| 
               
            
            O pecado venial 
             
             
            
            Pecado venial é uma desobediência leve à Lei de Deus, ou porque não 
            se conhece bem, ou porque não se quer plenamente ou porque a matéria 
            é leve ou tida como leve. 
            
            O pecado venial: “Deixa subsistir a Caridade, embora a ofenda e 
            fira” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1855). Muitas pessoas 
            ignoram o pecado venial dizendo: “É apenas uma culpa venial, não nos 
            devemos preocupar tanto com as coisas pequeninas, nem sermos 
            escrupulosos. Ele não nos tira a graça de Deus...” Quem pensa assim 
            é sinal que não ama a Deus de verdade, ele não é uma punhalada no 
            Coração de Jesus, mas é uma bofetada no seu Santo Rosto. E a Igreja 
            Católica mostra que o pecado venial não é tão simples assim: 
            “O 
            pecado venial enfraquece a caridade; traduz uma afeição desordenada 
            pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das 
            virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado 
            venial deliberado e que fica sem arrependimento dispõe-nos pouco a 
            pouco a cometer o pecado mortal” (Catecismo da Igreja Católica, nº 
            1863). É importante saber que depois do pecado mortal, o pecado 
            venial é a maior desgraça. 
            
            O pecado venial não priva a nossa alma da graça santificante: 
            “Não 
            priva da graça Santificante, da amizade com Deus, da caridade nem, 
            por conseguinte, da bem-aventurança eterna” 
            (Reconciliatio et 
            poenitentia, 17), mas nem por isso podemos tê-lo como algo 
            insignificante: “O homem não pode, enquanto está na carne, evitar 
            todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas esses pecados que 
            chamamos leves, não os consideres insignificantes: se os consideras 
            insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de 
            objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche 
            um rio; um grande número de grãos faz um montão. Qual é então nossa 
            esperança? Antes de tudo, a confissão” 
            (Santo Agostinho). 
            
            Os santos nutriam um imenso horror ao pecado venial, declarando-lhe 
            guerra de morte, e estavam dispostos a sofrer tormento, antes do que 
            cometê-lo. Aprendamos dos santos a ter nojo do pecado venial: 
            
            a – Santo Edmundo: “Prefiro lançar-me nas chamas de uma 
            fogueira antes do que cometer qualquer pecado contra o meu Deus”. 
            
            b – Santa Catarina de Gênova: 
            “Ó meu Deus, para fugir de um 
            pecado, ainda que leve, eu me jogaria, se fosse preciso, em um 
            abismo todo em chamas, aí permanecendo por toda a eternidade, ainda 
            que, cometendo-o pudesse sair imediatamente”. 
            
            c – Santa Catarina de Sena: 
            “Se a alma, imortal por natureza, 
            pudesse morrer, bastaria para matá-la a vista de um só pecado venial 
            conspurcando-lhe a beleza!” 
            
            d – Santo Inácio de Loyola: 
            “Quem é zeloso da pureza de sua 
            consciência deve, na presença de Deus, confundir-se pelos mais 
            pequeninos pecados considerando a infinita perfeição d’Aquele contra 
            quem são cometidos, perfeição essa que lhes agrava infinitamente a 
            malícia”. 
            
            e – Santo Afonso Rodrigues: 
            “Senhor, antes sofrer todas as 
            penas do inferno do que cometer um só pecado venial!” 
            
            O pecado venial é realmente a doença da alma. É, para nosso 
            espírito, a lepra que o torna asqueroso. Precisamente o pecado 
            venial não dá morte à alma, não a priva da graça de Deus, mas 
            fere-a, maltrata-a, cobre-a de úlceras, e, como toda a moléstia que 
            não é tratada a tempo, pode levar ao túmulo, assim também a culpa 
            venial pode dispor e conduzir a alma à sua morte, isto é, ao pecado 
            mortal. 
            
            A Igreja Católica recomenda a Confissão dos pecados veniais: 
            “Apesar 
            de não ser estritamente necessária, a confissão das faltas 
            cotidianas (pecados veniais) é vivamente recomendada pela Igreja” 
            (Cf. Concílio de Trento: DS 1680; CIC, cân. 988, 2). 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
       
       
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O pecado 
      venial”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_022.asp 
                   
                 
                 | 
               
             
             |