Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

25ª Meditação

 

Cristo ressuscitado, merecedor de respeito

 

 

“Simão Pedro, ouvindo dizer: ‘É o Senhor!’, vestiu sua  roupa – porque estava nu – e atirou-se ao mar” (Jo 21, 7).

São João Evangelista disse: “É o Senhor!” São Pedro se vestiu imediatamente porque estava nu. Segundo alguns escritores, ele usava uma pequena veste, uma espécie de calção usado naquela região para pescar.

São João disse: “É o Senhor!” Mas ele não foi o primeiro a atirar-se ao mar… o primeiro foi São Pedro: “Se São João é sempre o primeiro a reconhecer o Senhor, São Pedro, o chefe da Igreja, o homem da fé ardente e generosa, é também o primeiro a chegar a seus pés” (Dom Duarte Leopoldo).

Na celebração da Santa Missa o sacerdote diz para os fiéis: “É o Senhor!” “Eis o Cordeiro de Deus…” Ouvindo dizer que é o Senhor: “Eis o Cordeiro de Deus…”, muitos não deveriam se aproximar da mesa da Comunhão por estarem nus… nus em relação a veste escandalosa que cobre somente uma parte do corpo; e nus da graça santificante, por estarem em pecado mortal.

Pedro se atirou ao mar para ir ao encontro do Senhor somente depois de se vestir decentemente. Para se aproximar de Jesus Sacramentado é preciso estar bem vestido com a veste da graça santificante e com o corpo decentemente coberto.

Antes de se aproximar do Senhor, São Pedro atirou-se ao mar… o mar possui água salgada… o sal serve para conservar. Depois de se vestir decentemente ele atirou-se ao mar.

Aquele que estava nu da graça de Deus e de uma veste decente, depois de cobrir a alma com a graça santificante e o corpo com a veste do bom católico, deve, antes de se aproximar de Cristo, se lançar ao “mar”“mar” do arrependimento e do bom propósito de conservar na alma a veste da graça…  e no corpo uma veste decente.

Essas vestes deverão acompanhar o católico também fora da igreja (templo), porque Deus está em todo lugar.

Quando o sacerdote prega a Santa Doutrina Católica com fidelidade: “Proclamam a Palavra com mais ousadia e sem temor” (Fl 1, 14), está nos convidando a aproximar de Nosso Senhor… uma pessoa não pode conhecer a Cristo e viver na “poltronice”.

Entre nós e Cristo Jesus pode existir o “mar” das dificuldades e dos obstáculos; então é preciso se atirar nesse “mar” com força e coragem, porque o verdadeiro amor não recua; mas sim, vence as provações: “Decidimos, contudo, confiados em nosso Deus, anunciar-vos o evangelho de Deus, no meio de grandes lutas” (1 Ts 2, 2).

Quando somos absolvidos de nossos pecados… quando recebemos a Santíssima Eucaristia… o sacerdote está a nos dizer: “É o Senhor!”

Com a veste da graça na alma e alimentados com o Pão dos Fortes, corramos ao encontro de Nosso Senhor através do “mar” das dificuldades… não nos acomodemos dentro do “barco” da nossa vida, mas corramos para o Senhor pelo caminho da perfeição e da santidade.

Sejamos soldados valentes e corajosos do Senhor enfrentando o “mar” tempestuoso: “Assume a tua parte de sofrimento como um bom soldado de Cristo Jesus” (2 Tm 2, 3).

Entre nós e Cristo Jesus existe um “mar”… “mar” de provações, obstáculos, dificuldades, perseguições, tentações…

Para passar pelo “mar” de provações, é preciso nos revestir de paciência; pelo “mar” dos obstáculos nos vistamos de coragem; pelo “mar” das dificuldades usemos a veste da fortaleza; e das tentações, nos revistamos da oração.

São Pedro vestiu sua roupa antes de se aproximar do Senhor. Nosso Senhor quer que aproximemos d’Ele não nus de obras; mas sim, com a “veste” das boas obras: “… é morta a fé sem obras” (Tg 2, 26).

Para chegar até Jesus é preciso passar pelo “mar” das provações com a “veste” das boas obras… não deixemos que as “ondas” violentas desse “mar” as tirem de nós pelo desânimo.

Se é Cristo a quem buscamos, não nos importemos com a agitação do “mar”; mas sim, fixemos os olhos no Senhor que cuida de nós… e revestidos de força, coragem e do verdadeiro amor, lancemo-nos decididamente no “mar” tempestuoso.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

Anápolis, 13 de fevereiro de 2011

 

 

 

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Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Cristo ressuscitado, merecedor de respeito”.

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