 |
||||||||||||||||||||||||||||||
|
...QUE TINHAM VISTO E OUVIDO... (Lc 2, 20)
“E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito”.
Os pastores foram até Belém para adorar o Menino Jesus... mas depois voltaram para cuidar do rebanho. É preciso saber conciliar oração e trabalho. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20). A devoção, se verdadeira e sincera, não destrói absolutamente nada, mas tudo consuma e aperfeiçoa. E quando se opõe à vocação e ao estado legítimo de alguém, sem dúvida alguma, é falsa. A abelha recolhe seu mel das flores de modo a não estragá-las ou destruí-las, deixando-as íntegras, imaculadas e novas como as encontrou. A verdadeira devoção ainda faz melhor: não só não destrói nenhuma espécie de vocação ou ofício, mas ainda os orna e embeleza... Portanto, onde quer que estejamos, devemos e podemos aspirar à vida perfeita (São Francisco de Sales).
Os pastores não voltaram calados e se escondendo; mas sim, glorificando e louvando a Deus... sem respeito humano. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20). A nossa atitude deve ser clara, coerente com a fé que professamos. Assusta o mal que podemos causar se nos deixamos arrastar pelo medo ou pela vergonha de nos mostrarmos como cristãos na vida diária. Não deixemos de manifestar a nossa fé com simplicidade e naturalidade, quando a situação o requeira. Uma vida coerente com as convicções mais íntimas merece o respeito de todos e não raras vezes é o caminho de que Deus se serve para atrair muitas pessoas à fé. O bom exemplo sempre deixa plantada uma boa semente que, em mais ou menos tempo, dará o seu fruto. Que enorme bem faremos aos outros se a nossa vida for coerente com os nossos princípios cristãos! Que alegria terá o Senhor quando nos vir como verdadeiros discípulos seus, que não se escondem nem se envergonhem de sê-lo! (Pe. Francisco Fernández Carvajal). “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Deus escolheu uma virgem judia de quinze anos, chamada Maria, descendente do grande rei Davi, que vivia obscuramente com seus pais na aldeia de Nazaré. Sob o impulso da graça, Maria tinha oferecido a Deus a sua virgindade, coisa que fazia parte do desígnio divino sobre ela. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Querida e amada por Deus desde toda a eternidade como Mãe de seu Unigênito, ocupa Maria o primeiro lugar entre os que o Pai “escolheu em Cristo, antes da criação do mundo, para serem santos e imaculados diante dele” (Ef 1, 4). Em primeiro lugar, pela singular plenitude da graça e santidade com que Deus a adornou desde sua imaculada conceição. Em segundo lugar, porque previsto pelo Altíssimo juntamente com a Encarnação do Verbo, antes de qualquer outra criatura. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Depois da Encarnação do Verbo foi esta a obra mais formosa e mais digna de si, feita pelo Onipotente neste mundo. Uma maravilha excedida somente pelo próprio Criador. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
A Santíssima Virgem foi escolhida para ser Mãe de Deus, e, para tanto, o Altíssimo capacitou-a com a sua graça. Antes de ser Mãe, foi Maria adornada de uma santidade tão perfeita que a pôs à altura dessa grande dignidade. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Basta o fato de Jesus Cristo ter existido antes dela, de forma que foi o único filho capaz de escolher sua Mãe. Nosso Senhor escolheu, como qualquer filho teria feito, a mãe mais adequada para Ele. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
São João Damasceno escreve: “Conhecemos São Joaquim e Santa Ana pelos seus frutos: a Virgem Maria é o grande fruto que deram à humanidade”. São Joaquim e Santa Ana tiveram o imenso privilégio de acolher e cuidar da Mãe de Deus. Recebeu no lar formado por seus pais todo o tesouro de tradições da casa de Davi que passavam de uma geração para outra; foi nele que aprendeu a dirigir-se ao seu Pai-Deus com imensa piedade e conheceu as profecias relativas à chegada do Messias. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Ao mesmo tempo em que a menina recebia no seio de Santa Ana a graça santificante, era-lhe dado também o perfeito uso da razão. A ela se uniu uma grande luz divina, correspondente à graça com que fora enriquecida. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Deus a preservou do pecado original, e lhe outorgou, já no primeiro instante da sua vida, a graça santificante. Como Maria Santíssima foi escolhida a ser Mãe do Filho de Deus, em nenhum instante da sua vida ficou sob o domínio do pecado. Ela não estava livre só da culpa original, mas de todo movimento desordenado, de toda distração, de toda rebelião dos sentidos e de tudo que lhe pudesse impedir o adiantamento no divino amor. Maria Santíssima é a mais pura e a mais santa entre todas as mulheres. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
A Virgem Maria é a mulher escolhida por Deus para tornar-se a Mãe do Verbo Encarnado, nosso Salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Jesus Cristo: “Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus” (Lc 1, 31). “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
São João Damasceno escreve: “Aos três anos de idade foi esta apresentada no Templo, para que, juntamente com as outras virgens, no exercício da piedade e do trabalho se preparasse desde então para ser digna Mãe do Salvador do mundo”. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
A Virgem Maria realiza da maneira mais perfeita a obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo Anjo Gabriel, acreditando que “nada é impossível a Deus” (Lc 1, 37), e dando seu consentimento: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Isabel a saudou: “Bem-aventurada a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1, 45). É em virtude desta fé que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
“Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Eis a resposta mais bela, mais humilde e mais prudente, que nem toda a sabedoria dos homens e dos anjos juntamente teria podido inventar, se nela pensassem por um milhão de anos! Ó resposta poderosa que alegraste o céu e trouxeste à terra um mar imenso de graças e de bens! Resposta que, apenas saída do humilde coração de Maria, atraíste do seio do Eterno Pai o Unigênito Filho, para fazê-lo homem no seio puríssimo da Virgem. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as suas graças e chamou-as Maria. Este grande Deus tem um tesouro, um depósito riquíssimo, onde encerrou tudo que há de belo, brilhante, raro e precioso, até seu próprio Filho; e este tesouro imenso é Nossa Senhora. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Nasceu como homem! Com lágrimas nos olhos, com dores no delicado corpo, com frio em todos os membros e com falta de tudo! As crianças choram de dor, mas Jesus Menino não chora de dor, mas de compaixão para conosco e de amor. Jesus chorava e oferecia as suas lágrimas ao Pai Eterno, para obter para nós o perdão dos nossos pecados. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
O Senhor nasceu como servo e não como rei, nasceu na humilhação, nasceu com toda a sua divina grandeza encoberta. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Nasceu numa gruta úmida e fria, onde faltava o aconchego do lar doméstico, um berço, o asseio... faltava tudo! “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Nasceu nas horas mortas da noite, quando todos dormiam, quando ninguém o esperava, quando os homens, cansados uns do trabalho, outros dos divertimentos, se entregavam ao sono. Não esperou que fosse dia para nascer, a fim de não ser visto e conhecido. Nasceu de noite para que, despertando a humanidade com o raiar da aurora, encontrasse já nascido o Sol de Israel que lhe vinha trazer a salvação. Porque vinha ser a luz do mundo, o Sol esplendoroso que vinha dissipar as sombras que pesavam sobre os homens desde que o paraíso se fechou. Para mostrar que era bem escura a noite em que vivia todo o gênero humano, e que essa noite ia ter o seu fim com o amanhecer do solene dia da redenção. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Para que nós tenhamos por melhor que o nosso nome seja desconhecido; e para que vendo-nos desprezados dos homens, nos consolemos com o seu exemplo. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
1.º Quis desta forma mostrar-nos a sua propensão e facilidade em dar-nos os seus bens. 2.º Quis afastar de nós todo o temor ao vermo-lo reduzido, por assim dizer, a um estado de impotência para nos castigar pelos nossos pecados. 3.º Para se fazer amar por nós, não somente de apreço, senão de ternura. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Para nos ensinar que não devemos prender o nosso coração às riquezas do mundo. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
O sono do Menino Jesus era muito diferente do sono das outras crianças. Enquanto dormia seu corpo, a alma unida à Pessoa do Verbo velava. Desde então pensava nas penas que devia depois sofrer por nosso amor. O sono das crianças é útil à conservação da vida; não, porém, quanto às operações da alma, porque esta, privada do uso dos sentidos, fica reduzida à inatividade. Não foi assim o sono do Menino Jesus. O corpo repousava; velava, porém a alma, que em Jesus era unida à Pessoa do Verbo, que não podia dormir, nem ficar adormecida pela inatividade dos sentidos. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Dormia, pois, o Santo Menino, mas enquanto dormia, pensava em todos os padecimentos que teria de sofrer por nosso amor no correr de toda a sua vida e na hora da sua morte. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
Escolhido pelo Espírito Santo, São José foi o guarda da pureza virginal da rainha dos anjos, a pureza mais perfeita que jamais houve sobre a terra. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
São José foi um anjo em corpo mortal, diz Cornélio a Lápide. Sua união com Maria acrescentou um novo brilho à sua virgindade. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
São José amava a sua virginal esposa com um amor puro, sobrenatural, como a mais sublime imagem de Deus entre as simples criaturas. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
A Santíssima Virgem amava ternamente a seu esposo, como ao eleito do Espírito Santo, que o chama homem justo, isto é, santo. Amava-o, sobretudo, por ser ele o pai nutrício de Jesus Cristo, pois era em Jesus que essas duas almas virginais se uniam pela graça sem nenhuma sombra de amor sensual, nem mesmo imperfeito. “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
“Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, seu esposo, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: ‘José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo…”’ (Mt 1, 18-20). “E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora dito” (Lc 2, 20).
OBS: Essa pregação não está concluída; assim que “surgirem” novas mensagens as acrescentaremos.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) Anápolis, 22 de novembro de 2017
|
||||||||||||||||||||||||||||||
|
|
||||||||||||||||||||||||||||||
|
|
