Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

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(Aos Lanceiros Auxiliários. Convento Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, Jaraguá-GO, em 20 de abril de 1998. Essa palestra foi publicada no Jornal “O Anápolis”, no dia 25 de abril de 1998, página 07)

 

Ide por todo o mundo

 

O Católico que ama a Igreja de verdade, não consegue ficar parado diante de tanta podridão e paganismo, ele anuncia Jesus para todos os homens, como escreve Santa Teresinha do Menino Jesus: Uma alma inflamada do amor de Deus, não consegue ficar inativa.

Nós que vivemos nesse mundo tão voltado para o paganismo, não podemos ficar calados. A ignorância à nossa volta é muito grande, como é grande também o erro e incontáveis os que andam perdidos e desorientados por não conhecerem o Senhor: O número daqueles que ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja, está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão (Cf. Encíclica “Redemptoris Missio”, nº 3, João Paulo II). Devemos comunicar a todas as pessoas do nosso meio, a fé e a doutrina que recebemos.

Quando, cheios de valentia, os Apóstolos começaram a ensinar a verdade sobre Cristo, começaram também os obstáculos, e mais tarde a perseguição e o martírio. Mas em pouco tempo a fé em Cristo ultrapassaria as fronteiras da Palestina e alcançaria a Ásia Menor, a Grécia e a Itália, chegando a homens de todas as culturas, posições sociais e raças.

Devemos também nós contar com as incompreensões, que são sinal certo de predileção divina e de que seguimos os passos de Jesus Cristo, pois: Não é o discípulo mais do que o Mestre (Mt 10, 24). Recebê-las-emos com alegria, como algo permitido por Deus; acolhê-las-emos como oportunidade de atualizar a fé, a esperança e o amor; ajudar-nos-ão a intensificar a oração e o sacrifício, pois ... os eleitos do Senhor não trabalharão em vão (Is 65, 23). É muito importante para o missionário afogar o mal em abundância de bem.

Não devemos estranhar que em muitas ocasiões tenhamos que remar contra a corrente num mundo que parece afastar-se cada vez mais de Deus, que tem como fim o bem-estar material e que desconhece ou relega para segundo plano os valores espirituais; num mundo que alguns querem construir completamente de costas para Deus.

O campo em que os Apóstolos e os primeiros cristão tinham que lançar a semente era um terreno duro, com abrolhos e espinhos. Não obstante, a semente que espalharam frutificou abundantemente.

O Senhor espera que estejamos dispostos a recristianizar o mundo, na família, na Universidade, na fábrica, nas mais diversas associações: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura (Mt 28, 19), continua a dizer-nos o Senhor. Estamos numa época em que Cristo necessita de homens e mulheres que saibam estar junto da Cruz, que sejam fortes, audazes, trabalhadores, sem respeitos humanos à hora de fazer o bem, alegres, que tenham como alicerce das suas vidas a oração, um trato de amizade com Cristo.

A urgência de dar a conhecer a doutrina de Cristo é muito grande, porque a ignorância é um poderoso inimigo de Deus no mundo e é:... a causa e como que a raiz de todos os males que envenenam os povos (João XXIII, Encíclica “Ad Petri Cathedram, 29-06-1959). Cada cristão deve dar testemunho não só com o exemplo, mas também com a palavra – da mensagem evangélica. E para isso devemos aproveitar todas as oportunidades – sabendo também provocá-las prudentemente – que se apresentem no convívio com os nossos familiares, amigos, colegas de profissão, vizinhos; com as pessoas com quem nos relacionamos, mesmo que seja por pouco tempo, durante uma viagem, num congresso, ao sair de compras…

Nenhum católico pode ficar indiferente: Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos (Cf. Encíclica “Redemptoris Missio”, nº 3, João Paulo II).

O Papa João XXIII, na Encíclica “Princeps Pastorum”, escreve o seguinte sobre o dever de todo cristão: Cristo – dizia um grande Padre da Igreja – deixou-nos na terra a fim de que nos tornássemos faróis que iluminam, doutores que ensinam; a fim de que cumpríssemos o nosso dever de fermento; a fim de que nos comportássemos como anjos, como anunciadores entre os homens; a fim de que fôssemos adultos entre os menores, homens espirituais entre os carnais a fim de os ganharmos, a fim de que fôssemos semente e déssemos frutos numerosos. Nem sequer seria necessário expor a doutrina se a nossa vida fosse irradiante a esse ponto: não seria necessário recorrer às palavras, se as nossas obras dessem um tal testemunho. Não haveria mais nenhum pagão, se nos comportássemos como verdadeiros cristãos.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Ide por todo o mundo”.
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