Comentando ainda o trecho de Lc 24, 32, sobre o diálogo dos
discípulos de Emaús: “Não
ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos
explicava as Escrituras?”
A voz de Nosso Senhor arde em nosso coração, porque é a voz
do amor eterno. Um coração que anda somente à procura da vaidade do mundo
não se sente aquecido ao ouvir a voz do amor eterno.
Um coração apaixonado por Nosso Senhor deve estar sempre em
chamas, chamas que nascem daquela união perfeita da alma com o Esposo
celeste.
Cristo Jesus deve ser o nosso Doce Hóspede. Quando estivermos
em oração ou missionando, devemos permanecer sempre unidos a Ele. Precisamos
abastecer continuamente o nosso coração, e esse abastecimento acontece
através do diálogo com o Senhor; aquele diálogo atencioso e cheio de amor.
Nosso Senhor se colocou entre os discípulos de Emaús e foi
bem acolhido. Devemos acolher as graças enviadas por Nosso Senhor com o
máximo de gratidão e transformar o coração em um belíssimo e precioso vaso
de cristal, para acolher as graças enviadas pelo bondoso Salvador.
Doce Senhor, queremos caminhar unidos a Ti, nada nos desviará
da Vossa santa amizade.
Queremos ouvir sempre a Vossa voz, porque a mesma aquece o
nosso frio e indiferente coração; queremos que Tu sejas o nosso único Amigo,
porque em Ti não existe traição.
Jesus Querido, transforme o nosso coração em uma brasa
ardente... que ele esteja continuamente em chamas, e assim, ficaremos
saciados da sede de amor que sentimos por Ti.
Senhor, queremos Te acolher com amor e atenção, assim como Tu
foste acolhido pelos discípulos de Emaús. O nosso coração deve estar fechado
para as criaturas e completamente aberto para Ti.
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
Anápolis, 18 de janeiro de 2004
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