Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Palestra

 

 

SER MISSIONÁRIO

(1 Cor 9, 16)

 

(Resumo)

 

Na 1.ª Carta de São Paulo aos Coríntios 9, 16 diz: “Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!”

 

 

I PONTO

 

O Apóstolo São Paulo diz: “Anunciar o evangelho...” Cada católico é chamado ao apostolado, em virtude dos sacramentos do Batismo (filho de Deus, membro da Igreja Católica...) e da Confirmação (soldado de Jesus Cristo). O católico deve “Anunciar o evangelho”, não as próprias ideias ou doutrinas estranhas longe da verdade e do caminho da santidade. É preciso pregar o Evangelho com fidelidade! O Concílio Vaticano II ensina: “Este apostolado não consiste apenas no testemunho da vida; o verdadeiro apóstolo busca ocasiões de anunciar Cristo por palavra, quer aos não crentes para levá-los à fé, quer aos fiéis, para instruí-los, confirmar e animar a uma vida fervorosa” (Apostolicam  actuositatem, 6).

O grande São Paulo diz também: “Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!” Está claro que anunciar o Evangelho é dever de todos... infeliz do católico que vive de braços cruzados diante  da indiferença e frieza de milhares de pessoas. São João Crisóstomo escreve: “Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupe com a salvação dos outros... Não digas: não posso ajudar os outros, pois se és cristão de verdade é impossível que não o possas fazer” (Homilia sobre Atos 20).

Será que o católico que reserva tempo para olhar novelas, falar de futebol, contar piadas, fazer passeios vazios, passar horas diante da internet, perder tempo com jogos no celular... mas não reserva tempo para evangelizar... para ajudar as almas... se salvará? Para se salvar não basta o Batismo; mas é preciso viver aquilo que a Santa Igreja ensina: “Não basta para nos salvarmos o sermos de qualquer maneira membros da Igreja Católica, mas é preciso que sejamos seus membros vivos” (São Pio X, Catecismo Maior, 165). É preciso viver na graça de Deus e entesourar no céu, trabalhando para a glória de Deus e pelo bem das almas com fé, fervor, alegria, amor e dedicação.

No dia do juízo, após a morte, cada católico terá que explicar para Jesus Cristo, divino Juiz, sobre o seu comodismo, preguiça e indiferença. Ninguém vai enganar e mentir para Deus naquele dia!

 

 

II PONTO

 

JESUS: MODELO PARA TODOS OS MISSIONÁRIOS

 

Jesus Cristo é o nosso modelo, Ele é o Grande Missionário, cheio de amor e de zelo, Ele é o incansável Missionário que percorria campos, povoados, vilas e cidades pregando a Boa Nova: “Jesus percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas sinagogas e  pregando o Evangelho do Reino, enquanto curava toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9,35).

Acompanhando o trabalho missionário de Nosso Senhor, a sua dedicação e zelo, veremos que Ele era um Missionário apaixonado pelas almas, isto é, trabalhava incansavelmente e por amor.

“Quando Jesus acabou de dar instrução a seus doze discípulos, partiu dali para ensinar nas cidades deles” (Mt 10,1).

“Naquele dia, saindo Jesus de casa, sentou-se à beira-mar. Em torno dele reuniu-se uma grande multidão. Por isso, entrou num barco e sentou-se, enquanto a multidão estava em pé na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas” (Mt 13,1-3).

“Quando Jesus acabou de proferir essas parábolas, partiu dali e, dirigindo-se para a sua pátria, pôs-se a ensinar as pessoas que estavam na sinagoga, de tal sorte que elas se maravilhavam e diziam: ‘De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres?’” (Mt 13,53-54).

“Jesus, ouvindo isso, partiu dali, de barco, para um lugar deserto, afastado. Assim que as multidões o souberam, vieram das cidades, seguindo-o a pé. Assim que desembarcou, viu uma grande multidão e, tomado de compaixão, curou os seus doentes” (Mt 14,13-14).

“Jesus, partindo dali, foi para as cercanias do mar da Galileia e, subindo a uma montanha, sentou-se. Logo vieram até ele numerosas multidões trazendo coxos, cegos, aleijados, mudos e muitos outros, e os puseram aos seus pés e ele os curou, de sorte que as multidões ficaram espantadas ao ver os mudos falando, os aleijados sãos, os coxos andando e os cegos a ver. E renderam glória ao Deus de Israel” (Mt 15,29-31).

“Saindo dali, foi para o território de Tiro” (Mc 7,24).

“Saindo de novo do território de tiro, seguiu em direção do mar da Galileia, passando por Sidônia e atravessando a região da Decápole” (Mc 7,31).

“Tendo partido dali, caminhava através da Galileia” (Mc 9,30).

“Partindo dali, ele foi para o território da Judeia e além do Jordão, e outra vez as multidões se reuniram em torno dele. E, como de costume, de novo as ensinava” (Mc 10,1).

“Jesus voltou então para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha. Ensinava em suas sinagogas e era glorificado por todos” (Lc 4,14-15).

“Antes do nascer do sol, já se achava outra vez no Templo. Todo o povo vinha a ele e, sentando-se, os ensinava” (Jo 8,2).

Existem outras passagens bíblicas... essas são suficientes para acordar o católico adormecido, preguiçoso e indiferente. Milhões de católicos desprezam a Jesus Cristo que morreu na cruz para salvá-los,  para seguir e servir o mundo, o demônio e a carne.

 

 

III PONTO

 

A IGREJA CATÓLICA CONVIDA OS CATÓLICOS
DE TODAS AS IDADES PARA O TRABALHO MISSIONÁRIO

 

A missão não é um trabalho para um determinado grupo de pessoas, a missão é trabalho de todos os batizados; quem não trabalha como missionário está muito longe de ser um verdadeiro filho da Igreja Católica.

 

Dever dos casais

 

“Mesmo casais cristãos, a exemplo de Áquila e Priscila (cf, At 18; Rm 16, 3s), oferecem o confortante testemunho de amor apaixonado por Cristo e pela Igreja com a sua presença ativa em terras de missão” (cf. Exortação Apostólica, “Chistifideles Laici”, nº 35, João Paulo II).

Milhares de casais católicos vão para países distantes em busca de dinheiro, fama, emprego e outros... somente em busca dos bens materiais, ignorando completamente o trabalho missionário.

 

Dever das crianças

 

“A formação para o apostolado deve iniciar-se desde a primeira educação das crianças... Importa, além disso, educar as crianças a ultrapassarem as barreiras da família e abrirem o espírito para as comunidades tanto eclesiásticas quanto temporais” (Cf. Concílio Vaticano II, Decreto “Apostolicam Actuositatem, nº 30).

Milhares de casais “mergulham” os filhos na vaidade e no vazio das coisas terrenas... matando-os espiritualmente. Compram celulares para os filhos, roupas imorais, pagam internet sofisticada, promete-lhes um futuro cheio de fantasias e de grande luxo... mas não ensinam para os filhos a grandeza do trabalho missionário.

 

Dever dos adolescentes e jovens

 

“De modo especial, no entanto iniciem-se no apostolado os adolescentes e jovens, imbuindo-se deste espírito apostólico” (Cf. Concílio Vaticano II, Decreto “Apostolicam Actuositatem, nº 30), e: “E, do mesmo modo, que não tenham medo de evangelizar nas praças e nas ruas como os primeiros Apóstolos, de tornar Cristo conhecido nas modernas metrópoles. Este não é o momento de se envergonharem de testemunhar o Evangelho (cf. Rm 1, 16) “por cima dos tetos” (Mt 10, 27) (Cf. Homilia da Missa conclusiva da VIII Jornada Mundial da Juventude, Denver, 15-08-1993, João Paulo II).

Os adolescentes e jovens reservam tempo para as drogas, prostituição, bebedeiras, noitadas e outros... jogam a vida fora e morrem nas sarjetas... e não abrem o coração para o trabalho missionário.

 

Dever dos idosos

 

“Às pessoas idosas, muitas vezes injustamente tidas por inúteis se não mesmo um peso insuportável, lembro de que a Igreja lhes pede e delas espera que continuem a sua missão apostólica e missionária, que não só é obrigatória e possível, mas de certo modo, tornada específica e original também nessa idade” (Exortação Apostólica “Christifideles Laice”, nº 48, do Papa João Paulo II).

Milhares de idosos católicos gastam dinheiro e tempo com bailes, passeios vazios, pornografia, prostituição e outros, e desprezam completamente o trabalho missionário... oferecem para o demônio os últimos anos de vida, vivendo na preguiça, comodismo e ociosidade.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

 

 

 

 

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