Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

019 - Ó minha dulcíssima Senhora – Santo Afonso Maria de Ligório

 

É, pois, vosso ofício, ó minha dulcíssima Senhora, conforme as palavras de Guilherme de Paris, ser medianeira entre Deus e os pecadores. Exercei vosso ofício em meu favor, pedir-vos-ei com São Tomás de Vilanova. Não digais que minha causa é muito difícil de ganhar, porque sei que todos me afirmam que nenhuma causa defendida por vós se perdeu, por mais impossível que parecesse o seu vencimento. E perder-se- á a minha? Não, isto não temo eu. Só deveria temer que não procurásseis defender-me, se olhasse somente para a multidão dos meus pecados. Considerando, porém, vossa imensa misericórdia, e o sumo desejo que reina em vosso dulcíssimo coração de socorrer os mais degradados pecadores, nem mesmo esse receio posso ter.

Quem se perdeu jamais, tendo implorado vosso auxílio? Chamo-vos, pois, em meu socorro, ó minha grande advogada, meu refúgio, minha esperança, ó minha Mãe Maria Santíssima! Em vossas mãos entrego a causa de minha eterna salvação e deposito a minha alma. Ela estava perdida, mas haveis de salvá-la. Muitas graças dou sempre ao meu Senhor, que me dá essa grande confiança em vós; ela me assegura da minha salvação, apesar da minha indignidade. Só me resta um temor que muito me aflige, ó minha amada Rainha: é de vir eu a perder um dia, por negligência de minha parte, esta confiança em vós. Rogo-vos, portanto, ó Maria, pelo amor que tendes ao vosso Jesus, conservai e cada vez mais aumentai em mim esta dulcíssima confiança em vossa intercessão.

Por ela espero recuperar certamente a divina amizade, por mim tão loucamente desprezada e perdida. E recuperando-a espero finalmente pelos vossos rogos ir um dia render-vos por tudo as graças no paraíso, e ali cantar as misericórdias do Senhor e as vossas por toda eternidade. Amém. Assim o espero, assim seja.