“A paz esteja convosco!”
(Jo 20, 19).
A paz interior vale mais do que todas as riquezas do mundo,
mais do que o ouro e a prata… ela sobrepuja todo o entendimento como escreve
São Paulo Apóstolo: “Então a paz de Deus, que
excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos, em
Cristo Jesus” (Fl 4, 7).
A paz que Jesus Cristo desejou aos Apóstolos é uma riqueza
que nem todo o dinheiro do mundo pode comprar. Aquele que possui essa paz é
rico de todos os bens… vive a verdadeira liberdade aqui nesse mundo… não é
escravo da falsa paz oferecida pelo mundo.
O Senhor disse:
“A paz esteja convosco!” (Jo 20, 19).
É fácil conservar a paz interior para aquela pessoa que vive recolhida em um
mosteiro, longe da agitação do mundo; mas para aquela que vive no mundo,
“mergulhada” em preocupações, é muito difícil.
As pessoas que vivem nesse mundo agitado também deve buscar a
paz interior… essa paz não está no barulho de um clube de danças, na
agitação de um estádio de futebol, no copo de bebida alcoólica, nas piadas
imorais, nas praias, na vida ociosa… Para conservar a paz interior é preciso
tratar de cada negócio um depois do outro, sem atropelamento… sem afobação,
com a mesma tranquilidade e liberdade de entendimento, como se nada se
tivesse feito antes e como se nenhuma outra coisa se tivesse a fazer depois;
com um completo desprendimento de toda a inquietação e agitação, pela razão
bem evidente que, quanto mais temos a fazer, mais necessitamos de não nos
perturbarmos; que é com o espírito tranquilo e refletido, na plena posse de
si, que se acha a sabedoria, que manda fazer todas as coisas como convém;
que, ainda quando a perturbação e a pressa pudessem produzir algum bem, nem
por isso se deveria conservar menos a paz da alma.
Devemos lutar continuamente para conservar a paz interior…
o mundo inteiro não vale essa paz tão preciosa, joia rara, maior de todas as
riquezas. Depois do pecado, não há maior mal que a perturbação. São Vicente
de Paulo, apesar das maiores preocupações, sabia sempre conservar-se tão
tranquilo, tão senhor de si, como o atestava a serenidade habitual da sua
alma e do seu rosto (M.
Hamon).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
Anápolis, 28 de janeiro de 2018
|