Perseverança
Em Mt 10, 22 diz: “Aquele que perseverar até o fim será salvo”.
É importante lembrar de que Jesus não fala em a perseverança pela
metade, mas até o fim; para nos ensinar que entrará no céu, somente
aquele que morrer lutando, isto é, que carregar a sua cruz até na
hora da morte.
São Jerônimo diz: “Muitos começam bem, mas poucos são os que
perseveram”, e o Bem-venturado Josemaría Escrivá diz:
“Começar é de
todos, perseverar só dos Santos”.
Os Santos alcançaram a santidade, porque eram pessoas de resolução,
não desanimavam diante dos obstáculos e dificuldades, pelo
contrário, viam nelas motivos para perseverarem no trabalho para a
glória de Deus.
Sabemos que de nada vale ter sido santo por longo tempo, se no fim
da vida se morre no pecado mortal e longe de Deus.
Sem a perseverança não existe salvação. Jesus diz que se salvará,
quem perseverar até o fim, portanto, quem parar na metade do caminho
irá para o inferno. O inferno é o berço dos desanimados e
preguiçosos, daqueles que arranjam mil desculpas para não
trabalharem com fortaleza para o bem das almas.
A perseverança só agrada a Deus quando é praticada para a Sua glória
e para a salvação das almas. Muitos chegam até o fim, mas vão pelo
caminho errado, pelo caminho do pecado.
Muitas pessoas abandonam o caminho da perseverança só para fugir da
cruz, deixam as virtudes de lado para adorar o ídolo do comodismo e
da vida fácil. Na hora da morte, ninguém se arrependerá de ter
perseverado no bem.
O inconstante é como uma nuvem vazia que o vento leva de um lado
para o outro, ou como um caniço que se inclina de um lado para o
outro até encostar no chão.
O inconstantes está sempre balançando de um lado para o outro, hoje
adora a Deus, amanhã serve os ídolos, hoje, medita a Lei de Deus,
amanhã lê coisas imorais, hoje, oferece incenso a Deus e amanhã
oferece incenso ou dobra o joelho diante de Lúcifer.
A pessoa inconstante é como um navio sem bússola no meio da
tempestade; obedece a todos os ventos e acaba se afundando.
O céu se alcança à viva força e só os que a empregam é que o
arrebatam. Quem não fizer violência a si mesmo não se salvará; e
quem quiser praticar o bem, tem que lutar contra a sua natureza
rebelde.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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