RESSUSCITEMOS COM CRISTO
“Não temais! Sei que estais procurando Jesus, o crucificado.
Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito”
(Mt 28, 5-6).
É
madrugada! “Ele não está aqui, pois
ressuscitou, conforme havia dito”.
Está escuro! “Ele
não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito”.
A pesada pedra já fora removida! “Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito”.
As mulheres chegam ao sepulcro! “Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito”.
Elas tremem e se alegram ao mesmo tempo!
“Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito”.
“Nas sepulturas dos homens há sempre escrito: ‘Aqui jaz...,
aqui dorme... aqui repousa...’ Mas na sepultura de Jesus
Cristo o anjo diz: ‘Não jaz aqui... não dorme aqui... aqui
não repousa...”
(Pe.
João Colombo).
Cristo
ressuscitado não está mais no sepulcro! Ele ressuscitou
conforme havia dito.
Se Nosso
Senhor ressuscitou, nós também devemos ressuscitar, no
espírito, para uma vida nova:
“... como Cristo
foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
também nós vivamos vida nova”
(Rm 6, 4).
O Senhor não
está mais na escuridão do túmulo! Saiamos nós do sepulcro do
pecado e busquemos a santidade de vida, isto é, iluminemos a
todos com o nosso exemplo:
“Ó Pai nosso, fazei
que sejamos vossos templos em que os homens possam
reconhecer vossa presença. A nossa conduta não traia o vosso
Espírito! Tornastes-nos celestes e espirituais, ajudai-nos a
pensar e a fazer sempre o que é celeste e espiritual”
(São Cipriano, De Dominica Oratione 11).
Que sentido
teria a Páscoa para um católico, se o mesmo permanecesse,
como acontece com milhões, adormecido no túmulo dos vícios?
Será que a leitura de um calendário litúrgico garante a
salvação a alguém? Saber que está no tempo pascal, já é o
suficiente para santificar um católico?
Hoje, milhões
de católicos carregam o calendário litúrgico na ponta da
língua, enquanto que Satanás ocupa os seus corações. Que
atraso de vida! São os católicos “mumificados”. Haja
sarcófagos!
Cristo Jesus,
Luz Eterna, convida-os para o caminho do bem; mas eles, como
bodes rebeldes, preferem enveredar pelo caminho da perdição.
A ressurreição
espiritual que todo cristão deve em si operar é o princípio
da gloriosa ressurreição dos nossos corpos:
“Eis que vos dou a
conhecer um mistério: nem todos morreremos, mas todos
seremos transformados”
(1 Cor 15,
51).
Nosso Senhor
morreu e ressuscitou por nós! Não fiquemos indiferentes
diante de Cristo ressuscitado, mas comecemos agora uma vida
nova:
“Antes
é necessário destruir a velha vida; aquela em que o pecado
nos endureceu e nos fechou como uma semente. Precisamos,
pois, deixar-nos cair no sulco debaixo da terra, ou seja,
retirar-nos no silêncio da igreja e na oração, e decidirmos
o que é preciso fazer para a nossa salvação eterna. Decidir
com firmeza e com coragem, se quisermos verdadeiramente
ressurgir”
(Pe. João Colombo).
Nosso Senhor
morreu e ressuscitou por nós! Arranquemos do nosso coração
tudo aquilo que o torna obscuro diante da Luz Eterna:
“Não importa se for
preciso deixarmos certos hábitos que nos são caros ou
cômodos; não importa se formos forçados ao duro jugo da
mortificação nos nossos sentidos, e se nos parecer que
morremos, como o grãozinho de trigo. Para fora do nosso
coração afetos ou relações impuras; basta daqueles lugares,
daquelas amizades, daqueles divertimentos; basta dos ódios,
dos ciúmes, da avidez do dinheiro, ou dos bens alheios. É
preciso ressurgirmos!”
(Pe. João Colombo).
Ressuscitemos
com Cristo! Esforcemo-nos para colocar em prática os
mandamentos da Lei de Deus e da Igreja, para receber
dignamente os Sacramentos, para praticarmos as obras de
misericórdia e para vivermos as bem-aventuranças.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Anápolis, 24 de abril de 2007
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