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            Figueira estéril 
             
             
            
            “Contou ainda esta parábola: ‘Um homem tinha uma figueira plantada 
            em sua vinha. Veio a ela procurar frutos, mas não encontrou. Então 
            disse ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho buscar frutos nesta 
            figueira e não encontro. Corta-a; por que há de tornar a terra 
            infrutífera?’ Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano 
            para que eu cave ao redor e coloque adubo. Depois, talvez, dê 
            frutos... Caso contrário, tu a cortarás”. 
            (Lc 13, 6-9). 
            
            A figueira simboliza Israel, que não soube corresponder aos cuidados 
            que Deus, dono da vinha, lhe dispensava: “Encontrei Israel como 
            cachos de uvas no deserto, vi os vossos pais como os primeiros 
            frutos da figueira. Porém, chegados a Beelfegor, consagraram-se a um 
            objeto infame, e tornaram-se tão abomináveis como as coisas que 
            amavam” (Os 9, 10); representa também todo aquele que permanece 
            improdutivo diante de Deus: “Eu quero cantar para o meu amigo seu 
            canto de amor a respeito de sua vinha: meu amigo possuía uma vinha 
            num outeiro fértil. Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de 
            cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e construiu aí um 
            lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu uvas 
            azedas. ‘E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, 
            sede juízes entre mim e minha vinha” 
            (Is 5, 1-3). 
            
            O católico está no melhor lugar para produzir frutos; temos a 
            Confissão, a Eucaristia, a Bíblia Completa, a Tradição, o 
            Magistério, a Santa Missa, o Terço, a vida dos Santos e temos um 
            vinhateiro que é o nosso Anjo da Guarda. São numerosas as graças que 
            recebemos de Deus. 
            
            Quando um católico não produz frutos, Jesus tem muitos motivos para 
            queixar-se. 
            
            Apesar de tudo, Deus usa de paciência com a alma: 
            “O Senhor não 
            retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa 
            de paciência para convosco” (2 Pd 3, 9). Ele não desanima com as 
            nossas faltas, porque sabe muito bem da capacidade que temos de 
            fazer o bem. 
            
            Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu lhe cavo em volta e lhe 
            lanço esterco, para ver se assim dá frutos… é Jesus quem intercede 
            diante de Deus Pai por nós, que : “Somos como uma figueira plantada na 
            vinha do Senhor” (Teofilacto), 
            e: “Intercede o agricultor; intercede 
            quando já o machado está levantado para cortar as raízes estéreis; 
            intercede como Moisés diante de Deus...” 
            (Santo Agostinho). 
            
            Não podemos jogar as graças que recebemos de Deus fora, devemos 
            corresponder com todas e com muito empenho. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
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      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Figueira 
      estéril”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_023.asp 
                   
                 
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