Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

34ª Meditação

 

Cristo ressuscitado, Mestre exigente

 

 

“… portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos…” (Mt 28, 19).

O Senhor Deus disse: “… fazei…” Ele não manda alguém perder tempo, perambular pelo mundo, realizar um trabalho vazio e sem frutos: “… fazei…” O Salvador diz que é preciso fazer acontecer… Ele quer frutos.

“… fazei…” Como fazer acontecer? Ele não manda tentar; mas sim, manda fazer. Ele não disse “tentai”, mas “fazei…”

O Salvador não aceita meias medidas no seu trabalho… nem pessoas indiferentes. Ele é exigente e quer que o trabalho seja frutuoso: “… fazei…”

“… fazei…” O Bom Pastor não quer missionários “sonolentos”, amigos da “poltronice”, tíbios, preguiçosos e indiferentes no trabalho pela salvação das almas; mas sim, quer pessoas que busquem a santidade de vida e que sejam incansáveis na luta pela salvação do próximo: “Reconduzirei a desgarrada, procurarei a perdida. Quer queira quer não, assim farei. E se, em minha busca, os espinhos dos bosques me rasgarem, eu me obrigarei a ir por todos os atalhos difíceis. Baterei todos os cercados; enquanto me der forças o Senhor que me ameaça, percorrerei tudo sem descanso. Reconduzirei a desgarrada, procurarei a perdida. Se não queres que eu sofra, não te desgarres, não te percas. Tenho medo de que, se te abandonar, venha a matar o que é forte” (Santo Agostinho).

“… fazei…” O Amigo das almas espirituais e imortais exige que sejamos “pastores” zelosos… que ajudemos aqueles que vivem mergulhados nas trevas do pecado, a encontrarem o caminho da luz… da salvação. Um missionário não pode ficar indiferente e calado diante de uma pessoa que percorre o caminho da condenação eterna.

Nosso Senhor quer que sejamos fervorosos, zelosos… apaixonados pelas almas imortais; e não frios, congelados, indiferentes e relaxados.

“… fazei…” agora, imediatamente, hoje… não adiar, não deixar para o próximo mês ou ano, porque poderá ser tarde. “… fazei…” acontecer agora, porque a morte não avisa o dia nem a hora da sua “visita”… e deixar uma alma se perder é muito perigoso.

“… fazei…” primeiro com o exemplo… depois, muito depois com a ação. É preciso pregar primeiro com o bom exemplo como ensina São João Crisóstomo: “Cristo deixou-nos na terra a fim de que nos tornássemos faróis que iluminam, doutores que ensinam; a fim de que cumpríssemos o nosso dever de fermento; a fim de que nos comportássemos como anjos, como anunciadores entre os homens; a fim de que fôssemos adultos entre os menores, homens espirituais entre os carnais a fim de os ganharmos; a fim de que fôssemos semente e déssemos frutos numerosos. Nem sequer seria necessário expor a doutrina, se a nossa vida fosse irradiante a esse ponto; não seria necessário recorrer às palavras, se as nossas obras dessem um tal testemunho. Não haveria mais nenhum pagão, se nos comportássemos como verdadeiros cristãos”.

A palavra “… fazei…” deve estar sempre diante de nós… deve ser um “sino” que tine o tempo todo nos mantendo sempre acordados. Deve ser uma chama que mantém o nosso coração sempre aquecido de amor pelas almas imortais.

A palavra “… fazei…” empurra o preguiçoso e acomodado para o campo de batalha… sacode o sonolento… aquece o frio e congelado… desperta aquele que dorme espiritualmente.

“… fazei…” (Mt 28, 19). A Santa Igreja, Mãe zelosa e apaixonada pelas almas, não deixa nenhum de seus filhos indiferentes diante da palavra: “… fazei…” Ela exige das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos o trabalho missionário fervoroso, zeloso e contínuo. Cada católico deve “fazer” acontecer em todos os ambientes: no trabalho, na escola, na família, no lazer, na rua, nas casas, nas metrópoles, nas cidades, vilas, povoados, fazendas… “Fazei…” essa é a vontade do Senhor; infeliz daquele que permanecer de braços cruzados.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

Anápolis, 01 de outubro de 2017

 

 

 

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Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Cristo ressuscitado, Mestre exigente”.

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