“Não ardia o nosso coração quando
ele nos falava?” (Lc 24, 32).
Felizes de vocês, discípulos de Emaús, que conversaram
amigavelmente com o Senhor da vida e que tiveram o coração atingido pelo
fogo do amor que saiu da fornalha ardente de caridade.
Se quisermos que o nosso pobre coração, tão frio e
indiferente, arda de alegria, viremos as costas para a voz do mundo e
dialoguemos piedosamente com Jesus Cristo. Assim como o fogo reduz em cinza
a palha seca, a conversação com o Senhor inflama o coração sedento de Seu
amor.
Abramos o nosso coração e tiremos dele toda a “água turva”,
isto é, tudo aquilo que não agrada a Nosso Senhor; somente assim o mesmo
será aquecido pelo fogo Divino.
Se quisermos que o nosso coração seja uma brasa em nosso
peito, desapeguemo-nos de tudo aquilo que o mundo oferece e dialoguemos
continuamente com Cristo Jesus, fogo Divino.
O diálogo com as criaturas deixa o coração frio e vazio,
enquanto que o diálogo com Cristo o deixa em chamas.
Dialogar com Cristo! Que tempo bem empregado! Que momento de
felicidade e paz... é a criatura que mergulha no Infinito.
É preciso ouvir o Senhor, ouvi-Lo sempre; que feche a nossa
boca e abra o nosso coração para o fogo Divino, e ele arderá de dor e de
amor: de amor por ter encontrado a fonte da verdadeira alegria, e de dor por
ter perdido tanto tempo com as criaturas.
Aquele que ouve com atenção o Senhor receberá contínua
consolação: “Bem-aventurada a alma que ouve
falar-lhe o Senhor e de sua boca recebe palavras de consolação!”
(Tomás de Kempis).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
Anápolis, 20 de abril de 2006
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