LUGAR DESERTO,
AFASTADO
Mt 14, 20:
“... partiu dali, de barco, para
um lugar deserto, afastado”.
I.
Jesus querido, Tu vais de barco... nós vamos a pé:
tropeçando nas pedras, passando sobre espinheiros,
escorregando em pedregulhos... esse é o caminho
dos amigos do Senhor. Se é para te seguir, pouco importa
os incômodos da viagem:
“É na luta que
provamos a Deus nosso amor, bem como na aceitação das
dores que nos incomoda”
(São João Maria Vianney).
II.
Amigo bondoso,
Tu navegas pelo lago... esse mundo também é um lago...
lago agitado, perigoso e traiçoeiro... vem Senhor, vem
para o barco de nossa alma... vem protegê-lo e livrá-lo do
naufrágio... Se Tu estiveres conosco, navegaremos
tranquilos, porque o Senhor é o verdadeiro amigo:
“Quem
entrou na amizade com Jesus, pôs-se no caminho da
salvação, porque ser amigo de Jesus é ser amigo de Deus,
do bem e da virtude”
(Pe. Alexandrino Monteiro).
III.
Luz eterna, Tu
vais de barco... não longe da margem. Vamos a pé... a pé e
com os olhos fixos em Ti... os obstáculos não nos impedem
de olhar para o Senhor... o caminho é difícil, mas Tu nos
fortalece e seguimos em frente:
“Tudo posso
naquele que me fortalece”
(Fl 4, 13).
IV.
Amável Cordeiro,
Tu
estás se aproximando do lugar deserto... afastado...
silencioso... Senhor, leva-nos para esse lugar... queremos
viver aí Contigo, longe das criaturas... estar unido a Ti,
no silêncio, é a maior felicidade:
“Estar com Jesus é
doce Paraíso”
(Tomás de Kempis).
V.
Deus infinito,
leva-nos para esse lugar deserto e afastado... a nossa
alma é imortal e esse mundo vazio e barulhento não pode
saciá-la do amor verdadeiro:
“Vi que a
felicidade no mundo não existe, sempre seu trato me deixa
um vazio que Nosso Senhor enche por completo quando estou
com Ele na igreja”
(Santa Teresa dos Andes).
VI.
Beleza eterna,
no silêncio... longe de tudo e de todos nos unimos a Ti...
te escutamos e nos calamos... já não necessitamos de nada,
porque Tu enches a nossa alma da verdadeira paz:
“Para
que serve a solidão material se não houver a solidão da
alma?”
(São Gregório Magno).
VII.
Pastor zeloso,
conduz suas pobres ovelhas para um lugar deserto,
afastado... queremos viver escondidos em Ti... viver sob a
proteção do Pastor verdadeiro e amigo. Nesse prado
distante ouviremos somente a Ti... contemplaremos somente
a sua Santíssima face... longe dos ruídos do mundo... no
silêncio, total silêncio, doce silêncio... silêncio dos
lábios e do coração:
“O silêncio dos
lábios seria de pouca utilidade se não viesse
acrescentar-se o silêncio do coração”
(Bem-aventurado Columba Marmion).
Pe.
Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 24 de julho de 2011
Veja também:
Primeira
multiplicação dos pães
Segunda
multiplicação dos pães
Tomado de
compaixão