“Muitas
vezes, no entanto, é de lamentar que rezem mais por hábito que com fervor
e recitem com tanto relaxamento o Ofício das Horas de obrigação ou se
contentem apenas com algumas breves orações, sem que mais pensem em
consagrar a Deus outro momento do dia em piedosas orações” (Encíclica “Haerent Animo”,
17).
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“A perfeita santidade
exige ainda uma contínua comunicação com Deus; e a fim de que este íntimo
contato que a alma sacerdotal deve estabelecer com Deus não seja
interrompido na sucessão dos dias e das horas, a Igreja impôs aos
Sacerdotes a obrigação de recitar o Ofício Divino. Deste modo acolheu ela
fielmente o preceito do Senhor: “É mister orar sempre e nunca deixar de
fazê-lo” (Lc 18,1). (Exortação “Menti Nostrae”, 38).
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“O Ofício Divino é também
o meio mais eficaz de santificação. Por isso não é somente uma recitação
de fórmulas, nem de cânticos entoados com arte; não se trata somente do
respeito a certas normas, determinadas rubricas ou de cerimônias externas
de culto; mas trata-se, sobretudo, da elevação do nosso espírito e da
nossa alma a Deus, para que se unam à harmonia dos espíritos
bem-aventurados (CF. Enc. Mediator Dei, DP 54, 140); elevação que supõe
aquelas disposições interiores lembradas no princípio do Ofício Divino:
“digna, atenta e devotamente” (Idem, 41).
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“Meditai atentamente,
portanto, aquelas verdades fecundas que o Espírito Santo generosamente nos
deu na Sagrada Escritura e que os escritos dos Padres e Doutores
comentam. Enquanto os vossos lábios repetem as palavras ditadas pelo
Espírito Santo, esforçai-vos por nada perder de tanto tesouro, e para que
em vossa alma encontre viva ressonância a voz de Deus, afastai
cuidadosamente tudo quanto vos possa distrair e concentrai os vossos
pensamentos, a fim de vos dedicardes mais facilmente e com maior fruto à
contemplação das verdades eternas” (Idem,43).
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“É mesmo uma estrita
obrigação contraída para com a Igreja, quando se trata da recitação diária
do ofício divino. Talvez por terem esquecido algumas destas prescrições,
certos membros do clero se foram entregando, pouco a pouco, à
instabilidade exterior, ao empobrecimento interior, ficando expostos um
dia, sem defesa, às tentações desta vida terrena” (Encíclica
“Sacerdotii Nostri Primordia, 40).
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“Total e exclusivamente aplicado aos negócios de Deus e da
Igreja, tal como Cristo (cf. Lc 2,49; 1
Cor 7,32-33), o ministro de Cristo, à imitação do Sumo Sacerdote, sempre
vivo diante de Deus para interceder a nosso favor (Hb 9,24; 7,25), haure
na recitação atenta e piedosa do Ofício Divino, em que empresta sua voz à
Igreja suplicante em união com o Esposo, alegria e entusiasmo sempre
renovados. Desta maneira sente a necessidade de se entregar mais longa e
assiduamente à oração, dever eminentemente sacerdotal (At 6,4)”
(Encíclica “Sacerdotalis Caelibatus”, 28).
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