“… batizando-as”
(Mt 28, 19).
O pecado original não é, em sentido estrito, uma “mancha”
na alma, nem, para falar com propriedade, uma “coisa”. É a ausência
de algo que devia estar ali. É a escuridão onde devia haver luz.
Para restaurar na alma da criança a herança perdida, Jesus
Cristo instituiu o Sacramento do batismo. O batismo é o meio instituído por
Jesus para aplicar a cada alma individual a reparação do pecado original que
Ele nos obteve na cruz.
O Senhor disse: “… batizando-as”
(Mt 28, 19).
Com o Sacramento do batismo, esse vazio espiritual a que
chamamos pecado original desaparece, e Deus se torna presente na alma.
O Sacramento do batismo confere a primeira graça
santificante, pela qual é perdoado o pecado original e também os atuais, se
os há; redime toda a pena por eles devida; imprime o caráter de cristão;
faz-nos filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros da glória; e
habilita-nos a receber os demais sacramentos.
O Salvador disse: “… batizando-as”
(Mt 28, 19).
Quando Deus desce à alma no batismo, a nova vida (a
chamada graça santificante) que Deus imprime à alma é real e
verdadeiramente uma participação na própria vida divina. Agora, como nunca
antes, Deus pode amar essa alma, porque apresenta pela primeira vez um
aspecto realmente digno do seu amor: o reflexo, como num espelho, d’Ele
mesmo.
O batismo é como passar um traço numa conta e começar outra
nova. O pecado e suas consequências desaparecem quando Deus vem à alma, como
a escuridão se dissipa quando chega a luz.
Jesus Cristo disse: “…
batizando-as”
(Mt 28, 19).
O pecado é um vazio espiritual que se preenche quando
chega a graça. Aquele que não recebe o batismo vive no vazio
(Pe. Leo J. Trese).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
Anápolis, 11 de novembro de 2017
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