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					VIU DOIS ANJOS 
					
					(Jo 20, 12) 
					  
					
					“... e viu dois 
					anjos, vestidos de branco, sentados no lugar onde o corpo de 
					Jesus fora colocado, um à cabeceira e outro aos pés”. 
					  
					
					  
					  
					
					Maria Madalena 
					INCLINOU-SE e VIU DOIS ANJOS 
					vestidos de BRANCO. A presença destes na 
					ressurreição de Jesus Cristo é uma constante 
					histórico-didática, com muitas variantes de 
					número, aparição e descrição; o que supõe uma 
					consciente reelaboração descritiva. 
					
					Esses ANJOS 
					aparecem aqui SENTADOS à cabeceira 
					e pés do túmulo funerário. 
					
					DOIS ANJOS, 
					provavelmente os mesmos que haviam visto antes suas 
					companheiras (Lc 24, 4), todavia, esta visão é 
					diferente da que recordam os três sinópticos. 
					Esses ANJOS vistos por Maria Madalena estão 
					sentados sobre o banco de pedra em que havia estado o corpo 
					de Jesus Cristo, cada um num extremo, como fazendo a 
					guarda e como testemunhas da ressurreição. 
					
					Santo Agostinho 
					comenta: 
					“Porque se sentava um à cabeceira e outro aos 
					pés? A palavra Anjos é grega e em latim significa núncios. 
					Seria porque deste modo os Anjos significavam que o 
					Evangelho de Cristo havia de ser anunciado desde a cabeça 
					até aos pés, desde o princípio até ao fim?” 
					
					Maria Madalena 
					VIU DOIS ANJOS: prêmio pela sua 
					firmeza e perseverança... visão que 
					Pedro e João não tiveram. 
					
					A BRANCURA 
					das VESTES dos ANJOS já é o 
					presságio da alegria e do 
					triunfo. 
					
					São Gregório Magno 
					escreve: 
					“Buscou, pois, o corpo do Senhor, e não o 
					encontrou. Perseverou em buscá-lo, e sucedeu que o 
					encontrou; porque crescendo os desejos com a demora, 
					encontrou o que buscava. Os desejos santos aumentam com a 
					tardança; porém, se desfalecessem, não seriam verdadeiros 
					desejos. Observemos como realizou a força do amor nessa 
					mulher, que depois de examinar o sepulcro volta a 
					inclinar-se, redobrando o trabalho de investigação. Segue: 
					‘... e viu dois anjos, vestidos de branco’”, 
					e:
					
					“Como o espírito desta mulher não se havia elevado a 
					compreender a ressurreição ao ver os sudários, se encontra 
					com dois anjos em traje de festa, a fim de que se console 
					das dores da paixão”
					(São João Crisóstomo), e também:
					“Um 
					anjo senta-se à cabeceira, quando os Apóstolos pregam: ‘No 
					princípio era o Verbo’ (Jo 1, 1), e o outro aos pés, quando 
					se diz: ‘E o Verbo se fez carne’ (Jo 1, 14). Podemos também 
					entender pelos dois anjos os dois Testamentos que anunciam o 
					Senhor, em sentido igual, encarnado, morto e ressuscitado, 
					colocado o Antigo à cabeça e o Novo aos pés” 
					(São Gregório Magno). 
					
					Santa Maria 
					Madalena nos ensina a buscar Jesus Cristo com
					PERSEVERANÇA... sem RETROCEDER... sem VOLTAR para 
					TRÁS... sem RECUAR: 
					“Retirar-se do bem 
					começado, do caminho da fé e do seguimento de Cristo, quer 
					dizer pôr em perigo a própria salvação... Quem retrocede 
					condena-se voluntariamente e jamais atingirá a meta: é um 
					fraco, um vil e desertor; enquanto deve o cristão ser forte, 
					intrépido e perseverante”
					(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena). 
					  
					
					Pe. Divino Antônio 
					Lopes FP (C) 
					
					Anápolis, 23 de 
					abril de 2014 
					  
					  
					
					Bibliografia 
					  
					
					Sagrada Escritura 
					
					Pe. Manuel de Tuya, 
					Bíblia comentada 
					
					São Gregório 
					Magno, Escritos 
					
					Descamps, Escritos 
					
					Pe. Gabriel de 
					Santa Maria Madalena, Intimidade Divina 
					
					Santo Agostinho, 
					Escritos 
					
					São João 
					Crisóstomo, Escritos 
					
					Dom Duarte 
					Leopoldo, Concordância dos Santos Evangelhos 
					
					Dom Isidro Gomá y 
					Tomás, O Evangelho Explicado 
					
					Bíblia Sagrada, 
					Pontifício Instituto Bíblico de Roma 
					
					Pe. Juan Leal, A 
					Sagrada Escritura (texto e 
					comentário) 
					  
					  
					  
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