TERCEIRA DOR DE NOSSA
SENHORA
(Lc 2, 41-50)
“41
Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da
Páscoa.
42
Quando o menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para
a festa.
43
Terminados os dias, eles voltaram, mas o menino Jesus ficou
em Jerusalém, sem que seus pais o notassem.
44
Pensando que ele estivesse na caravana, andaram o caminho de
um dia, e puseram-se a procurá-lo entre os parentes e
conhecidos.
45
E não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura.
46
Três dias depois, eles o encontraram no Templo, sentado em
meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os;
47
e todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua
inteligência e com suas respostas.
48
Ao vê-lo, ficaram surpresos, e sua mãe disse: ‘Meu filho,
por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu,
aflitos, te procurávamos’.
49
Ele respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo
estar na casa de meu Pai?’
50
Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele lhes
dissera”.
O Pe. Meschler
escreve:
“A terceira dor causou-lhe o seu próprio Filho, o qual,
tendo doze anos, por ordem de Deus, clandestinamente se
subtraiu à vigilância dos pais, que durante três dias na
maior ânsia o procuraram, até afinal o encontrar no templo
entre os doutores”.
São Cirilo escreve:
“Como havia dito o
evangelista que o Menino crescia e se fortificava, confirma
essas palavras dizendo que Jesus subiu a Jerusalém
juntamente com a Santíssima Virgem: ‘E tendo o Menino já
doze anos completos”,
e: “A
manifestação de sua sabedoria não passou além do que
permitia sua idade, porque entramos em geral aos doze anos
no domínio da razão, e a essa idade foi quando se manifestou
a sabedoria de Jesus”
(Griego, o
Geômetra),
e também:
“Também pode dizer
que aos doze anos começou o debate do Senhor, e em verdade
esse número doze devia ser o daqueles que haviam de pregar a
fé evangélica”
(Santo Ambrósio, in Lucam, 2), e ainda:
“A
ida do Senhor com seus pais a Jerusalém todos os anos pela
Páscoa, é um sinal de humana humildade. Porque é dever do
homem acudir e oferecer sacrifícios ao Senhor e fazer-se
favorável por meio de orações. Fez, pois, o Senhor entre os
homens, havendo nascido homem, o mesmo que Deus havia
mandado aos homens por meio dos seus anjos”
(São Beda), e:
“Uma vez
celebrada a festa, quando todos voltavam, Jesus ficou sem
que ninguém notara, segundo estas palavras: ‘Acabados
aqueles dias, assim que voltavam, o Menino Jesus ficara em
Jerusalém, sem que seus o notassem’. Disse, pois: ‘Acabados
aqueles dias’, porque a solenidade durava sete dias.
Permanecendo oculto para que seus pais não o impedissem de
disputar com os doutores da lei. Ou talvez para evitar que
perecesse que menosprezava a seus pais, se não obedecia às
suas ordens. Permaneceu sem que ninguém notasse, para que
não o estorvem e para não ser desobediente”
(Griego, o Geômetra), e também:
“Mas, alguém perguntará: Como o Filho de Deus, objeto de
tanto cuidado por parte de seus pais, pode ficar esquecido?
Deve-se responder que era costume entre os israelitas, nos
tempos das festas, bem quando iam a Jerusalém, ou quando
voltavam às suas casas, de irem separados os homens das
mulheres; que os meninos podiam ir com o pai ou com a mãe.
Portanto, São José e a Santíssima Virgem não vendo o Menino
ao lado, acreditaram cada um por sua parte, que estava em
companhia do outro”
(São Beda), e
ainda:
“No primeiro dia se afastaram de Jerusalém, o segundo o
buscavam entre os parentes e conhecidos, e não o
encontrando, no terceiro voltaram a Jerusalém e ali o
encontraram”
(Glosa,
ordin), e:
“Não o
encontram entre os parentes, porque o parentesco humano não
podia conter ao Filho de Deus, nem entre os conhecidos,
porque está sobre o conhecimento e a ciência humana. Onde o
encontram? No templo. Se, pois, o buscarmos, busquemo-lo no
templo. Apressemos-nos, e ali o encontraremos; palavra e
sabedoria; isto é, o Filho de Deus”
(Orígenes,
in Lucam, 19),
e também:
“Depois de três
dias o encontram no templo, para indicar que três dias
depois do triunfo de sua paixão, quando acreditava estar
morto, ressuscitaria e se mostraria à nossa fé em trono
celestial”
(Santo
Ambrósio).
Se Simeão foi instrumento da primeira dor de Maria Santíssima, se
pode dizer que a segunda dor foi causada por São José; Jesus
foi sem contradição o instrumento da terceira dor de Nossa
Senhora. A primeira, portanto, lhe foi revelada por um
Santo; a segunda comunicada por seu esposo; a terceira
produzida por seu mesmo divino Filho. Já podeis aquilatar
quanto esta devia exceder as dores precedentes. Nas outras
sofria Maria Santíssima com Jesus, nesta separada de Jesus
Cristo; das outras compreendia ela a relação que havia com a
Redenção do mundo, desta ignorava a causa, por isso, é que
embora não se queixasse das outras, desta, porém, tão grande
foi a pena, tão excessivo o sentimento, que Nossa Senhora
chegou a deixar escapar um grito de dor, um grito que
mostrou quão era a aflição de sua alma.
A tranqüilidade em que vivia a Sagrada Família em Nazaré, era
acompanhada dos deveres da Religião que lhe traziam, cada
ano, novas e contínuas bênçãos. Conforme a lei judaica, os
hebreus deviam celebrar suas festividades em Jerusalém, onde
se dirigiam várias vezes no ano, mas, sobretudo no tempo
Pascal.
Costumavam viajar em turmas, caminhando separadamente os homens e
as mulheres.
Chegando, porém a Jerusalém, se reuniam de novo, cumprindo primeiro
no Templo os deveres da Religião, visitando depois algum
doente ou algum pobre, exercitando assim algumas das obras
de misericórdia. Imaginai que glória devia resultar para
Deus, quando Jesus, Maria e José se prostravam no Templo
adorando a infinita majestade de Deus! Ficaram certamente
eclipsados nesta ocasião, todos os louvores e adorações que
os Anjos lhe tributam no Céu! Quantos, talvez, suspirariam
naquela hora pela vinda do Messias, ignorando que estava no
meio deles! Quantos pensariam talvez nas profecias, no filho
de Davi, no grande Salomão, ignorando que já se achava com
doze anos, prostrado no meio do Templo!
Satisfeitas assim as obrigações da lei, como as devoções
particulares, se reuniam de novo os devotos para regressarem
na mesma ordem. Faltava Jesus a Maria Santíssima, mas lhe
era suave o pensar que nesse tempo prodigalizava seus
carinhos para com José, porque Nossa Senhora não era
egoísta, e sabia que Jesus era para todos. Entretanto,
inundava Deus sua alma das mais doces consolações, prelúdio
ordinário das provações extraordinárias que se costumam
seguir. Ah! Ignorava Nossa Senhora que seu Calvário estava
tão próximo quando se achava ainda tão longe a crucifixão de
Jesus, porque conforme nos dizem uns contemplativos, a perda
de Jesus no Templo, foi a crucifixão da alma da Virgem
Maria.
Chegando José ao primeiro pouso, ficou esperando a Virgem Maria,
persuadido que Jesus Cristo viria em sua companhia; mas qual
foi a surpresa de seu esposo, vendo de longe a Virgem sem
Nosso Senhor! Qual a perturbação de Maria ouvindo que José
nada sabia a seu respeito! Começaram logo a procurá-lo entre
os parentes, como entre os meninos que tinham vindo adiante,
mas inúteis diligências! Quase que desfalece o coração de
Nossa Senhora. Ela que tanto amava a Jesus como a seu Filho
e como a seu Deus. Ela que excedia aos Serafins em
conhecimento e amor! Ela que tinha passado doze anos com
Cristo Jesus na união mais íntima, ver-se agora
repentinamente separada do objeto das suas mais ternas
afeições. As luzes e as consolações da sua alma se apagaram
de repente; um inexplicável desamparo oprimiu seu coração,
os Anjos (diz a Beata Agreda) cessaram suas relações para
não revelarem este mistério a Nossa Senhora. Se o universo
parasse em seu curso, não ficaria tão surpreendida. Se as
trombetas do juízo universal retumbassem aos seus ouvidos,
não lhe causariam tanto espanto.
Já era alta noite e Nossa Senhora ainda procurava na escuridão a
seu Filho, o chamava pelo nome e parando suspendia a
respiração para escutar se ouvia alguma resposta. Queria ela
voltar para Jerusalém, mas foi forçoso deixar passar a
escuridão da noite, que triste noite! Que sombrios
pensamentos! Que angústias, que agonias para seu coração!
Terá Jesus voltado ao Eterno Pai sem concluir sua missão?
Isto não era possível. Terá Arquelau espreitado a ocasião
de se apoderar d’Ele? Mas um Anjo o teria avisado. Terá
chegada a hora do Calvário? Mas antes se teria despedido e
estaria com Ele aos pés da cruz. Que angústias, que
inexplicáveis pensamentos! Mas, sobretudo, receava Maria
Santíssima ter desmerecido estar com seu querido Filho!
Estará porventura acabada minha missão de Mãe, ou serei eu
indigna de continuar na sua companhia? Terei eu porventura
cometido alguma falta, desgostado a meu Jesus? Assim julgava
Nossa Senhora em sua humildade, sendo esta a maior pena que
pode despedaçar um coração que verdadeiramente ama a Deus.
Que inquietações, que angústias devia experimentar um
coração tão amante como o de Maria Santíssima; não
compreender o passado, não se explicar o presente e ignorar
o futuro. Se Esaú tanto sentiu a perda dos direito da
primogenitura que bramia como um leão; se Davi tanto
lastimou a perda do seu filho, que entre soluços clamava:
Quem me dera morrer por ti, ó meu filho! Que sentimentos,
que aflições haviam de ser as de Nossa Senhora! Reprime,
porém, sua voz, sufoca seus soluços para não agravar a dor
de seu casto esposo, já tão desconsolado com esta perda,
aumentando assim a dor interna do próprio coração, de sorte
que Orígenes mão duvida afirmar, que nessa noite maior
tormento sofreu a Virgem Maria, que todos os mártires
reunidos.
Na madrugada seguinte, voltam a Jerusalém os desconsolados
consortes, perguntando a quantos encontram se viram ao
Menino Jesus, esse Filho que tanto amavam. Perguntou uma
senhora à Maria Santíssima: Mas qual é a fisionomia desse
vosso filho? Ah! Com que fidelidade Nossa Senhora
descreveria o objeto do seu amor: aqueles cabelos loiros que
desciam até aos ombros, a vivacidade de seus olhos, a
suavidade de suas palavras, a doçura de seu sorriso... com
que fidelidade descreveria a gravidade de seu porte, a
modéstia de seu trato, a alegria de seu rosto, a bondade de
seu coração, nada escapava às cuidadosas atenções de uma Mãe
carinhosa como a Virgem Maria. Essa mulher tinha visto um
menino semelhante, não sabia, porém, dizer-lhe se era ele.
Outra o tinha visto pedir esmola na porta de sua casa, mas
apenas agradeceu, desapareceu prontamente. Outro o vira
perto do Templo partindo seu pão com um leproso, mas
ignorava que direção houvesse tomado. Outra logrou a dita de
tê-lo em sua casa alguns instantes junto a um doente que
deixou muito consolado; ela o viu, falou-lhe, ficou
encantada, mas não lembrou de perguntar-lhe quem era, nem
para onde ia. Naquele mesmo dia, vários o tinham visto na
praça apaziguando disputas de uns meninos, mas ninguém sabia
dizer à Nossa Senhora onde atualmente se achava. Que novas
angústias para a Virgem Maria! Obrigada a passar assim o dia
em diligências inúteis, e resignar-se a pernoitar uma
segunda vez separada de Jesus!
“A aflita Mãe não dormiu naquelas noites, passando-as em
pranto e rogos para que Deus a fizesse achar o Filho”
(Pelbarto), e:
“Freqüentemente dirigia-se ao Filho e gemia com as palavras
dos Cânticos: Dize-me onde descansas pelo meio-dia, para que
eu não ande como uma desnorteada (1, 6). Meu Filho, dize-me
onde estás, a fim de que eu cesse de errar à tua procura, em
vão”
(Vulgato
Bernardo).
Duas separações só tiveram lugar na vida de Maria: uma
quando perdeu a Jesus Cristo no Templo, a outra quando foi
sepultado. Mas na sepultura sabia a Senhora que Jesus estava
no sepulcro, sabia que não sofria mais, sabia que em breve
seguir-se-ia o triunfo da Ressurreição. Mas quando o perdeu
no Templo, ignorava se o tornaria a ver, uma densa nuvem a
envolvia nas mais escuras trevas:
“Pela ausência de
Jesus. – Há quem diga que essa dor não só foi uma das
maiores, senão que foi a maior e mais acerba de todas as
dores na vida de Nossa Senhora. E não falha razão a esse
parecer. Em primeiro lugar, Maria nas outras dores tinha
Jesus consigo. Padeceu amargamente pela profecia de Simeão
no templo. Padeceu na fuga para o Egito, mas sempre com
Jesus. Na presente dor, porém, sofreu longe de Jesus e sem
saber onde ele estaria. Desfeita em lágrimas, suspirava por
isso com o Salmista: Até a luz dos meus olhos não a tenho (Sl
37, 11)”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
O que melhor ainda nos faz conhecer a intensidade da dor da Virgem
Maria, são as palavras que ela mesma proferiu quando o
encontrou no Templo. Nossa Senhora e São José voltaram ao
Templo para se aliviar da opressão que padeciam, e enxugar
as lágrimas na presença do Senhor, quando viram no adro,
onde de reuniam os Doutores, um grande concurso de povo que
com eles, silenciosos e admirados, escutavam as perguntas e
as respostas de um gracioso menino. Diziam uns maravilhados:
este é o pequeno Daniel; afirmavam outros ser o profeta
Isaías; pretendiam outros que era um Anjo de Deus. Apenas,
porém, Maria ouviu sua voz, logo disse: É Jesus! Exulta
Maria Santíssima de alegria, mas como tinha moderado sua
dor, assim modera seu contentamento, cala-se e escuta, até
que chegando o momento de poder desafogar seu amor e abraçar
a quem tanto chorara, mostra a dor de sua alma dizendo a
Jesus: Filho, por que agiste assim conosco? Quase
exprobrando que lhes houvesse causado tanta pena. Mas como
explicar esta queixa de Nossa Senhora? Os santos suportaram
as maiores aflições sem se queixar, e às vezes em silêncio
completo, heróico, sobrenatural. Ora, a Virgem Santíssima
não era inferior a qualquer santo, como é que diz a Jesus,
por que assim procedestes conosco? Estas palavras ocultam um
grande mistério, são destinadas a nos fazer conhecer
primeiramente quão grande mal é perder a Deus; em segundo
lugar, o extremo da dor da Senhora nos três dias da ausência
de Jesus Cristo, como o mesmo Jesus se queixou do alto da
cruz do abandono do Eterno Pai. O silêncio, portanto, teria
sido uma grande perfeição, mas o grito do coração que
escapou nesta ocasião dos lábios de Nossa Senhora foi mais
sublime e mais instrutivo; patenteou-nos como sua dor tinha
chegado ao seu maior auge, à sua maior intensidade, eis
porque no dizer dos contemplativos, a perda de Jesus no
Templo foi a crucifixão de Maria Santíssima:
“Que longos foram
esses três dias para Maria, a quem eles pareciam três
séculos. Dias cheios de amarguras, em que nada a podia
consolar! Quem me poderá consolar? Suspirava com Jeremias:
‘Por isso eu choro e os meus olhos derramam rios de
lágrimas, porque se alongou de mim o consolador’ (Jr 1, 16).
Queixava-se sempre com Tobias: Que alegria poderei eu ter,
eu que sempre estou em trevas, e que não vejo a luz do céu?
(5, 12)”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Quanto devemos recear desagradar a Deus, perder a sua amizade,
obrigá-lo a afastar-se de nós. Deus, sumo bem, bem infinito,
o único objeto de nosso amor! Era esta a exclamação contínua
de São Francisco de Assis: meu Deus e meu tudo; portanto,
perdeu a Deus é perdeu tudo. Que será perdê-lo não só por
alguns dias, como aconteceu com Maria Santíssima, mas por
meses e anos? Que será perdê-lo eternamente?
“Verdadeiramente
infelizes são aqueles que perderam a Deus. Se Maria se
lamentou da perda do Filho, por três dias, quanto mais
deveriam os pecadores chorar a perda da graça divina”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Nas aflições que Deus nos manda, devemos logo julgar que as
merecemos em castigos das nossas culpas. Quem há que não
tenha que expiar? Mas se não formos culpados, é, todavia,
grande bondade de Deus que se digna enviá-las, ou
permiti-las para nosso maior merecimento, e assim completar
a coroa que nos está reservada.
Se tivermos perdido a Deus por alguma culpa, devemos procurá-lo à
imitação de Maria Santíssima, com a maior ansiedade;
procurá-lo não no meio do rebuliço do mundo, mas no sossego
de seus Templos, aos pés dos altares, e, sobretudo, no
tribunal da penitência, onde chorando com sinceridade nossas
culpas, encontraremos o benigno perdão, e onde nos
restituirá a graça e amizade que pela culpa tínhamos
perdido:
“Quem quiser achar Jesus, precisa procurá-lo não entre os
prazeres e as delícias do mundo, porém entre as cruzes e
mortificações”
(Santo
Afonso Maria de Ligório).
Ali achará, o pecador arrependido, o sossego de seu
espírito, a paz da sua alma, e a consolação tão desejada de
seu oprimido coração; até que lhe seja dado ver a Deus face
a face e gozá-lo sem perigo de perdê-lo.
“Ó Virgem bendita, por que assim vos afligis, buscando o
vosso Filho, como se não soubésseis onde ele está? Não vos
recordais que está em vosso coração? Não sabeis que ele se
compraz entre os lírios? Vós mesma o dissestes: ‘O meu amado
é para mim e eu sou para ele, que se apascenta entre as
açucenas’ (Ct 2, 16). Vossos pensamentos e afetos, tão
humildes, tão puros, tão santos, são outros lírios que
convidam o Divino Esposo a habitar em vós. Ah! Maria, vós
suspirais por Jesus, vós que não amais senão a Jesus! Eu é
que devo suspirar, eu e tantos pecadores que o não amamos, e
o temos perdido por nossas ofensas. Minha Mãe amabilíssima,
se por minha culpa vosso Filho ainda não tornou à minha
alma, fazei que eu o ache de novo. Bem sei que ele se faz
achar por quem o busca. Mas fazei que eu o procure como
devo. Vós sois a porta pela qual se chega a Jesus, fazei que
também eu chegue a ele por meio de vós. Amém”
(Santo Afonso
Maria de Ligório).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 01 de fevereiro de 2008
Bibliografia
Bíblia Sagrada
Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria
Catena Aurea
Pe. João Batista Lehmann, Euntes... Praedicate!
Sacerdote da Congregação da Missão, Sagrada Paixão de Nosso
Senhor Jesus Cristo e Dores de Maria Santíssima
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