Ide por todo o mundo
O Católico que ama a Igreja de verdade, não consegue ficar parado
diante de tanta podridão e paganismo, ele anuncia Jesus para todos
os homens, como escreve Santa Teresinha do Menino Jesus:
“Uma alma
inflamada do amor de Deus, não consegue ficar inativa”.
Nós que vivemos nesse mundo tão voltado para o paganismo, não
podemos ficar calados. A ignorância à nossa volta é muito grande,
como é grande também o erro e incontáveis os que andam perdidos e
desorientados por não conhecerem o Senhor: “O número daqueles que
ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja, está em contínuo
aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A
favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar
o seu Filho, é evidente a urgência da missão”
(Cf. Encíclica
“Redemptoris Missio”, nº 3, João Paulo II). Devemos comunicar a
todas as pessoas do nosso meio, a fé e a doutrina que recebemos.
Quando, cheios de valentia, os Apóstolos começaram a ensinar a
verdade sobre Cristo, começaram também os obstáculos, e mais tarde a
perseguição e o martírio. Mas em pouco tempo a fé em Cristo
ultrapassaria as fronteiras da Palestina e alcançaria a Ásia Menor,
a Grécia e a Itália, chegando a homens de todas as culturas,
posições sociais e raças.
Devemos também nós contar com as incompreensões, que são sinal certo
de predileção divina e de que seguimos os passos de Jesus Cristo,
pois: “Não é o discípulo mais do que o Mestre”
(Mt 10, 24).
Recebê-las-emos com alegria, como algo permitido por Deus;
acolhê-las-emos como oportunidade de atualizar a fé, a esperança e o
amor; ajudar-nos-ão a intensificar a oração e o sacrifício, pois
“...
os eleitos do Senhor não trabalharão em vão”
(Is 65, 23). É muito importante
para o missionário afogar o mal em abundância de bem.
Não devemos estranhar que em muitas ocasiões tenhamos que remar
contra a corrente num mundo que parece afastar-se cada vez mais de
Deus, que tem como fim o bem-estar material e que desconhece ou
relega para segundo plano os valores espirituais; num mundo que
alguns querem construir completamente de costas para Deus.
O campo em que os Apóstolos e os primeiros cristão
tinham que lançar a semente era um terreno duro, com abrolhos e espinhos. Não
obstante, a semente que espalharam frutificou abundantemente.
O Senhor espera que estejamos dispostos a recristianizar o mundo, na
família, na Universidade, na fábrica, nas mais diversas associações:
“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”
(Mt 28, 19), continua a
dizer-nos o Senhor. Estamos numa época em que Cristo necessita de
homens e mulheres que saibam estar junto da Cruz, que sejam fortes,
audazes, trabalhadores, sem respeitos humanos à hora de fazer o bem,
alegres, que tenham como alicerce das suas vidas a oração, um trato
de amizade com Cristo.
A urgência de dar a conhecer a doutrina de Cristo é muito grande,
porque a ignorância é um poderoso inimigo de Deus no mundo e é: “...
a causa e como que a raiz de todos os males que envenenam os povos”
(João XXIII, Encíclica “Ad Petri Cathedram, 29-06-1959). Cada
cristão deve dar testemunho não só com o exemplo, mas também com a
palavra – da mensagem evangélica. E para isso devemos aproveitar
todas as oportunidades – sabendo também provocá-las prudentemente –
que se apresentem no convívio com os nossos familiares, amigos,
colegas de profissão, vizinhos; com as pessoas com quem nos
relacionamos, mesmo que seja por pouco tempo, durante uma viagem,
num congresso, ao sair de compras…
Nenhum católico pode ficar indiferente:
“Nenhum crente, nenhuma
instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar
Cristo a todos os povos” (Cf. Encíclica “Redemptoris Missio”, nº 3,
João Paulo II).
O Papa João XXIII, na Encíclica “Princeps Pastorum”,
escreve o seguinte sobre o dever de todo cristão:
“Cristo
– dizia um grande Padre da Igreja – deixou-nos na terra a fim de que
nos tornássemos faróis que iluminam, doutores que ensinam; a fim de
que cumpríssemos o nosso dever de fermento; a fim de que nos
comportássemos como anjos, como anunciadores entre os homens; a fim
de que fôssemos adultos entre os menores, homens espirituais entre
os carnais a fim de os ganharmos, a fim de que fôssemos semente e
déssemos frutos numerosos. Nem sequer seria necessário expor a
doutrina se a nossa vida fosse irradiante a esse ponto: não seria
necessário recorrer às palavras, se as nossas obras dessem um tal
testemunho. Não haveria mais nenhum pagão, se nos comportássemos
como verdadeiros cristãos”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Ide por todo
o mundo”.
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