|  
                       
					
					A PAZ ESTEJA CONVOSCO! 
					
					(Jo 20, 21) 
					  
					
					“Ele lhes disse 
					de novo: ‘A paz esteja convosco!’”. 
					  
					
					
					  
					  
					
					Depois que O 
					conheceram, como se a saudação dita antes não tivesse sido 
					aproveitada, porque haviam recebido a saudação, não como de 
					Jesus Cristo, mas como de um FANTASMA ou de um
					ESPÍRITO. Portanto, essa REPETIÇÃO 
					(disse de NOVO) tem força confirmatória, 
					com dizem Santo Agostinho e São Beda; e, além 
					disso, indica que a primeira vez que os saudou, por 
					não ter sido recebido como Jesus Cristo, foi 
					em VÃO. A saudação de Jesus Cristo é muito 
					diferente da saudação do mundo. 
					
					“... de novo”. 
					Esta REPETIÇÃO da saudação prova que nos 
					lábios de Jesus Cristo não era SIMPLES SAUDAÇÃO, como 
					fazem as pessoas (Jo 14, 27), mas é dom
					real e profundo. 
					
					ESTAVAM 
					FECHADOS DENTRO DE UMA CASA. 
					Naquela casa fechada está a Igreja nascente, com 
					Cristo vivo e ainda presente segundo sua presença visível: 
					a alegria de que estão inundados os discípulos vai se 
					espalhar por toda a Igreja de todos os séculos, em virtude 
					dos poderes que vai conferi-la. 
					
					Antes de fazê-lo, 
					Jesus Cristo 
					“... lhes disse de novo: ‘A paz esteja 
					convosco!’”. 
					A palavra de Jesus Cristo é EFICAZ 
					(produtiva e eficiente): Eu vim para 
					pacificar os homens com Deus; o primeiro poder que dá aos 
					seus Apóstolos será o de ser continuadores desta obra de 
					pacificação (cf. 2 Cor 5, 18-20). 
					
					“A paz esteja 
					convosco!”. 
					Saúda Jesus Cristo os Apóstolos, na tarde da 
					Ressurreição. Dá a PAZ aos onze 
					amedrontados e assustados pela sua aparição, mas 
					certamente não menos confusos e arrependidos 
					por terem-nO abandonado na Paixão. Morto para 
					destruir o pecado e reconciliar os homens com Deus, 
					oferece-lhes a PAZ para certificá-los do 
					seu perdão e do seu amor que não mudou. 
					
					TODOS NECESSITAM 
					da PAZ ESPIRITUAL. 
					
					Quando uma pessoa regressa de uma LONGA 
					VIAGEM, traz para os seus entes queridos que a 
					espera alguma lembrança daquelas terras 
					desconhecidas e misteriosas. E Jesus Cristo ressurgido, 
					voltando aos seus discípulos que O esperavam, quis 
					trazer-lhes um dom que os fizessem imaginar o quanto se deve 
					gozar no Céu: e esse dom foi a PAZ. 
					
					A PAZ. 
					Eis o grande dom de Deus, eis aquilo que em nossos tempos 
					os homens procuram afanosamente (com esforço), mas em vão. 
					E PAZ não há mais nas famílias, 
					onde as santas leis que a guardavam parecem infringidas. E
					PAZ não há nas nações, que já agora desesperam 
					de consegui-la, pois que a viram desvanecer-se como névoa 
					cada vez que sonharam havê-la abraçado. 
					
					Por isso, hoje em 
					dia, após tantos séculos, das páginas do seu Evangelho 
					ressurge o Mestre Divino, e diz aos homens: 
					Aquilo que em vão tendes procurado está aqui: 
					EU SOU A VOSSA PAZ! 
					
					E, 
					verdadeiramente, só quando Jesus Cristo estiver no 
					meio da nossa mente, no meio do nosso coração, em toda a 
					nossa vida, só então teremos a PAZ. 
					
					Jesus Cristo 
					vive na nossa mente pela fé que acalma toda 
					dúvida e dissipa toda sombra. 
					
					Jesus Cristo 
					vive em nossos corações quando nos havemos confessado e a 
					graça de Deus tornou a sorrir em nós. 
					
					Em 
					Jesus Cristo está toda a nossa vida quando não 
					queremos senão aquilo que Ele quer. 
					
					O MUNDO 
					inimigo de Deus e da santidade não pode dar a verdadeira 
					PAZ: 
					“Dou-vos e vos deixo a minha paz: não faço 
					como o mundo!” 
					(Jo 14, 27). 
					
					Infeliz da pessoa 
					que busca a verdadeira PAZ longe de Jesus 
					Cristo. Essa encontrará somente ANGÚSTIA, VAZIO 
					e INQUIETAÇÃO. 
					
					Quem procura a 
					PAZ nas criaturas jamais a encontrará. Porque as 
					criaturas não são adequadas a contentar um coração. Deus 
					criou o homem para si, infinito bem. Por isso, só Deus pode 
					contentá-lo. Acontece, pois, que muitos, embora cheios de 
					riquezas, de honras, de prazeres terrenos, nunca se sentem 
					contentes. Vão sempre mendigando mais honras, mais bens, 
					mais diversões e, apesar de as receberem, estão sempre 
					conturbados e não têm um dia de verdadeira PAZ. 
					Quando alguém deleita-se em Deus e não busca outro fora 
					d’Ele, Deus mesmo cuidará de contentar todos os pedidos do 
					seu coração. E ele chegará ao feliz estado daquelas almas 
					que só desejam agradar a Deus. 
					
					Loucos são aqueles 
					que dizem: feliz de quem pode fazer o que quiser, de quem 
					pode comandar o outro, de quem pode divertir-se como quiser! 
					Só é feliz quem ama a Deus, quem diz que só Deus lhe basta.
					A experiência nos faz ver que muitos, proclamados como 
					felizes neste mundo pelos homens porque possuem grandes 
					riquezas e dignidades, levam uma vida infeliz e nunca 
					encontram PAZ. 
					
					Quem quiser estar 
					sempre unido a Deus e gozar de contínua PAZ, 
					precisa expulsar do coração tudo o que não é Deus e morrer 
					aos afetos dessa terra. 
					  
					
					Pe. Divino Antônio 
					Lopes FP (C) 
					
					Anápolis, 27 de 
					abril de 2014 
					  
					  
					
					Bibliografia 
					  
					
					Sagrada Escritura 
					
					Pe. Manuel de Tuya, 
					Bíblia comentada 
					
					Pe. Juan de 
					Maldonado, Comentário do Evangelho de São João 
					
					Dom Duarte 
					Leopoldo, Concordância dos Santos Evangelhos 
					
					Pe. Gabriel de 
					Santa Maria Madalena, Intimidade Divina 
					
					Dom Isidro Gomá y 
					Tomás, O Evangelho Explicado 
					
					Pe. João Colombo, 
					Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor 
					e dos Santos 
					
					Santo Afonso Maria 
					de Ligório, Uma estrada de salvação 
					
					Bíblia Sagrada, Pontifício Instituto Bíblico 
					de Roma 
					
					Pe. Juan Leal, A Sagrada Escritura 
					(texto e comentário) 
					  
					  
					  
					 |