VIERAM MAGOS DO ORIENTE

(Mt 2, 1-12)

 

1 Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, 2 perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’. 3 Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. 4 E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. 5 Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’. 7 Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. 8 E, enviando-os a Belém, disse-lhes: ‘Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que também eu vá homenageá-lo’. 9 A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no seu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino. 10 Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. 11Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. 12 Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”.

 

 

MENSAGENS PARA A VIDA

 

1.ª mensagem: Jesus Cristo nasceu em Belém... não nasceu numa metrópole.

 

Belém era a terra de Davi. Belém (Beth-Lehem) significa casa do pão. Encontra-se a uns cento e cinquenta quilômetros de Nazaré, e a uns sete de Jerusalém. Situada ao sul de Jerusalém, em tempos de Jesus não era mais que uma aldeia avançada no deserto, fortificada com muros e torres. “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia” (Mt 2, 1).

Imitemos o exemplo do Salvador! É melhor para a salvação da nossa alma e crescimento espiritual vivermos longe do bulício e vaidade dos grandes centros: “A voz de Deus não se reconhece no barulho e na agitação” (BentoXVI).

 

2.ª mensagem: Jesus Cristo nasceu em Belém... lugar silencioso.

 

Os filisteus tinham-na convertido em praça forte e o rei Roboão, filho de Salomão, tinha aumentado consideravelmente as suas defesas (2 Cr 10, 6). A sua importância, porém, era puramente estratégica. A modesta população vivia uma vida sossegada, dedicada quase exclusivamente ao pastoreio e ao cultivo das poucas terras de trabalho que, em forma de terraços escalonados a rodeavam e que com muito trabalho, sobretudo na época das chuvas, conseguiam defender dos desabamentos constantes. Nestes terraços cresciam romãzeiras, amendoeiras, macieiras, algumas vides e, sobretudo, figueiras e oliveiras. “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia” (Mt 2, 1). Rebanho e plantação... lugar de silêncio.

Feliz da cidade, aldeia ou vila onde cada pessoa tem a sua ocupação! Não há espaço para o barulho... o silêncio reina: “Fale pouco, e só se meta nas coisas em que for perguntado” (São João da Cruz).

 

3.ª mensagem: Jesus Cristo nasceu em Belém... aldeia hospitaleira.

 

Belém era chamada a frutífera, Éfrata, nome patronímico da região. A sua situação, não longe do caminho de montanha entre Hebron e Jerusalém, constituía um bom albergue de fim de etapa para os viajantes. “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia” (Mt 2, 1).

Devemos ajudar o próximo, principalmente quando necessita de um lugar para repousar depois de uma viagem cansativa. Feliz da pessoa que transforma o coração numa “Belém” acolhedora: “Todo aquele que vem a vós, em nome do Senhor, seja acolhido” (Didaqué).

 

4.ª mensagem: Jesus Cristo nasceu em Belém... a menor de todas.

 

Belém era realmente a menor das cidades de Israel: “Mas tu, (Belém), Éfrata, embora o menor dos clãs de Judá, de ti sairá para mim aquele que será dominar em Israel” (Mq 5, 1). Apesar da sua insignificância, era ilustre na história do povo escolhido. É mencionada pela primeira vez nos Livros Sagrados com motivo da morte de Raquel, mulher de Jacó, que foi sepultada no caminho de Éfrata, que é Belém, como diz o Gênesis 35, 19. Mas a sua glória principal era a de ter sido a pátria de Davi, o glorioso chefe de que haveria de descender o Messias. “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia” (Mt 2, 1).

Na menor de todas as cidades de Israel nasceu o Senhor de tudo. Era insignificante... mas era ilustre na história do povo escolhido. Apesar da nossa insignificância, Deus quer que sejamos “ilustres”. O Senhor quer que distingamos na santidade de vida... que deixemos rastos de luz e do bom exemplo por onde passarmos... que fiquemos na “história” “Fazei tudo sem murmurações nem reclamações, para vos tornardes irreprováveis e puros, filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e pervertida, no seio da qual brilhais como astros no mundo, mensageiros da Palavra de vida” (Fl 2, 14-16).

 

5.ª mensagem: Por que Jesus Cristo nasceu em Belém?

 

A razão é simples: primeiro, porque o profeta Miquéias o predisse no capítulo 5, versículo 1, e porque convinha que aparecesse como chefe, já pelo lugar do nascimento, segundo disse o profeta: “... dominar em Israel” (Mq 5, 1). Além disso, na mesma cidade havia nascido Davi, como está em 1 Sm 16, 1; 17, 12. Cristo era o sucessor e o restaurador do império do Real Profeta, pelo qual era justo que se levantasse a flor da raiz de Jessé ali onde estava a raiz. Apenas nascido, convence aos escribas e príncipes dos sacerdotes de seu povo pelo argumento tomado de sua pátria; de maneira que se não acreditam que Ele seja o Cristo, que ao menos o confessem de algum modo como está em Mt 2, 5. José e Maria não habitavam em Belém, mas em Nazaré, e vieram à cidade de Davi por ocasião do censo ordenado por Augusto, segundo nos conta São Lucas 2, 4. O Senhor não poderia nascer fora de sua pátria. Fez Deus que o edito do imperador servisse à verdade da profecia.

A Palavra de Deus é luz para os nossos passos e caminho seguro para o céu. Ela não entra em contradição. Na Sagrada Escritura encontramos o mais puro alimento para a nossa alma e segurança para não cairmos: “Sustentáculo poderoso para não se cometer pecado é a leitura das Escrituras... Grande precipício e profundo abismo é desconhecer as Escrituras” (Santo Epifânio).

 

6.ª mensagem: Jesus, o Rei do amor, nasceu no tempo de um rei assassino.

 

“O rei Herodes”: O Novo Testamento fala de quatro Herodes. O primeiro, Herodes o Grande, a que se referem esta passagem e o seguinte. O segundo, seu filho, Herodes Antipas, que mandou degolar São João Batista (Mt 14, 1-12) e que ultrajou Jesus durante a Paixão (Lc 23, 7-11). O terceiro, Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande, que mandou matar o Apóstolo São Tiago, o Maior (At 12, 1-3), que mandou prender São Pedro (At 12, 4-7), e que morreu repentinamente e de um modo misterioso (At 12, 20-23). O quarto, Herodes Agripa II, filho do anterior, perante o qual São Paulo, prisioneiro em Cesareia marítima, se defendeu da acusação dos judeus (At 25, 23). Herodes o Grande, do qual aqui se trata, era filho de pais não judeus; tinha conseguido reinar sobre estes com a ajuda e como vassalo do Império Romano. Desenvolveu uma grande atividade política entre outras coisas, reconstruiu luxuosamente o Templo de Jerusalém. Sofreu de mania de perseguição, vendo por toda a parte competidores da sua realeza; célebre pela sua crueldade, matou a maioria das dez mulheres que teve, alguns filhos e bom número de pessoas influentes na sociedade do seu tempo. “... no tempo do rei Herodes” (Mt 2, 1).

Muitas pessoas reclamam dizendo que nasceram em tempos difíceis. Jesus Cristo nos ensina a aceitar as provações com paciência e sem reclamar... suportando tudo por amor ao Criador. Quem vive na presença de Deus enfrenta os obstáculos com fé, perseverança e coragem: “Não digas: ‘Por que os tempos passados eram melhores que os de agora?’” (Ecl 7, 10). Devemos dar frutos no tempo em que fomos plantados!

 

7.ª mensagem: Para se aproximar de Jesus é preciso enfrentar os obstáculos.

 

Os Magos do Oriente (Santos Reis: Baltasar, Gaspar e Melchior) não deixaram de buscar a Jesus Cristo por causa da maldade de Herodes. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Quem deseja ardentemente se aproximar de Deus não retrocede diante das dificuldades e obstáculos; mas persevera com ousadia e valentia até o fim: “A valentia não é algo que se tenha; é algo que se adquire” (Dom Rafael Llano Cifuentes).

 

8.ª mensagem: Amor ao sacrifício.

 

Os Magos do Oriente (Santos Reis) fizeram uma longa viagem e cheia de sacrifícios através do deserto: sede, calor, frio à noite, tempestade de areia, perigo de ladrões e cobras... Para se aproximar de Jesus Cristo, tudo é suportável! “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Sem uma vida de sacrifício é impossível alguém se aproximar de Deus. Jesus sofreu desde o ventre materno... a nossa vida não poder ser diferente. Para se aproximar do Senhor é preciso percorrer o caminho do sacrifício: “O cristão que se poupa, que calcula para dar a Deus o mínimo indispensável, de modo a não lhe ser traidor, que vive procurando antes fugir da cruz que carregá-la, antes defender-se que renunciar-se, antes salvar a própria vida que sacrificá-la, não é discípulo de Cristo. Se não nos é dado testemunhar nosso amor e nossa fé com o martírio do sangue, devemos, todavia, testemunhá-los abraçando com generoso coração todos os deveres que o seguimento de Cristo impõe, sem recuar perante o sacrifício” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).

 

9.ª mensagem: Desapego da família.

 

Os Santos Reis tinham família. As esposas e filhos imploraram para que não fizessem tão longa viagem. No entanto, eles partem desapegados de tudo e de todos. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2). Deus está acima da família!

Para aproximarmos de Jesus Cristo, nosso Salvador, devemos expulsar do nosso coração todos os apegos às coisas passageiras desse mundo: “Desapeguemos o coração de todas as criaturas. Quem está agarrado a alguma coisa da terra, ainda que mínima, nunca poderá voar e unir-se todo a Deus. Desapeguemo-nos especialmente de toda a afeição desregrada aos nossos parentes” (Santo Afonso Maria de Ligório), e: “Quanto afeto pomos nas criaturas, tanto tiramos a Deus” (São Felipe Neri).

 

10.ª mensagem: Não deixar para depois.

 

Apenas os Santos Reis viram o astro, sem demora acorreram... não deixaram para depois. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Quem deseja ardentemente ser amigo de Jesus Cristo não deixa para depois; mas sim, vai ao seu encontro com um coração sincero e pronto para mudar de vida.

 

11.ª mensagem: Desprezar os bens materiais.

 

Os Magos do Oriente tinham negócios urgentes: o governo de todo um povo, os inimigos a repelir e o trono a assegurar. E, no entanto, partem. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Jesus Cristo não habita num coração apegado aos bens materiais; para o Senhor entrar num coração, é preciso que ele despreze com sinceridade as coisas passageiras desse mundo: “Não invejemos os grandes do mundo, as suas riquezas, as honras, as dignidades, nem os aplausos que recebem dos homens” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

12.ª mensagem: Perseverança.

 

Os Santos Reis não desistiram da viagem... suportaram as dificuldades e perseveraram até o fim. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Para aproximarmos de Jesus Cristo, Deus Bendito, devemos caminhar sempre... enfrentando os obstáculos e perseverar com alegria e fé: “Não é ao que começa que se oferece o prêmio, mas sim, unicamente, ao que persevera” (São Bernardo de Claraval). Somente aquele que persevera “encontra” o Salvador.

 

13.ª mensagem: Não se preocupar com as consequências.

 

Os Magos do Oriente deixaram tudo, família e bens, para “encontrar” o Senhor da Vida: que lhes importa se na volta não mais acharem casa, não mais acharem trono, e, escarnecidos por todos, tiverem de se desterrar mendigando? “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Será que Jesus Cristo, nosso Rei, Salvador e Senhor, não merece todo o nosso amor... a nossa vida? Milhões de pessoas abandonam tudo para buscar bens materiais em outros países... e poucos, ou quase ninguém, por medo das consequências, não dão um passo por amor ao Senhor da Vida: “Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada” (Bento XVI). Jesus Cristo merece tudo... também a nossa vida! Não voltemos as costas para o Senhor que deu a vida por nós.

 

14.ª mensagem: Deixar uma vida confortável por Jesus Cristo.

 

Os magos do Oriente também sabiam avaliar bem as dificuldades e os perigos da empresa: tinham um palácio de mármore e de ouro, e punham-se a caminho por selvas e desertos, à chuva e ao sol. Tinham guardas e exércitos, e expunham-se quase desarmados aos assassinos da estrada e das trevas. Tinham comidas saborosas e vinhos perfumados, e iam ao encontro da fome e da sede, e mesmo da morte. Quem vive com Deus é rico de todos os bens.  “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Há anos que Deus nos chama e nós lhe resistimos, por não sabermos renunciar aos laços do sangue, da amizade e aos prazeres da vida... É muito perigoso dizer não ao Senhor que nos ama com amor infinito! O Senhor quer que trilhemos o caminho da cruz... não existe outro caminho para chegar até Deus: “O monte Calvário é o monte dos amantes. Todo o amor que não tiver por origem a Paixão do Salvador é frívolo e perigoso” (São Francisco de Sales).

 

15.ª mensagem: Suportar os desprezos por Jesus Cristo.

 

Os Santos Reis iniciam a viagem para Belém... o rumor da sua caravana que passa pelas casas acorda alguém. Este vem à janela, olha aqueles senhores que correm, na noite escura e fria, atrás de uma estrela. São uns loucos, diz ele, e volta para a cama. Os magos continuam a viagem atravessando aldeias em festa. A multidão que dança, que toca, que canta, que come e bebe, olha-os passar cinzentos de pó, e ri-se deles. Porém, eles não param: avante, avante, rumo ao berço do Rei dos reis. Nenhum desprezo os atinge! “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Nós, ao contrário, quantas vezes temos parado de praticar uma boa obra, um ato de fé, porque alguém ousou insultar-nos ou escarnecer-nos! Nenhum desprezo por parte das criaturas pode nos afastar do caminho de Deus: “Os santos não se santificaram entre aplausos e honras, mas entre injúrias e desprezos” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

16.ª mensagem: Sem respeito humano.

 

Os Santos Reis suportaram zombarias, desprezos e palavras pesadas, mas não se envergonharam e não desistiram de caminhar em busca do Menino Deus. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Infeliz da pessoa que deixa de buscar a Deus por causa da zombaria e desprezo daqueles que vivem nas trevas. O respeito humano já afastou milhares de pessoas do caminho do céu: “Deixar de fazer o bem por temor de um – que dirão os homens? – é declarar-se covarde, é ser vencido antes de entrar em campo com o inimigo. E, contudo, quantos não se rendem a este tirano, que mais existe na fantasia que na realidade?” (Pe. Alexandrino Monteiro).

 

17.ª mensagem: Tranquilidade nas tribulações.

 

Ao entrarem os Santos Reis em Jerusalém, a estrela desapareceu. Eles acharam-se perdidos depois de tanto caminho e de tanta fadiga, numa terra estrangeira e hostil. Então o Deus que eles procuravam assim lhes pagava? Não eram estes os sentimentos dos magos! Sem tremerem na fé, perguntaram onde nascera o Rei dos reis. Grande exemplo de tranquilidade nas tribulações! “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Deus não prometeu vida fácil para os seus amigos aqui nesse mundo. Feliz da pessoa que se mantém tranquila, fiel e confiante no Senhor durante as tribulações: “As cruzes são como a flor das carícias com que o divino Esposo presenteia seus prediletos” (Santa Maria Madalena de Pazzi). Não podemos duvidar de Deus diante dos obstáculos que surgem pelo caminho.

 

18.ª mensagem: Jesus Cristo: adorado e odiado.

 

Os Santos Reis se movimentam e todos se agitam à procura de um Menino envolto em pobres panos: alguns procuram o Menino Deus para adorá-lo; outros para matá-lo. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Jesus Cristo é adorado ou odiado! Ninguém fica indiferente diante do Salvador! Assim tem sido de século em século, assim é hoje e assim será sempre, para que se cumpra aquela palavra que o santo velho Simeão disse no templo: Este menino será o sinal da ruína e da salvação: “Onde Jesus passava, sempre tinha duas multidões seguindo-o, uma para adorá-lo e outra para persegui-lo” (São Josemaría Escrivá).

 

19.ª mensagem: Magos: representantes dos gentios.

 

Os judeus tinham difundido pelo Oriente as esperanças messiânicas. Os magos tinham conhecimento do Messias esperado, rei dos Judeus. O qual, segundo ideias difundidas naquela época, devia ter, como personagem muito importante na história universal, uma estrela relacionada com o seu nascimento. Deus quis valer-se destas concepções para conduzir até Cristo os representantes dos gentios, que haviam de crer. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Deus quer a salvação de todas as pessoas! Não podemos ser obstáculos no caminho das pessoas que se esforçam para se aproximar de Deus; pelo contrário, devemos ajudá-las: “Nunca devemos considerar os homens como perdidos e sem esperança de salvação, nem deixar de ajudar com todo empenho os que se encontram em perigo nem demorar em prestar-lhes auxílio. Pelo contrário, reconduzamos ao bom caminho os que se afastaram da verdadeira vida e alegremo-nos com a sua volta à comunhão daqueles que vivem reta e piedosamente” (Santo Astério de Amaséia).

 

20.ª mensagem: Deus chama a todos.

 

São João Crisóstomo explica: “Deus os chama através do que para eles era mais familiar, e mostra-lhes uma estrela grande e maravilhosa, para que os impressione pela sua própria grandeza e formosura”. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

O chamamento dos magos, enquanto se dedicam ao seu ofício, é um fato que se repete no chamamento que Deus faz aos homens; chamá-los precisamente entre as ocupações ordinárias da sua vida: “Tal como os Reis Magos, descobrimos uma estrela que é luz, rumo certo no céu da nossa alma... ‘Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’. Também nós tivemos esta experiência. Também nós sentimos que, a pouco a pouco, se acendia na nossa alma uma luz nova: o desejo de ser cristãos em plenitude, o desejo, por assim dizer, de tomar Deus a sério” (São Josemária Escrivá).

 

21.ª mensagem: Jesus Cristo comunicou a sua luz e as suas riquezas ao mundo.

 

A luz de Belém brilha para todos os homens e o seu fulgor pode ser visto em toda a terra. Recém-nascido, Jesus Cristo “começou a comunicar a sua luz e as suas riquezas ao mundo, atraindo com a sua estrela homens de tão longes terras” (Frei Luís de Granada). “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Quem segue a Jesus Cristo deve brilhar com a luz do exemplo e atrair o maior número de almas para o caminho da salvação: “Todo discípulo, todo cristão autêntico é assim portador da luz de Cristo; tão límpida há de ser sua conduta que deixa transparecer o esplendor de Jesus e de sua doutrina” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).

 

22.ª mensagem: Sede de Deus.

 

Os Magos, em quem se encontram representadas todas as raças e nações, chegaram ao fim da sua longa caminhada. São homens com sede de Deus, que deixaram de lado a comodidade, os bens terrenos e as satisfações pessoais para adorar a Deus. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Nada nesse mundo deve atrapalhar a nossa aproximação do Deus Criador. Somente Ele, fonte de água cristalina, pode saciar a nossa sede espiritual... n’Ele encontramos o que a nossa alma tanto deseja: “Só Deus nos basta para sermos felizes” (Santa Teresa dos Andes).

 

23.ª mensagem: Olhar para o alto.

 

Os Santos Reis eram homens dedicados ao estudo do firmamento, acostumados a contemplá-lo em busca de sinais. Vimos a sua estrela no Oriente, dizem, e viemos adorá-lo. Talvez houvesse chegado até eles a esperança messiânica dos judeus da Diáspora, mas devemos pensar que foram ao mesmo tempo iluminados por uma graça interior que os fez levantar-se e pôr-se a caminho: “Quem os guiou também os instruiu; e quem os advertiu externamente, por meio de uma estrela, foi o mesmo que os iluminou no íntimo do coração” (São Bernardo de Claraval). “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Quem quiser encontrar a Deus deve desapegar o coração das coisas passageiras desse mundo e buscar as do alto: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra” (Cl 3, 1-2). A pessoa que vive com os olhos fixos nas coisas caducas desse mundo jamais encontrará Deus.

 

24.ª mensagem: Corresponder às graças de Deus.

 

Os santos Reis não desprezaram as graças de Deus, mas foram fiéis... corresponderam às graças que o Senhor lhes concedeu. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Infeliz da pessoa que despreza as graças do Salvador!  Sem a ajuda do Senhor é impossível permanecer vivo espiritualmente: “Os pulmões necessitam continuamente de aspirar oxigênio para renovar o sangue; quem não respira morre asfixiado. Pois bem, quem não recebe docilmente a graça que lhe é dada por Deus em cada momento, acaba por morrer de asfixia espiritual” (R. Garrigou-Lagrange).

 

25.ª mensagem: Os caminhos dos homens não são, frequentemente, os caminhos de Deus.

 

Os Santos Reis chegaram a Jerusalém; talvez pensassem que era o final da viagem, mas na grande cidade não encontraram o rei dos judeus que acaba de nascer. Talvez se tivessem dirigido diretamente ao palácio de Herodes, e era humanamente o mais lógico, pois tratava-se de procurar um rei. Mas os caminhos dos homens não são, frequentemente, os caminhos de Deus. Indagam, empregam os meios ao seu alcance: Onde está?, perguntam. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Deus vem em nossa ajuda quando o buscamos com sinceridade de coração... indica-nos o caminho, por vezes servindo-se de meios que poderiam parecer-nos menos aptos.

 

26.ª mensagem: Onde está o rei dos judeus? Não está no orgulho.

 

O Senhor poderoso não nasceu numa casa rica e cheia de conforto; mas sim, numa humilde gruta. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Aprendamos do Senhor a desprezar as glórias passageiras do mundo e a percorrermos o caminho da humildade. Deus não habita num coração orgulhoso.

 

27.ª mensagem: Onde está o rei dos judeus? Está no coração que ama a verdade.

 

Jesus Cristo não habita num coração mentiroso e cheio de falsidade. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Quem percorre o caminho da mentira e da falsidade não possui o Deus da verdade no coração... o Senhor da verdade não reina num coração que segue a mentira.

 

28.ª mensagem: Verdadeiros sinais que levam ao Menino Jesus.

 

Nos Santos Reis que foram chamados a adorar a Deus, reconhecemos a humanidade: a do passado, a dos nossos dias e a que virá. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Nesses Magos reconhecemos a nós mesmos, que caminhamos para Cristo através dos nossos afazeres familiares, sociais e profissionais, da fidelidade ao pequeno dever de cada momento. O santo que mais nos santifica é o santo dever.

 

29.ª mensagem: A estrela que nos guia é tríplice.

 

São Boaventura comenta: “Primeiro, a Sagrada Escritura, que devemos conhecer muito bem; depois, uma estrela que está sempre no alto para que a divisemos e encontremos a direção certa, que é Maria, nossa Mãe; e uma estrela interior, pessoal, que são as graças do Espírito Santo”. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Quem segue com fidelidade a Sagrada Escritura imita as virtudes da Santíssima Virgem e corresponde às graças do Espírito Santo... encontra em todos os momentos o caminho que conduz a Belém.

 

30.ª mensagem: O Senhor colocou nos nossos corações o desejo de procurá-lo.

 

Foi Deus quem colocou nos nossos corações o desejo de procurá-lo: Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi a vós (Jo 15, 16). “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

A sua chamada contínua é a que nos faz encontrá-lo no Santo Evangelho, na oração, nos sacramentos, no recurso filial a Santa Maria e de modo muito especial na Sagrada Eucaristia, onde sempre nos espera.

 

31.ª mensagem: Antes, viviam nas trevas.

 

Antes da aparição da estrela, os Magos viviam nas trevas do gentilismo, e provavelmente a sua vida deixava muito a desejar. Mas logo que veem a estrela e ouvem a graça que os chama, convertem-se, abandonam tudo para pertencer inteiramente a Jesus Cristo, e entregam-se à graça para segui-la com simplicidade e intrepidez. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Deus não quer a morte do pecador nem a sua destruição; mas sim, quer que ele se converta e viva santamente... percorrendo continuamente o caminho da luz.

 

32.ª mensagem: Conversão verdadeira.

 

Desde o momento em que veem a estrela, os Magos não são já homens do mundo, são homens piedosos; vivem e morrem como santos. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Quem encontra a Face de Jesus Cristo não permanece o mesmo, mas muda de vida... deixando de lado os vícios e o caminho das trevas. Jesus não habita num coração onde “reside” Satanás: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Cor 10, 21).

 

33.ª mensagem: Só Jesus basta!

 

Os Santos Reis abriram completamente o coração para Jesus Cristo e pisaram com convicção as coisas caducas e passageiras desse mundo... quem possui Jesus Cristo, riqueza infinita, não necessita das coisas vazias da terra. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Por que não correspondemos nós como eles à nossa vocação? Por que é que somos tão afeiçoados ao mundo? Por que não o abandonamos, ao menos por afeto, desprezando o que ele preza, prezando o que ele despreza, detestando o que ele ama e amando o que ele detesta? Por que é que, depois de tantas solicitações da graça, que nos constrange, ouvimos ainda a pusilanimidade que nos retém, o capricho que muda, a preguiça que não quer incomodar-se e o amor próprio que se idolatra? Sigamos o exemplo dos Magos, desprezando o mundo: “Se o mundo odeia o cristão, porque tu o amas, a ele que te aborrece, e não preferes seguir a Cristo que te remiu e te ama?” (São Cipriano).

 

34.ª mensagem: Fidelidade pronta.

 

Quem ama não deixa para depois... não adia nem fica esperando. Os Santos Reis logo que viram a estrela partem sem hesitar, sem deixar para o dia seguinte... sem dizer: iremos! Mas disseram: vimos a estrela e viemos. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Deus quer que a nossa fidelidade seja pronta. O Senhor quer que o sirvamos de todo o coração, sem dividir o coração com o mundo... sem deixar para depois: “Com o homem fiel tu és fiel” (2 Sm 22, 26).

 

35.ª mensagem: Firmeza.

 

Postos a caminho, os Magos não se afastaram nem para a direita nem para a esquerda, não pararam ociosamente em nenhuma parte, vão diretamente aonde a graça os chama. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Deus quer que o sirvamos com firmeza e convicção. Não devemos servir a Deus com os olhos fixos nas coisas desse mundo... o Senhor é ciumento e não aceita um coração dividido: “... pois teu Deus é um fogo devorador. Ele é um Deus ciumento” (Dt 4, 24).

 

36.ª mensagem: Bom exemplo.

 

Os Santos Reis deram bom exemplo desapegando o coração de tudo e de todos... buscando o Salvador com convicção e perseverança... seguiram a estrela sem desanimar. Brilharam com o bom exemplo diante dos gentios e judeus. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Feliz da pessoa que dá o bom exemplo! O bom exemplo é um sermão que todos podem pregar. Com ele pode fazer-se mais fruto nas almas, do que com muitos discursos que só recreiam os ouvidos: “O bom exemplo é um sermão que todos entendem e que se pode pregar a cada hora do dia, não só na igreja, mas na rua e em casa” (Pe. Alexandrino Monteiro).

 

37.ª mensagem: Não adiar a emenda de vida.

 

Os Santos Reis não deixaram para depois, mas “abraçaram” imediatamente as graças do alto... expulsaram do coração o que não agradava ao Criador: “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Adiamos a nossa emenda de vida? Empregamos esta prontidão em obedecer às inspirações da graça, aos bons conselhos ou aos bons exemplos que nos são dados? Não adiamos para outro tempo a emenda dos nossos defeitos, formando projetos para o futuro e não executando nenhum? Não nos detemos no caminho com uma alternativa contínua de bem e de mal, de conversões e de recaídas? “Emendar a vida é uma necessidade para chegar a uma verdadeira conversão. Muito se erra no mundo. Porém, nenhum erro é tão fatal como o que se comete na vida do espírito, no grande negócio da salvação. Por isso, é este que demanda mais rápida emenda” (Pe. Alexandrino Monteiro).

 

38.ª mensagem: Generosidade.

 

Opõem-se à partida dos Magos os maiores obstáculos. Eram reis, se dermos crédito: como deixam o seu reino? Eram sábios do Oriente, dizem alguns, como arriscar a sua reputação com um procedimento que o público taxará de loucura? Depois a estrela vai conduzi-los a um país remoto e desconhecido. Quantas fadigas a superar! Quantos perigos a correr! Nada detém estes generosos viajantes. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Possuímos um coração generoso? Quando se ama e se pertence inteiramente a Deus, anda-se para frente sem tanto discorrer. O generoso entrega-se de corpo e alma para Deus sem reservar nada para si: “O homem generoso será abençoado” (Pr 22, 9).

 

39.ª mensagem: Fervor.

 

Quem poderia dizer com que ânimo fizeram esta santa viagem... como conversavam a respeito da felicidade que os esperava no termo da sua jornada... como se animavam uns aos outros, como antecipavam com santos desejos o momento de se prostrarem diante do Deus recém-nascido. O fervor “aquecia” seus corações bondosos. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Devemos realizar essa nossa viagem para a Eternidade Feliz, o céu, com fervor e ânimo. Não podemos deixar a frieza e a indiferença reinarem em nossos corações. Nessa viagem devemos nos ocupar com as coisas do alto, isto é, que edificam: “Sede diligentes, sem preguiça, fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12, 11).

 

40.ª mensagem: Homenageá-lo.

 

Os Santos Reis percorreram um longo caminho para homenagear a Jesus Cristo. Não viajaram para ofendê-lo ou profanar a gruta de Belém com danças, bebidas e barulho. “... eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém,  perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no seu surgir e viemos homenageá-lo’” (Mt 2, 1-2).

Devemos nos aproximar de Jesus Cristo para adorá-lo com muito respeito... não podemos profanar a igreja, casa do Senhor, com atitudes grosseiras e pagãs. Ele merece todo o nosso amor e respeito: “... pois o zelo por tua casa me devora” (Sl 69, 10).

 

41.ª mensagem: Ambição política.

 

No tempo de Jesus Cristo encontrava-se amplamente difundida em todos os ambientes judaicos a esperança da iminente vinda do messias, concebido, sobretudo, como rei à maneira de um novo e maior Davi. Daqui a perturbação de Herodes, rei dos Judeus, cruelmente zeloso da defesa da sua coroa. Pela sua ambição política e pela sua carência de sentido religioso, Herodes viu o possível Messias-Rei como um perigoso competidor do seu poder temporal. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Infeliz da pessoa que se julga maior que Jesus Cristo! É preciso viver nesse mundo confiante no poder de Nosso Senhor e esperando sempre n’Ele. Não devemos ambicionar as coisas passageiras desse mundo: “Quem quer mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem” (Pe. Antônio Vieira).

 

42.ª mensagem: Jesus Cristo é a riqueza infinita.

 

Grande loucura a do rei Herodes! Jesus é o Senhor do céu e da terra... não necessita das coisas passageiras desse mundo: “Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder seu reino, quer matar aquele que lhe daria reinar em segurança nesta terra e para sempre na outra vida, se nele tivesse crido” (São Quodvultdeus). “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Deus quer o nosso coração somente para Ele... o Senhor não aceita um coração apegado às coisas caducas desse mundo; porque Ele é a verdadeira riqueza: “Quem só quer Deus, é rico de todos os bens” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

43.ª mensagem: Medo de perder o poder terreno.

 

A agitação de Herodes se explica porque temia perder o reino ou que em Jerusalém surgisse algum movimento popular que perturbasse a ordem. A agitação da cidade de Jerusalém foi muito momentânea, e teve sua origem na novidade daquela visita de personalidades do distante Oriente que perguntaram pelo recém-nascido rei dos judeus. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Muitas pessoas vivem agitadas e com medo de perder o poder terreno!  Quem possui Deus no coração não precisa se agitar... porque Deus é tudo, e quem o possui é feliz e não necessita da alegria efêmera oferecida pelo mundo: “Fora de Deus só há alegria efêmera e paz ilusória” (Bem-aventurado Columba Marmion).

 

44.ª mensagem: A luz incomoda quem vive nas trevas.

 

Jesus Cristo, Luz do mundo, deixou Herodes incomodado e a cidade de Jerusalém agitada. Quem vive na escuridão não suporta a claridade da luz. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Os mundanos e pecadores não suportam a presença dos santos, isto é, das pessoas que seguem o caminho do bem e da luz... se agitam e perseguem com fúria os amigos de Deus: “Cerquemos o justo, porque nos incomodai e se opõe às nossas ações, nos censura as faltas contra a Lei, nos acusa de faltas contra a nossa educação. Declara ter o conhecimento de Deus e se diz filho do Senhor; ele se tornou acusador de nossos pensamentos, basta vê-lo para nos importunarmos; sua vida se distingue da dos demais e seus caminhos são todos diferentes. Ele nos tem em conta de bastardos; de nossas vias se afasta, como se contaminassem. Proclama feliz o destino dos justos e se gloria de ter a Deus por pai. Vejamos se suas palavras são verdadeiras, experimentemos o que será do seu fim. Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários. Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite” (Sb 2, 12-20).

 

45.ª mensagem: Amor ao Redentor... morte ao sucessor.

 

Santo Agostinho comenta: “Assim como os magos desejam um Redentor; Herodes teme um sucessor. É o que significam aquelas palavras: E o rei Herodes ficou alarmado”. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Devemos amar a Jesus Cristo, nosso Redentor, e tratá-lo com muito respeito. Não podemos seguir o péssimo exemplo de milhares de pessoas que desprezam o Salvador e trabalham para expulsá-lo dos corações.

 

46.ª mensagem: Querer ser o centro das atenções.

 

Herodes ficou alarmado porque queria ser o centro das atenções... temia a chegada de um novo rei. Pseudo-Crisóstomo escreve: “Herodes treme quando ouve falar de um rei dos judeus. Teme que o seu cetro seja tirado e que sua raça caia para sempre do trono. Quanto maior é o poder, maiores são os perigos e temores que o cercam. Assim como os galhos mais altos de uma árvore são agitados pelos fortes ventos, da mesma maneira acontece com os homens... quanto mais elevado é o posto que ocupam, são mais facilmente agitados por um leve anúncio de concorrência”. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Feliz da pessoa que despreza as coisas vazias desse mundo para viver escondida no Coração Santíssimo de Jesus Cristo. Quem possui Deus, riqueza infinita, não busca as vaidades desse mundo inimigo da santidade: “Correndo atrás da vaidade, os próprios homens se tornaram vaidade” (2 Rs 17, 15).

 

47.ª mensagem: Ninguém pode “algemar” a Deus.

 

Herodes, um simples mortal, trabalhou furiosamente para impedir a presença de Jesus Cristo nesse mundo passageiro. É impossível “algemar” o dono do céu e da terra... não existe homem tão poderoso para isso. São Leão Magno comenta: “Entretanto, são vãos os temores de Herodes; os seus reinos são pequenos para Jesus Cristo. O Soberano do mundo não pode contentar-se com os estreitos limites aonde alcança o domínio de Herodes. Aquele que Herodes não quer que reina na Judeia, Jesus Cristo, reina em todas as partes”. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Feliz da pessoa que trabalha para a glória de Deus e pelo bem das almas... que difunde a Palavra de Deus sem tremer diante das ameaças dos inimigos da verdade. Existem, hoje, muitos “Herodes” que trabalham para “algemar” a Palavra de Deus, mas jamais conseguirão: “Mas a palavra de Deus não está algemada” (2 Tm 2, 9).

 

48.ª mensagem: Herodes faz o papel de Satanás.

 

São Leão Magno comenta: “Herodes, nesta circunstância, faz o papel do mesmo Satanás, do qual havia sido instigador antes e se mostra agora imitador, o mais resoluto e decidido, atormentado pela vocação dos gentios e pela destruição do seu império”. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Infelizmente, ainda existem pessoas que fazem o papel de Satanás... são piores que Satanás. O Maligno nada mais pode fazer senão rodear-nos qual leão que ruge, porém, dum modo invisível, e em certa distância, sempre em atitude de fugir quando nota resistência da nossa parte. Com as pessoas é bem diferente: “Com semblante de amigo se aproxima de nós; à nossa resistência não desiste dos seus maus intentos enquanto não os tiver realizado” (Pe. João Batista Lehmann).

 

49.ª mensagem: A terra e o inferno temem a Jesus Cristo.

 

Peseudo-Crisóstomo escreve: “Cada um é atormentado por um cuidado diferente, e ambos temem um sucessor: Herodes, um rei da terra; Satanás, ao Rei do Céu. E o povo judeu também ficou alarmado... esse povo que deveria se alegrar por ter ouvido que um rei judeu acabava de nascer. E se alarmou porque os ímpios não podem se alegrar com a vinda do Justo; ou talvez, por temor de que o rei se enojasse contra eles. Isto significa aquelas palavras: ‘E toda Jerusalém com ele’”. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Milhões de pessoas não suportam nem ouvir falar do Evangelho e ficam alarmadas, isto é, assustadas e inquietas diante da verdade. Querem ser livres, mas são escravas do Demônio... vivem nas trevas do erro e não aceitam a Luz Eterna, Jesus Cristo. Onde a luz chega, as trevas desaparecem; por isso, ficam alarmadas.

 

50.ª mensagem: Muitos seguem aos tiranos.

 

Na Glosa diz: “O povo participava, talvez por medo, das angústias de Herodes. E sucede com frequência que o povo favorece mais do que devia aos tiranos, cuja opressão sofre e tolera”. “Ouvindo isso, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os chefes dos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Cristo. Eles responderam: ‘Em Belém da Judéia, pois é isto que foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um chefe que apascentará Israel, o meu povo’” (Mt 2, 3-6).

Infeliz da pessoa que despreza o Deus Eterno para se inclinar e obedecer aos tiranos. Para seguir a Cristo Jesus é preciso enfrentar todos os obstáculos sem se inclinar para as trevas: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens” (At 5, 29).

 

51.ª mensagem: Falsa piedade.

 

Herodes, o bárbaro Idumeu, filho de um traidor, à traição tomara a coroa real da Judeia. Este monstro de perfídia, que por injustas suspeitas mandara matar Mariamne, sua mulher; que trucidara Alexandra, sua sogra; que fizera estrangular dois filhos seus por temor de que se levantassem para vingar sua mãe; que mandara afogar seu cunhado Aristóbulo e degolar seu cunhado José; quando ele conheceu que do fundo da Caldéia haviam chegado três Magos para procurarem o novo Rei dos Judeus, sobressaltou-se de pavor. Trêmulo como um malfeitor que sente a justiça nos calcanhares, ele chamou os Magos, muito secretamente, ao seu palácio, e informou-se junto a eles sobre o tempo em que aparecera a estrela; depois despediu-os dizendo: Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que também eu vá homenageá-lo. Mas o impostor já preparava a traição. Herodes era um homem perigoso e falso. “Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: ‘Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que também eu vá homenageá-lo’. A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no seu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino” (Mt 2, 7-9).

Eis a arte com que ainda hoje se persegue a Jesus Cristo nas almas... sob o verniz de uma falsa piedade e com a astúcia, elas são arrastadas à perdição. A uma pessoa que cumpre fielmente os seus deveres religiosos, o mundo diz: És um exagerado: não é necessário tudo o que fazes para te salvares; é demais, é demais. A uma pessoa que vive mortificada e solícita para com sua família, o mundo diz: Mas por que queres amargurar a tua vida? Por que te obstinas em viveres como um religioso? Deus nos fez de carne para nós gozarmos na alegria, como fazem todos. Ai daqueles que se deixam enganar por estas lisonjas e, perdendo a confiança, se volvem para trás, para o mundo: esses entregam o Menino Jesus nas mãos de Herodes.

 

52.ª mensagem: Deus está acima da maldade do homem.

 

Herodes pretendia saber com exatidão onde estava o Menino Jesus não precisamente para O adorar, como dizia, mas para se livrar d’Ele, segundo a visão puramente política que tinha o então rei dos Judeus. A sua astúcia e maldade não podem impedir que se cumpram os desígnios de Deus. Por cima dos cálculos de Herodes e da sua ambição estavam a sabedoria e o poder divinos para realizar a salvação. “Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: ‘Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que também eu vá homenageá-lo’. A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no seu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino” (Mt 2, 7-9).

Deus é Todo Poderoso e não pode ser vencido pelo homem, por cruel e maldoso que seja. Ele é o Senhor de tudo e de todos, e não deixa de realizar a sua vontade por causa da maldade e armadinhas do homem.

 

53.ª mensagem: Não desanimar diante das provações.

 

São Josemaría Escrivá comenta: “Quase sempre por nossa culpa, em certos momentos da nossa vida interior, acontece-nos o que aconteceu na viagem dos Reis Magos: a estrela oculta-se (...). Que havemos de fazer então? Seguir o exemplo daqueles homens santos: perguntar. Herodes serviu-se da ciência para proceder de modo injusto; os Reis Magos utilizaram-na para fazer o bem. Mas nós, cristãos, não temos necessidade de perguntar a Herodes ou aos sábios da Terra. Cristo deu à sua Igreja a segurança da doutrina, a corrente de graça dos Sacramentos; e providenciou para que haja pessoas que nos orientem, que nos conduzam e que nos recordem constantemente o caminho”. “Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: ‘Ide e procurai obter informações exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que também eu vá homenageá-lo’. A essas palavras do rei, eles partiram. E eis que a estrela que tinham visto no seu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino”(Mt 2, 7-9).

Diante das provações que surgem continuamente pelo caminho, devemos buscar apoio e proteção nas orientações da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, a Única Igreja fundada por Jesus Cristo. A Santa Doutrina Católica iluminará o nosso caminho e caminharemos com segurança rumo ao céu.

 

54.ª mensagem: Alegria depois da provação.

 

Depois da tempestade o firmamento fica mais claro e o sol brilha forte: “E por que tanta alegria? Porque eles, que nunca duvidaram, recebem do Senhor a prova de que a estrela não tinha desaparecido; tinham deixado de vê-la sensivelmente, mas tinham-na conservado sempre na alma. Assim é a vocação cristã: se não se perde a fé, se se mantém a esperança em Jesus Cristo que estará conosco até à consumação dos séculos (Mt 28, 20), a estrela reaparece. E, ao verificar uma vez mais a realidade da vocação, nasce em nós uma alegria maior, que aumenta a nossa fé, a nossa esperança e o nosso amor” (São Josemaría Escrivá). “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”(Mt 2, 10-12).

Para agradar a Deus e alcançar a salvação eterna é preciso suportar as provações e dificuldades com alegria... nada nesse mundo deve nos afastar do caminho do céu. Depois do sofrimento a nossa alma se fortalece e fica cheia de felicidade.

 

55.ª mensagem: Oferecer o melhor para Deus.

 

Os dons oferecidos – ouro, incenso e mirra – eram os mais preciosos do Oriente. O homem tem necessidade de oferecer presentes para testemunhar a sua veneração e a sua fé. Já que não pode oferecer-se o próprio homem como desejaria, oferece em seu lugar o que é mais valioso e lhe é mais querido. Os profetas e o salmista tinham predito para os tempos messiânicos a submissão a Deus dos reis da terra (Is 49, 23), com o oferecimento dos seus bens (Is 60, 5) e a adoração (Sl 72, 10-15). Com este ato dos magos e o oferecimento dos seus dons a Jesus, Deus e homem, começam a cumprirem-se estas profecias. “Eles, revendo a estrela, alegraram-se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

Devemos oferecer o melhor para Deus. Ele merece o que possuímos de melhor. O Concílio de Trento cita expressamente esta passagem da adoração dos magos ao ensinar o culto que se deve dar a Cristo na Eucaristia: “Todos os fiéis de Cristo na sua veneração deste Santíssimo Sacramento devem tributar-lhe aquele culto de latria que é devido ao verdadeiro Deus (...). Porque cremos que nele está presente aquele mesmo Deus, de quem, ao introduzi-lo o Pai no orbe da terra, diz: E adorem-no todos os anjos de Deus (Hb 1, 6; cfr Sl 97, 7); a quem os magos, prostrando-se por terra, adoraram (cfr Mt 2, 11), de quem, enfim, a Escritura testemunha (cfr Mt 28, 17) que o adoraram os Apóstolos na Galiléia”.

 

56.ª mensagem: Obediência a Deus.

 

A intervenção dos Magos nos acontecimentos de Belém termina com um novo ato de delicada obediência e cooperação com os planos de Deus. “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”(Mt 2, 10-12).

Também nós devemos ser dóceis até o fim à graça e à missão concreta que Deus nos confia, ainda que isto suponha modificar os nossos planos pessoais que tínhamos proposto.

 

57.ª mensagem: Encontrar a verdadeira felicidade.

 

O luxurioso e supersticioso Herodes, que, contanto que gozasse a vida, fez guerra a Jesus Cristo, não teve mais um só instante de paz nem na Judeia nem dentro de si. Os três Magos, que, contanto que adorassem Jesus, haviam renunciado a todos os gozos que a vida pode dar, acharam a verdadeira alegria que dessedenta a alma para sempre. Quem procura Jesus procura a própria felicidade; e quem o acha, acha a felicidade. “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”(Mt 2, 10-12).

Tibúrcio, filho de Cromácio, prefeito de Roma, foi aprisionado pela fé. Ou adoras os ídolos ou andarás sobre carvões acesos. E o mártir respondeu: É melhor sobre os carvões acessos correr ao encontro de Jesus. Fez o sinal da cruz, e, depois, a pés nus andou sobre o fogo. Enquanto suas carnes frigiam-se torrando-se, ele sorriu alegremente e disse: Parece-me estar andando sobre pétalas de lírios e de rosas. Busquemos Jesus Cristo, vivamos para Ele. Em todas as horas da vida, alegre ou triste, parecer-nos-á andar sobre um prado florido de consolação íntima e de paz profunda. Quem encontrou Jesus, encontrou a verdadeira felicidade.

 

58.ª mensagem: Não aproximar de Jesus Cristo de mãos vazias.

 

O Senhor não precisa dos nossos dons, pois é dono de tudo o que existe, mas pede-nos um coração generoso, para que assim se dilate e possa receber mais graças e bens. “Eles, revendo a estrela, alegraram-se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

Hoje pomos à sua disposição o ouro puro da caridade: ao menos o desejo de amá-lo mais e de tratar melhor a todos; o incenso das orações e das boas obras convertidas em oração; a mirra dos nossos sacrifícios que, unidos ao Sacrifício da Cruz, nos convertem em corredentores com Ele.

 

59.ª mensagem: Casa ou gruta?

 

São Mateus diz que os Magos entraram na casa. Epifânio diz que os Santos Reis vieram dois anos depois do nascimento de Jesus Cristo. Por isso, ele diz que o Menino não estava numa gruta, mas em uma casa... o mesmo afirma Teofilacto. Porém, todos os outros autores escrevem que os Magos acharam e adoraram a Jesus Cristo na gruta (presépio) (afirmam isso: São Justino, São João Crisóstomo e Santo Agostinho). Eutimio duvida que os Magos adoraram o Menino Jesus antes que os pastores. “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”(Mt 2, 10-12).

O importante é preparar bem o nosso coração para Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador. Não importa que o nosso coração seja uma “casa” ou “gruta”... o importante é que esteja livre do pecado e cheio de Deus.

 

60.ª mensagem: O Menino estava com Maria... e São José, onde estava?

 

 Não menciona São José. Eis as razões: ou porque casualmente se achava fora da casa ou por disposição misteriosa da Providência, para que os Santos Reis não tomassem ao Santo Patriarca como pai verdadeiro de Jesus Cristo; sendo que os pastores acharam a José e a Maria, segundo está em São Lucas 2, 16. “Eles, revendo a estrela, alegraram-se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

O importante é que Jesus Cristo seja conhecido, adorado e servido. Não podemos tentar “eclipsar” o Salvador. Encontraram o Caminho e o caminho: Jesus Cristo é o único caminho para o Pai, e Maria é o caminho mais seguro e fácil para chegarmos a Jesus Cristo. Como Jesus veio a nós por meio de Maria, assim é justo que os fiéis vão a Jesus por meio dela.

 

61.ª mensagem: Intimidade com Deus.

 

No horizonte de cada católico aparece, com frequência, uma estrela: é a inspiração íntima e clara de Deus que o convida a um ato generoso, a um desapego e a uma vida de maior intimidade com Ele. “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

Cumpre seguir esta estrela com a fé, a generosidade e a prontidão dos Magos; então ela nos conduzirá infalivelmente ao encontro com Deus, levá-lo-á àquele que seu coração procura com amor sincero.

 

62.ª mensagem: Estar com Jesus.

 

Quão felizes foram os dias que os Magos passaram em Belém, perto do Menino Deus! Sob o influxo desse divino sol da santidade incriada e encarnada, a sua fé se vivificou e fortificou singularmente, e seu fervor cresceu na visita ao amado Menino. Quantas luzes e inefáveis consolações não receberam então! “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

Feliz da pessoa que despreza as coisas caducas e passageiras desse mundo para viver na amizade de Jesus Cristo... quem possui Jesus não necessita das vaidades desse mundo passageiro: “Estar com Jesus é doce Paraíso” (Tomás de Kempis).

 

63.ª mensagem: Agradecer a Jesus Cristo.

 

Os Santo Reis não cessavam de agradecer a Jesus Cristo que os chamara de preferência a todos os pagãos, dando-lhes a ventura de O conhecer, adorar, amar e consagrar-se a Ele. Quantas vezes reiteraram o oferecimento de seu coração, de sua vontade, de seus bens, de sua pessoa, para testemunharem ao Salvador o seu inteiro devotamento! “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”(Mt 2, 10-12).

Devemos agradecer continuamente a Deus pelas graças recebidas e pedir-lhe perdão pelas ingratidões e indiferenças. Sabemos que a ingratidão é um vício horroroso e monstruoso, a delicadeza de sentimentos vai se tornando cada vez mais rara. Vivemos no século da ingratidão. A maior ingratidão é para com Deus. Poucas pessoas exclamam como Davi: “Como retribuirei ao Senhor, todo o bem que me fez?” (Sl 116,12 – Bíblia de Jerusalém).

 

64.ª mensagem: O bom exemplo da Virgem Maria e de São José.

 

A Virgem Maria e São José contribuíam, com seus santos entretenimentos, a aumentar nos Magos os sentimentos de respeito, confiança e de amor de que estavam penetrados. “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

Devemos aproximar as pessoas do caminho da salvação, principalmente com o bom exemplo: “Não existe meio mais certo e eficaz para exercer influência direta sobre o próximo do que o bom exemplo” (Pe. Bernhard Häring).

 

65.ª mensagem: Falar de Jesus Cristo ao próximo.

 

Com saudades, os Santos Reis, deixam Belém, o que também nós deveríamos fazem em nossas visitas a Jesus. Ao voltarem para suas terras, tomam outro caminho, ensinando-nos assim a nos tornar melhores em nossas conversas com Jesus nas igrejas. – Chegados a seus lares, apressam-se a publicar o nascimento do messias prometido e a conquistar amigos e discípulos para Jesus Cristo. A sua conduta confirma-lhes as palavras. Todos se enchem de admiração ao vê-los tão humildes, tão pacientes, tão caridosos, tão recolhidos, tão assíduos à oração, tão cheios de fervor em propagar a verdadeira crença no Messias.  “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

Isso deveria operar em nós o frequente contato de nossa alma com Jesus Cristo. Nos nossos santuários achamos o que os Magos encontraram em Belém: 1.º Santos conselhos dados pelos lábios sacerdotais no confessionário e no púlpito. 2.º Doces entretenimentos com Maria e José em suas imagens. 3.º Inúmeras graças por parte do Salvador presente sobre os altares ou nos tabernáculos.

 

66.ª mensagem: Não percorrer o mesmo caminho.

 

Os Magos, ao voltar ao seu país por outro caminho, nos ensinam uma grande lição. Nossa pátria é o Paraíso. Depois de ter conhecido a Jesus, nos está proibido voltar a esta pátria pelo mesmo caminho que viemos percorrendo. Portanto, nos distanciamos desta pátria pelo orgulho, a desobediência, o apego às coisas visíveis e comendo o fruto proibido. E não podemos voltar a ela senão pelo caminho das lágrimas, da obediência, do desprezo das coisas visíveis e refreando os apetites da carne (São Gregório Magno). “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

 

67.º mensagem: Quem abandona a Cristo volta a Satanás.

 

Não era possível que os que tinham vindo de Herodes a Cristo, voltassem de Cristo a Herodes. E verdadeiramente, os que, tendo abandonado a Cristo pelo pecado se voltam a Satanás, pela penitência retornam a Cristo. Porque quem esteve na inocência quando não sabia o que era o mal, facilmente é enganado, mas quando há experimentado o mal no qual há caído e recorda o bem que há perdido, volta com arrependimento a Deus. Porém, quem havendo abandonado ao diabo, volta-se a Cristo, dificilmente volta ao diabo; porque enquanto regozija-se com o bem que há encontrado e lembra-se dos males de que se livrou, dificilmente volta ao mal (Pseudo-Crisóstomo). “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

 

68.º mensagem: Onde está Jesus, aí está Maria.

 

Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. É próprio da natureza humana servir-se de medianeiros. Quem está mais nas condições de ser medianeiro do que a Mãe de Jesus Cristo? “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região” (Mt 2, 10-12).

Adoremos a Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor... veneremos a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa. Nossa Senhora é infinitamente inferior a Deus... mas deve ser amada e respeitada. Ela é o caminho seguro para o Senhor.

 

69.º mensagem: Fé dos Santos Reis.

 

Prostrando-se O adoraram... Os Magos deram a conhecer sua fé, seu respeito, seu amor, prostrando-se por terra. Ainda que valham mais as disposições internas, não deve ser desprezado o culto externo. A falta de reverência externa é prova de fraqueza da fé e de coração frio. “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”(Mt 2, 10-12).

Não podemos negar ao Criador o que reclamam os altos personagens da terra. Como costumamos dobrar os joelhos, persignar-nos e fazer os demais gestos de piedade?

 

70.º mensagem: Cumprir os propósitos.

 

Os Magos retiraram-se do presépio dando execução às santas deliberações ali tomadas. Prova-o sua vida, daí em diante toda santa. “Eles, revendo a estrela, alegraram- se imensamente. Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho para a sua região”(Mt 2, 10-12).

Como nos retiramos diante do colóquio com Deus, da Santa Comunhão e da Confissão? Como procedemos depois? Com firmes propósitos ou com indiferença? Com fervor ou com frieza? Não é a abundância de bons propósitos que nos farão progredir, mas antes a fiel execução do necessário.

 

OBS: Essa pregação não está concluída; assim que “surgirem” novas mensagens as acrescentaremos.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 31 de outubro de 2016

 

 

Bibliografia

 

Sagrada Escritura

Didaqué, 12, 1

São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, 139

Pe. Francisco Fernández Carvajal, Vida de Jesus; Falar com Deus

Bento XVI, Homilia

São João Crisóstomo, Homilia sobre São Mateus

São Josemaría Escrivá, Cristo que passa 32 e 35 e outros

Pe. João Colombo, Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos Santos

Pe. Bernhard Häring, Das Gesetz Christi

Edições Theologica

La glosa

Frei Pedro Sinzig, Breves meditações para todos os dias do ano

Pe. Luís Bronchain, Meditações para todos os dias do ano

Concílio de Trento, De SS. Eucharistia, cap. 5

Tomás de Kempis, Imitação de Cristo

R. Garrigou-Lagrange, Escritos

Pe. Juan de Maldonado, Comentários aos quatro Evangelhos

Pe. Juan Leal, A Sagrada Escritura

Santo Epifânio, Escritos

São Boaventura, Escritos

Santa Maria Madalena de Pazzi, Escritos

Dom Rafael Llano Cifuentes, Escritos

Pe. Antônio Vieira, Escritos

Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina

São Bernardo de Claraval, Na Epifania do Senhor, 1, 5

Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo e A verdadeira esposa de Jesus Cristo

Frei Luís de Granada, Vida de Jesus Cristo

Bacci, Vita, 1. 2, c. 8, n.º 4: S. Felipe Neri

Pe. João Batista Lehmann, Euntes... Praedicate!

São Francisco de Sales, Tratado do Amor de Deus

Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de luz

Santo Astério de Amaséia, Escritos

São Quodvultdeus, Sermões

Pseudo-Crisóstomo, Opus Imperfectum super Matthaeum, Hom. 2

Santo Agostinho, Sermão da Epifania

São Gregório Magno, Homiliae in Evangelia

Santa Teresa dos Andes, Cartas

São Cipriano, Escritos

M. Hamon, Meditações para todos os dias do ano

Bem-aventurado Columba Marmion, Jesus Cristo: Ideal do monge

São Leão Magno, in sermone 4 e 6 de Epiphania

 

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Vieram magos do Oriente”
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