptoris Missio”, 90), e:
“A santidade deve ser considerada um
pressuposto fundamental e uma condição insubstituível para
se realizar a missão de salvação da Igreja”
(Exortação Apostólica pós-sinodal
“Christifideles Laici”, 17).
TERCEIRO CAPÍTULO
O missionário deve viver antes de ensinar
São Clemente Romano
escreve:
“Quando os pagãos
escutam da nossa boca os pensamentos de Deus, admiram a sua
beleza e grandeza; mas, depois, quando percebem que as
nossas obras não correspondem às nossas palavras, então
mudam de ideia e começam a blasfemar dizendo que o
cristianismo é somente um mito e um engano”
(2ª carta aos coríntios, 13), e:
“Jesus diz que
devemos antes fazer e depois ensinar a fazer; ele coloca a
prática do bem antes do ensino, mostrando que poderemos
ensinar com proveito somente se antes pusermos em prática
tudo o que ensinamos, e jamais fazer o contrário. Em outra
ocasião Jesus dirá: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Aquele que
é incapaz de orientar bem a sua vida e procura educar os
outros, corre o perigo de ser ridicularizado por muitos;
aliás, nem sequer poderá ensinar porque as suas ações
testemunharão o contrário das suas palavras”
(São João Crisóstomo, Comentário sobre o
Evangelho de São Mateus), e também:
“As suas palavras
permanecem em nós quando fazemos tudo o que nos ordenou e
desejamos o que nos prometeu; no entanto, quando as suas
palavras permanecem em nossa memória, mas em nossa vida e
nos nossos hábitos não se encontra nenhum sinal delas, então
o ramo já não faz parte da videira porque não absorve mais a
vida da sua raiz” (Santo Agostinho,
Comentário sobre o Evangelho de São João).
QUARTO CAPÍTULO
O missionário deve ser verdadeiro
1º Ponto
O missionário deve pregar a verdade
Nosso Senhor Jesus Cristo
disse:
“Ide por todo o
mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura”
(Mc 16, 15). Jesus Cristo exige
que a pregação seja verdadeira (proclamai o
Evangelho, não palavras vazias), porque somente a
verdade é capaz de libertar alguém que vive nas trevas:
“… e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”
(Jo 8, 32), e:
“Santifica-os na
verdade; a tua palavra é verdade”
(Jo 17, 17).
O missionário deve ser o oposto do falso
profeta, ele deve pregar a verdadeira doutrina da
Igreja Católica Apostólica Romana (não as
próprias ideias), deve ser fiel à Sagrada
Escritura, Sagrada Tradição e ao Magistério da Igreja
Católica.
O missionário deve pregar a verdade...
não deve pregar nada que esteja contra a doutrina da
Igreja Católica. Não deve criar uma linha de
pregação que comprometa a verdade... é seu dever pregar
Jesus Cristo; somente assim a sua pregação será abençoada
por Deus e dará muitos frutos:
“Enviada e
evangelizadora, a Igreja envia também ela própria
evangelizadores. É ela que coloca em seus lábios a Palavra
que salva, que lhes explica a mensagem de que ela mesma é
depositária, que lhes confere o mandato que ela própria
recebeu e que, enfim, os envia a pregar. E a pregar, não as
suas próprias pessoas ou as suas ideias pessoais, mas sim um
Evangelho do qual nem eles nem ela são senhores e
proprietários absolutos, para dele disporem a seu
bel-prazer, mas de que são os ministros para o transmitir
com a máxima fidelidade” (Bem-aventurado
Paulo VI, Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, n.º
15).
O missionário deve ser amigo da verdade,
não pode negá-la com a intenção de agradar os mentirosos.
Ele deve sofrer perseguições com a cabeça erguida por causa
da verdade; e caso seja preciso, deve derramar o próprio
sangue para defendê-la: “O
Evangelho, cujo encargo nos foi confiado, é também palavra
da verdade. Uma verdade que torna livre e que é a única
coisa que dá a paz ao coração, é aquilo que as pessoas vêm
procurar quando nós lhes anunciamos a Boa Nova. Verdade
sobre Deus, verdade sobre o homem e sobre o seu misterioso
destino e verdade sobre o mundo. Difícil verdade que nós
procuramos na Palavra de Deus e da qual somos, insistimos
ainda, não os árbitros nem os proprietários, mas os
depositários, os arautos e os servidores...
O pregador do Evangelho terá de
ser, portanto, alguém que, mesmo à custa da renúncia pessoal
e do sofrimento, procura sempre a verdade que há de
transmitir aos outros. Ele jamais poderá trair ou dissimular
a verdade; nem com a preocupação de agradar aos homens, de
arrebatar ou de chocar, nem por originalidade ou desejo de
aparecer. Ele não há de evitar a verdade e não há de deixar
que ela se obscureça pela preguiça de procurá-la, por
comodidade ou por medo; não negligenciará nunca o estudo da
verdade. Mas há de servi-la generosamente, sem a escravizar”
(Bem-aventurado Paulo VI,
Exortação Apostólica “Evangeli Nuntiandi, n.º 78).
O missionário deve pregar a verdade...
deve ser pregador fiel de Jesus Cristo. Deve mostrar
para as multidões que Cristo Jesus é o modelo perfeito a
quem devemos seguir:
“Não haverá nunca
evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as
promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de
Deus, não forem anunciados”
(Bem-aventurado Paulo VI, Exortação
Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, n.º 22).
O missionário que esconde a verdade do
povo não é pastor, mas é um mercenário... não é
filho devoto da Igreja Católica, e sim, traidor da mesma...
porque esconde a pérola preciosíssima da verdade, pérola
que todos os homens são obrigados a buscá-la de coração:
“Por sua vez, estão os homens todos
obrigados a procurar a verdade, sobretudo aquela que diz
respeito a Deus e a sua Igreja e, depois de conhecê-la, a
abraçá-la e a praticá-la” (Declaração “Dignitatis Humanae”, n.º 1).
2º Ponto
O missionário deve pregar para agradar
a Deus e não aos homens
O missionário não deve buscar os seus
interesses, mas sim, os de Cristo. Ele não foi
enviado para se promover, mas para tornar Cristo conhecido e
amado por todos.
Na 1.ª Carta de São Paulo aos
Tessalonicenses 2, 4 diz:
“Uma vez que Deus nos achou dignos de confiar-nos o
evangelho, falamos não para agradar aos homens, mas, sim, a
Deus, que perscruta o nosso coração”.
Nenhum missionário tem o direito de negar ou
esconder a verdade com a intenção de agradar os mentirosos e
inimigos da Palavra de Deus:
“Pois virá um tempo em que alguns não suportarão a sã
doutrina”
(2 Tm 4, 3). É dever do
missionário pregar com coragem e fidelidade a Palavra de
Deus, porque é o favor de Cristo Jesus que ele deve buscar e
não o favor dos homens: “É
porventura o favor dos homens que agora eu busco, ou o favor
de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se eu quisesse ainda
agradar aos homens, não seria servo de Cristo”
(Gl 1, 10).
O missionário que esconde a verdade não ama
verdadeiramente as almas; é sinal claro que não trabalha
para a salvação das almas, mas sim, para a própria glória:
“… pois procuram atender os seus
próprios interesses e não os de Jesus Cristo”
(Fl 2, 21).
O missionário não deve agradar aos homens em
suas pregações; mas somente a Deus:
“Em suas pregações
procure apenas agradar a Deus”
(São João Crisóstomo). Infeliz do missionário
que mendiga o elogio e o aplauso dos ouvintes, ele ficará
sempre vazio, porque aquele que busca o aplauso vazio do
mundo recebe em recompensa a falsa glória do mundo.
O missionário deve preparar as suas pregações
com o máximo de sinceridade e reta intenção, isto é, de
agradar somente a Deus: “Só Deus
deverá servir-lhe de orientador e fim ao preparar suas
práticas; jamais os louvores e aplausos da multidão. Caso
receba aplausos, não os rejeite; caso não os receba, não os
procure e jamais se deixe desanimar! Grande consolo lhe será
sempre a consciência de ter procurado apenas a benevolência
de Deus” (São João Crisóstomo).
3º Ponto
O missionário deve ser fiel à doutrina
da Igreja Católica Apostólica Romana
Da boca do missionário deve sair
somente a sã doutrina. Ele deve enfrentar todas as
perseguições e críticas em defesa da verdadeira doutrina:
“Expondo estas coisas aos irmãos,
serás um bom servidor de Cristo Jesus, nutrido com as
palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido”
(1 Tm 4, 6), e:
“Vigia a ti mesmo
e a doutrina. Persevera nestas disposições porque, assim
fazendo, salvarás a ti mesmo e aos teus ouvintes”
(1 Tm 4, 16), e ainda:
“… de tal modo fiel na exposição da
palavra que seja capaz de ensinar a sã doutrina como também
de refutar os que a contradizem” (Tt 1, 9), e
também: “Quanto a ti, fala do que
pertence à sã doutrina” (Tt 2, 1).
A Santa Doutrina da Igreja Católica
Apostólica Romana é água cristalina; por isso, o missionário
deve transmiti-la com o máximo de fidelidade, isto é, sem
tirar ou aumentar nada: “… a
evangelização correria o risco de perder a sua força e de se
desvanecer se fosse despojada ou fosse deturpada quanto ao
seu conteúdo…”
(Bem-aventurado Paulo VI,
Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, n.º 63), e:
“Uma oposição ao ensinamento do
Magistério da Igreja não pode ser considerada expressão da
liberdade cristã e da diversidade dos dons do Espírito:
todos os fiéis – leigos, religiosos ou sacerdotes – têm o
direito de receber a Doutrina Católica na sua pureza e
integridade que, neste caso, os pastores devem fazer
respeitar” (Discurso de São João Paulo II aos
Bispos brasileiros pertencentes aos Regionais Sul 3 e Sul 4
da CNBB, n.º 5, visita ad limina Apostolorum, 1995-1996), e
também: “A Igreja, obediente ao
Senhor, que veio não para julgar mas para salvar, deve
manifestar a misericórdia para com as pessoas sem, contudo,
renunciar ao princípio da verdade e da coerência, pelo qual
não se pode chamar bem ao mal e mal ao bem. Não diminuir em
nada a doutrina salvadora de Cristo constitui eminente forma
de caridade para com as almas” (Idem, n.º 6).
QUINTO CAPÍTULO
Jesus Cristo: o grande missionário
1º Ponto
Jesus Cristo: o incansável
Sabemos perfeitamente que o amor verdadeiro
nunca diz basta. Quem possui esse amor dentro de si
trabalha incansavelmente para o bem das almas:
“A caridade de
Cristo estimula, incita-nos a correr e voar com as asas do
santo zelo. Quem ama a Deus de verdade, também ama o
próximo; o verdadeiro zeloso é o mesmo que ama, mas em grau
maior, conforme o grau de amor; quanto arde de amor, tanto
mais é impelido pelo zelo” (Das Obras de Santo Antônio Maria Claret, bispo).
Jesus Cristo é o nosso modelo... é o
grande missionário, cheio de amor e de zelo...
é o incansável que percorria
campos, povoados, vilas e cidades pregando a Boa Nova:
“Jesus
percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas
sinagogas e pregando o Evangelho do Reino, enquanto curava
toda sorte de doenças e enfermidades”
(Mt 9,35).
Acompanhando o trabalho missionário de
Nosso Senhor, a sua dedicação e zelo, veremos que Ele era um
missionário apaixonado pelas almas, isto é, trabalhava
incansavelmente e por amor.
Acompanhemos os passos de Nosso Senhor em seu
trabalho missionário, e envergonhemo-nos do nosso comodismo
e falta de zelo pelas almas.
-
“Quando Jesus acabou de dar instrução a seus
doze discípulos, partiu dali para ensinar nas cidades deles”
(Mt 11,1).
-
“Naquele
dia, saindo Jesus de casa, sentou-se à beira-mar. Em torno
dele reuniu-se uma grande multidão. Por isso, entrou num
barco e sentou-se, enquanto a multidão estava em pé na
praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas”
(Mt 13,1-3).
-
“Quando Jesus acabou de proferir essas
parábolas, partiu dali e, dirigindo-se para a sua pátria,
pôs-se a ensinar as pessoas que estavam na sinagoga, de tal
sorte que elas se maravilhavam e diziam: ‘De onde lhe vêm
essa sabedoria e esses milagres?’” (Mt 13,53-54).
-
“Jesus, ouvindo isso, partiu dali, de barco,
para um lugar deserto, afastado. Assim que as multidões o
souberam, vieram das cidades, seguindo-o a pé. Assim que
desembarcou, viu uma grande multidão e, tomado de compaixão,
curou os seus doentes”(Mt
14,13-14).
-
“Jesus, partindo dali, foi para as cercanias
do mar da Galiléia e, subindo a uma montanha, sentou-se.
Logo vieram até ele numerosas multidões trazendo coxos,
cegos, aleijados, mudos e muitos outros, e os puseram aos
seus pés e ele os curou, de sorte que as multidões ficaram
espantadas ao ver os mudos falando, os aleijados sãos, os
coxos andando e os cegos a ver. E renderam glória ao Deus de
Israel” (Mt 15,29-31).
-
“Saindo dali, foi para o território de Tiro”
(Mc 7,24).
-
“Saindo de novo do território de tiro, seguiu
em direção do mar da Galiléia, passando por Sidônia e
atravessando a região da Decápole” (Mc
7,31).
-
“Tendo partido dali, caminhava através da
Galiléia” (Mc 9,30).
-
“Partindo dali, ele foi para o território da
Judéia e além do Jordão, e outra vez as multidões se
reuniram em torno dele. E, como de costume, de novo as
ensinava” (Mc 10,1).
-
“Jesus voltou então para a Galiléia, com a
força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a região
circunvizinha. Ensinava em suas sinagogas e era glorificado
por todos” (Lc 4,14-15).
-
“Antes do nascer do sol, já se achava outra
vez no Templo. Todo o povo vinha a ele e, sentando-se, os
ensinava” (Jo 8,2).
Existem dezenas de outras passagens que
mostram Nosso Senhor pregando a Boa Nova; mas essas são
suficientes para mostrar o seu zelo pelas almas. Servem
também para nos acordar... são sinos que tinem nos nossos
ouvidos acomodados, chamando-nos para missionarmos com zelo
e fervor.
Nosso Senhor percorria as estradas poeirentas
da Palestina sob um sol escaldante, pregando o Evangelho do
Reino para multidões. O incansável missionário não
buscava uma vida fácil, mas enfrentava inúmeras dificuldades
em busca das ovelhas desgarradas:
“Também a sua
última viagem, de Jericó a Jerusalém, constituiu uma
demonstração de notável resistência física. Sob um sol
abrasador, por estradas sem sombra, ou através de colinas
rochosas e desertas, venceu numa caminhada de seis horas uma
subida de mais de mil metros. É de admirar que, à chegada,
ainda se achasse bem disposto. Na mesma noite, com efeito,
tomou parte num banquete que Lázaro e suas irmãs lhe haviam
preparado” (Karl Adam, Jesus Cristo).
Se cada católico descruzasse os braços e
imitasse o exemplo de Jesus Cristo, com certeza a nossa
Santa Igreja Católica seria mais fervorosa e conquistaria um
número maior de almas para o céu. Mas o que vemos é
totalmente o contrário: milhões de católicos vivendo
adormecidos no comodismo, correndo de qualquer compromisso,
assemelhando-se a cadáveres ambulantes. Esse tipo de gente é
a vergonha da Igreja e também os seus piores inimigos:
“É uma vergonha fazer-se de membro
regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos”
(Dos Sermões de São Bernardo, abade), e:
“... nada
tanto afoita (anima) a audácia dos maus, como a
pusilanimidade (medo) dos bons”
(Leão XIII, “Sapientiae Christianae”,
18).
2º Ponto
Jesus Cristo: o pregador da verdade
Jesus Cristo é o missionário da
verdade. Ele nunca bajulou ninguém e jamais agiu com
duplicidade:
“Falei
abertamente ao mundo. Sempre ensinei na Sinagoga e no
Templo, onde se reúnem todos os judeus; nada falei às
escondidas” (Jo 18, 20);
e de seus lábios jamais saiu mentira:
“... mentira
nenhuma foi achada em sua boca”
(1 Pd 2,22).
Nosso Senhor não se envolvia com política ou
com outros assuntos vazios, mas sim, somente com a Palavra
que salva e que consola a alma imortal:
“Certa vez em
que a multidão se comprimia ao redor para ouvir a palavra de
Deus...” (Lc 5,1).
Palavra de Deus, e não assuntos políticos e músicas com
letras mundanas e vazias... e muito menos piadas.
Jesus Cristo, o missionário da verdade, não
pregava para tapear e enganar o povo, como acontece hoje com
muitos mercenários; de sua boca saía somente a verdade que
tocava a alma dos ouvintes que ficavam maravilhados:
“Todos
testemunhavam a seu respeito, e admiravam-se das palavras
cheias de graça que saíam de sua boca”
(Lc 4,22).
É ridículo ouvir sacerdotes pregando para
enganar o povo com bajulações e mentiras; essa maneira de
pregar não muda os corações e não agrada a Cristo Jesus que
sempre pregou com sinceridade:
“Aconteceu que
ao terminar Jesus essas palavras, as multidões ficaram
extasiadas com o seu ensinamento, porque as ensinava com
autoridade e não como os seus escribas”
(Mt 7,28-29).
Infelizmente, muitos fiéis vão à igreja
e saem revoltados, escandalizados e vazios, porque só ouvem
coisas vazias e sem convicção, verdadeiras baboseiras
e tolices.
SEXTO CAPÍTULO
Todos são chamados a serem missionários
A - Dever dos casais
São João Paulo II
escreve:
“Mesmo casais
cristãos, a exemplo de Áquila e Priscila
(cf, At 18; Rm 16,
3s), oferecem o confortante testemunho de amor apaixonado
por Cristo e pela Igreja com a sua presença ativa em terras
de missão” (São João Paulo
II, Exortação Apostólica, “Chistifideles Laici”, nº 35).
B - Dever das crianças
O Concílio Vaticano II ensina:
“A formação para o
apostolado deve iniciar-se desde a primeira educação das
crianças... Importa, além disso, educar as crianças a
ultrapassarem as barreiras da família e abrirem o espírito
para as comunidades tanto eclesiásticas quanto temporais”
(Decreto “Apostolicam
Actuositatem, nº 30).
C - Dever dos adolescentes e jovens
O Concílio Vaticano II ensina:
“De modo
especial, no entanto iniciem-se no apostolado os
adolescentes e jovens, imbuindo-se deste espírito
apostólico”
(Decreto “Apostolicam Actuositatem, nº 30),
e: “E, do
mesmo modo, que não tenham medo de evangelizar nas praças e
nas ruas como os primeiros Apóstolos, de tornar Cristo
conhecido nas modernas metrópoles. Este não é o momento de
se envergonharem de testemunhar o Evangelho (cf. Rm 1, 16)
‘por cima dos tetos (Mt 10, 27)’”
(Cf. Homilia da Missa conclusiva da VIII
Jornada Mundial da Juventude, Denver, 15-08-1993, São João
Paulo II).
D - Dever dos idosos
São João Paulo II
escreve:
“Às pessoas idosas,
muitas vezes injustamente tidas por inúteis se não mesmo um
peso insuportável, lembro de que a Igreja lhes pede e delas
espera que continuem a sua missão apostólica e missionária,
que não só é obrigatória e possível, mas de certo modo,
tornada específica e original também nessa idade”
(São João Paulo II,
Exortação Apostólica “Christifideles Laici”, nº 48).
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