Maria chorando
 

 

MULHER, POR QUE CHORAS?

(Jo 20, 13)

 

“Disseram-lhe então: ‘Mulher, por que choras?’”

 

 

Os ANJOS disseram-lhe: MULHER... título de RESPEITO (cf. Jo 2, 4).

MULHER é um título respeitoso, que era equivalente a “senhora”, uma maneira de falar em tom solene.

Os DOIS ANJOS trataram de CONSOLAR Maria Madalena: “Mulher, por que choras?” Ela, preocupada em LEMBRAR-SE do Senhor e porque ACREDITAVA que haviam roubado o corpo d’Ele, respondeu aos ANJOS: ... levaram o meu Senhor.

Santo Agostinho comenta: “Os Anjos faziam parar as lágrimas. Que anunciavam eles, senão o futuro gozo? Pois disseram: Porque choras?... como se dissessem: ‘Não chores’”, e: “Ao aparecer os anjos, nada falam da ressurreição; mas entram suavemente nesta matéria, e para que a mulher não se assustasse vendo-os... em traje de  festa, lhe dirigem palavras de compaixão. Por isso segue: ‘Dizem-lhe: Mulher, por que choras?’ Os anjos enxugaram suas lágrimas anunciando-lhe uma alegre notícia, e por isso disseram-lhe, por que choras?... como se lhe dissessem: Não chores mais” (São João Crisóstomo), e também: “As Santas Escrituras avivam em nós o amor; nos consolam quando nos prometem a esperança de nosso Redentor” (São Gregório Magno).

Santa Maria Madalena não fugiu dos Anjos, mas DIALOGOU com eles.

Sejamos devotos dos Santos Anjos.

É doutrina comum que todos e cada um dos homens, batizados ou não, têm o seu Anjo da Guarda. A sua missão começa no instante da concepção de cada homem. E prolonga-se até o momento da morte.

Nós devemos tratar os anjos com naturalidade e confiança, e serão muitas as vezes em que nos surpreenderemos com o auxílio que nos prestam nas lutas contra o Maligno.

Os Anjos da Guarda têm a missão de ajudar cada homem a alcançar o seu fim sobrenatural. É missão dele auxiliar o homem contra todas as tentações e perigos e suscitar no seu coração boas inspirações. Eles são nossos intercessores, nossos protetores, e prestam-nos a sua ajuda quando os invocamos.

O Anjo da Guarda pode prestar-nos também ajudas materiais, se forem convenientes para o nosso fim sobrenatural ou para o dos outros. Não tenhamos receio de pedir-lhes o seu favor nas pequenas coisas materiais de que necessitamos diariamente.

O nosso relacionamento com o Anjo da Guarda deve ser igual ao que temos com um amigo íntimo. Ele está sempre atento, constantemente disposto a prestar-nos o seu auxílio, se lhe pedimos que intervenha.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 23 de abril de 2014

 

 

Bibliografia

 

Sagrada Escritura

Pe. Manuel de Tuya, Bíblia comentada

São Gregório Magno, Escritos

Santo Agostinho, Escritos

Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus

São João Crisóstomo, Escritos

Dom Duarte Leopoldo, Concordância dos Santos Evangelhos

Dom Isidro Gomá y Tomás, O Evangelho Explicado

Bíblia Sagrada, Pontifício Instituto Bíblico de Roma

Pe. Juan Leal, A Sagrada Escritura (texto e comentário)

 

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Mulher, por que choras?”

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