“Simão Pedro, ouvindo dizer ‘É o Senhor!’ vestiu sua roupa – porque
estava nu – e atirou-se ao mar”
(Jo 21, 7).
São Pedro estava
tranquilo na barca, mas quando ouviu o apóstolo do amor dizer que era Jesus
Cristo, o Senhor, o mesmo não se conteve; cheio de fé vestiu a sua roupa e
lançou-se ao mar.
Olhemos para Simão
Pedro e imitemos a sua fé. Ele não quis esperar pela barca, penso que a
mesma estava devagar, então resolveu chegar à praia nadando. Às vezes pode
acontecer que convivemos com pessoas que acreditam em Deus, sabe que Ele
existe, mas não fazem nenhum esforço para se aproximar d’Ele; diante dessa
lentidão, precisamos “pular do barco”, isto é, tomarmos uma decisão
de afastar desse tipo de gente que “cozinha o galo” em fogo lento, e
“nadarmos” corajosamente ao encontro de Cristo.
Contemplemos a São
Pedro e imitemos a sua fé. Quando ficou sabendo que era o Senhor que estava
na praia, o mesmo ignorou os perigos oferecidos pelo mar e se atirou nas
águas.
Sabemos que Cristo é
tudo para nós, e que a nossa vida sem Ele não tem sentido; então, cheios de
amor, fé e coragem, enfrentemos todos os obstáculos que surgirem à nossa
frente, principalmente as “ondas” agitadas desse mundo, “oceano”
furioso; olhemos para Ele, não para a “profundidade” das perseguições
e para os “monstros” das calúnias. Com os olhos em Cristo Jesus
jamais afundaremos, porque Ele sustenta aquele que n’Ele confia.
Não nos contentemos
só em saber que o Senhor existe, ou então de o contemplarmos de longe, mas
corramos ao seu encontro com o nosso coração escancarado e com a nossa alma
desejosa de amá-lo acima de tudo e de todos; se o nosso coração estiver
cheio de amor por Ele, nada nos impedirá:
“Se
alguém, com efeito, pretende chegar a um determinado lugar, não há obstáculo
algum no caminho que o faça desistir de chegar aonde deseja”
(São Gregório Magno, Das Homilias sobre os Evangelhos).
Cristo Jesus, Amor
Eterno, nos convida continuamente a aproximarmos d’Ele; apressemo-nos então
sem olhar para o “ouro” e para a “prata” que o mundo oferece…
não nos distraiamos jamais com os aplausos ou com os xingos, mas olhemos
somente para Cristo, e assim não nos desviaremos do verdadeiro caminho:
“Nenhuma prosperidade sedutora nos iluda. Insensato
seria o viajante que, contemplando a beleza da paisagem, se esquece de
continuar sua viagem até o fim” (São Gregório Magno, Das
Homilias sobre os Evangelhos).
Pe. Divino Antônio
Lopes FP(C)
Anápolis, 07 de maio
de 2006
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