VOLTARAM PARA CASA
(Jo 20, 10)
“Os discípulos,
então, voltaram para casa”.
“... voltaram
para casa”,
seguramente se reuniram com os outros apóstolos. Pois se a
frase usada no texto pode significar que Pedro e João vão ao
alojamento, de fato, na tarde do mesmo dia aparecem todos os
apóstolos reunidos no mesmo lugar (Jo 20, 19).
Trata-se provavelmente do cenáculo.
Voltaram
para casa...
seguramente para meditar, em silêncio e na solidão, os
grandes mistérios que se acabaram de realizar e dos quais
foram testemunhas.
São Pedro e São
João. Pedro, o chefe da Igreja, cujo coração sangra de dor
por ter negado o Senhor. João, o amado de Jesus Cristo, o
grande teólogo que “bebeu” no peito do Senhor
(reclinou a cabeça) e em seu diálogo íntimo com Ele
as profundas coisas de Deus. São a
autoridade (Pedro) e a doutrina
(João). Não podia a Igreja ter melhores alicerces
que o testemunho destes homens que conviveram com Jesus
Cristo, que presenciaram todos os acontecimentos de sua vida
pública, de sua morte e de sua ressurreição, cujas mãos, no
dizer de um deles, apalparam as coisas do Verbo da vida
(1 Jo 1, 1). Os que possuem missão de autoridade ou de
doutrina, não só na ordem ministerial, mas por lei da
natureza ou do estado, deveriam entrar na casa de seu
espírito para tornar maduro nela as coisas de Deus, e
adquirir aquela convicção, serenidade e segurança que darão
maior prestígio ao seu cargo e maior eficácia às suas
funções.
“Os discípulos,
então, voltaram para casa”.
Depois de VER e CRER, foram
buscar um lugar SILENCIOSO para MEDITAR.
O católico
TEM o DEVER de VER, CRER, VIVER
e APROFUNDAR através da MEDITAÇÃO
e ESTUDO nos ENSINAMENTOS da
IGREJA CATÓLICA:
“Quem não medita as
verdades eternas não pode, a não ser por milagre, viver como
cristão” (João
Gerson), e:
“... sem meditação não há luz e se caminha na escuridão. As
verdades da fé não se enxergam com os olhos do corpo, mas
com os olhos da alma, quando nosso espírito as medita. Quem
não faz meditação sobre as verdades eternas, não pode vê-las
e por isso anda no escuro, facilmente se apega às coisas
sensíveis e por causa delas despreza os bens eternos”
(Santo Afonso Maria de Ligório), e
também:
“Quem não medita, em pouco tempo se torna um animal ou um
demônio” (Santa
Teresa de Jesus, Moradas primeiras, c. I, Obras, IV, p. 10).
O católico IGNORANTE... que não
conhece a DOUTRINA da IGREJA...
é um ÍDOLO de TRISTEZA: tem boca
para evangelizar e permanece mudo... tem olhos para ver o
que o próximo necessita e mantém os mesmos fechados... tem
ouvidos e não ouve... tem pés para caminhar e anunciar o
Evangelho, mas não o faz por causa da ignorância... É,
realmente, um ÍDOLO de TRISTEZA
e de AMARGURA.
Pe. Divino Antônio
Lopes FP (C)
Anápolis, 22 de
abril de 2014
Bibliografia
Sagrada Escritura
Pe. Manuel de Tuya,
Bíblia comentada
Flávio Josefo,
Antiq. VIII 4, 6
João Gerson,
Escritos
Santo Afonso Maria de Ligório, A Prática do
amor a Jesus Cristo, Capítulo VIII
Bem-aventurado José Allamano, A Vida
Espiritual
Santa Teresa de Jesus, Moradas primeiras, c.
I, Obras, IV, p. 10
Dom Duarte
Leopoldo, Concordância dos Santos Evangelhos
Dom Isidro Gomá y
Tomás, O Evangelho Explicado
Bíblia Sagrada,
Pontifício Instituto Bíblico de Roma
Pe. Juan Leal, A
Sagrada Escritura (texto e
comentário)
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