“… portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos…” (Mt 28, 19).

Jesus Cristo, o grande missionário, não mandou realizar um trabalho limitado, pela metade, sem amor e zelo… o Bom Pastor que veio para salvar a todos, quer que “todas as nações” sejam conquistadas para Ele. O Salvador disse “todas”, não desprezou nenhuma nação.

É encantador o amor de Jesus Cristo pelas almas! O seu Santíssima Coração tem espaço para todos: “… todas as nações”.

Nenhuma nação pode viver longe da Luz Eterna… mergulhada na escuridão do pecado e do vício. O Salvador veio para iluminar “… todas as nações”… veio trazer a salvação a todos os povos.

Somente um coração apaixonado por Cristo e pelas almas se inclina diante dessas palavras: “… todas as nações”. O medíocre despreza essas palavras do Senhor.

O missionário fervoroso, zeloso e apaixonado pelas almas, não abaixa a cabeça nem fica desanimado diante da resistência de uma ou mais nações. O Senhor manda; é preciso evangelizar confiando no seu poder e na sua graça.  Deus respeita a liberdade de cada pessoa, mas é preciso levar o Evangelho a “todas as nações”… assim, cada pessoa decidirá. Como uma pessoa pode decidir, sem antes ter conhecido o Evangelho?

A luta contra Jesus Cristo é grande… ó ódio contra o Salvador está aumentando… muitas nações fecharam as portas para o Evangelho… mas não podemos desistir, não podemos recuar… é preciso conquistar “todas as nações” para o Coração do Senhor.

Muitas nações se voltam contra o Salvador e seus missionários, mas não podemos tremer diante das calúnias, ameaças e zombarias dos inimigos… a Luz Eterna deve iluminar todas as nações.

Jesus Cristo quer que sejamos corajosos, ousados, valentes e perseverantes; não podemos recuar diante das portas fechadas… não somos amigos das sombras e dos cantos escuros… mas sim, da Luz Eterna, nosso Salvador.

Para abrirmos as portas das nações, devemos usar a “chave” da verdade… sem essa “chave” o nosso esforço e luta será em vão, pois o Salvador mesmo disse: “… a verdade vos libertará” (Jo 8, 32).

Jesus Cristo é a verdade, somente com a verdade é possível conquistar as almas imortais.

O mundo está mergulhado na mentira… a falsidade e a mentira invadiram os  corações… por isso, a verdade deve ser proclamada abertamente, sem rodeios. Sem a luz da verdade é impossível clarear uma nação mergulhada nas trevas.

Os mártires, amigos de Jesus Cristo, derramaram o sangue por amor à verdade. Estão no céu, mas sofreram muito aqui nesse mundo… conquistaram nações para o Senhor derramando o próprio sangue.

Para levar a verdade às nações, é preciso passar pelas “montanhas” das dificuldades e pelas “muralhas” dos obstáculos… Nosso Senhor não prometeu vida fácil aos seus seguidores aqui nesse mundo.

O Salvador quer pessoas fortes e valorosas no seu exército; pessoas que enfrentam as barreiras sem tremerem. Os covardes, medrosos e medíocres não agradam ao Senhor que disse: “Não tenhais medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perder a alma e o corpo no inferno” (Mt 10, 28). Devemos enfrentar os inimigos do Evangelho com coragem, e temer somente o pecado que nos separa de Deus e lança a nossa alma espiritual e imortal no inferno.

A luz do Evangelho deve entrar em muitas nações para iluminar e conquistar para Jesus os corações que estão mergulhados na escuridão… sem valentia, coragem, zelo e fervor, isso jamais acontecerá.

Não é fácil conquistar “todas as nações” para Jesus Cristo… os amigos das trevas se revoltam imediatamente contra a luz. Essa perseguição contra a verdade deve nos alegrar… é sinal certo de que estamos do lado de Jesus, Luz do mundo: “… pois não é o discípulo mais do que o Mestre” (Mt 10, 24).

Para entrar nessas nações e conquistá-las para o Salvador, é necessário remar contra a corrente… e corrente furiosa. Para salvar as almas vale a pena enfrentar todas as dificuldades: “O que verdadeiramente importa é procurar as almas uma a uma, para aproximá-las de Deus” (Bem-aventurado Álvaro del Portillo).

É impossível conquistar as almas para o Salvador vivendo longe d’Ele: “O missionário deve ser santo” (São João Paulo II).

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

Anápolis, 08 de outubro de 2017