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            1ª Palestra 
             
             
            
            Fidelidade à graça 
             
             
            
            Mateus 11, 20-24 diz: “Então começou a verberar as cidades onde 
            havia feito a maior parte dos seus milagres, por não se terem 
            arrependido:  ‘Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Por que se em 
            Tiro e em Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se 
            realizaram, há muito se teriam arrependido, vestindo-se de cilício e 
            cobrindo-se de cinza. Mas eu vos digo: No dia do Julgamento haverá 
            menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós. E tu, Cafarnaum, 
            por acaso te elevarás até o céu? Antes, até o inferno descerás. 
            Porque se em Sodoma tivessem sido realizados os milagres que em ti 
            se realizaram, ela teria permanecido até hoje. Mas eu vos digo que 
            no Dia do Julgamento haverá menos rigor para a terra de Sodoma do 
            que para vós”. 
             
             
            
            Deus oferece-nos constantemente a sua graça para nos ajudar a ser 
            fiéis, isto é, a cumprir o dever de cada momento. Mas se a graça for 
            desprezada, Ele pedirá conta de cada uma. 
            
            Jesus Cristo verberou contra as cidades que haviam recebido muitas 
            graças, mas mesmo assim, não quiseram corresponder. Nosso Senhor não 
            fica indiferente diante de uma pessoa que chuta as suas graças, 
            acontecerá com ela, o que aconteceu com o servo inútil: 
            “Quanto ao 
            servo inútil, lançai-o fora nas trevas. Ali haverá choro e ranger de 
            dentes” (Mt 25, 30). 
            
            Jesus verberou: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida”
            (Mt 11, 21). Essa ameaça 
            serve também para o católico que despreza as graças de Deus, aquele 
            que recebe tantas graças de Nosso Senhor e fica acomodado à beira do 
            caminho. 
            
            Corazim e Betsaida receberam muito de Deus, por isso, foram cobradas 
            com rigor. Essas duas cidades assemelham-se com a maioria dos 
            católicos: recebem muito e não correspondem nada com a graça de 
            Deus, são amontoados de pessoas que vivem no comodismo. Muitas 
            pessoas que nunca tiveram a possibilidade de ouvir falar de Jesus, 
            corresponderiam e seriam mais santas do que muitos católicos que têm 
            condições de receber uma boa formação, mas não fazem nada para a 
            glória de Deus, como está em Mt 11, 21: “Por que se em Tiro e em Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se 
            realizaram, há muito se teriam arrependido, vestindo-se de cilício e 
            cobrindo-se de cinza”. 
            
            Hoje existem milhares e milhares de católicos que desprezam a graça 
            de Deus, assim como fizeram Corazim e Betsaida; mas Nosso Senhor 
            cobrará rigorosamente de cada um deles, principalmente de quem 
            recebeu muito: “Àquele a quem muito se deu, muito será pedido, e a 
            quem muito se houver confiado, mais será reclamado” 
            (Lc 12, 48). 
            
            Nós, seguidores de Jesus, precisamos aceitar as suas ajudas e 
            cooperar com elas generosamente e com docilidade. 
            
            R. Garrigou-Lagrange diz: “Os pulmões necessitam continuamente de 
            aspirar oxigênio para renovar o sangue; quem não respira morre 
            asfixiado. Pois bem, quem não recebe docilmente a graça que lhe é 
            dada por Deus em cada momento, acaba por morrer de asfixia 
            espiritual”. 
            
            Jesus diz que no Dia do Julgamento, as cidades pecadoras terão mais 
            chance, isto é, serão tratadas com menos rigor, porque não receberam 
            tanto como as outras. Essa mensagem também vale para nós; aqueles 
            que tiveram menos conhecimento da Palavra de Deus por falta de 
            condições, serão julgados com menos rigor do que aqueles que 
            conheceram a verdade e a chutaram. 
            
            Precisamos receber as graças de Deus com docilidade, isto é, 
            empenhar-nos em realizar aquilo que o Espírito Santo sugerir na 
            intimidade do nosso coração. Quanto maior for a nossa fidelidade a 
            essas graças, melhor nos prepararemos para receber outras, maior a 
            facilidade que teremos para realizar boas obras, maior a alegria que 
            experimentaremos na nossa vida, porque a alegria sempre está 
            estreitamente relacionada com a correspondência à graça que 
            recebemos de Deus.   
            
            A falta de generosidade ofende muito a Deus, porque recebemos muito 
            d’Ele; são graças e mais graças. Será que Ele não merece todo o 
            nosso amor? Diz o Bem-Aventurado Josemaría Escrivá: 
            “Quanto mais 
            generoso fores - por Deus -, mais serás feliz”. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
             
             
            
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
       
       
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Fidelidade à 
      graça”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_017.asp 
                   
                 
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            2ª Palestra 
             
             
            
            Cristo crucificado 
             
             
            
            Examinemos, durante essa palestra, a nossa consciência sobre o 
            sofrimento. O crucifixo é o melhor livro, quem o contempla, sofre 
            com amor e paciência. Aquele que olha Cristo morto na cruz, entende 
            que o seu sofrimento é apenas uma casca comparado ao sofrimento de 
            Nosso Senhor. 
            
            Quando meditamos a Paixão de Jesus Cristo, tudo se torna mais fácil, 
            porque compreendemos que a nossa cruz não se pode nem comparar com 
            os sofrimentos de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 
             
             
            
            Em Jo 19, 17-18 diz: “E ele saiu, carregando a sua cruz, e chegou ao 
            chamado “Lugar da Caveira” – em hebraico chamado Gólgota – onde o 
            crucificaram...” 
            
            Cristo Jesus carregou o pesado madeiro, onde seria crucificado. Ele 
            nos convida a carregarmos a nossa cruz com perseverança e por amor: 
            “Sofrer de nada vale se não for por amor a Deus”
            (Santo Tomás de Aquino). 
            
            Não existe verdadeiro cristianismo sem cruz, assim como não existe 
            ressurreição sem a Paixão. Quem quiser entrar no céu, tem que sofrer 
            com alegria e aceitar o sofrimento. 
            
            A melhor maneira para tornar leve a cruz, é olhar menos para a 
            mesma, e fixar os olhos em Jesus, porque Ele é o nosso consolo nas 
            tribulações. Carregar a cruz só tem sentido, quando a carregamos 
            juntamente com o Mestre Jesus. 
            
            Chegando no Calvário, os soldados ingratos lançaram sobre Jesus como 
            leões sobre a presa; despiram-nO com brutalidade, reabrindo todas as 
            chagas. Para tirar-Lhe a túnica, tiveram antes que arrancar a coroa, 
            tornando depois a cravar-lhe na cabeça com mais barbaridade do que 
            já o tinham feito a primeira vez. Viu-se então despido, nu o Rei do 
            Céu e da terra, cobrindo porém logo Maria Santíssima em parte a sua 
            nudez com um véu que tirou apressadamente da sua cabeça, único 
            serviço que Nossa Senhora pôde prestar ao seu amado Filho em todo o 
            percurso da sua Sagrada Paixão. 
            
            Jesus disse no caminho para o Calvário: 
            “Não choreis por mim, mas 
            chorai antes por vós” (Lc 23, 28). Os inimigos pasmados diante da 
            coragem do Salvador, de pregar a sua Santa Doutrina, mesmo 
            carregando a pesada Cruz, dão-lhe bofetadas para não deixá-lO falar 
            com a multidão que O acompanhava. Os inimigos lançam-se sobre Ele, O 
            espancam fortemente e O obrigam com empurrões a caminhar com tanta 
            pressa, que O fizeram de novo cair debaixo do peso da cruz, e O 
            arrastam até o lugar do suplício. 
            
            Os soldados arremessavam Jesus por terra para O estenderem sobre a 
            Cruz. Começaram então as marteladas sobre aquelas Benditas Mãos, que 
            tantas vezes abençoaram os povos, que multiplicaram os pães, sararam 
            a tantos cegos, surdos, etc., e todavia apontando naquelas sagradas 
            mãos uns grossos cravos, martelaram sobre elas com tanta força, que, 
            segundo foi revelado a Santa Brígida, as carnes sagradas das Mãos de 
            Jesus se entranharam na madeira, santificando e tornando tão 
            precioso o Lenho da Cruz, que com razão é chamado até hoje como o 
            nome de Santo Lenho. 
            
            Foi revelado a Santo Anselmo por Maria Santíssima, que tão 
            fortemente puxaram as mãos e os pés do seu Bendito Filho que 
            estalaram nesta ocasião todas as costelas, abriu-se-Lhe o Peito, 
            podendo na verdade contar-se todos os seus ossos. E o mesmo Jesus 
            disse a Santa Catarina de Sena, que entre todas as dores, nenhuma 
            houve que se pudesse comparar a que experimentou nesta ocasião; 
            porque Seu Peito se abriu, estalaram as costelas, desconjuntaram-se 
            e deslocaram-se os ossos, rasgadas as membranas do coração, e 
            estenderam-se e repuxaram-se os nervos, sentindo dor tão viva, tão 
            aguda, tão excessiva que devia-Lhe causar a morte milhões de vezes. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
       
       
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Cristo 
      crucificado”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_017.asp 
                   
                 
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